No último domingo do mês vocacional, 29 de agosto, uma missa campal marcou a festa do co-padroeiro de Brasília, São João Bosco, e o retorno da procissão Náutica de Dom Bosco após dez anos, no Lago Paranoá. A missa foi presidida por Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília, e concelebrada por seu auxiliar, Dom José Aparecido, pelo padre Natale Vitale – Provincial dos Salesianos; o padre Jonh; padres e diáconos convidados.
O sonho faz parte da vida de um povo
Em sua homilia, o arcebispo de Brasília ressaltou que “o sonho representa sempre a percepção de que Deus olha o seu povo. O sonho de Dom Bosco não é um sonho simplesmente humano, representa que Deus está olhando por nós. O sonho de Dom Bosco toma forma através de um outro homem sonhador, Juscelino Kubitschek, que foi capaz de construir aqui a capital. Estamos aqui hoje também sonhando, porque quando deixamos de sonhar, nós perdemos o horizonte do presente e do futuro. O sonho faz parte da vida de um povo. O sonho faz parte da vida do ser humano; é preciso sonhar, é preciso sonhar grande.”
É preciso sonhar grande
Celebra São João Bosco, este sonho que mostra que Deus olha por nós, que Deus tem um grande projeto para nós, relembra-nos que, nesse tempo histórico em que estamos vivendo com seus problemas, uma sociedade polarizada, é preciso sonhar. É preciso ter grandes sonhos. É preciso ter grandes ideais. Uma sociedade quando perde a capacidade de sonhar, de ter grandes sonhos, ela vai enterrando o seu presente e minando as suas condições de futuro.
“Que daqui de Brasília, porque na origem dessa cidade está o sonho, sempre emerjam grandes sonhos para a vida da nossa sociedade. Grandes sonhos que façam jus verdadeiramente a grandeza da dignidade humana, da grandeza do ser humano. Que daqui saiam grandes sonhos da vida da Igreja. Que o nosso tempo seja regado por grandes sonhos,” conclui Dom Paulo Cezar.
Com o sentimento de alegria e unidade, o casal Wilson e Gorete Costa vieram celebrar o santo de devoção. “Dom Bosco é muito especial para a minha família. Meus filhos só deslancharam através dos cuidados dos Salesianos de Dom Bosco, na paróquia São João Bosco, no Núcleo Bandeirante,” explica Gorete.
Para o grupo de jovens: Luana, Maria Melo, Daniel, Erica Machado, Maria Clara e Elton Soares, membros do coral da paróquia São João Bosco – Núcleo Bandeirante, “voltar aqui em plena pandemia está sendo muito gratificante. Sentir a presença do povo reunido é muito importante, ainda mais neste tempo difícil. Dom Bosco é uma inspiração muito grande para todos nós.”
Comemoração
A festa de São João Bosco iniciou às 8h, com uma carreata com a imagem do Santo partindo do Santuário São João Bosco, na 702 Sul, com destino à Ermida Dom Bosco, para a tradicional missa campal, realizada anualmente.
Por volta de 11h30, a procissão largou do deck da ermida rumo à Ponte JK, onde o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar, concedeu duas bênçãos: pelas necessidades públicas e pelos barcos da marinha, que completam 10 anos. Após a chegada do Lago Paranoá, o evento seguiu em carreata até a Paróquia São João Bosco, no Núcleo Bandeirante, com uma benção aos motoristas na chegada à igreja Matriz. Às 18h, os festejos encerraram com missa solene presidida pelo Cardeal Dom Raymundo Damasceno.
Cercada de 300 pessoas participaram da missa campal, entre autoridades, membros da família Salesiana, educadores e jovens das obras Salesianas do DF e fiéis devotos ao santo, respeitando os protocolos de segurança contra o COVID-19.
O evento foi organizado pela Secretaria de Turismo do DF (Setur), com apoio da Secretaria de Governo (Segov) e da Arquidiocese de Brasília. A Marinha do Brasil prestou suporte logístico à comemoração, que contou também com a participação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).
Fonte: Arquidiocese de Brasília