Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Diversas dioceses celebraram, no dia 21 de maio, a Vigília pelos Mortos de Aids, evento que envolveu 45 agentes da Pastoral da Aids. Na Arquidiocese de Goiânia a vigília foi realizada nas missas, em 19 paróquias. Também celebraram, as diocese de Goiás, Luziânia e Itumbiara. “Estamos muito alegres com o apoio e compromisso de nossos padres que abriram suas paróquias e comunidades para a realização da vigília neste ano de 2017”, declarou a coordenadora regional da pastoral, irmã Elenice de Lima. Ela também aproveitou para agradecer a todos os agentes da pastoral pelo empenho, dedicação e pelo esforço.
Durante a Jornada da Cidadania da Arquidiocese de Goiânia e PUC Goiás, que aconteceu nos dias 24 a 27 de maio, a Pastoral da Aids e o Grupo AAVE (Aids: apoio, vida, esperança) participaram. Os usuários do Grupo AAVE puderam apresentar seus artesanatos e a pastoral desenvolveu o trabalho de conscientização e distribuiu material informativo.
História e símbolos da Vigília pelos Mortos de Aids
A Vigília pelos Mortos de Aids teve inicio em 7 de maio de 1983, por um grupo de mães, parentes e amigos de pessoas que morreram com Aids. Essa primeira vigília ocorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos, com o intuito de mobilizar a sociedade para os problemas do HIV e Aids.
Conhecida internacionalmente como Candlelight, que significa, luz de vela, essa vigília tem como símbolo, as chamas das velas acesas e a colcha de retalhos. As chamas das velas sinalizam a vigilância e ao mesmo tempo procura iluminar a realidade da epidemia e a solidariedade com os portadores da Aids. Já a colcha de retalhos lembra que a vida se tece nas relações e com a ajuda de muitos. É confeccionada com pedaços de panos que representam as pessoas que nos deixaram.
Neste sábado, 3 de junho, a Diocese de Uruaçu celebra seu jubileu de instalação canônica. São 60 anos de missão iniciados no dia 30 de maio de 1957.
As festividades começam às 14h, na quadra do Seminário São José, em Uruaçu, com a acolhida feita pelo bispo diocesano, Dom Messias dos Reis Silveira. Várias expressões da religiosidade popular diocesana se apresentam: Congada, Folia do Divino Espírito Santo e Folia de Reis. Haverá também a acolhida das imagens dos padroeiros dos santuários diocesanos e ainda testemunhos e poesia de pessoas que viveram estes 60 anos de missão.
As comemorações se encerram, às 16h, com a celebração da Eucaristia presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello. Em seguida, se terá a festa da partilha do bolo e lanche para os participantes.
A transmissão direta do evento será feita pela rádio Coração Fiel www.coracaofiel.com.br. Acompanhe também pelo facebook Diocese de Uruaçu, a partir das 14h.
Saiba mais sobre os 60 anos nesta página http://jubileu.diocesedeuruacu.com.br/
O Conselho Permanente de Avaliação, do Regional Centro-Oeste, se reuniu pela primeira vez neste ano, na tarde desta quarta-feira, 31 de maio, com o objetivo de elaborar os questionários de avaliação da caminhada pastoral do regional deste ano, a serem respondidos pelas pastorais, movimentos e organismos das dioceses. O formato foi adotado em 2016 e tem sido elogiado pelos resultados que apresenta.
Neste ano de 2017, o principal ponto a ser avaliado é o Ano Vocacional Mariano, compromisso de evangelização assumido na última Assembleia do Povo de Deus, realizada em 2015. “O objetivo é incentivar e motivar a pastoral de conjunto em nosso regional. Na reunião nós elaboramos as questões e definimos os prazos para que as dioceses possam responder e participar desse processo avaliativo”, pontuou o coordenador regional da Pastoral da Comunicação (Pascom), irmão Diego Joaquim.
O secretário do regional, Dom Levi Bonatto, comentou que foram elaboradas perguntas práticas e objetivas para tornar mais precisas e eficientes as repostas. “Queremos ser práticos, mas também eficientes, isto é, conhecer a realidade de evangelização do nosso regional, ver o que dá certo, o que não dá, e como podemos melhorar”, afirmou. Em setembro, o Conselho volta a se reunir. Desta vez com as respostas em mãos. “Em setembro vamos fazer o trabalho de tabulação, condensar as respostas e em seguida apresentar o resultado da nossa vida pastoral regional na reunião de avaliação que acontecerá em novembro”, explicou o bispo.
Dom Levi completou comentando que o novo modelo de avaliação é mais eficiente porque apresenta a pastoral de conjunto do regional. “Antes, cada pastoral apresentava suas atividades realizadas ao longo do ano, de modo que dessa forma se tornava uma apresentação monótona e individual. Com o novo modelo, temos uma visão horizontal do processo de evangelização nesta porção da Igreja”.
Segundo irmão Diego, além das respostas, os membros das pastorais, movimentos e organismos das dioceses também irão apresentar propostas de vivência do Ano da Família, o terceiro compromisso de evangelização assumido na Assembleia do Povo de Deus.
Comissão
A Comissão Permanente de Avaliação, responsável direta pelo trabalho, é composta pelo presidente do regional, Dom Messias dos Reis Silveira; o secretário, Dom Levi Bonatto; o secretário-executivo, padre Eduardo Luiz de Rezende, e representantes da Pastoral Familiar, Pastoral da Aids, Pastoral da Comunicação, Pastoral Juvenil e do Ordinariado Militar do Brasil. Com base nas cinco urgências presentes nas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), a Comissão, com o auxílio dos participantes, avalia anualmente como as urgências estão presentes nas ações desenvolvidas pelas pastorais, movimentos e organismos das dioceses ao longo dos últimos doze meses.
Com a solenidade de Pentecostes se conclui o Ciclo Pascal, o tempo litúrgico mais denso e importante de todo a ano litúrgico. O mistério da Páscoa encontra seu ápice no envio do Espírito, o “outro Consolador” que acompanha a vida da Igreja e atualiza o que Jesus disse e fez, levando tudo ao pleno cumprimento.
O envio do Espírito se dá 50 dias depois da ressurreição, daí o nome de Pentecostes.
Gostaria de realçar alguns pontos significativos e importantes para a nossa vida espiritual e eclesial.
1. Os nomes dados ao Espírito são diferentes, mas convergem na mesma direção: é o Consolador, o Advogado, o Paráclito, o Espírito Santo. Sua missão é de defesa dos discípulos que terão muitas tribulações no mundo, encorajando, motivando, iluminando, criando perseverança, convicções, paresia. Quando pensamos nos advogados que não perdem tempo para encontrar nas leis uma brecha para defender seus assistidos, torna-se ainda mais sugestivo e empolgante saber que Deus é por nós e, portanto, nada e ninguém será contra nós. O Espírito defende e consola. Como não encaixar isso tudo nos grandes temas desenvolvidos nestes últimos tempos, como por exemplo, o da misericórdia? O Deus que quer que todos se salvem, é o Deus que tudo faz para que ninguém se perca. Isso encoraja e dá força para caminhar, apesar das dificuldades e contradições que nos acompanham diariamente.
2. O Espírito é o principal protagonista da missão. É Ele quem indica o que fazer, aonde ir ou não ir. Somos simplesmente intermediários entre o Espírito e a História. No livro dos Atos dos Apóstolos é muito evidente isso quando se diz “o Espírito nos proibiu” de ir naquele lugar e indica a Macedônia como praça de ação dos evangelizadores. O Espírito sendo o protagonista principal de tudo, pede que sejamos dependentes em tudo, das suas inspirações e indicações. Uma Igreja aberta aos impulsos do Hóspede interior que permanece sempre conosco, é uma Igreja que caminha, deixa rastos na história; que quer colocar o carro diante dos bois e “programar” o Espírito, somente fracassa, também quando encontra cristãos desprevenidos que lhe batem palmas e a exaltam.
3. O Espírito leva à plenitude da verdade. Deus em Jesus é delicado e respeitoso. Não queima etapas: “agora não estão nas condições de entender tudo, mas quando o Espírito vier, ele vos conduzirá à plenitude da verdade”. A pedagogia divina é maravilhosa, vai por etapas. Se tudo já foi dito por Jesus, nem tudo ainda foi entendido por nós. É tarefa do Espírito revelar e levar ao entendimento pleno do que Jesus já disse. Seria interessante aqui inserir o tema da Bíblia e da Tradição, das definições dogmáticas que se deram no decorrer na história, mas não é o caso. Permanece, portanto, a necessidade de uma docilidade integral ao Espírito que também por meio do Magistério da Igreja ajuda toda a comunidade a chegar à plenitude da verdade.
4. O Espírito é Aquele que torna cada discípulo capaz de testemunho, até de dar a vida pelo Mestre. “Sereis minhas testemunhas na Judeia, na Samaria... até os extremos confins da terra...” Isso acontece por obra e impulso do Espírito. A história da Igreja - de ontem e de hoje - é cheia de testemunhas destemidos e corajosos que não recuaram diante das ameaças e dificuldades que pelo nome de Jesus tiveram que enfrentar. O fraco, com a presença do Espírito Santo, se torna forte; o confuso se torna lúcido; o indeciso corajoso. Que urgência urgentíssima temos de viver o clima de Pentecostes hoje, para sair de uma letargia preocupante, da mediocridade espantosa, da visão de Igreja espetáculo, assumindo a lógica da Igreja fermento, sal e luz. Isso tudo é obra silenciosa, mas concreta do Espírito.
5. O dia de Pentecostes para cada um se torna concreto e personalizado no dia da Crisma, da Confirmação. Naquele dia se abrem as portas do cenáculo, onde estamos fechados por medo dos judeus, para assumir uma missão que não tem limites. Naquele dia a gente retoma a vontade de sonhar, de lutar, de enfrentar, em nome de Cristo, o projeto dele. É preciso retomar de forma mais séria a Pastoral da Crisma, para não reduzi-la, apesar das bonitas palavras que se usam, a uma festa de formatura e nada mais. O Espírito Santo é espírito de liberdade, de projetos, de amor, de sonhos, não é espírito de chatice, de mesmice, de rotina. Está na hora de acordar e dar novamente ao Espírito seu papel em nós. Está na hora de colocar na fogueira todas aquelas práticas que se instauraram durante a celebração do sacramento que nada tem a ver com aquilo que o Consolador quer realizar.
6. O Espírito é aquele que renova a face da terra! Que palavras abençoadas e urgentes, sobretudo na realidade sócio-política de hoje. Se nada se renova, aliás, se o mofo ou o estrago manifestam sua presença que envelhece tudo, significa que nós cristãos estamos brincando com Deus e seu Espírito, reduzindo tudo a ritos sem vida. A presença do espírito é invisível, mas se manifesta por meio dos frutos que produz. Se isso não acontece, algo não está certo.
Não é possível afirmar que tudo está indo bem em nossas comunidades se existe mentira, corrupção e bajulações descabidas. O Espírito quer fazer novas todas as coisas por meio de você, de mim, de todos nós.
Que possamos em Pentecostes perceber que “a cada um foi dada uma manifestação do Espírito para o bem comum” e colocar os nossos dons – que são sempre parciais e, portanto, precisamos do dom do outro – a serviço de todos para sermos uma Igreja viva, dinâmica, criativa, arriscada e ousada.
Dom Carmelo Scampa
Bispo diocesano de São Luís de Montes Belos-GO
Em preparação ao Congresso Missionário Nacional, que acontecerá em Recife (PE), no próximo mês de setembro, e ao 5º Congresso Missionário Americano que será realizado na Bolívia, em julho de 2018, o Conselho Missionário Regional (Comire), do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), realizou nos dias 19 a 21 de maio, Congresso Missionário, na Paróquia Nossa Senhora do Lago, em Brasília, com o tema, “A alegria do Evangelho para uma Igreja em saída”.
O encontro formativo reuniu 50 pessoas de nove dioceses do regional, além da coordenação executiva do Comire e o bispo de Itumbiara e referencial para dimensão missionária, Dom Fernando Brochini. As três conferências realizadas durante o congresso tiveram como temas a Alegria do Evangelho; Sinodalidade e Comunhão; Testemunho e Profetismo. Teve ainda as oficinas sobre Infância, Adolescência e Juventude Missionária: alternativas para um trabalho integrado; Mística e espiritualidade para uma Igreja comunidade de comunidade; Missão Ad Gentes: expressão de uma Igreja que se doa pelo testemunho eclesial e missionário; Missões Populares: alegria do Evangelho no meio do povo.
Durante sua conferência sobre A Alegria do Evangelho, o diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Maurício Jardim, destacou que “inventamos a missão sem saída”, citando o ex-diretor da Pontifícia União Missionária, padre Sávio Corinaldesi, italiano e missionário xaveriano. “É a Igreja que está a serviço da Missão e não a Missão que está a serviço da Igreja”, enfatizou.
A Cruz da Evangelização, símbolo do 5º Congresso Missionário Americano, teve uma breve explicação feita pelo padre Maurício. De acordo com ele, a cruz e tantas outras, que percorrem até a realização do congresso vários países latino-americanos, foram confeccionadas por artesãos da região boliviana de Chiquitos. Elas contém as relíquias da beata Nazaria Ignacia March Mesa (1889-1943). Nazaria foi a primeira a fundar uma comunidade religiosa na Bolívia. Padre Jaime Gusbert, que minsitrou a conferência sobre Infância, Adolescência e Juventude Missionária, destacou que “somos chamados a viver e transmitir a trindade”. Segundo ele, “o amor não é solidão, ele leva ao encontro do outro, por isso há necessidade de ser uma igreja que vive em Sinodalidade (caminhar junto) e em comunhão (união com Cristo – pois é Ele quem leva-nos)”.
Envio
A missa de encerramento foi presidida pelo cardeal arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha. Em sua homilia ele enfatizou a importância de a Igreja ser de fato missionária, viver a experiência verdadeira com Cristo a ponto de não ser feita missão, mas ser vivida todos os dias e lugares. Divididos por continentes, os participantes, em seguida, assumiram o compromisso de promover, articular e animar a dimensão missionária no Regional Centro-Oeste, a partir das dioceses. “Todo o trabalho que está sendo articulado pelo Comire por meio dos Conselhos Missionários Diocesanos é muito importante”, destacou padre Inocêncio Xavier, da Diocese de Uruaçu. “Por meio de encontros como este, estamos colocando em prática a primeira urgência da Igreja que é estar em estado permanente de missão, o que nos interpela a sairmos das nossas estruturas para fazer pastoral por meio da ação missionária”, disse.
O bispo referencial da dimensão missionária, Dom Fernando Brochini, por sua vez, apontou que o evento preparatório é fundamental para a caminhada missionária da Igreja no Regional Centro-Oeste. “Que este encontro seja muito importante para a continuidade de nossa caminhada e incentive todas as comunidades a serem realmente discípulas de Cristo, vivas e atuantes, como nos pede sempre o papa Francisco. Uma Igreja que se importa com aquele que está fora, que nós saibamos de nós mesmos para levar Jesus Cristo àqueles que o amam e querem servi-lo”.
Por ocasião do 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado no próximo domingo (28), a Arquidiocese de Goiânia realizou um Café com Prosa, na manhã desta quinta-feira (25), na Cúria Metropolitana, promovido pelo Vicariato para a Comunicação (Vicom). Aberto ao público, o evento reuniu jornalistas e comunicadores, das comunidades, paróquias e da mídia secular, que atuam na capital e região metropolitana. “Este primeiro encontro é uma singela homenagem da nossa Arquidiocese a todos os comunicadores pelo trabalho que desenvolvem de levar a Boa Notícia todos os dias à sociedade”, disse em sua fala a coordenadora do Vicom, Eliane Borges.
Após a apresentação dos presentes, os integrantes da equipe do Vicom também se apresentaram e houve uma explanação sobre os trabalhos que são desenvolvidos pela Arquidiocese de Goiânia, no campo da comunicação: Revista da Arquidiocese, o mais antigo veículo, fundado em 1957 pelo nosso primeiro arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos; o Boletim Pastoral, distribuído na Reunião Mensal de Pastoral; as redes sociais, que dissemina conteúdo sobre a vida diária da Igreja; o novíssimo site (www.arquidiocesedegoiania.org.br), totalmente reformulado e adaptado a dispositivos móveis, além do Jornal Encontro Semanal, que ontem (24) celebrou três anos de circulação.
Ainda durante o encontro, padre Warlen Reis divulgou o programa televiso Encontro Semanal, cujo pré-lançamento acontecerá às 16h desta sexta-feira (26), dentro da Jornada da Cidadania, no teatro do Centro de Convenções, da PUC Goiás, que fica no Jardim Mariliza. O projeto é desenvolvido pelos estudantes de Jornalismo, Gabriela Rodrigues, Larissa Costa, e pelo padre Warlen. Na ocasião, ele vai reunir jovens para conversar sobre Igreja e mídia.
Mensagem do papa
O ponto alto do evento foi o comentário da Mensagem do papa para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, feita pelo bispo auxiliar de Goiânia e responsável pelo Vicariato para a Comunicação, Dom Levi Bonatto. A partir da leitura do Sermão da Montanha (Mt 5,1-11), em que Jesus ensina as multidões sobre as bem-aventuranças do Reino, o bispo destacou que Jesus foi um comunicador por excelência, porque procurava levar a sua mensagem de uma forma que atingisse de maneira eficiente a todos os públicos. “Jesus fazia de uma forma muito peculiar. Se falava aos pescadores, dava exemplos sobre os peixes, as barcas, as redes. Se falava aos agricultores, fazia comparações sobre colheitas, uvas e vinhos. Tudo isso de maneira que possibilitava a memorização e trazia uma mensagem carregada de esperança”, explicou.
Nos dias de hoje, continuou Dom Levi, somos também desafiados a comunicar de modo construtivo, para que a realidade seja olhada com confiança e esperança. Lendo a mensagem do papa, o bispo comentou que a espiral do medo é resultado de uma sociedade que se fixa em observar apenas as notícias ruins. Um caminho para contornar isso, segundo palavras do papa Francisco, é usar “óculos” adequados para decifrar a realidade a partir da Boa Notícia, que é o Evangelho e a pessoa de Jesus. Um exemplo concreto disso é como a Igreja é abordada pela imprensa secular. “Sentimos falta de informação mais precisa sobre a Igreja. É culpa nossa ou dos comunicadores? Vemos que a Igreja Católica é confundida com outras igrejas, que os profissionais não conseguem distinguir o que é um bispo ou um padre ou até mesmo explicar o significado das viagens do papa. Talvez por isso seja divulgado mais notícias negativas do que positivas sobre a Igreja”, afirmou.
Por fim, Dom Levi concluiu dizendo que em sua mensagem, o papa fala de uma comunicação propositiva, carregada de verdade, disseminada com o dom de línguas, que seria o mesmo que Jesus usava para comunicar aos diversos públicos. Ele também destacou que a notícia precisa trazer confiança às pessoas, mesmo que seu conteúdo seja ruim. “No fundo, deve prevalecer a esperança”, concluiu.
Na manhã desta quarta-feira (24), Festa de Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira da cidade e da Arquidiocese de Goiânia, foi aberta oficialmente a 4ª edição da Jornada da Cidadania, promovida pela PUC Goiás e a Arquidiocese de Goiânia, e que acontece no Câmpus II da universidade, no Setor Mariliza. Em sua fala, o arcebispo de Goiânia e grão-chanceler da PUC, Dom Washington Cruz, lembrou as palavras de Cristo, presentes no Evangelho. “Uma cidade construída sobre o monte não fica escondida” (cf. Mt 5,15). A Jornada da Cidadania é um pouco disso. Quer ser uma cidade construída sobre o monte, querendo ser um pequeno exemplo de como este país pode ser melhor se os corações de todos forem iluminados”, afirmou. Em seguida, o arcebispo convocou: “Vamos tocar fogo então em nossos corações para que o amor se espalhe em todas as direções”.
O magnífico reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, cumprimentou os presentes, agradeceu os parceiros e afirmou que a Jornada da Cidadania, embora tenha começado em Goiânia, é uma experiência que se estende à região metropolitana e pelos 27 municípios que integram a Arquidiocese de Goiânia. “É um passo importante que damos na história, de modo que é um evento que cresce e se consolida ano a ano”, salientou. O professor demonstrou alegria pela união de todos em torno dessa obra social e disse que tudo é importante no evento, desde os voluntários que estão colhendo garrafas pet e copos pelo Câmpus, até as crianças que brincam nos parquinhos, e os idosos que são atendidos diariamente. Ano passado, mais de 500 mil atendimentos foram realizados. Neste ano, segundo ele, esse número deve crescer em 30%. Ele também comentou que o evento conta com mais de 3 mil voluntários e a presença de 45 obras sociais da Arquidiocese.
Profa. Márcia Alencar, pró-reitora de extensão e coordenadora geral do evento, lembrou o lema do Fórum Social Mundial, “Por outro mundo possível”. “A Jornada da Cidadania é uma prova de que outro mundo é possível. É um evento cidadão, mas poderia ser também a Jornada da Ousadia, porque só sendo ousados podemos manter um acontecimento tão grande por 12 anos seguidos. Mas podemos também chamá-la de Jornada da Coragem, da Gratidão, porque sem vocês seria impossível realizá-lo. Enfim, podemos chamar este evento de Jornada da Solidariedade ou da Fraternidade, porque isso é o que reina aqui nestes dias”, completou. A Jornada é ainda, conforme a coordenadora geral do evento, a expressão corajosa da maioria do povo brasileiro, diferente de tudo o que estamos acompanhando pelos meios de comunicação sobre corrupção no país. “Nosso povo precisa de esperança e trazemos isso para a jornada”, disse.
O coordenador da Feira da Solidariedade, padre Max Costa, ressaltou que a PUC Goiás foi uma das primeiras obras sociais da Arquidiocese de Goiânia, criada por Dom Fernando Gomes dos Santos, e, como tal, esta Igreja particular pode ser chamada de irmã mais velha da universidade, pela qual muitas obras foram criadas e implantadas. Hoje elas são 65, que atendem mais de 75 mil pessoas por mês. “É a caridade de Cristo, a caridade da Igreja, que chega às pessoas mais necessitadas. Como irmã mais velha, a Igreja tem a responsabilidade de criar os irmãos mais novos e de dar o seu testemunho, que vem sendo feito pela Jornada da Cidadania, que cuida dos mais pobres e necessitados, levando o amor de Cristo aos corações com grande festa aberta a todas as pessoas”. Por tudo isso, o padre pediu que todos visitem os espaços e aproveitem a Jornada.
Se pronunciaram ainda na abertura, o secretário de estado de Goiás, Tayrone Di Martino; o prefeito de Goiânia, Iris Rezende; o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha; e o secretário de regulação e supervisão da educação superior do Ministério da Educação (MEC), Henrique Sartore de Almeida Prado.
Começou nesta quinta-feira (18), o Congresso Teológico 2017, promovido pela Diocese de Anápolis. O evento acontece no Centro Pastoral São João Paulo II, na Cúria Diocesana, em Anápolis até o domingo (21). O tema deste ano, “Eis aí tua Mãe”, está em sintonia com o Ano Mariano Nacional. São conferencistas neste ano: o cardeal arcebispo emérito de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno Assis; o bispo diocesano de Anápolis e vice-presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom João Wilk; e os padres Françoá Costa, Fidelis Stockl, OCR, Gessione Cunha e Luiz Henrique Brandão.
Os dois primeiros dias (18 e 19) serão voltados para a formação de clérigos. Já nos dois últimos (20 e 21) para religiosos e leigos. A inscrição custa R$ 35,00.
Programação
Para Clérigos / Quinta-feira, 18 de maio
7h30 – Café da manhã (inscrições)
8h – Oração / Laudes
8h45 – 1ª Conferência: Aparições Marianas, critérios da autenticidade – Padre Françoá Costa
9h30 – Intervalo
10h – 2ª Conferência: Tricentenário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida – Padre Luiz Henrique Brandão
11h – Plenário
12h – Almoço
Workshops
Maria Mãe dos Sacerdotes – Padre Luiz Henrique Brandão
Consagração a Nossa Senhora – Padre Fidelis Stockl, ORC
Maria na Evangelização da América Latina – Dom João Wilk
Para Clérigos / Sexta-feira, 19 de maio
8h – Café da manhã
8h30 – Oração das Laudes
9h – 1ª Conferência: Mariologia do Papa São João Paulo II – Dom João Wilk
9h45 – Intervalo
10h – 2ª Conferência: A atualidade da Mensagem de Fátima e Lourdes – Padre Gessione Alves Cunha
11h – Plenário
11h45 – Reunião do Clero
13h – Almoço
Para Religiosos (as) e Leigos / Sábado, 20 de maio
6h45 – Santa Missa (na Paróquia)
8h – Café da manhã (inscrições)
9h – 1ª Conferência: Piedade Mariana e Consagração a Nossa Senhora – Padre Fidelis Stockl, ORC
9h45 – Intervalo
10h – 2ª Conferência: Tricentenário de Nossa Senhora Aparecida – Cardeal Dom Raimundo Damasceno
11h – Plenário
12h – Almoço
14h – 3ª Conferência: Mariologia do Papa São João Paulo II – Dom João Wilk
15h – Café
15h30 – 4ª Conferência: A atualidade da Mensagem de Fátima e Lourdes – Padre Gessione Alves Cunha
16h15 – Plenário
17h – Encerramento
Para Religiosos (as) e Leigos / Domingo, 21 de maio
7h – Santa Missa (na Paróquia)
8h – Café da manhã
8h45 – 1ª Conferência: Aparições Marianas, critérios da autenticidade – Padre Françoá Costa
9h30 – Intervalo
10h00 – 2ª Conferência: Maria na Evangelização da América Latina – Dom João Wilk
11h – Plenário
12h – Entrega dos Certificados / Almoço
Fonte: Ascom/Diocese de Anápolis
Por ocasião do 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado neste dia 28 de maio, como de costume, o papa divulga mensagem. Neste ano traz como tema, “Não tenhas medo, que eu estou contigo” (Is 43,5) e lema, “Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”. No texto, Francisco convoca todos “a uma comunicação construtiva”, que rejeita preconceitos e promove a cultura do encontro. O pontífice lembra que a informação é um resultado seletivo e cabe aos profissionais “decidir qual material fornecer”, evidentemente sem com isso promover uma desinformação que ignora, por exemplo, os dramas do sofrimento. Segundo Francisco, esse é o desafio diário dos comunicadores. A mensagem do papa é muito importante, de modo especial em nosso tempo, porque ele nos oferece uma contribuição à busca de um estilo comunicativo aberto e criativo, que inspira abordagens propositivas.
Leia na íntegra
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O 51ª DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
Tema: “Não tenhas medo, que Eu estou contigo” (Is 43, 5).
Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo
28 de maio de 2017
Graças ao progresso tecnológico, o acesso aos meios de comunicação possibilita a muitas pessoas ter conhecimento quase instantâneo das notícias e divulgá-las de forma capilar. Essas notícias podem ser boas ou más, verdadeiras ou falsas. Os nossos antigos pais na fé já falavam da mente humana como uma pedra de moinho que, movida pela água, não pode ser parada. Quem está encarregado do moinho, porém, tem a possibilidade de decidir se moer o grão ou o joio. A mente do homem está sempre em ação e não pode parar de “moer” o que recebe, mas cabe a nós decidir qual material fornecer (cf. Cassiano o Romano, Carta a Leôncio Igumeno).
Gostaria que esta mensagem pudesse chegar como um encorajamento a todos aqueles que diariamente, seja no âmbito profissional seja nas relações pessoais, “moem” tantas informações para oferecer um pão perfumado e bom a quantos se alimentam dos frutos da sua comunicação. A todos quero exortar a uma comunicação construtiva, que, rejeitando os preconceitos contra o outro, promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade.
Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas “notícias más” (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falimento nas vicissitudes humanas). Não se trata, naturalmente, de promover desinformação onde seja ignorado o drama do sofrimento, nem de cair num otimismo ingênuo que não se deixe tocar pelo escândalo do mal. Antes, pelo contrário, queria que todos procurássemos ultrapassar aquele sentimento de mau-humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal. Aliás, num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e por conseguinte não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero.
Gostaria, pois, de dar a minha contribuição à busca de um estilo comunicador aberto e criativo, que não seja disposto a conceder ao mal um papel protagonista, mas procure evidenciar as possíveis soluções, inspirando uma abordagem propositiva e responsável nas pessoas a quem se comunica a notícia. A todos queria convidar a oferecer aos homens e mulheres do nosso tempo relatos permeados pela lógica da “boa notícia”.
A boa notícia
A vida do homem não se reduz a uma crônica asséptica de eventos, mas é história, e uma história à espera de ser contada através da escolha de uma chave interpretativa capaz de selecionar e reunir os dados mais importantes. Em si mesma, a realidade não tem um significado unívoco. Tudo depende do olhar com a qual é percebida, dos “óculos” com os quais escolhemos vê-la: mudando as lentes, também a realidade parece diversa. Por onde, então, podemos iniciar para ler a realidade com “óculos” juntos?
Para nós, cristãos, os óculos adequados para decifrar a realidade só podem ser os da boa notícia: partir da Boa Notícia por excelência, ou seja, o “Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (Mc 1, 1). É com estas palavras que o evangelista Marcos começa a sua narração: com o anúncio da “boa notícia”, que tem a ver com Jesus; mas, mais do que uma informação sobre Jesus, a boa notícia é o próprio Jesus. Com efeito, ao ler as páginas do Evangelho, descobre-se que o título da obra corresponde ao seu conteúdo e, principalmente, que este conteúdo é a própria pessoa de Jesus.
Esta boa notícia, que é o próprio Jesus, não se diz boa porque nela não se encontra sofrimento, mas porque o próprio sofrimento é vivido num quadro mais amplo, como parte integrante do seu amor ao Pai e à humanidade. Em Cristo, Deus fez-Se solidário com toda a situação humana, revelando-nos que não estamos sozinhos, porque temos um Pai que nunca pode esquecer os seus filhos. “Não tenhas medo, que Eu estou contigo” (Is 43, 5): é a palavra consoladora de um Deus desde sempre envolvido na história do seu povo. No seu Filho amado, esta promessa de Deus – “Eu estou contigo” – assume toda a nossa fraqueza, chegando ao ponto de sofrer a nossa morte. N’Ele, as próprias trevas e a morte tornam-se lugar de comunhão com a Luz e a Vida. Nasce, assim, uma esperança acessível a todos, precisamente no lugar onde a vida conhece a amargura do falimento. Trata-se duma esperança que não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações (cf. Rm 5, 5) e faz germinar a vida nova, como a planta cresce da semente caída na terra. Visto sob esta luz, qualquer novo drama que aconteça na história do mundo torna-se cenário possível também duma boa notícia, uma vez que o amor consegue sempre encontrar o caminho da proximidade e suscitar corações capazes de se comover, rostos capazes de não se abater, mãos prontas a construir.
A confiança na semente do Reino
Para introduzir os seus discípulos e as multidões nesta mentalidade evangélica e entregar-lhes os “óculos” adequados para se aproximar da lógica do amor que morre e ressuscita, Jesus recorria às parábolas, nas quais muitas vezes se compara o Reino de Deus com a semente, cuja força vital irrompe precisamente quando morre na terra (cf. Mc 4, 1-34). O recurso a imagens e metáforas para comunicar a força humilde do Reino não é um modo de reduzir a sua importância e urgência, mas a forma misericordiosa que deixa, ao ouvinte, o “espaço” de liberdade para a acolher e aplicar também a si mesmo. Além disso, é o caminho privilegiado para expressar a dignidade imensa do mistério pascal, deixando que sejam as imagens – mais do que os conceitos – a comunicar a beleza paradoxal da vida nova em Cristo, onde as hostilidades e a cruz não anulam, mas realizam a salvação de Deus, onde a fraqueza é mais forte do que qualquer poder humano, onde o fracasso pode ser o prelúdio da maior realização de cada coisa no amor. Precisamente assim, de fato, amadurece se aprofunda a esperança do Reino de Deus: “É como um homem que lançou a semente na terra; ele dorme e acorda, de noite ou de dia, mas a semente germina e cresce” (Mc 4, 26-27).
O Reino de Deus já está entre nós, como uma semente escondida ao olhar superficial e cujo crescimento acontece no silêncio. Mas quem tem olhos, tornados limpos pelo Espírito Santo, consegue vê-lo germinar e não se deixa roubar a alegria do Reino por causa do joio sempre presente.
Os horizontes do Espírito
A esperança baseada na boa notícia que é Jesus faz-nos erguer os olhos e nos impulsiona a contemplá-lo no contexto litúrgico da Festa da Ascensão. Embora pareça que o Senhor se distancie de nós, na verdade se alargam os horizontes da esperança. De fato, todo homem e toda mulher, em Cristo, que eleva a nossa humanidade ao Céu, pode ter plena liberdade para “entrar no santuário pelo sangue de Jesus, caminho novo e vivo que Ele inaugurou através do véu, quer dizer, pela sua carne” (Hb 10,19-20). Através “da força do Espírito Santo”, podemos ser “testemunhas” e comunicadores de uma humanidade nova, redimida, “até os confins da terra” (cf. At 1,7-8).
A confiança na semente do Reino de Deus e na lógica da Páscoa não pode deixar de moldar também o nosso modo de comunicar. Tal confiança que nos torna capazes de atuar – nas mais variadas formas em que acontece hoje a comunicação – com a persuasão de que é possível enxergar e iluminar a boa notícia presente na realidade de cada história e no rosto de cada pessoa.
Quem, com fé, se deixa guiar pelo Espírito Santo, torna-se capaz de discernir em cada evento o que acontece entre Deus e a humanidade, reconhecendo como Ele mesmo, no cenário dramático deste mundo, esteja compondo a trama de uma história de salvação. O fio com o qual se tece esta história sagrada é a esperança e o seu tecedor só pode ser o Espírito Consolador. A esperança é a mais humilde das virtudes, porque permanece escondida nas dobras da vida, mas é semelhante ao fermento que faz levedar toda a massa.
Nós a alimentamos lendo sempre novamente a Boa Notícia, o Evangelho que foi “reimpresso” em tantas edições nas vidas dos Santos, homens e mulheres que se tornaram ícones do amor de Deus. Também hoje é o Espírito a semear em nós o desejo do Reino, através de muitos “canais” vivos, através de pessoas que se deixam conduzir pela Boa Notícia no meio do drama da história, e são como que faróis na escuridão deste mundo, que iluminam a rota e abrem novos caminhos de confiança e esperança.
Vaticano, 24 de janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano de 2017.
Francisco
De 21 a 24 de abril, a Diocese de Uruaçu (GO) acolheu o Oestão das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que reuniu cerca de 120 pessoas, de 11 dioceses e teve como tema, “CEBs: os desafios do mundo novo”, e lema, “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo (Ex 3,7)”. O Oestão reúne os regionais Oeste I (Mato Grosso do Sul), Oeste II (Mato Grosso) e Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal), da CNBB. Foi realizado em preparação ao 14º Intereclesial, (o maior evento das comunidades eclesiais de base no país) e que acontecerá em janeiro do próximo ano, em Londrina (PR).
Durante o encontro, os participantes recordaram a caminhada das CEBs e houve um momento de silêncio por aqueles que perderam suas vidas, de modo especial os nove irmãos mortos no assentamento de Taquaruçu do Norte (MT). O assessor do Oestão, professor Sérgio Coutinho, que é historiador, fez junto com os presentes uma análise de conjuntura, a partir do método ver, julgar e agir. Diante do que está acontecendo no país, sobretudo nos campos sociais e políticos, ele destacou que se faz necessárias as palavras de Jesus, “Eu vim para que todos tenham vida” (Jo 10,10).
A Ditadura Militar de 1964 e a Nova República até o governo de Dilma Rousseff, marcaram uma era no país, segundo ele. “Para mim, em 2016, a Nova República terminou com o afastamento da presidente Dilma. Hoje não estamos mais vivendo um governo de coalizão de classes, mas um governo classista e anticlassista, sem nos esquecer também do PT que se envolveu nesse sistema por meio de alianças que trouxeram suas consequências”, declarou. Ele também fez uma análise das reformas: PEC 55, que limita os gastos públicos por 20 anos; a reforma da Previdência, que não possibilita a participação popular de forma alguma e levará os trabalhadores a se aposentarem apenas após contribuírem com a previdência por 49 anos e a reforma trabalhista, que prevê a redução de direitos e flexibiliza da terceirização. Conforme declarou o assessor, “do ponto de vista econômico está havendo um processo de desmonte no país com o processo de privatização de bancos públicos e estatais, além dos estados brasileiros”.
Houve também no Oestão reflexões sobre religião, com ênfase no Neopentecostalismo, o suposto comodismo da Igreja Católica e os caminhos que as CEBs querem traçar para envolver mais a juventude. O bispo diocesano de Uruaçu, Dom Messias dos Reis Silveira, disse que a comunhão é um elemento muito importante a se considerar. “Fiz uma carta à diocese convocando o povo de Deus à comunhão, pois precisamos ter a alegria de ser Igreja onde participamos. Às vezes esperamos muito dos padres, mas eles são poucos. A Igreja caminha sempre numa tensão”, disse. Segundo ele, é fundamental buscar juntos os sentidos da vida em Cristo que caminha com o seu povo. Dom Messias defendeu um diálogo aberto da Igreja com outras denominações, ressaltando que esse caminho já existe de maneira concreta com algumas. “Precisamos, acima de tudo, respeitá-los”, ponderou.
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