Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
O Papa Francisco anunciou a convocação da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos com o tema: “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão” com um processo que começa nas Igrejas Particulares, passa pelas Conferências Episcopais, Conferências Continentais e com o ponto alto em 2023. A Igreja no Brasil também já está se mobilizando para fazer parte, desde as dioceses, desde grande processo de participação desencadeado pelo Papa Francisco afim de ouvir as Igrejas particulares sobre os rumos da Igreja. No último dia 29 de julho, a Equipe de Animação do Sínodo 2023 promoveu um encontro que reuniu 244 pessoas representantes de 74.82% das 278 circunscrições religiosas no Brasil.
O foco do encontro, segundo o secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Joel Portella Amado, foi mobilizar os representantes das dioceses – Igrejas Locais – espaço onde vai se desenvolver a primeira fase do Sínodo 2023, prevista para ser realizada de outubro de 2021 a março de 2022. As outras duas fases são a Fase Continental, prevista para acontecer de setembro de 2022 a março de 2023, e a fase da Igreja Universal – o Sínodo propriamente dito – a ser realizada em outubro de 2023.
Para aprofundar o tema “Uma Igreja Sinodal a caminho” e compreender o que significa a busca por a vivência de um processo sinodal convocado pelo Santo Padre, a próxima edição da Lives CNBB – Igreja no Brasil Painel vai discutir o tema “Uma Igreja Sinodal a caminho”.
O mediador, dom Joaquim Giovani Mol, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, receberá, como convidados, o assessor do Setor de Educação da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação da CNBB, padre Júlio César Resende, e o bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers. Ambos são membros da equipe de animação no Brasil do processo do Sínodo de 2023.
Os convidados abordarão as referências (teológico, jurídicas e pastorais) do magistério da Igreja e do Santo Padre que apontam para a compreensão do que significa a experiência de buscar uma Igreja mais sinodal. Também será apresentado, em linhas gerais, como acontecerá no Brasil as fases e processos do Sínodo 2023.
Lives CNBB – Igreja no Brasil Painel
O objetivo desta nova rodada das Lives CNBB – Igreja no Brasil Painel, segundo dom Joaquim Giovani Mol, é compartilhar e aprofundar assuntos que são importantes para a Igreja no Brasil, à luz do Magistério do Papa Francisco e da Igreja Católica no mundo. Estas lives pretendem ainda, segundo dom Mol, conectar pessoas e experiências às ideias e processos que estão sendo vivenciados na Igreja no mundo e na Igreja no Brasil, percebendo como estes temas e assuntos são encarnados na realidade brasileira.
A metodologia, segundo explica dom Joaquim Mol, vai sempre buscar aprofundar temas da realidade brasileira à luz do que diz os documentos da Igreja Católica e o Papa Francisco e levantar pistas de ação. As lives CNBB sempre buscarão a presença de um convidado especialista no tema e pastores da Igreja no Brasil para analisar a realidade e aprofundar a atuação pastoral e eclesial na realidade. Serão apresentadas também experiências ligadas a cada painel e debate com vistas a iluminar a ação dos cristãos católicos no Brasil.
Fonte: CNBB Nacional
Aconteceu no dia 10 de julho, através de plataforma virtual, a Assembleia eletiva da Coordenação Regional Centro-Oeste da Pastoral da Sobriedade para o biênio 2021-2023 com a presença do bispo referencial da Pastoral no Centro-Oeste, Dom Nélio Domingos Zortea; da coordenadora nacional Denise Ferreira e a participação de todos os coordenadores diocesanos e seus assessores eclesiásticos.
Foi um momento ímpar de espiritualidade, partilha e unidade entre todos em prol da escolha do novo (a) coordenador (a) regional. Foi eleita nova coordenadora por meio de lista tríplice, Vanessa Ribeiro Silva, da Diocese de Itumbiara (GO).
A coordenadora regional durante o biênio 2019 a 2021, Alessandra Vieira, agradeceu a todos pela oportunidade do serviço prestado neste período. Abaixo, o texto na íntegra.
Foi um momento ímpar de espiritualidade, partilha e muita unidade entre todos em prol da escolha do novo (a) Coordenador (a) Regional.
Quero externar minha profunda gratidão pelo privilégio de servir a Deus durante o biênio de 2019-2021 nesta Coordenação agradecendo por todo o apoio, ensinamento, dedicação e carinho recebidos de todo o clero, em especial de nosso bispo referencial nacional Dom Antônio Fernando Brochini; de nosso bispo referencial regional Dom Nélio Zortea; de nosso assessor eclesiástico monsenhor José Modesto; da coordenação nacional (Denise Ferreira, Ernestina Bites Flores, padre João Ceconello, padre Robério, Silvane Cecato), de meu marido e parceiro Nilson Vieira (Membro do Conselho Diretor Nacional), de todos os Coordenadores Regionais do Brasil, do Psicólogo e Formador Fernando Barbosa, da Ex-Coordenadora Nacional Ana Godoy, e todos os Coordenadores Diocesanos, Paroquiais e meus amados agentes do Centro-Oeste que foram fundamentais para juntos, superarmos os desafios e alcançarmos todas as metas no decorrer da minha coordenação. Entendo que o sucesso do servir em qualquer missão confiada é nunca nos afastarmos de nossos pastores. Toda ovelha necessita da orientação do seu pastor para não se perder do redil. Que possamos continuar sempre em unidade e seguindo a voz de nossos pastores que foram instituídos por Deus para guiar as suas ovelhas.
Continuaremos juntos e perseverantes, com os olhos fixos na Cruz restauradora de Nosso Senhor Jesus Cristo, na certeza de que nossa missão e meta é levarmos muitas almas para Deus e chegarmos todos à Nova Jerusalém Celeste.
Alessandra Vieira
Sua serva.
O Regional Centro-Oeste também externa seu agradecimento pelo serviço prestado durante esse tempo pela Alessandra, sobretudo neste tempo de pandemia em que exigiu ainda mais dedicação das pastorais. Muito obrigado e Deus a abençoe! Continuemos em unidade.
Vanessa Ribeiro Silva, nova coordenadora regional
Os 20 bispos nomeados pelo Papa Francisco entre o mês de junho de 2019 e junho de 2021 estão participando de 2 a 8 de agosto, de forma virtual, do Encontro de Novos Bispos. A reunião é promovida pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A programação conta com formação e conhecimento da estrutura do secretariado da CNBB. A missão do bispo, questões de Direito Canônico, liturgia do ministério episcopal, solidariedade e partilha e as perspectivas das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) são alguns elementos do eixo formativo do encontro.
Na tarde desta segunda-feira, 2 de agosto, dom Joel Portella, secretário-geral da CNBB, esteve presente na reunião e falou sobre a estrutura e proposta pastoral da Conferência. “É com muita alegria que estamos dando esse passo na pandemia – não desrespeitando as regras de distanciamento social e também nos encontrando”, disse ao iniciar sua fala.
No contexto de comunhão e serviço, dom Joel falou aos novos bispos sobre o surgimento da CNBB, que se deu em 14 de outubro de 1952, no Rio de Janeiro. Citou que a transferência da sede para Brasília se deu em 1977, e disse ainda que a Conferência é regulamentada pelo Código de Direito Canônico e pelo Regimento Interno e Estatuto.
Sobre as finalidades, dom Joel enfatizou que cabe à Conferência congregar; promover; dinamizar a missão e responder aos desafios contemporâneos. “Nossa Conferência é identificada como um organismo de instrumento de comunhão e serviço”, disse.
Na sequência, dom Joel explicou sobre os âmbitos de atuação da CNBB. Falou aos bispos sobre a sede (que é localizada em Brasília), seus 19 regionais, a Edições CNBB, o Centro Cultural Missionário (CCM) e o Pontifício Colégio Pio Brasileiro.
Sobre a questão da hierarquia, dom Joel explicou aos bispos que o órgão máximo é a Assembleia Geral, que se reúne uma vez por ano; e na sequência o Conselho Permanente e o Conselho Episcopal Pastoral (Consep).
“O grande desafio para vocês, novos bispos, é recomeçar a partir de Jesus Cristo”, disse.
Ação Evangelizadora – Dom Joel também falou sobre as urgências da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, para o quadriênio de 2019 a 2023. “Vivemos um tempo de altíssima pluralidade. Nesse conjunto de riquezas o que deve ser prioritário é a formação das comunidades eclesiais missionárias”, disse.
O secretário-geral citou as características que as comunidades devem adquirir. “Elas devem estar, sobretudo, alicerçadas em quatro pilares: palavra, pão, caridade e missão”, disse.
Atuais desafios – Pandemia e o distanciamento social foram alguns dos temas citados por dom Joel e encarados como desafios pela atual presidência da CNBB. “Nós temos sido um baluarte em testemunhos do valor da vida. Nós em nível nacional, por exemplo, não faremos eventos presenciais até o final de 2021″, disse.
Na sequência, dom Joel disse que era importante aproveitar as experiências no campo virtual, mas futuramente não abandonar o presencial, pois “é irrenunciável”, disse.
Assuntos como a construção do Novo Estatuto da CNBB; a Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe e o Sínodo dos Bispos 2023 também foram discutidos por dom Joel.
Novos bispos
Saiba quem são os novos bispos nomeados pelo papa Francisco desde junho de 2019:
Dom Roberto José da Silva
Diocese de Janaúba-MG
Nomeação: 12 de junho de 2019
Dom Jésus María López Mauléon, OAR
Prelazia do Alto-Xingu-Tucumã-PA
Nomeação: 06 de novembro de 2019
Dom Dilmo Franco de Campos
Auxiliar da Diocese de Anápolis-GO
Nomeação: 27 de novembro de 2019
Dom Zdzislaw Stanislaw Blazczyk (Dom Tiago)
Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro-RJ
Nomeação: 04 de dezembro de 2019
Dom Lindomar Rocha Mota
Diocese de São Luís de Montes Belos – GO
Nomeação: 22 de janeiro de 2020
Dom Adimir Antônio Mazali
Diocese de Erexim- RS
Nomeação: 15 de abril de 2020
Dom Jeová Elias Ferreira
Diocese de Goiás- GO
Nomeação: 27 de maio de 2020
Dom Célio da Silveira Calixto Filho
Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro- RJ
Nomeação: 27 de maio de 2020
Dom Giovani Carlos Caldas Barroca
Diocese de Uruaçu- GO
Nomeação: 17 de junho de 2020
Dom Ângelo Ademir Mezzari, rcj
Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo-SP
Nomeação: 08 de julho de 2020
Dom Valentim Fagundes de Menezes
Diocese de Balsas-MA
Nomeação: 29 de julho de 2020
Dom Antônio Fontinele de Melo
Diocese de Humaitá-AM
Nomeação: 12 de agosto de 2020
Dom Francisco Agamenilton Damascena
Diocese de Rubiataba-Mozorlândia-GO
Nomeação: 23 de setembro de 2020
Dom Dorival Souza Barreto Júnior
Auxiliar da Arquidiocese de São Salvador-BA
Nomeação: 04 de novembro de 2020
Dom Valter Magno de Carvalho
Auxiliar da Arquidiocese de São Salvador- BA
Nomeação: 04 de novembro de 2020
Dom Norberto Hans Cristoph Foerster – SVD
Diocese de Ji-Paraná-RO
Nomeação: 02 de dezembro de 2020
Dom Frei Carlos Silva, OFMCap
Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo- SP
Nomeação: 16 de dezembro de 2020
Dom Nivaldo dos Santos Ferreira
Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte- MG
Nomeação: 23 de dezembro de 2020
Dom Júlio César Gomes Moreira
Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte – MG
Nomeação: 23 de dezembro de 2020
Dom Cleocir Bonetti
Diocese de Caçador-SC
Nomeação: 30 de junho de 2021
Fonte: CNBB Nacional
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota nesta sexta-feira, 9 de julho, sobre o momento atual da conjuntura brasileira. No documento, a instituição reafirma, por meio de sua presidência, a necessidade de “defender as vidas ameaçadas, os direitos respeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade”.
Na avaliação da CNBB, a sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. “A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19”, diz um trecho da nota.
A CNBB, na nota, “apoia e conclama as instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos”.
Confira, abaixo, a íntegra do documento e a versão em PDF aqui.
Nota da CNBB diante do atual momento brasileiro
Brasília-DF, 9 de julho de 2021
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB levanta sua voz neste momento, mais uma vez, para defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade. A sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos.
A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19. “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque.” (CNBB, Mensagem da 56ª. Assembleia Geral ao Povo Brasileiro, 19 de abril de 2018).
Apoiamos e conclamamos às instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB
Com a Missa da Partilha, a Paróquia Nossa Senhora das Graças, em Itumbiara, já arrecadou 870 cestas de alimentos neste ano. A iniciativa agora faz parte da ação solidária emergencial “É Tempo de Cuidar”, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo objetivo é ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade diante da pandemia do coronavírus, bem como fortalecer a solidariedade fraterna nas Igrejas do Brasil por meio de doações.
Na Diocese de Itumbiara, a iniciativa tem ganhado cada vez mais força, conforme relato do padre Luís Fernando Alves Ferreira. “Com o recrudescimento da pandemia de covid-19 em 2020, as doações começaram a aumentar e alcançamos cerca de 150 cestas por mês, totalizando 1564 cestas no fim do ano. Neste ano de 2021 já estamos arrecadando 870 cestas com a Missa da Partilha, doações de empresas e de particulares”, afirma.
Segundo o padre, com o tempo a “Missa da Partilha” se tornou uma instituição permanente da paróquia responsável por algumas dezenas de cestas básicas. “Em 2009 já entregávamos cerca de 40 cestas todo mês”. Ele diz ainda que o aumento do número de cestas básicas foi gradativo graças ao trabalho constante e à generosidade das pessoas. “A paróquia possui uma região extensa na qual mora muitas famílias pobres. Muitas delas contam ainda com membros doentes ou desempregados e as cestas que a comunidade prepara com a missa da Partilha é, em muitos casos, quase o único recurso para a sobrevivência”.
HistóricoDesde 2004, a Paróquia Nossa Senhora das Graças mantém uma constante rede de assistência e promoção social inicialmente com a Pastoral do Dízimo e, posteriormente, agregando as pastorais da Caridade e da Saúde. Iniciada pelo padre Mauro Almeida Cecílio, antecessor do padre Luís Fernando, a “Missa da Partilha” realizada uma vez ao mês no segundo domingo do mês, começou arrecadando algumas cestas para famílias das regiões mais pobres da paróquia.
Questionado sobre como a paróquia faz a divulgação para arrecadar as cestas, padre Luís Fernando diz que a iniciativa já é conhecida a bastante tempo pela população e isso faz toda a diferença. “A Diocese de Itumbiara já possui uma tradição de assistência humanitária e a população sabe que pode contar com a Igreja. Desde o Natal Solidário instituído por Dom Antônio Lino por volta do ano 2003, nosso ex-bispo de saudosa memória, que as paróquias da diocese iniciaram este trabalho de visitar e cadastrar as famílias carentes de sua região. Assim, tanto as empresas que doam quanto os particulares que querem doar procuram-nos sabendo que possuímos um cadastro das famílias assistidas e que, por meio do controle da Pastoral da Caridade que é quem faz a entrega das cestas, estas chegarão a quem realmente necessita”.
Informações e fotos: Diocese de Itumbiara/Pe. Luis Fernando A. Ferreira, pároco
A Comissão organizadora do Mutirão de Comunicação, maior evento de comunicação eclesial do país, informou que as inscrições para quem deseja participar do evento foram prorrogadas.
As inscrições para o Mutirão de Comunicação iniciaram em novembro de 2020. De lá para cá, mais de 3.000 pessoas já se inscreveram para participar do maior evento de comunicação eclesial do país, que irá ocorrer nos dias 23 e 24 de julho de 2021.
Os interessados em participar do evento, que este ano será realizado de forma 100% online, poderão se inscrever no site do Mutirão. As vagas são limitadas e a expectativa, segundo a comissão organizadora, é chegar aos 4 mil inscritos.
Marcus Tulius, membro da comissão organizadora, disse que a Comissão realizou uma reunião na manhã desta terça-feira, 29 de junho, para decidir sobre a prorrogação das inscrições e a ampliação do número de participantes. “Nós iremos aumentar, mas serão vagas limitas. É importante que quem deseje participar garanta a sua vaga, uma vez que quando encerrar essa reabertura, as inscrições serão encerradas”, alertou.
De acordo com Marcus, entre os inscritos há agentes da Pastoral da Comunicação, jornalistas, profissionais de relações públicas, profissionais de veículos de inspiração católica. “Queremos ainda mais contar com a participação nessa etapa, nesse alargamento do processo de inscrição”, disse o Marcus.
A temática
A construção do tema do Mutirão de Comunicação 2021 considerou a urgência de respostas efetivas aos desafios que as várias frentes hoje de defesa da dignidade e da liberdade humanas experimentam, em destaque na comunicação, e que se dão de variados modos nas mais distintas sociedades.
Com a inscrição “Por uma comunicação integral”, o tema se define, em primeiro lugar, como a inarredável defesa política e social de uma comunicação democrática, horizontalizada e responsável.
“É um tema, mas também um lema, pois se coloca como um brado, um grito de inclusão dos que são marginalizados, impedidos de se manifestarem e de darem-se a conhecer em seus modos de ver e de dizer o mundo. Comunicação integral, também, na abertura que deve existir em relação ao outro; em uma postura verdadeiramente dialógica e na consideração das diferenças e do direito humano de todos a se comunicar”, disse o professor Mozahir Salomão, coordenador do Grupo de Reflexão sobre Comunicação da CNBB.
Programação
A programação terá início na sexta-feira, dia 23 de julho, às 16h45, com previsão de encerramento às 21h. Logo às 18h haverá a palestra magna “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”, com a participação de Massimo di Felice. Já às 19h15 haverá a conferência “Comunicação para a paz em tempos de fake news e ultraconservadorismo”, com Magali Cunha. Às 20h, haverá um momento de interação com reflexões e diálogos com os participantes.
No sábado, dia 24, o Mutirão se estende de 8h30 às 18h. Às 9h haverá a conferência “Era do onlife: real e virtual se (com)fundem. Também na Igreja?”, com o palestrantes Paolo Benanti. Na sequência, Às 10h, a conferência “Retomar as rédeas do mundo: o humano-cristão nos novos ecossistemas à luz da Fratelli Tutti”, com o Norval Baitelo Jr.
Às 11h15 é a vez de uma mesa redonda sobre “ecologia das mídias e nas mídias católicas”, com a participação da Adriana Braga e do André Trigueiro. Às 13h30 haverá a conferência “Comunicação para o bem viver em tempo de máxima desigualdade”, com a Viviane Mosé.
Às 14h30 é a hora da conferência “Utopias do mundo integral”, com o Carlos Ferraro; já às 16h10 haverá a conferência “Comunicação integral: influenciadores ou influenciados?”, com a participação de Elizabeth Saad.
Além das palestras, estão previstos momentos de espiritualidade, lançamentos de livros, tecnologias de comunicação e apresentações culturais. Durante todo o evento haverá interação com os participantes.
Conheça algumas das conferencistas (AQUI).
Fonte: CNBB Nacional
Com quinhentas mil vidas perdidas temos que comparar este número com a realidade e desconstruí-lo novamente.
Apesar de termos a enorme facilidade de nos acostumarmos com quase tudo é imperativo relançar o olhar sobre o desenvolvimento da pandemia para nos assombrarmos novamente.
Os múltiplos que vão acontecendo causam, cada vez menos, estupor e espanto. Cinco, cinquenta, e agora as centenas de milhares de mortos, tornam-se os pontos de referência para gerar algum constrangimento.
Esteticamente 500 mil é um número demasiadamente grande em relação a quase tudo que podemos pensar. 500 km, 500 mil dólares, 500 mil escolas, 500 mil lagos, 500 mil pássaros… 500 mil vidas…
500 mil é um número tão grande, que, a este ponto, é quase impossível que algum dos 214 milhões de brasileiros não conheça alguém que faleceu vítima desta pandemia. É um número que assombra os sentidos, mas que, infelizmente, se comparado com a triste situação brasileira, pode estar terrivelmente subnotificado.
Agora não poderemos falar apenas do COVID-19, mas de uma pandemia que ajusta elementos estranhos e agravamentos severos de condições políticas, econômicas e até naturais.
Os fatos que já não eram mais questionados tornaram-se irrelevantes no emaranhado de condições que se desenrolaram no vigésimo ano deste terceiro milênio. De repente o mundo começou a não acreditar mais em soluções construtivistas e se lançou em aventuras política e econômicas fora da normalidade. A multiplicação de temas colaterais passou a ser mais importante que os próprios fatos, e os fatos pararam de assombrar.
Uma pandemia, portanto, se instalou entre nós. Nela o COVID-19 é apenas um elemento soterrado dentro dos efeitos colaterais de uma política que não se alinhou para enfrentá-lo. O caminho fácil foi apresentado. A cura apareceu milagrosamente nas mãos de governos que se negaram, deliberadamente, a fazer uma campanha educativa e a seguir a estrada da ciência. Apareceu, então uma má ciência! Uma ciência aplicada que faz experimento com a vida humana, mas este tipo de experiência já foi vetado pelos direitos humanos.
A pandemia se espalha numa grandeza assombrosa, mas ela mesma não assombra. A pandemia é todo o descaso pela vida, e, até o próprio vírus parece menor ante a total falta de planejamento para a economia, para a saúde, para a educação, para a justiça. A pandemia, então, é total, e assim como fez agigantar o vírus, que matou mais aqui do que em qualquer outro lugar, ainda está em evolução, e tende a alcançar as profundezas de uma luta pela alma do povo brasileiro.
Diante dos 500 mil temos que cultivar uma estética diferente. Uma estética que se assombra com a perda sem sentido de qualquer vida, mesmo que seja apenas uma.
Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO)
Em janeiro de 2022 deve entrar em vigor a nova edição da Classificação Internacional de Doenças, a CID 11, publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Na lista, será incluída a velhice, sob o código MG2A. Membro da Comissão de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e um dos fundadores da Pastoral da Pessoa Idosa, o médico geriatra e gerontólogo João Batista Lima Filho chama atenção para a decisão do organismo internacional e denuncia o “contrassenso social, econômico, cultural e ético”.
“A Comissão de Bioética da CNBB tem claramente que envelhecimento faz parte da vida. Não é uma doença”, salientou o doutor João Batista em carta enviada à Presidência da CNBB.
A tabela com a CID, segundo João Batista, é utilizada na saúde por seguradoras cujos reembolsos dependem da codificação de doenças; por gestores nacionais de programas; por especialistas em coleta de dados; e por outros profissionais que acompanham o progresso global e determinam a alocação de recursos.
“Principalmente estão em jogo os interesses financeiros/econômicos como a indústria anti-ageing, onde milionários empreendedores estão interessados em vender o sonho da juventude eterna e manejam uma indústria ávida por este próspero consumo. Reivindicam a ‘cura da velhice’ e/ou o antienvelhecimento“, denuncia João Batista Lima Filho
Etapa da vida
Da mesma forma que outras fases, como a infância e a juventude, a velhice é considerada pelos que atuam com o envelhecimento uma etapa da vida, que “jamais pode ser considerada uma doença”.
A Igreja assim acredita. O bispo de Rio Grande (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, dom Ricardo Hoepers, que também preside a Comissão de Bioética, recorda a instituição pelo Papa Francisco do Dia Mundial do Avós e dos Idosos, que será celebrado no dia 25 de julho.
“Com isso, a Igreja continua a manter sua perspectiva em favor da vida desde a concepção até o seu fim natural, respeitando cada etapa como um dom de Deus. A vida integral tem sua dignidade, inviolabilidade e sacralidade“, salienta o bispo.
Honrem os anciãos
Dom Ricardo recorda o destaque especial dado aos idosos na Bíblia. São eles que trazem consigo a sabedoria de Deus e a garantia do ensinamento dos valores: “Levantam-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19,32).
Para dom Ricardo, a proposta da OMS é “desumanizante e completamente desproporcional a todos os avanços e conhecimentos adquiridos nos últimos anos sobre essa etapa tão significativa da vida”.
“A nossa vida não pode se tornar refém de grupos que querem compartimentalizar cada fase da vida para o usufruto dos interesses de uma economia de mercado que coisifica e mensura a vida como um objeto a ser negociado nas bolsas de valores. Que possamos entender a proposta do Papa como uma reação em defesa dos idosos e da sua dignidade que, na sociedade da globalização da indiferença e do descartável, quer tornar a velhice uma doença a ser combatida“, afirma dom Ricardo.
Uma mobilização conta com manifestações de profissionais geriatras e gerontólogos, idosos e entidades da sociedade civil lideradas pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Nas redes sociais a campanha utilza a hashtag #velhicenãoédoença.
Foto de capa: Vladimir Soares
Fonte: Portal Vida e Família
A fé é paixão, não quietude. Para nós o que é ter fé? É ter vida fácil, caminhar sem risco? Não! É um risco, mas que não é por nossa conta, porque temos certeza de que avançamos com Ele, o Mestre. E diremos como São João da Cruz, místico de Ávila: “Se me colhe a tempestade e Jesus vai dormir na minha barca, nada temo, porque a Paz está comigo”!
A bela e tremenda cena da tempestade acalmada (cf. Mc 4,39) traz-nos à mente aquele fim de tarde do dia 27 de março de 2020, quando o papa Francisco, debaixo de uma chuva “miudinha”, atravessou sozinho a Praça de São Pedro, em plena explosão da pandemia, para nos fazer chegar à outra margem… A escolha deste Evangelho, para interpretar aquela hora dramática, deu voz à nossa esperança de que, apesar da tempestade, Deus continua a fazer germinar sementes de bem na humanidade.
Demo-nos conta então de estarmos todos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas, ao mesmo tempo, todos importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos necessitados de mútuo encorajamento. E, neste barco, ninguém se salva sozinho. Deus é o Senhor do Universo e governa-o com o Seu poder e sabedoria. Contemplemos as maravilhas da natureza e reconheçamos humildemente a soberania absoluta de Deus e a sua admirável sabedoria: Deus sabe mais e os seus desígnios, que são sempre justos, ultrapassam a nossa pobre compreensão e os nossos acanhados pontos de vista.
Procuremos reavivar a nossa fé. São Paulo é para nós modelo de amor a Cristo. Convertido na estrada de Damasco procurou entregar toda a sua vida a Jesus. Sem olhar a sacrifícios e dificuldades pregou o Evangelho por muitos lugares, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo. Podia, por isso, exclamar: o amor de Cristo nos pressiona. O seu desejo era que todos conhecessem e amassem a Jesus. Sentia o desejo de que todos vivessem para Cristo, que morreu e ressuscitou por eles, e se tornassem nele nova criatura.
Temos também que viver este amor a Cristo e trabalhar para que todos O amem de verdade. Não podemos cruzar os braços desanimados. A renovação do mundo depende do nosso amor a Jesus. As dificuldades que encontramos não podem levar-nos a cruzar os braços. O espetáculo de tantos que vivem afastados de Jesus, de tantos que o combatem promovendo um estilo de vida contrário ao cristianismo, em vez de desanimar-nos, há de incentivar a nossa ânsia de trabalhar mais por Ele, rezando, dando exemplo de fé e falando de Jesus. Tenhamos certeza, contudo, que ir com Cristo não é navegar em águas mornas. Mas, estejamos certos também que, apesar das tempestades, Deus está sempre conosco e continua a fazer germinar sementes de bem na humanidade.
Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
Os candidatos da Escola Diaconal São Lourenço, da Diocese de Uruaçu, se reuniram virtualmente no dia 31 de maio. O momento contou com a participação do presidente e do secretário da Comissão Regional de Diáconos (CRD) do Regional Centro-Oeste da CNBB, respectivamente, diáconos Mauro Aparecido e Ramon Curado. O encontro teve mediação do candidato Osmair e as reflexões se deram a partir do tema “Minha história diaconal” em que os diáconos puderam partilhar as experiências vividas neste ministério.
O diácono Ramon Curado falou sobre a sua história vocacional até a ordenação. O diácono Mauro, por sua vez, falou sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Ele também fez pontuações sobre o seu processo de ordenação e afirmou que é importante aos candidatos buscarem a imitação de Nossa Senhora que se dispôs a “fazer tudo o que ele vos disser”. Neste tempo de pandemia, de forma especial, a virtude da humildade se faz muito importante na missão, conforme o diácono Mauro. Ele explicou que a vivência deste ministério só se desenvolve e frutifica com a participação das esposas. “As esposas sofrem junto com os esposos candidatos todo o processo de incerteza, pelo fato de participarem diretamente dessa vivência” e ressaltou que a paciência é muito importante no processo de discernimento. “O tempo é de Deus e não está contra nós, é preciso uma paciência heroica, pois ‘tudo é louvável e virtuoso’, eis o que deve ocupar vossos pensamentos” (cf. Fl 4,8).
É importante também no processo de discernimento e caminhada vocacional, de acordo com o diácono Mauro, os candidatos criarem uma base de fé, já que nem todos serão ordenados. “É importante que aqueles que são ordenados confortem aqueles que não são”, afirmou. Finalizou dizendo que os frutos são indicadores para novas ordenações e pediu que os candidatos não queiram ser diáconos antes do tempo. Após as falas foi aberto um momento para perguntas que foram feitas sobre os mais diversos pontos: inquietações do tempo e da espera; como agir no momento atual; a realidade diaconal no regional e outros assuntos. Os diáconos Mauro e Ramon responderam todas as questões. Por fim, eles fizeram as últimas considerações e se colocaram à disposição para outros momentos de partilha. O mediador agradeceu a presença e a partilha esclarecedora. A reunião foi concluída com a oração final.
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