Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
87 padres das 13 dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) "viveram momentos intensos e ricos", nas palavras do coordenador da Comissão de Presbíteros, padre Mauro Francisco dos Santos, durante o 36º Encontro Regional de Presbíteros, que aconteceu nos dias 28 a 31 de agosto, na Diocese de Luziânia.
Nesses dias, eles refletiram sobre o tema, “Presbítero: discípulo do Senhor e pastor do rebanho”, e o lema, “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu como guardiães” (At 20,28), os mesmos do 17º Encontro Nacional de Presbíteros, que acontecerá em abril do próximo ano, em Aparecida (SP).
“É fundamental que nossos presbíteros, antes de tornarem-se pastores do povo de Deus, façam a experiência viva de serem discípulos do Divino Mestre, nosso Senhor Jesus Cristo, o Bom Pastor de nossas vidas”, destacou o coordenador justificando a temática escolhida. Segundo ele, antes de qualquer coisa, o padre é um cuidador, aquele que está sempre com o seu povo em todos os momentos, a exemplo de Jesus. “É ele o nosso modelo de pastor e é a partir dele que devemos conduzir nossa vida pastoral. Assim como ele cuidou dos outros para que todos tivessem vida plena, o presbítero de hoje deve almejar esse princípio de fazer com que a missão confiada a ele produza frutos bons que permaneçam na vida de nossos irmãos”, afirmou.
Citando os documentos da Igreja, padre Mauro ainda disse que é importante que o povo de Deus também saiba cuidar dos seus sacerdotes. “É fundamental que todos os cristãos tomem consciência de que esses homens chamados a uma missão no mundo, também requerem cuidados, amizades sadias e um profundo caminho espiritual, humano, afetivo e intelectual como nos recorda documento Pastores dabo Vobis, sobre o ministério dos presbíteros”.
Atividades
Os 36º Encontro Regional de Presbíteros foi marcado por diversas atividades, como as missas que foram presididas ao longo do evento pelo cardeal arcebispo de Brasília, Dom Sergio da Rocha e os seus auxiliares, Dom José Aparecido, Dom Marcony Vinícius e Dom Valdir Mamede. O psicólogo clínico, assessor em trabalhos comunitários e da Pastoral Presbiteral na Arquidiocese de Belo Horizonte, Dr. William Castilho, orientou formação sobre “o cuidado com os cuidadores”. O bispo anfitrião, Dom Waldemar Passini Dalbello, conduziu uma manhã de espiritualidade com os padres sobre a atitude e prontidão da Santa Mãe de Deus ao receber sua missão/vocação. O grupo também teve momentos de convivência espontâneos, nos quais puderam dialogar e trocar experiências.
Ao fim do encontro, Dom Waldemar ficou satisfeito. “Senti-me muito agradecido pelo carinho que os padres do Regional Centro-Oeste demonstraram por Luziânia. A fraternidade existente entre eles, e também com os bispos, pode ser cartão de visita para os jovens que desejam servir a Jesus Cristo no cuidado pastoral, como padres em nossa diocese”, declarou.
O 37º Encontro Regional de Presbíteros já ficou marcado para os dias 27 a 30 de agosto de 2018, na Diocese de Formosa. Nos próximos meses acontecerão encontros de avaliação nos quais serão escolhidos o tema e o lema a serem desenvolvidos no encontro de Formosa.
Com Pascom Diocese de Luziânia
Após 13 anos de pastoreio na Diocese de Luziânia, Dom Afonso Fioreze renunciou no dia 12 de julho, conforme prescreve o Cânon 401, parágrafo 1, do Código de Direito Canônico, que estabelece a decisão por motivos de idade, 75 anos. Sucedeu Dom Afonso, Dom Waldemar Passini Dalbello, que desde 24 de janeiro de 2015, era bispo coadjutor da diocese. No dia 22 de julho, foi celebrada uma missa em ação de graças pelo pastoreio de Dom Afonso, presidida por ele mesmo e concelebrada pelo arcebispo e o bispo auxiliar de Goiânia, respectivamente, Dom Washington Cruz e Dom Levi Bonatto, o bispo de Anápolis, Dom João Wilk; o novo bispo diocesano, Dom Waldemar; além do Clero Diocesano, e religiosos.
Em sua homilia, Dom Afonso falou sobre o Deus misericordioso que atua sempre a favor do ser humano. “Eu vou embora…Não estamos aqui para lamentar! Na vida, nas vitórias ou nas derrotas, Deus está presente em tudo. Em todas as ações do ser humano, Deus está presente. Apesar das dificuldades e quando achamos que perdemos a direção das coisas, Deus age em favor do ser humano. Essa ação de Deus nos dá uma dimensão do que São Paulo diz: “… Nada pode nos separar do amor de Cristo”. Tendo Deus à nossa frente, e, nós caminhando com Ele, durante toda a história da humanidade. Sempre foi assim. Como em Israel a até a terra prometida…”.
Dom Afonso está morando agora em São Paulo, em comunidade da Congregação da Paixão de Jesus Cristo (Passionistas).
Com o lema “A Paixão de Cristo nos impulsina”, Dom Afonso foi bispo diocesano de Luziânia por 13 anos. Ele chegou na diocese quando ainda era o bispo titular Dom Frei Agostinho Stefan Januszewicz, OFM.
Foto: Adriana Carreiro/Pascom da Diocese de Luziânia
Na segunda-feira (28) a Comissão de Liturgia se reuniu na sede do Regional Centro-Oeste, em Goiânia, para estudar aspectos da liturgia e participação. A formação foi orientada pelo bispo auxiliar de Brasília e referencial para liturgia no regional, Dom Marcony Vinícius. A base de estudos foi o documento do presidente da Comissão Nacional de Liturgia da CNBB, Dom Armando Bucciol, que foi apresentado na 55ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em maio deste ano.
Segundo Dom Marcony, o texto trata da noção de participação na liturgia. A Sacrosanctum Concilium – Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia, está bem presente no documento. “O material nos faz mergulhar no mistério de Cristo, e o próprio Cristo nos leva à participação, sem que para isso precisemos querer dominar esse aspecto ou o ritual da celebração”, afirmou o bispo.
A segunda parte da reunião teve como destaque algumas pontuações sobre o VI Encontro Regional de Liturgia, que acontecerá nos próximos dias 15 a 17 de setembro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia, com o tema “Maria e a Liturgia”, em sintonia com o Ano Vocacional Mariano. O coordenador regional de liturgia, padre Wolney Alves, foi quem deu alguns encaminhamentos e informações aos presentes sobre o evento. Para uma participação mais efetiva das dioceses, Dom Marcony pede aos bispos que enviem representantes da dimensão litúrgica ao encontro.
Formação
O VI Encontro Regional de Liturgia terá assessoria do bispo diocesano de Luziânia, Dom Waldemar Passini Dalbello e de Dom Marcony Vinícius. Entre os diversos temas marianos a serem estudados, está Maria na Sagrada Escritura; Maria e religiosidade popular; Piedade e Nossa Senhora; Maria na Liturgia; Procissões e Romarias Marianas; Lecionário Mariano; Devoção a Nossa Senhora; Maria nas orações litúrgicas.
Para Cleide Carmen Ferreira, da Arquidiocese de Brasília, a reunião da Comissão de Liturgia é sempre uma oportunidade de crescimento e de renovação espiritual. “As nossas reuniões sempre são momentos de encontro, encontrar o Cristo nos documentos, nas formações, na vida da Igreja. É um momento de crescimento pessoal, espiritual, de crescimento no amor a Cristo presente na sua liturgia”, destacou.
A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) divulgou nota nesta segunda-feira, 28, na qual repudia a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), feita pelo Governo Federal na última quarta-feira. No texto, o organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) considera que o decreto baixado pelo Executivo “vilipendia a democracia brasileira, pois com o objetivo de atrair novos investimentos ao país o Governo brasileiro consultou apenas empresas interessadas em explorar a região”.
De acordo com a Repam, nenhuma consulta aos povos indígenas e comunidades tradicionais foi realizada, como manda o Artigo 231 da Constituição Federal de 1988 e a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). “O Governo cede aos grandes empresários da mineração que solicitam há anos sua extinção e às pressões da bancada de parlamentares vinculados às companhias extrativas que financiam suas campanhas”, lê-se no texto.
Leia nota na íntegra
Brasília, 28 de agosto de 2017
Nota de repúdio ao Decreto Presidencial que extingue a RENCA
Ouvimos o grito da terra e o grito dos pobres
A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), ligada ao Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (CELAM), e no Brasil organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com a Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB, por meio de sua Presidência, unida à Igreja Católica da Pan-Amazônia e à sociedade brasileira, em especial aos povos das Terras Indígenas Waãpi e Rio Paru D’Este, vem a público repudiar o anúncio antidemocrático do Decreto Presidencial, altamente danoso, que extingue a Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (RENCA) na última quarta-feira (23).
A RENCA é uma área de reserva, na Amazônia, com 46.450 km2 – tamanho do território da Dinamarca. A região engloba nove áreas protegidas, sendo três delas de proteção integral: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá; a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d`Este. A abertura da área para a exploração mineral de cobre, ouro, diamante, ferro, nióbio, entre outros, aumentará o desmatamento, a perda irreparável da biodiversidade e os impactos negativos contra os povos de toda a região.
O Decreto de extinção da RENCA vilipendia a democracia brasileira, pois com o objetivo de atrair novos investimentos ao país o Governo brasileiro consultou apenas empresas interessadas em explorar a região. Nenhuma consulta aos povos indígenas e comunidades tradicionais foi realizada, como manda o Artigo 231 da Constituição Federal de 1988 e a Convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Governo cede aos grandes empresários da mineração que solicitam há anos sua extinção e às pressões da bancada de parlamentares vinculados às companhias extrativas que financiam suas campanhas.
Ao contrário do que afirma o Governo em nota, ao abrir a região para o setor da mineração, não haverá como garantir proteção da floresta, das unidades de conservação e muito menos das terras indígenas – que serão diretamente atingidas de forma violenta e irreversível. Basta observar o rastro de destruição que as mineradoras brasileiras e estrangeiras têm deixado na Amazônia nas últimas décadas: desmatamento, poluição, comprometimento dos recursos hídricos pelo alto consumo de água para a mineração e sua contaminação com substâncias químicas, aumento de violência, droga e prostituição, acirramento dos conflitos pela terra, agressão descontrolada às culturas e modos de vida das comunidades indígenas e tradicionais, com grandes isenções de impostos, mas mínimos benefícios para as populações da região.
Riscos ambientais e sociais incalculáveis ameaçam o “pulmão do Planeta repleto de biodiversidade” que é a Amazônia, como nos lembra Papa Francisco na carta encíclica Laudato Si, alertando que “há propostas de internacionalização da Amazônia que só servem aos interesses econômicos das corporações internacionais” (LS 38). A política não deve submeter-se à economia e aos ditames e ao paradigma eficientista da tecnocracia, pois a prioridade deverá ser sempre a vida, a dignidade da pessoa e o cuidado com a Casa Comum, a Mãe Terra. Em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em 9 de julho de 2015, o papa Francisco não hesitou em proclamar: “digamos não a uma economia de exclusão e desigualdade, onde o dinheiro reina em vez de servir. Esta economia mata. Esta economia exclui. Esta economia destrói a mãe terra”.
Na LS, o papa Francisco alerta ainda que “o drama de uma política focalizada nos resultados imediatos (…) torna necessário produzir crescimento a curto prazo” (LS 178).
Ao contrário, para ele “no debate, devem ter lugar privilegiado os moradores locais, aqueles mesmos que se interrogam sobre o que desejam para si e para os seus filhos e podem ter em consideração as finalidades que transcendem o interesse econômico imediato” (LS 183).
A extinção da Renca representa uma ameaça política para o Brasil inteiro, impondo mais pressão sobre as terras indígenas e Unidades de Conservação, e abrindo espaço para que outras pautas sejam flexibilizadas, como a autorização para exploração mineral em terras indígenas, proibida pelo atual Código Mineral.
Por todos esses motivos, nos unimos às Dioceses locais do Amapá e de Santarém, aos ambientalistas e à parcela da sociedade que, por meio de manifestações nas redes sociais e de abaixo-assinados, pedem a imediata sustação do Decreto Presidencial que extingue a Reserva.
Convocamos as senhoras e os senhores parlamentares a defenderem a Amazônia, impedindo que mais mineradoras destruam um dos nossos maiores patrimônios naturais.
Não nos resignemos à degradação humana e ambiental! Unamos esforços em favor da vida dos povos que vivem no bioma amazônico. O futuro das gerações vindouras está em nossas mãos!
Que Deus nos anime no mais fundo de nossos corações e nos ilumine e confirme na busca da tão sonhada Terra Sem Males.
Dom Cláudio Cardeal Hummes
Presidente da REPAM e da Comissão Episcopal para a Amazônia
Dom Erwin Kräutler
Presidente da REPAM-Brasil e Secretário da Comissão Episcopal para a Amazônia
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convida a todos para uma Jornada de Oração pelo Brasil, a ser realizada nas comunidades, paróquias, dioceses e regionais do país, de 1º a 7 de setembro próximo. Os bispos decidiram mobilizar os cristãos, por meio da oração, após a análise da realidade brasileira feita na última reunião do Conselho Episcopal Pastoral da entidade, dias 10 e 11 de agosto.
O Dia de Oração e Jejum sugerido é o dia 7 de setembro, data que marca a Independência do Brasil. Além da carta, enviada a todos os bispos brasileiros, foi enviada também uma oração (confira abaixo), a mesma enviada por ocasião da celebração de Corpus Christi, com uma pequena adaptação na última prece.
Segundo o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a Jornada de Oração é uma oportunidade para que os cristãos e pessoas de boa vontade que querem um Brasil melhor, mais fraterno e não dividido se unam.
“Nós estamos necessitados de um novo Brasil, mais ético; de uma política mais transparente. Nós não podemos chegar a um impasse de acharmos que a política pode ser dispensada. A política é muito importante, mas do modo do comportamento de muitos políticos, ela está sendo muito rejeitada dentro do Brasil. Nós esperamos que esse dia de jejum e oração ajude a refletir essa questão em maior profundidade.”
Um dos trechos da oração, encaminhada a todos os bispos do país pelo Consep, pede:
“Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos”.
Veja a íntegra da oração:
JORNADA DE ORAÇÃO PELO BRASIL
Semana da Pátria
1º a 07 de setembro de 2017
07 de setembro – dia da Pátria: Vida em primeiro lugar
“A paz é o nome de Deus” (Papa Francisco)
Diante do grave momento vivido por nosso país, dirijamos nossa oração a Deus, pedindo a bênção da paz para o Brasil.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vivemos um momento triste, marcado por injustiças e violência. Para construirmos a justiça e a paz, em nosso país, necessitamos muito do vosso amor misericordioso, que nunca se cansa de perdoar.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Estamos indignados, diante de tanta corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e conversão. Nós cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do País: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vosso Filho, Jesus, nos ensinou: “Pedi e recebereis”. Por isso, nós vos pedimos confiantes: fazei que nós, brasileiros e brasileiras, sejamos agentes da paz, iluminados pela Palavra e alimentados pela Eucaristia.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Vosso filho Jesus está no meio de nós, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz, em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas.
Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!
Neste ano em que celebramos os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, queremos seguir o exemplo de Maria, permanecendo unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo.
Amém!
(Pai nosso! Ave, Maria! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!)
Veja a íntegra da carta:
Brasília-DF, 10 de agosto de 2017
SG – Nº. 0500/17
Prezado irmão no episcopado,
Unidos para servir!
Vivemos um momento difícil e de apreensão no Brasil. A realidade econômica, política, ética vem acompanhada de violência e desesperança.
O Conselho Permanente, ao refletir o momento vivido, pediu que a Presidência enviasse carta ao irmão, sugerindo um Dia de jejum e oração pelo Brasil. Pediu igualmente que fosse enviada uma oração que pudesse ser rezada nas comunidades e famílias.
O dia de oração e jejum sugerido é o dia 7 de setembro próximo. A oração que enviamos também em anexo é a mesma que rezamos no dia de Corpus Christi. Houve uma adaptação na última prece.
Convidamos o irmão a incentivar a participação das comunidades e famílias no Dia de Jejum e oração pelo Brasil.
Em Cristo, unidos para servir,
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília – DF
Presidente da CNBB
Dom Murilo Krieger
Arcebispo de Salvador-BA
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB
Uma reunião ordinária das coordenações da Pastoral Familiar, do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) aconteceu na sede do regional, em Goiânia, no sábado (26) e reuniu representantes de cinco dioceses: Goiânia, Brasília, Luziânia, Anápolis e Ipameri.
Na parte da manhã, o grupo teve uma formação com o assessor padre Cleber Alves de Matos, da Diocese de Uruaçu, sobre suas experiências de preparação de noivos para o matrimônio, no período de um ano. Ele também fez comentários sobre o Projeto Pais e Mães que rezam pelos filhos, e filhos que rezam pelos pais. De acordo com ele, foi um projeto implantado em sua paróquia, na Diocese de Uruaçu, que teve bastante adesão e perseverança. No período da tarde, os coordenadores responderam ao questionário de avaliação da caminhada pastoral do regional neste ano, submetido pela Comissão Permanente de Avaliação Regional, para avaliação da caminhada da Igreja nesta porção do povo de Deus. Entre as avaliações da pastoral, está a Semana Nacional da Família, que aconteceu de 13 a 19 de agosto, em todas as dioceses.
Pastoral em saída
Outro ponto de destaque na reunião foi a discussão sobre a vivência pastoral e a necessidade de a Pastoral Familiar se tornar uma pastoral missionária. “Estamos aprofundando os estudos, cada vez mais sobre as nossas origens missionárias, de estarmos em estado permanente de missão, ou seja, indo até as famílias, promovendo visitas nas casas, sobretudo àquelas que estão com problemas e desestruturadas”, afirmou Aline da Silva, da Arquidiocese de Brasília. “É importante sairmos de dentro do templo, das igrejas e buscar as famílias que estão desamparadas do acolhimento de Deus e da pastoral familiar”, completou o esposo, Silvio Carlos.
Na Arquidiocese, a pastoral tem trabalhado nesse sentido, mas os desafios são imensos, principalmente por falta de agentes disponíveis e motivados a levarem essa missão adiante. Para superar a lacuna, a formação tem sido um investimento daquela Igreja particular. Neste ano nós já tivemos quatro formações nos setores pré e pós-matrimonial e neste segundo semestre teremos mais quatro voltados para os casos especiais. Além disso, está previsto um retiro espiritual com o bispo auxiliar, Dom Marcony Vinícius, no dia 21 de outubro. O objetivo das formações é buscar a unidade de toda a Arquidiocese para o trabalho com as famílias.
Com o tema, “A importância e a missão da Equipe Vocacional Paroquial”, orientado pelo padre Geraldo Tadeu Furtado, RCJ, nos dias 22 a 24 de setembro, a Pastoral Vocacional do Regional Centro-Oeste da CNBB, realiza formação, no Centro Pastoral da Paróquia São Cristóvão, em Anápolis, destinado a agentes paroquiais das Equipes Vocacionais Paroquiais (EVP), coordenadores diocesanos da Pastoral Vocacional (PV), seminaristas, religiosos, consagrados, sacerdotes e todos o que desejam colaborar na pastoral das vocações.
Padre Elias Aparecido, coordenador regional da PV, explica a motivação do tema da formação. “Sabemos que a paróquia é normalmente, o local onde nasce a vocação e a capacidade de escutar o chamado que vem do alto e de lhe responder. Urge a necessidade de agentes capacitados, humana e espiritualmente, em nossas (arqui) dioceses, para a missão nas Equipes Vocacionais Paroquiais (EVP)”, afirmou na Carta-Convite enviada a todas as dioceses do regional.
O investimento tem uma taxa de R$ 50,00 por participante. É indispensável confirmar a presença, preenchendo a ficha e encaminhando-a pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou confirmando até o dia 10 de setembro pelo WhatsApp, nos seguintes números: (62) 99996-0649 ou (62) 98158-7183 ou (62) 996937173.
Padres, seminaristas, religiosos e religiosas, membros das equipes diocesanas e paroquias de liturgia. Esse é o público que pode se inscrever para o 6º Encontro Regional de Liturgia, que acontecerá nos próximos dias 15 a 17 de setembro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia, com o tema “Maria e a Liturgia”, em sintonia com o Ano Vocacional Mariano. O encontro tem o objetivo de dar continuidade às formações assumidas pelo regional no sentido de oferecer uma ampla compreensão dos mistérios da sagrada liturgia.
É necessário levar ao encontro, roupas de cama e banho, Bíblia e material para anotações. Será cobrada uma taxa de R$ 225,00 por pessoa, relativa à taxa de hospedagem e refeições. Esse valor deverá ser pago no dia do encontro. Durante a formação, os recibos serão emitidos.
Depois de preenchida, a ficha de inscrição deverá ser encaminhada para: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou escrever para este e-mail confirmando inscrição, com nome completo e a diocese, e entregar a ficha no dia do encontro. Telefone: (62) 3357-1230. Cada diocese terá oito vagas.
O CPDF está localizado na Av. Anápolis, nº 2020, Jardim Aroeira, em Goiânia-GO.
Pelo oitavo ano consecutivo, milhares de catequistas das dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) seguiram em romaria à Casa do Divino Pai Eterno, em Trindade, no domingo passado, (20). O evento antecedeu a celebração do Dia do Catequista que acontece neste domingo (27). Segundo o bispo da Diocese de Goiás e referencial para a Pastoral Bíblico-Catequética Regional, Dom Eugênio Rixen, a romaria é “um momento importante para reunir todos os catequistas, a fim de celebrar e agradecer a Deus pelo serviço prestado por eles em cada comunidade da Igreja no regional”.
O tema deste ano foi “A exemplo de Maria, discípulos missionários”, em sintonia com o Ano Vocacional Mariano promovido pelo regional. “A missão dos catequistas é semelhante à de Nossa Senhora, pois todos os dias precisamos dizer um sim a Deus para que o evangelho atinja sempre mais e mais pessoas e, imitando a Jesus, a sociedade possa ser transformada”, explicou a escolha do tema, Dom Eugênio.
A romaria teve início por volta das 5h30 saindo do Portal da Fé, em Trindade, em direção ao Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Ao longo do percurso houve quatro paradas em que os catequistas meditaram, rezaram e cantaram. No santuário, às 8h, Dom Eugênio presidiu a celebração, na qual ele destacou o papel dos catequistas na Igreja. “O testemunho de vocês é muito importante. Não basta ser católico, temos que ser apaixonados por Jesus e formarmos discípulos missionários”. Ele também lembrou que é muito importante que o centro da catequese seja a Palavra de Deus. Após a missa, os catequistas confraternizaram no Ginásio de Esportes da cidade, ao som da cantora católica, Adriana Melo.
Dom Eugênio orientou uma breve formação sobre o documento 107, da CNBB, “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários”, aprovado na última assembleia da Conferência realizada no mês de maio, cujo conteúdo busca novos caminhos pastorais e reconhece que a inspiração catecumenal é uma exigência da atualidade. Para a coordenadora regional da Pastoral Bíblico-Catequética, a romaria é um momento de confraternização e agradecimento a Deus. “Graças ao trabalho contínuo que estamos fazendo, nossa romaria tem crescido e aqui mais uma vez estamos para agradecer a Deus pela nossa missão e conhecer e trocar experiências com catequistas de todo o nosso regional”, afirmou. O assessor, padre Eduardo Calandro, também deixou sua mensagem: “A iniciação à vida cristã é o novo jeito da Igreja fazer catequese, por isso, precisamos nos especializar de duas formas: primeiro se aprofundando e depois praticando. Esta romaria é um momento de profunda espiritualidade que nos impele como cristãos e catequistas a continuarmos firmes”, declarou.
Romeiros
Sandra Nascimento de Bastos, 48 anos, da Paróquia Nossa Senhora da Guia, em Trindade, que participou de todas as edições da romaria, destacou o evento como um momento de ação de graças. “É um momento único de render graças pelo Dia do Catequista e pela nossa missão”. Junto com ela, vieram mais 60 catequistas da paróquia. O casal Robson da Silva e Vânia de Jesus vieram da Arquidiocese de Brasília. Esta foi a primeira vez que vieram a Trindade em romaria. “Tivemos uma experiência muito positiva e esperamos que todos os catequistas tenham se sentido assim também. Com certeza é uma iniciativa válida que merece ser mais divulgada para estarmos cada vez mais em comunhão”, afirmou Robson. Junto com eles vieram da Arquidiocese mais 70 catequistas. Pela segunda vez na romaria, o jovem catequista Mathias Viana, 19 anos, veio neste ano com mais 400 catequistas da Diocese de São Luís de Montes Belos. “É uma experiência de unidade que nos ajuda a crescer como catequistas e cristãos. Estar aqui é sentir a presença de Deus e, retornando à minha diocese, quero motivar meus catequisandos a permanecerem na fé. Vou também incentivá-los a conhecerem a Casa do Divino Pai Eterno, em Trindade”, disse.
Diálogo, avaliação e planejamento: esta foi a pauta do 2º Encontro dos Coordenadores de Pastoral das dioceses, pastorais e movimentos do Regional Centro-Oeste da CNBB. A reunião ocorreu em Goiânia (GO), na sede do regional na manhã do último sábado, dia 12 de agosto.
Sob a orientação do secretário executivo do regional, padre Eduardo Luiz de Rezende, os coordenadores tiveram a oportunidade de partilhar as atividades do Ano Vocacional Mariano. Os participantes destacaram a importância da participação na Jornada Vocacional, realizada em Brasília (DF), que inspira a reflexão em torno da cultura vocacional.
Na ocasião, foi apresentado aos coordenadores o questionário de avaliação pastoral para os últimos 12 meses, que deverá ser devolvido para a sede do regional até o próximo dia 30 de setembro. De acordo com o membro da equipe de avaliação, Ir. Diego Joaquim, “as respostas dos questionários são fundamentais para o planejamento pastoral do próximo ano”.
Amoris Laetitia
Como a família será a prioridade para o ano de 2018, o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Arantes, apresentou aos coordenadores um breve resumo sobre a preocupação da Igreja com este tema, a partir da Amoris Laetitia, do Papa Francisco, e de outros documentos pontifícios. “O cuidado com a evangelização das famílias não é restrito ao âmbito da Pastoral Familiar, mas de toda ação evangelizadora da Igreja. A família, como projeto de Deus, está desvalorizado na sociedade”, explicou.
Aparecida
As representações das dioceses trouxeram para a reunião uma porção de terra de cada sede, para que seja enviada ao Santuário Nacional de Aparecida. No dia 15 de agosto, uma missa em Goiânia marcará o encerramento da peregrinação da imagem da Padroeira do Brasil pelo estado.
Carta
Também durante o encontro, a Pastoral da Aids fez a leitura da Carta de Porto Alegre (Leia aqui). O documento é fruto do Seminário Nacional realizado pela Pastoral no mês de julho, em que faz uma análise da atual conjuntura de crise do país, e seus reflexos no combate a epidemia da Aids. O documento foi entregue a Dom Moacir.
Leia também o artigo Onde dormirão os pobres, de autoria do Frei José Bernardi
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