Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
No próximo fim de semana, dias 17 e 18 de setembro, acontecerá de forma virtual, a II Ampliada Bíblico-Catequética do Regional Centro-Oeste da CNBB. O tema a ser trabalhado será “Catequese e as mídias digitais”, com assessoria do publicitário e coordenador nacional da Pascom Brasil, Marcus Tullius, e da jornalista e doutora em teologia, Aline Amaro da Silva.
As vagas são limitadas. Inscrições podem ser feitas por este link https://forms.gle/VfTBGXAXSswbKcAo9
Na tarde do dia 4 de setembro, aconteceu a primeira reunião virtual da Comissão Diocesana Pastoral da Comunicação (Pascom) com o bispo diocesano Dom Giovani Carlos, e o coordenador diocesano, padre Gilson Jardene. O momento contou com a participação de nove membros da comissão. No início do encontro, padre Gilson agradeceu a participação de todos e disse estar feliz por trabalhar com essa pastoral.
O coordenador fez um apanhado histórico da caminhada da Pascom na diocese e uma reflexão a partir do Evangelho de Lucas (24,13-35) que narra a experiência do encontro pessoal dos discípulos de Emaús com Jesus. “Do mesmo modo que os discípulos de Emaús, assim é a Igreja. Ora triste, ora murmurante, ora feliz, mas tudo se torna mais suave quando nos aproximamos de Jesus. O texto apresenta a experiência concreta do que fizeram os discípulos de Emaús. Eles estavam no caminho certo? Sim, a direção que era errada. O evangelista nos mostra que pelo mesmo caminho, os mesmos discípulos voltaram ardorosos”, refletiu padre Gilson. “Essa deve ser a dinâmica na Pastoral da Comunicação. Desafios sempre teremos, mas precisamos nos encontrar com Jesus. À medida que nos encontramos com ele nós descobrimos a verdade sobre nós mesmos e a motivação interior para permanecer no caminho”, completou.
O padre reforçou que a Pascom está no caminho certo, mas talvez ora e outra precisa repensar a direção. “Isso faz parte do agir de Deus em nós. Estou aberto e quero caminhar com vocês para que estejamos na direção certa”, destacou.
Dom Giovani Carlos, em suas palavras à Pascom, mostrou-se animado a caminhar junto e propôs um encontro diocesano a ser realizado no dia 14 de novembro, no Centro de Treinamento de Líderes (CTL) em Uruaçu. A proposta que é que Pascom das paróquias participem do evento. Em suas colocações ele também disse que é muito importante trabalhar a espiritualidade e a identidade da Pastoral da Comunicação. “Quem é a Pascom? A Legião de Maria, por exemplo, tem espiritualidade própria. A Pascom com seu trabalho transmite essa espiritualidade. A paróquia tem sua estrutura própria e a Pascom transmite a vida da paróquia. A Pastoral da Comunicação, portanto, sempre faz conhecer os outros, mas esquece de transmitir a sua identidade e espiritualidade”, explicou.
O Encontro Diocesano, segundo o bispo, ajudará bastante a Pascom entender a si mesma. “Precisamos trabalhar bastante isso para não perdermos o que conquistamos. A partir da pandemia se conquistou um espaço muito grande, mas se não trabalharmos, corremos o risco de perder tudo isso após a pandemia. Precisamos aproveitar o momento para estruturar, organizar, trabalhar a espiritualidade, a estrutura, e o dinamismo pastoral. Esse é o momento”, pontuou. O encontro será a oportunidade também de agradecer a todos os agentes da Pascom pelo seu trabalho desempenhado nas paróquias e comunidades. “Queremos agradecer a todos pelo trabalho, chamar, reunir, ver a cara das pessoas, encontrá-las, agradecer, estar junto, se abraçar com o olhar e estar um pouco mais perto do que no vídeo”.
A Comissão da Pascom concordou com a realização do encontro, já que será a oportunidade de animar os agentes e trabalhar os eixos formativos da pastoral: formação, articulação, produção e espiritualidade. Todos concordaram ainda que a espiritualidade é um dos eixos que precisam ser mais trabalhados. O encontro diocesano contará com várias palestras, pregações e testemunhos. Por fim, o grupo conversou ainda sobre um calendário diocesano da Pascom, sobre o Jornal Caminhar Juntos e iniciativas para motivar a pastoral nas paróquias e na diocese.
Fonte: Diocese de Uruaçu
No dia 27 de agosto aconteceu uma formação na Diocese de Itumbiara para as secretárias paroquiais sobre a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). O momento contou com a participação de 30 pessoas e teve a assessoria do Hugo, do Setor Jurídico da Theos, empresa de sistema operacional parceira da diocese. Após a formação foi aberta uma sala de bate-papo com as secretárias para que todas as dúvidas fossem sanadas pelo suporte técnico da Theos. Foi uma tarde muito produtiva a respeito da temática.
Desde que foi aprovada em agosto de 2018, a Diocese de Itumbiara tem estudado o tema e promovido formações para as paróquias. A LGPD é a leia nº 13.709 e com vigência a partir de agosto de 2020. O objetivo da nova lei é criar um cenário de segurança jurídica, com a padronização de normas e práticas, para promover a proteção, de forma igualitária e dentro do país e no mundo, aos dados pessoais de todo cidadão que esteja no Brasil.
A nova lei esclarece o que são dados pessoais, define que alguns desses dados são sujeitos a cuidados mais específicos, como por exemplo os dados de crianças e adolescentes e que os dados tratados tanto nos meios físicos como nos digitais estão sujeitos à regulação. Outro ponto importante a considerar é que não importa se a sede da organização ou o seu centro de dados estão localizados no Brasil ou no exterior, a LGPD deve ser cumprida.
A catequese de hoje deu início à segunda parte da Carta de São Paulo aos Gálatas na qual o Apóstolo dos Gentios interpela diretamente os Gálatas, colocando-os "diante das escolhas que fizeram e da sua condição atual, que poderia anular a experiência de graça que viveram".
Os termos com os quais o Apóstolo se dirige aos Gálatas certamente não são gentis. Nas outras Cartas é fácil encontrar a expressão “irmãos” ou “caríssimos”, aqui não. Diz genericamente “Gálatas” e duas vezes lhes chama “insensatos”. Não o faz porque não são inteligentes, mas porque, quase sem perceber, correm o risco de perder a fé em Cristo que aceitaram com tanto entusiasmo. São insensatos por não perceberem que o perigo é o de perder o precioso tesouro, a beleza da novidade de Cristo. A maravilha e a tristeza do Apóstolo são evidentes. Não sem amargura, ele provoca esses cristãos a lembrarem-se do primeiro anúncio feito por ele, através do qual lhes ofereceu a possibilidade de adquirirem uma liberdade até então inesperada.
Ação do Espírito Santo nas comunidades
Segundo o Papa, o Apóstolo "faz perguntas aos Gálatas a fim de despertar as suas consciências. Trata-se de questões retóricas, pois os Gálatas sabem muito bem que a sua chegada à fé em Cristo é fruto da graça recebida através da pregação do Evangelho. A palavra que ouviram de Paulo centrou-se no amor de Deus, plenamente manifestado na morte e ressurreição de Jesus. Os Gálatas devem olhar para este evento, sem se deixarem distrair por outros anúncios. A intenção de Paulo é colocar os cristãos em condições para que percebam o que está em jogo e não se deixem encantar pela voz das sereias que os querem conduzir a uma religiosidade baseada unicamente na observância escrupulosa dos preceitos".
Os Gálatas experimentaram também a ação do Espírito Santo nas comunidades. "Ao serem colocados à prova, tiveram de responder que quanto tinham vivido era fruto da novidade do Espírito. No início da sua chegada à fé, portanto, estava a iniciativa de Deus e não a dos homens. O Espírito Santo tinha sido o protagonista da sua experiência; colocá-lo agora em segundo plano a fim de dar primazia às próprias obras seria uma insensatez. A santidade vem do Espírito Santo e essa é a gratuidade da redenção de Jesus: isso nos justifica", disse ainda o Papa.
Deus continua concedendo os seus dons
São Paulo nos convida também a refletir sobre a forma como vivemos a fé. "Será que o amor de Cristo crucificado e ressuscitado permanece no centro da nossa vida quotidiana como fonte de salvação, ou será que nos contentamos com algumas formalidades religiosas para estar em paz com a nossa consciência? Estamos apegados ao tesouro precioso, à beleza da novidade de Cristo, ou preferimos algo que neste momento nos atrai, mas que depois nos deixa vazios por dentro?"
“O efêmero bate muitas vezes à porta dos nossos dias, mas é uma triste ilusão, que nos faz cair na superficialidade e nos impede de discernir aquilo pelo qual realmente vale a pena viver.”
O Papa nos convidou a manter a certeza de que, "mesmo quando somos tentados a nos afastar, Deus continua concedendo os seus dons".
Uma ascese sábia e não artificial
Sempre na história e também hoje, acontecem coisas semelhantes ao que aconteceu aos Gálatas. Também hoje, ouvimos alguém que diz: "Não, a santidade está nesses preceitos, nessas coisas, vocês têm que fazer isso ou aquilo, e isso nos leva a uma religiosidade rígida, de rigidez que nos tira aquela liberdade no Espírito que a redenção de Cristo nos dá. Cuidado com a rigidez que lhe é proposta. Por trás de toda rigidez existe algo ruim, não há o Espírito de Deus. Esta carta nos ajudará a não dar ouvidos a essas propostas um pouco fundamentalistas que nos fazem regressar em nossa vida espiritual, e nos ajudará a ir adiante na vocação pascal de Jesus.
Francisco concluiu sua catequese, dizendo que, apesar de todas as dificuldades que possamos colocar à sua ação do Espírito, "não obstante os nossos pecados, Deus não nos abandona, mas permanece conosco com o seu amor misericordioso. Deus está sempre perto de nós com a sua bondade. Peçamos a sabedoria de percebermos sempre essa realidade e mandar embora os fundamentalistas que nos propõem um caminho de ascese artificial, distante da ressurreição de Cristo. A ascese é necessária, mas uma ascese sábia e não artificial".
Fonte e foto: Vatican Media
No último domingo do mês vocacional, 29 de agosto, uma missa campal marcou a festa do co-padroeiro de Brasília, São João Bosco, e o retorno da procissão Náutica de Dom Bosco após dez anos, no Lago Paranoá. A missa foi presidida por Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília, e concelebrada por seu auxiliar, Dom José Aparecido, pelo padre Natale Vitale – Provincial dos Salesianos; o padre Jonh; padres e diáconos convidados.
O sonho faz parte da vida de um povo
Em sua homilia, o arcebispo de Brasília ressaltou que “o sonho representa sempre a percepção de que Deus olha o seu povo. O sonho de Dom Bosco não é um sonho simplesmente humano, representa que Deus está olhando por nós. O sonho de Dom Bosco toma forma através de um outro homem sonhador, Juscelino Kubitschek, que foi capaz de construir aqui a capital. Estamos aqui hoje também sonhando, porque quando deixamos de sonhar, nós perdemos o horizonte do presente e do futuro. O sonho faz parte da vida de um povo. O sonho faz parte da vida do ser humano; é preciso sonhar, é preciso sonhar grande.”
É preciso sonhar grande
Celebra São João Bosco, este sonho que mostra que Deus olha por nós, que Deus tem um grande projeto para nós, relembra-nos que, nesse tempo histórico em que estamos vivendo com seus problemas, uma sociedade polarizada, é preciso sonhar. É preciso ter grandes sonhos. É preciso ter grandes ideais. Uma sociedade quando perde a capacidade de sonhar, de ter grandes sonhos, ela vai enterrando o seu presente e minando as suas condições de futuro.
“Que daqui de Brasília, porque na origem dessa cidade está o sonho, sempre emerjam grandes sonhos para a vida da nossa sociedade. Grandes sonhos que façam jus verdadeiramente a grandeza da dignidade humana, da grandeza do ser humano. Que daqui saiam grandes sonhos da vida da Igreja. Que o nosso tempo seja regado por grandes sonhos,” conclui Dom Paulo Cezar.
Com o sentimento de alegria e unidade, o casal Wilson e Gorete Costa vieram celebrar o santo de devoção. “Dom Bosco é muito especial para a minha família. Meus filhos só deslancharam através dos cuidados dos Salesianos de Dom Bosco, na paróquia São João Bosco, no Núcleo Bandeirante,” explica Gorete.
Para o grupo de jovens: Luana, Maria Melo, Daniel, Erica Machado, Maria Clara e Elton Soares, membros do coral da paróquia São João Bosco – Núcleo Bandeirante, “voltar aqui em plena pandemia está sendo muito gratificante. Sentir a presença do povo reunido é muito importante, ainda mais neste tempo difícil. Dom Bosco é uma inspiração muito grande para todos nós.”
Comemoração
A festa de São João Bosco iniciou às 8h, com uma carreata com a imagem do Santo partindo do Santuário São João Bosco, na 702 Sul, com destino à Ermida Dom Bosco, para a tradicional missa campal, realizada anualmente.
Por volta de 11h30, a procissão largou do deck da ermida rumo à Ponte JK, onde o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar, concedeu duas bênçãos: pelas necessidades públicas e pelos barcos da marinha, que completam 10 anos. Após a chegada do Lago Paranoá, o evento seguiu em carreata até a Paróquia São João Bosco, no Núcleo Bandeirante, com uma benção aos motoristas na chegada à igreja Matriz. Às 18h, os festejos encerraram com missa solene presidida pelo Cardeal Dom Raymundo Damasceno.
Cercada de 300 pessoas participaram da missa campal, entre autoridades, membros da família Salesiana, educadores e jovens das obras Salesianas do DF e fiéis devotos ao santo, respeitando os protocolos de segurança contra o COVID-19.
O evento foi organizado pela Secretaria de Turismo do DF (Setur), com apoio da Secretaria de Governo (Segov) e da Arquidiocese de Brasília. A Marinha do Brasil prestou suporte logístico à comemoração, que contou também com a participação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).
Fonte: Arquidiocese de Brasília
Pela segunda vez em modalidade virtual, o Setor de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai promover de 1º a 3 de setembro de 2021 o Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade (CF) 2022. A CF do próximo ano tem como tema: “Fraternidade e Educação” e como lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor”, (Pr 31,26).
De acordo com o secretário-executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, o público-alvo desta formação são os agentes que têm atribuições de dinamizar a CF nas comunidades, dioceses e nos 19 regionais da CNBB, bem como todo o povo de Deus que se interessa pela temática da educação e da campanha.
A formação, que vai acontecer de forma aberta pelos canais do Youtube da CNBB, Edições CNBB e da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) sem a necessidade de inscrição prévia, terá como grande objetivo motivar o povo de Deus para a vivência da Campanha da Fraternidade 2022.
Padre Patriky aponta o caminho que será percorrido nos três dias de formação: “Vamos apresentar a proposta de tema para 2022, tornar conhecido o texto-base e refletir sobre como iniciar processos de avanço no cenário da educação à luz da fé cristã”.
Segundo o padre, a grande novidade da CF 2022 é que a campanha ao invés de abordar um ou outro modelo educativo vai buscar aprofundar a contribuição da experiência e da fé cristã para a educação nos dias de hoje. “Essa contribuição tem uma marca muito precisa que é a questão da educação integral e humanismo solidário presentes no Pacto Educativo Global proposto pelo Papa Francisco”, disse.
O secretário-executivo de Campanhas da CNBB defende que a educação não pode se restringir ao aspecto técnico-científico mas deve abordar a vida da pessoa na integralidade. “Devemos pensar também a educação para os valores, para o bem viver, para a vida e religiosa. Por mais que o ensino técnico-científico e acadêmico sejam importantíssimos, precisamos redescobrir a educação como um todo”, aponta.
“Vivendo a campanha no período quaresmal, percebemos que algo pode e deve ser mudado neste cenário. Educados pelo Evangelho, queremos trilhar uma vida nova rumo à celebração da Páscoa de Cristo”, disse.
Quem é chamado a participar?
O Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade (CF) 2022 vai ser aberto, transmitido pelos canais de Youtube da CNBB, Edições CNBB e da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) sem a necessidade de inscrição prévia. Contudo, as pessoas interessadas em receber o certificado de participação precisam enviar, antecipadamente, ao Setor de Campanhas da CNBB, uma solicitação com os dados (nome completo, cpf e rg) no seguinte e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Confira a programação do Seminário Nacional da CF 2022
Fonte: CNBB Nacional
Continuando a série de vídeos formativos da Pastoral Vocacional, o padre Paulo Henrique, coordenador regional da PV, fala sobre a identidade da Pastoral Vocacional - parte I. Em sua fala, o sacerdote diz que precisamos ter consciência de que somos amados por Deus. Somente assim conseguimos entender que recebemos o chamado vocacional. Padre Paulo Henrique ainda explica que a teologia da vocação é sempre trinitária: o Pai nos ama, o Filho nos chama, o Espírito Santo nos capacita, nos forma e nos envia a sermos instrumentos de salvação, a anunciar a palavra do Senhor.
No domingo, 22 de agosto, aconteceu a XII Romaria dos Catequistas do Regional Centro-Oeste ao Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO). O evento, que acontece na modalidade virtual pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia do coronavírus, teve como tema “Catequistas: discípulos missionários a exemplo de São José” e o lema “Como um pai é compassivo com seus filhos, o Senhor é compassivo com os que o temem”, em sintonia com o Ano de São José proclamado pelo papa Francisco.
O presidente do regional e bispo referencial da Pastoral Bíblico-Catequética, Dom Waldemar Passini Dalbello, presidiu a Santa Missa, às 8h, direto do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade. A celebração foi transmitida ao vivo pela TV Pai Eterno e pela Rádio Difusora Pai Eterno Goiânia AM 640.
A coordenação da Animação Bíblico-Catequética do Regional marcou presença: a tesoureira Keila Karla, da Diocese de São Luís de Montes Belos; o secretário Wanderson Saavedra, da Diocese de Luziânia; a coordenadora Anamar Arrais, da Diocese de Goiás. Concelebrou com o bispo, o padre Rodrigo Antônio, também membro da coordenação regional, e o padre João Paulo Santos, reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Dom Waldemar, durante a celebração, agradeceu a cada um pelo trabalho prestado. O bispo também agradeceu aos catequistas de todo o regional e os parabenizou pelo seu dia. “Que bom poder saudá-los e, saudando-os, olhando nos olhos, agradecer a cada catequista do nosso regional e de todas as comunidades”.
Dom Waldemar lembrou que o papa presentou a Igreja com o ministério do catequista. “Que maravilha, que presente que a Igreja recebeu com esse novo ministério que os catequistas nas nossas comunidades, nas nossas paróquias vão ter por toda a vida. É um ministério ao lado dos ministros ordenados, ao lado do padre, dos diáconos. Os catequistas são colaboradores muito próximos do acompanhamento dos irmãos e irmãs que estão chegando, daqueles que estão para nascer para a vida nova pelo batismo e aqueles que já nasceram, que já foram crismados, aqueles que já vivem da comunhão eucarística, da palavra de Deus, mas sempre tem a crescer, e tem esses irmãos e irmãs catequistas ao seu lado como apoio. Nossa gratidão por esse dia”.
Referindo-se ao evangelho do 21º Domingo do Tempo Comum (Jo 6, 60-69), Dom Waldemar disse que são palavras que nos provocam a sermos cristãos melhores. “Essas palavras nos abrem caminhos e nos instigam a ir além. Quando nós encontramos a palavra de Deus, Jesus não vem para nos deixar acomodados lá onde ele nos encontra, mas ele nos diz que o Pai que os ama tem um plano de amor e ele nos enriquece de esperança, a esperança que nos move”. A reflexão foi direcionada também à animação dos catequistas para que continuem na missão. “Hoje no evangelho há uma postura dos primeiros discípulos que nos interroga. Muitos deixaram de seguir Jesus, que bom poder ouvir essa palavra hoje porque põe nossos pés no chão, o realismo que é preciso assumir no nosso caminho de fé. A benção de Deus é ouvir essa palavra, receber essa palavra, esse sinal da misericórdia de Deus, essa bondade de um Deus que é rico de amor por nós, mas nós também recebemos uma graça, a fé para podermos responder ao chamado, ao plano de Deus e estarmos em plena comunhão com ele”.
Ao fim de sua fala, Dom Waldemar agradeceu os catequistas e animou os jovens e adultos para que façam parte em sua comunidade e paróquia deste importante ministério da Igreja. “Nós queremos muito contar com a missão de todos os catequistas, os jovens, os adultos que talvez tenham esse desejo, mas que ainda não tiveram essa coragem. Converse com o seu padre, com outro catequista e diga que você também gostaria de ser um catequista, que maravilha. Certamente o grupo dos catequistas e o padre ficarão muito felizes em acolher o seu propósito e ajudarão você a ser um excelente catequista. Ele que no silêncio, no testemunho nos deu um grande exemplo de docilidade à palavra de Deus”. O bispo lembrou ainda do Ano de São José e pediu as bênçãos de Deus para que sejamos missionários como assim o foi o pai de Jesus. “Neste Ano de São José nós queremos todos com os catequistas e outros ministérios da Igreja ser discípulos missionários a seu exemplo. Dóceis na palavra. Deixemos que o seu exemplo modele pelos desígnios de Deus com a sua graça, com a sua presença, alimentados pelo seu filho e seu corpo e sangue em cada eucaristia”.
No sábado, 21 de agosto, aconteceu em modalidade virtual, a 2ª Reunião de Coordenadores diocesanos e regionais de pastoral, coordenadores de movimentos e presidentes de organismos do regional. Participaram do dia de encontro formativo, cerca de 36 pessoas. No período da tarde, o presidente do regional, Dom Waldemar Passini Dalbello, marcou presença.
A reunião foi mediada pelo secretário executivo do regional, padre Eduardo Luiz de Rezende, com assessoria do arcebispo nomeado para a Arquidiocese de Santa Maria (RS) Dom Leomar Antônio Brustolin. Ele aprofundou o tema “Comunidades Eclesiais Missionárias”, eixo principal dos quatro pilares as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023). Dom Leomar juntamente com outros bispos, padres e leigos, integrou a equipe de redação do documento.
Durante a sua fala, o arcebispo afirmou que as comunidades cristãs estão muito vulneráveis em uma sociedade plural e individualista como a nossa. Com a pandemia do novo coronavírus, isso só se agravou. Ao longo de todo o dia de formação, ele apresentou elementos provocativos a respeito dessa reflexão. Conforme Dom Leomar, ainda não é possível falar sobre pastoral pós-pandemia, mas sim em pastoral em pandemia. “Ainda virão novidades bem desafiadoras. Não podemos ser ingênuos de achar que até o Natal estará tudo resolvido”, disse.
Dom Leomar citou o Concílio Vaticano II dizendo que esse histórico acontecimento da Igreja privilegiou a Igreja particular, integrado pelos documentos conciliares Lumen Gentium e Gaudim et spes. “Esses documentos refletem a visão da Igreja sobre si mesma e sua relação com o mundo”, afirmou o bispo. Sobre a dimensão missionária da Igreja, Dom Leomar disse que não há discipulado sem missão. “Estamos fazendo muita pastoral sem ser cristão, sem perceber o discipulado que está sendo dado como pressuposto. Não há discipulado sem missão. O problema é quando a gente não atenta sobre a Igreja somos”, declarou.
É importante e indispensável a percepção de que estamos há quase dois anos sem estar presencialmente nas comunidades, segundo Dom Leomar. E isso é preocupante porque o cotidiano da vida se faz na paróquia onde se acolhe as diferenças humanas. “Precisamos prestar atenção para não dar respostas velhas para perguntas novas. A crise vocacional que assistimos não vem da pandemia, ela é anterior, mas é também resultado das mudanças em que as pessoas se encontram na situação atual e precisam de um olhar da fé”.
Desafios
Temos, na atualidade, conforme Dom Leomar, uma série de desafios pastorais. O bispo citou como exemplo a pluralidade dos contextos, a cultura do individualismo e do descarte e do secularismo acentuado, que vai tornando a religião quase que um elemento privatizado, onde se multiplica a religiosidade individual e se esquece do compromisso comunitário e social. É necessário fortalecer a comunidade numa sociedade em rápida mudança que gera comportamentos novos. O assessor disse ser importante distinguir as realidades em que a Igreja está inserida. “Diante da complexidade e pluralidade dos contextos atuais é muito importante ter consciência de que por mais semelhante que seja a realidade do Regional pode ser que o que sirva para a Arquidiocese de Brasília não sirva para a Diocese de Jataí”. É desafiante ainda a revitalização do conceito de paróquia e o sentido de pertença; atrair os afastados; atender de forma personalizada; trabalhar arduamente pela integração das pastorais e movimentos em torno de um único fim que é a salvação de todos. “Precisamos permanecer fiéis aos ensinamentos dos apóstolos que está no livro de Atos (2,42-47). Isto é, ter consciência de que a fé nasce pela escuta. Sem escuta atenta da palavra não existe comunidade missionária. Precisa haver algo comum que é também esse jeito de pensar a partir do que os apóstolos ensinaram pela comunhão de vida e do partilhar a mesa; da oração e da fração do pão que é uma das primeiras designações da eucaristia, pois é ela que dá o tom da convivência, que distingue a comunidade de grupos humanos reunidos. Pela eucaristia sabemos que o Pai enviou Jesus para unir a todos e salvar vidas do vazio, do pecado, da morte”, completou.
Após a formação com Dom Leomar, o presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Waldemar Passini agradeceu a participação e sabedoria do arcebispo de Santa Maria, que foi compartilhada com os coordenadores de pastorais das dioceses e do nosso regional pedindo que as lideranças guardem e coloquem em prática os ensinamentos e as reflexões que foram partilhadas.
A reunião encerrou com as informações e encaminhamentos para a Avalição Regional do ano de 2021. As orientações foram feitas pelo irmão Diego Joaquim, que é membro da Comissão Pastoral de Avaliação do Regional. Após a fala do Irmão Diego, os participantes manifestaram a intenção de realizar a avaliação deste ano na modalidade presencial, que acontecerá nos dias 29 a 30 de outubro, na Cidade da Comunhão (CPDF) em Goiânia. O tema da reflexão será “A fé cristã em tempo de pandemia”, com a assessoria do secretário geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado.
Os catequistas ganharam um presente neste 2021: a Carta Apostólica Antiquum Ministerium, escrita pelo Papa Francisco no dia dez de maio. Na verdade, o presente foi para a Igreja, para as comunidades. Com essa carta, o Papa institui o Ministério do Catequista, ressaltando a particular e tão importante cooperação dos fiéis leigos na missão evangelizadora da Igreja, ao compartilharem conhecimento e testemunho de vida cristã com os irmãos e irmãs de todas as idades.
Parabéns, catequistas! Recebam nossa gratidão e nossas preces por sua perseverança e contínua alegria nesta incrível e desafiadora missão. Neste seu dia, o quarto domingo do mês vocacional, reconhecemos a importância de um carisma presente desde as comunidades do Novo Testamento. O Espírito Santo as enriquecia com numerosos dons, na unidade da mesma fé e de um só batismo (Ef 4,5). Hoje também é assim. O Espírito Santo suscita carismas e ministérios para o fortalecimento da vida e missão da Igreja.
O Papa Francisco recorda que ao longo da história, bispos, sacerdotes e diáconos, juntamente com muitos homens e mulheres de vida consagrada, dedicaram a sua vida à instrução catequética, para que a fé fosse um válido sustentáculo para a existência pessoal de cada ser humano. E, depois, acrescenta: Não se pode esquecer a multidão incontável de leigos e leigas que tomaram parte, diretamente, na difusão do Evangelho através do ensino catequético. Homens e mulheres, animados por uma grande fé e verdadeiras testemunhas de santidade, que, em alguns casos, foram mesmo fundadores de Igrejas, chegando até a dar a sua vida. (AM 3)
O tempo atual nos aproxima da vida da Igreja em seus primórdios, pois podemos aprender muito com aqueles inícios, quando os discípulos de Jesus viviam num ambiente cultural adverso. Eles precisavam anunciar a Boa Nova de pessoa a pessoa, com processos de Iniciação à Vida Cristã muito bem cuidados, onde o conhecimento das palavras de Jesus era acompanhado de um progresso na vida de oração e da inserção gradual em uma comunidade com fortes vínculos fraternos.
Descuidar dos “processos de continuidade” em ambientes comunitários preparados nas paróquias, expõe a catequese a uma situação de desconforto e, muitas vezes, de desânimo, pois os catequizados de dispersam, fazem escolhas de vida que contradizem as propostas do Mestre Jesus recebidas nos encontros catequéticos.
Ao acolhermos jovens e adultos na catequese, ou no catecumenato paroquial, devemos ter clara meta de sua inserção em uma pequena comunidade de jovens ou de adultos. A vida cristã é essencialmente comunitária. A catequese de inspiração catecumenal se torna um momento de gestação para a vida em Cristo numa Comunidade Eclesial Missionária. Os catequistas se tornam como que pais e mães dessas pequenas comunidades. Concluída a Iniciação Cristã, abre-se o tempo da formação permanente, com uma espiritualidade bíblica e litúrgica, num clima de amizade vinculante, de caridade, começando a pôr os pés na estrada da missão.
No caso das crianças e adolescentes, a catequese colabora num processo mais longo de iniciação, acompanhando as fases de desenvolvimento humano, cuidando para que tenham uma vida familiar que as apoie nas escolhas e estilo de vida cristãs. Por vezes, a partir das crianças, um(a) catequista pode tornar-se evangelizador(a) de seus pais, ou de outros membros das famílias. As sementes lançadas na catequese precisam de ambiente pessoal e comunitário para poderem crescer. Daí o valor da família e das pequenas comunidades para que o fruto da semeadura seja abundante.
Dom Waldemar Passini Dalbello
Bispo de Luziânia – GO
Membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética
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