Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
A Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja dedica seu capítulo II à Igreja como Povo de Deus. O Povo de Deus que deve estender-se a todo o mundo e, mantendo a sua unidade, permanece em comunhão pelo Espírito Santo. Pertencem ou estão ordenados à unidade do Povo de Deus, mesmo que de modo diverso, os fiéis católicos, todos os que creem em Cristo, enfim todos os homens chamados à salvação (LG 13).
Depois de ter aprofundado as imagens da Igreja propostas por este importante documento do Concílio Vaticano II, padre Gerson Schmidt* vem até o Pontificado de Francisco para nos falar hoje da Igreja como Povo de Deus na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”:
Vimos nos aprofundamentos anteriores, diversas imagens e analogias utilizadas pela Lumen Gentium para comparar a Igreja, que brotam sobretudo da vida dos pastores e camponeses (LG, 6). A imagem da Igreja que o Papa Francisco emprega frequentemente na Evangelii Gaudium é a imagem do “povo de Deus”. Afirma assim o Papa: “A evangelização é dever da Igreja. Este sujeito da evangelização, porém, é mais do que uma instituição orgânica e hierárquica; é, antes de tudo, um povo que peregrina para Deus. Trata-se certamente de um mistério que mergulha as raízes na Trindade, mas tem a sua concretização histórica num povo peregrino e evangelizador, que sempre transcende toda a necessária expressão institucional” (EG, 111s). o Sumo Pontífice acentua essa imagem do Povo de Deus afirmando que Deus “escolheu convocá-los como povo, e não como seres isolados. Ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo isolado, nem por suas próprias forças. Deus nos atrai, no respeito da complexa trama de relações interpessoais que a vida numa comunidade humana supõe. Este povo, que Deus escolheu para Si e convocou, é a Igreja. Jesus não diz aos Apóstolos para formarem um grupo exclusivo, um grupo de elite. Jesus diz: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19). São Paulo afirma que no povo de Deus, na Igreja, «não há judeu nem grego (...), porque todos sois um só em Cristo Jesus» (Gal 3, 28). Eu gostaria de dizer – diz o Papa - àqueles que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes: o Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e fá-lo com grande respeito e amor!”(EG, 113).
O Concílio Vaticano II inverteu a pirâmide que colocava a hierarquia da Igreja no topo dela, definindo a Igreja como todo o Povo de Deus e não somente como sendo a hierarquia eclesiástica. A imagem da Igreja da Lumen Gentium é um Povo de Deus em busca da santidade. A imagem bíblica de Povo de Deus, preferida à imagem de Corpo de Cristo, destaca a dimensão histórica, enfatizando a caminhada do povo de Deus peregrino pelo deserto, tal qual o povo do AT. De fato, a historicidade da Igreja vem destacada por essa imagem e sua abertura para a história humana, pois a Igreja avança em direção à casa do Pai no mundo e não fora dele. Mas a Igreja é um Povo de Deus em busca da santidade. Santo, porque Deus torna a Igreja santa, mas, ao mesmo tempo, deve realizar em sua própria vida a santidade de Deus.
A Igreja é sobretudo povo de Deus, quer dizer, o povo que pertence a Deus – e somente o povo que tem esse nome e é digno de ser como tal. Não é qualquer povo que é de Deus e que é Igreja. Mas é um povo que tanto no seu ser e agir se identifica cada vez mais profundamente com Deus e honra seu nome e que se torna digno de ser chamado “Povo de Deus”[1]. É necessário que esse povo tenha o projeto de Deus Pai. É isso que, em outras palavras, o Papa Francisco, na Evangelii Gaudium expressa no número 114: “Ser Igreja significa ser povo de Deus, de acordo com o grande projeto de amor do Pai. Isto implica ser o fermento de Deus no meio da humanidade; quer dizer anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de ter respostas que encorajem, deem esperança e novo vigor para o caminho. A Igreja deve ser o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho”. O projeto do Pai é que possamos levar a salvação e a misericórdia de Deus ao mundo. A vontade de Deus é que todos se salvem.
*Padre Gerson Schmidt foi ordenado em 2 de janeiro de 1993, em Estrela (RS). Além da Filosofia e Teologia, também é graduado em Jornalismo e é Mestre em Comunicação pela FAMECOS/PUCRS.
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[1] AUGUSTIN, George. Por uma Igreja “em saída”. Impulsos da Exortação Evangelii Gaudium, Vozes, 2018, p.77.
Fonte e Foto: Vatican Media
A Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN), convidam a Igreja no Brasil à Jornada de Oração e Missão dedicada ao Madagascar, no dia 1º de outubro.
O Estado independente localizado na ilha de Madagascar, no sul da África, próximo a Moçambique, sofre a pior seca em quatro décadas. Esta catástrofe devastou comunidades agrícolas isoladas no sul do país, onde as famílias recorrem a insetos para sobreviver.
A ONU estima que 30 mil pessoas estejam atualmente sofrendo o nível cinco de insegurança alimentar – o mais alto reconhecido internacionalmente – e há o temor de que o número de afetados possa aumentar muito quando Madagascar entrar no tradicional “período de escassez” antes da colheita.
O impacto da seca atual também está sendo sentido em cidades maiores do sul de Madagascar, com muitas crianças forçadas a pedir esmolas nas ruas para conseguir comida.
A Jornada de Oração e Missão faz parte de uma série de jornadas desenvolvidas pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária CNBB e ACN que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar pelo país. Faça parte desta corrente de oração e nas redes sociais utilize a hashtag #rezepelomadagascar.
Conheça um pouco a historia do país
A República de Madagascar (Repoblikan’i Madagasikara em malgache; République de Madagascar em francês) é um estado independente localizado na ilha de Madagascar, no sul da África, próximo a Moçambique. Madagascar possui uma área total de 587.041 km², equivalente à área do estado de Minas Gerais e uma população de cerca de 21,3 milhões de habitantes, na grande maioria seguidores de religiões tradicionais (52%), além de 41% de cristãos e 7% de muçulmanos. Sua capital é Antananarivo, e a moeda local é o ariary. As línguas oficiais do país são o malgaxe e o francês.
A população de Madagascar é de origem mista asiática e africana. Pesquisas sugerem que a ilha era desabitada até navegantes vindos da Indonésia chegaram por volta do primeiro século. Migrações posteriores, tanto do Pacífico quanto da África consolidaram esta mistura original, e 18 diferentes grupos tribais surgiram.
A história escrita de Madagascar começa no século VII com os árabes, responsáveis por instalar feitorias ao longo da costa noroeste. O contato europeu começa em 1500, quando o capitão português Diogo Dias avistou a ilha depois que seu navio se separou de uma frota com destino à Índia. Começando na década de 1790, o reino Merina conseguiu estabelecer a hegemonia sobre a maior parte da ilha. Em 1817, o governante merina e o governador britânico de Maurício concluem um tratado de abolição do comércio de escravos, e em troca, a ilha recebeu assistência militar e financeira britânica.
Os britânicos aceitaram a imposição de um protetorado francês sobre Madagáscar em 1885, em troca de eventual controle sobre Zanzibar (atualmente parte da Tanzânia) e como parte de uma definição geral de esferas de influência na área. O controle francês absoluto sobre Madagascar foi estabelecida pela força militar e a monarquia merina foi abolida.
Em 1947, com o prestígio francês em baixa, um levante nacionalista foi suprimido após vários meses de luta violenta. A partir daí, a França adotou uma política de reforma das instituições, pacificação da população e preparou a ilha em direção à independência. Um período de governo provisório terminou com a adoção de uma constituição em 1959 e independência total a 26 de junho de 1960, com Philibert Tsiranana como presidente.
De 1975 a 1993 o tenente da marinha Didier Ratsiraka assume o poder através de um golpe militar, mas, três anos depois, está de volta, governando até 2002, quando, em meio a disputas pelo poder, busca exílio na França. Seu rival, Marc Ravalomanana assume a presidência, mas em 2009 é obrigado a entregar o cargo aos militares. Atualmente, continua a indecisão sobre o futuro do país, mergulhado em uma disputa política envolvendo grupos políticos rivais e as forças militares.
Fonte: CNBB Nacional
O arcebispo emérito de Brasília (DF), cardeal José Freire Falcão, internado desde o dia 17 de setembro, como medida preventiva, após testado positivo para o COVID-19, faleceu na noite deste domingo (26). O cardeal completaria 96 anos em 23 de outubro.
Internado no hospital Santa Lúcia, em Brasília (DF), o cardeal teve uma piora em seu quadro de saúde na madrugada do dia 24 de setembro, com complicações no quadro respiratório e renal, sendo necessária uma entubação respiratória para dar um conforto maior a sua condição.
Desde o início da pandemia Covid-19 até hoje, 20 cardeais foram infectados em todo o mundo, incluindo o cardeal Freire, que é o segundo brasileiro contaminado pelo vírus. O primeiro cardeal brasileiro contaminado pela covid-19, foi dom Eusébio Oscar Scheid, que faleceu em janeiro de 2021.
Em nota divulgada dia 26 de setembro, a arquidiocese de Brasília expressou que sua ausência é sentida por amigos e fiéis pela marca indelével que ele deixou nas numerosas obras pastorais que ensejou durante os vinte anos que governou esta Igreja Particular.
A arquidiocese ainda não divulgou informações sobre o velório.
José Freire Falcão nasceu em Ereré, no município de Pereiro (CE), em 23 de outubro de 1925, filho de Otávio Freire de Andrade e de Maria Falcão Freire.
Aos onze anos, concluiu, na cidade de Russas (CE), o quarto ano primário. Em 1938 ingressou no seminário da Prainha, em Fortaleza, ordenando-se padre na cidade de Limoeiro do Norte (CE), em 1949. Neste município, entre 1961 e 1967, foi professor de matemática e física do ginásio diocesano Padre Anchieta e do Seminário, vigário cooperador e diretor artístico da Rádio Educadora Jaguaribana.
Também em 1967, tornou-se bispo-coadjutor de Limoeiro do Norte, desempenhando as funções de assistente de movimentos de Ação Católica e assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na área litúrgica. Já no ano seguinte, participou da Conferência do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), realizado na cidade colombiana de Medelin. Como bispo de Limoeiro do Norte, dom José Falcão foi ainda membro da Comissão Episcopal de Pastoral, e presidente do Movimento de Educação de Base, o que lhe dava assento no conselho permanente da entidade.
Em 1972 foi nomeado arcebispo de Teresina. A partir de então, dom Falcão integrou também o Departamento de Vocações e Ministérios e o Departamento de Educação do CELAM, tendo sido ainda responsável pela Seção de Ecumenismo. Em 1979 participou da conferência do CELAM realizada em Puebla (México).
Em 1981 dom Falcão participou da congregação plenária da comissão para revisão do Código do Direito Canônico. Também fez parte do grupo de bispos eleitos pelo papa João Paulo II para participar da VI Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos que aconteceu no Vaticano em 1983.
No mês de março de 1984, dom José Falcão foi transferido para Brasília pelo papa João Paulo II, substituindo dom José Newton, que se aposentara. Na ocasião, declarou que esperava que seu relacionamento com o governo federal fosse tão bom como o que tivera com o governo do Piauí. Em maio de 1988 foi nomeado cardeal pelo Papa João Paulo II, juntamente com dom Lucas Moreira Neves, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil. A partir de sua nomeação, a capital brasileira foi elevada ao patamar de sé cardinalícia.
Sua posse com cardeal foi formalizada no dia 28 de junho de 1988, quando recebeu o barrete cardinalício. Em fevereiro de 1995, por iniciativa de dom Falcão, foi fundado o Centro de Estudos Filosóficos e Teológicos de Brasília, que iniciou no mesmo ano o curso de filosofia e em 1997, o de teologia. Em 1996, deixou a diretoria da OASSAB (Obras de Assistência e de Serviço Social da Arquidiocese de Brasília), cargo que ocupava desde 1984.
Em 2004, dom José Freire Falcão atingiu os 75 anos, deixando o comando da arquidiocese de Brasília, onde foi substituído por dom João Brás de Aviz. Tornando-se, obteve o título de arcebispo emérito da arquidiocese. No ano seguinte, compareceu ao funeral do papa João Paulo II e participou – com outros três cardeais brasileiros – do conclave que elegeu o papa Bento XVI.
Em agosto de 2009, foi homenageado pela CNBB, no contexto de comemoração dos 60 anos de sua ordenação sacerdotal, e em outubro de 2012, foi homenageado pelo Centro de Estudos Filosóficos e Teológicos de Brasília, quando da inauguração da biblioteca que ganhou o seu nome. Em 2013, no entanto, já contando 87 anos, não pode participar – como eleitor – do conclave que escolheu o papa Francisco, após a renúncia de Bento XVI.
Dom José Freire Falcão participou da missa celebrada pelo papa Francisco em ação de graças pela canonização do padre Anchieta – no dia 24 de abril de 2014 – junto aos cardeais brasileiros Raimundo Damasceno Assis, Odilo Scherer, João Braz de Aviz e Cláudio Hummes.
Exerceu também funções jornalísticas, escrevendo artigos mensais para o Jornal do Brasil e Correio Brasiliense, e artigos semanais para o boletim litúrgico da arquidiocese de Brasília, “O Povo de Deus”. Publicou o livro A vida e o pontificado de João Paulo II – anotações de um curso (2008).
O cardeal dom José Freire Falcão foi o segundo arcebispo de Brasília, ficando à frente da arquidiocese entre 1984 e 2004, quando se aposentou.
Brasília-DF, 26 de setembro de 2021
Estimado irmão, dom Paulo Cezar Costa,
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifesta seu pesar pelo falecimento do Cardeal Dom José Freire Falcão, arcebispo emérito da arquidiocese de Brasília (DF), neste domingo, 26 de setembro.
Agradecemos a Deus a contribuição que o Cardeal deu à conferência episcopal do Brasil, servindo-lhe como assessor na área litúrgica e também estando à frente, como presidente, do Movimento de Educação de Base (MEB).
Segundo bispo dessa Igreja Particular no Distrito Federal, dom José ampliou o número de padres e de paróquias do Distrito Federal, preparou a recepção ao Papa em 1991, criou a Casa do Clero e estimulou os movimentos eclesiais, entre outras coisas. Sempre fiel ao seu lema episcopal, “In humilitate servire” (“Servir na humildade”), descansa agora junto ao Pai.
Nossa solidariedade ao senhor, aos familiares, amigos e todo o povo de Deus na Arquidiocese de Brasília, onde esteve a serviço por mais de 20 anos como pastor.
Receba nosso abraço e nossas orações pelo descanso eterno do Cardeal José Freire Falcão.
Em Cristo,
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB
Fonte: CNBB
O bispo diocesano de Rubiataba-Mozarlândia, Dom Francisco Agamenilton, esteve reunido com os agentes de Pastoral de Comunicação da Diocese. O encontro, realizado de forma virtual, aconteceu na sexta-feira, 17 de setembro e contou com a participação de 24 integrantes da Pastoral.
O Coordenador da Pastoral de Comunicação na diocese, padre Renato Oliveira, iniciou lembrando a trajetória desta pastoral que foi implantada no ano de 2015, fruto da XIV Assembleia Diocesana. Em seguida, aconteceu um momento de partilha sobre o andamento da missão nas paróquias, bem como das dificuldades, sobretudo neste tempo de pandemia.
Durante o encontro foi constituída a Coordenação Diocesana de Pastoral de Comunicação, sendo os membros eleitos pelas foranias. A Pascom fica assim organizada:
Padre Renato Oliveira – Coordenador Diocesano e Assessor Eclesiástico
Stella – Forania Nossa Senhora da Guia
Kácio – Forania Nossa Senhora da Conceição
Gustavo – Forania Nossa Senhora da Glória
Silvia – Forania Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Por fim, o bispo diocesano animou os agentes a continuarem firmes na caminhada, sempre em unidade com a Paróquia e a Igreja Diocesana.
Fonte: Pascom Diocesana
Nos dias 17 e 18 de setembro aconteceu de forma on-line a II Ampliada Bíblico-Catequética do Regional Centro-Oeste da CNBB. O evento teve assessoria do Marcus Tullius, publicitário e coordenador nacional da Pascom Brasil, e da Aline Amaro Silva, jornalista e doutora em teologia. O tema de estudo e reflexão foi “Catequese e as mídias digitais”.
Para o coordenador nacional da Pascom, pensar a catequese e as mídias digitais é lançar um olhar para a nossa realidade de forma integrada. Segundo ele, mesmo que as atividades estejam sendo retomadas no formato físico, é importante que a presença digital não seja abandonada. “É importante nós termos essa concepção, essa compreensão porque quando a pandemia passar nós teremos que ter novas práticas, novos olhares e teremos acima de tudo que conciliar essas duas realidades”, afirmou. Esse fazer catequético com o auxílio das mídias digitais é indispensável, conforme Marcus Tullius afirmou aos participantes da Ampliada Catequética.
Aline Amaro da Silva também destacou que é fundamental aos catequistas e a todos os envolvidos na catequese, a conscientização de que o tradicional e o digital caminham juntos na dimensão catequética. “O principal passo é a conversão pastoral digital e depois os passos seguintes: criar métodos, caminhos e novas formas de aprender”. Nesse âmbito, a comunidade também é exigida. “A comunidade precisa ter os recursos técnicos, equipamentos básicos necessários para essa catequese híbrida, e investir em formação, em treinamento, fazer essa conexão com a Pastoral da Comunicação, incentivar a Pascom na comunidade e a Pastoral da Comunicação deve dar esse suporte nessas formações para ajudar os catequistas também a fortalecer os vínculos entre os catequizandos e as famílias”. Ela concluiu destacando que “o objetivo principal é passar da natureza de conexão para a experiência espiritual, comunitária de comunhão pela graça e pelo nosso sim. Fica o convite a cada catequista, a cada pessoa engajada na comunidade a fazer essa experiência de fé, da rede e de colaboração, partilha, diálogo, escuta e comunhão”.
A Comissão Executiva da Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste realizou no dia 16 de setembro, uma reunião virtual para delinear ações da Pastoral Familiar no Setor. O bispo referencial, Dom Dilmo Franco, iniciou o encontro fazendo uma reflexão sobre a passagem da ‘pecadora perdoada’ (Lc 7, 36- 50) que nos mostra claramente o quanto é perigoso vivermos de aparências. Neste Evangelho, o fariseu, que aparentava ser um anfitrião, não ofereceu nada a Jesus; enquanto a mulher, uma pecadora, deu o seu melhor a Jesus. Mas, Jesus conhece cada o coração de cada um de nós e sabe o que oferecemos por amor.
Roberto e Darciene, casal coordenador da Pastoral Familiar Regional, informou que haverá um encontro, previsto para o mês de outubro, com bispos e coordenadores de todas as pastorais e movimentos do regional, ocasião em que a Pastoral Familiar deverá apresentar um planejamento para 2022. Diante disso, solicitou orientação de Dom Dilmo para a idealização da programação do próximo ano. De antemão, Roberto sugeriu que, antes de qualquer ação, o ideal é que seja realizada uma pesquisa para atualizar os dados e informações dos casais coordenadores que compõem as comissões da Pastoral Familiar nas dioceses, bem como constatar a realidade das ações desenvolvidas pela Pastoral Familiar nas paróquias neste período em que os efeitos da pandemia ainda são potencialmente sentidos. O objetivo é produzir um quadrante atualizado para encaminhar para a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF).
Dom Dilmo autorizou e abençoou prontamente a iniciativa. Para o ano de 2022, ele avaliou ser possível pensar, previamente, em encontros presenciais já que muito provavelmente à época a pandemia estará mais controlada. Dessa forma, constatando-se a volta à normalidade, o calendário já estará elaborado, facilitando assim a realização das atividades presenciais. O Sr. Silvio sugeriu a possibilidade de, nos encontros presenciais, proporcionar uma articulação entre as pastorais e movimentos ligados à família, como por exemplo, o ECC (Encontros de casais com Cristo), serviço que Dom Dilmo também acompanha. Também, a Sra Aline ressaltou a importância de o Regional Centro-Oeste se unificar e se mobilizar para motivar as dioceses celebrarem a Semana Nacional da Vida que acontecerá na semana de 1º a 8 de outubro. Além disso, a Sra. Salete informou que muito brevemente o INAPAF abrirá inscrições para a formação de novos agentes.
O bispo demonstrou satisfação com a disposição da comissão, pediu ânimo e se colocou à disposição para, junto com todos, realizar “bem a nossa missão”. Antes da bênção final, Dom Dilmo alertou que todos estejam firmes na oração porque “quando estamos na batalha temos que nos preparar espiritualmente para que, cuidando dos outros, não descuidemos de nós. Por isso, é muito importante mantermos firmes a nossa amizade e o nosso amor a Jesus Cristo porque isso é o fundamento da nossa fé e é a nossa motivação. Quando o trabalho está pesado para nós é porque o amor está pouco. No matrimônio também. Se o matrimônio está muito difícil e muito pesado é porque o amor está pouco. Quando o amor é muito nada fica pesado porque o amor tudo crê, tudo suporta, tudo supera e tudo vence. É com o amor que se vence o mundo”.
Estavam presentes o bispo referencial Dom Dilmo Franco; o casal coordenador, Roberto e Darciene; o casal vice-coordenador e Serviço à Vida, Silvio e Aline; o casal secretário, Edmar e Lenir; o casal Financeiro, Antônio e Francisca; o casal núcleo de formação e espiritualidade, Jaime e Salete; o casal pré-matrimonial, Adalberto e Cristiane e o casal comunicação, Victor e Neta.
Neste sábado, 18, acontece das 9h às 17h, o Pós Congresso Vocacional Teológico e Psicológico do Discernimento Vocacional. O evento tem assessoria do Pe. Juarez Albino, da Comissão para os Ministérios Ordenados da CNBB, e do Pe. Françoa Costa, da Arquidiocese de Brasília, bem como da psicóloga e consagrada da Comunidade Novo Ardor, Lia Flávia. O Pós Congresso acontece nas modalidades virtual e presencial, no Seminário Maior Arquidiocesano de Brasília Nossa Senhora de Fátima. Informações: (62) 99189-7964 e (61) 98180-4747.
“O retiro é momento de reformar nossa decisão, pois mesmo uma casa pronta sempre precisa ser reformada”. Foi com essa motivação inicial que Dom Dilmo Franco de Campos, bispo auxiliar da Diocese de Anápolis, convidou os sacerdotes da Diocese de Rubiataba-Mozarlândia para adentrarem no espaço sagrado da presença de Deus no Retiro Canônico que aconteceu entre os dias 06 e 10 de setembro no Mosteiro Santa Cruz, em Anápolis.
Fazer memória da intervenção de Deus
O pregador apresentou como metodologia do retiro a experiência de Santo Inácio de Loyola e seus Exercícios Espirituais. Dom Dilmo lembrou que o sacerdote, ao ser ordenado, não é entregue a uma paróquia, mas a um presbitério, ou seja, a uma nova família de irmãos para crescer e amadurecer no encontro e no contato com o próximo.
Dom Dilmo convidou os sacerdotes a um processo de recordação das intervenções divinas, lembrando que Deus sempre está agindo, mesmo quando não se percebe sua presença.
Deus sempre permanece mais alto
Lembrando a presença de Deus como Altíssimo, Dom Dilmo refletia que “o homem é um ser de busca: busca Deus e busca Deus no outro. Temos sempre a oportunidade de subir à montanha, mas até ai há um limite já que Deus sempre permanece mais alto, pois é um mistério”.
Durante o retiro, além dos momentos de reflexão e oração pessoal, os sacerdotes participaram da Celebração Penitencial, Ato Mariano e Adoração ao Santíssimo Sacramento.
Fonte: Pe. Renato, Pascom Diocese de Rubiataba-Mozarlândia
Na noite de quarta-feira, 15, Dom Agamenilton, Bispo Diocesano de Rubiataba-Mozarlândia, se encontrou com os responsáveis pela Pastoral da Pessoa Idosa diocesana. O encontrou se deu por meio da plataforma Google Meet. O primeiro momento foi dedicado a escuta da história desta pastoral na diocese. Logo após, os participantes relataram os desafios atuais para seguir adiante com a evangelização dos idosos. A palavra chave foi “recomeçar”.
Dom Agamenilton agradeceu aos membros da Pastoral da Pessoa Idosa por todo empenho ao longo destes 17 anos de existência desta pastoral na diocese. Para o “recomeço”, o bispo indicou o fortalecer a união entre os agentes, a escuta atenta um do outro e dos idosos assistidos em suas vivências ligadas à covid-19 e o levar tudo isso à oração. O bispo também destacou a importância de estar ligado às esferas regional e nacional, buscar as experiências exitosas em outras dioceses e as compartilhar entre nós.
Fonte: Pascom Diocese de Rubiataba-Mozarlândia
A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2021 como o Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil. O objetivo é que durante todo o ano e de modo permanente, sejam adotadas ações de combate ao trabalho infantil. De acordo com o Ministério Público do Trabalho, a realidade brasileira sobre o trabalho infantil contraria as normas internacionais e constitucional.
Segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil tem 27 milhões de crianças e adolescentes afetados pelas múltiplas dimensões da pobreza. 61% das nossas crianças e adolescentes são, de alguma forma, prejudicadas pela pobreza, vítimas do trabalho infantil, ou sem acesso à educação, informação, moradia, água e saneamento. Ainda conforme os dados, em 2019, 1,8 milhão de crianças e adolescentes, entre cinco e 17 anos, estavam em situação de trabalho infantil.
A Igreja Católica sempre atuou na defesa dos direitos da criança e do adolescente, seja por meio de suas pastorais, bem como através das dioceses, paróquias e congregações religiosas. No Regional Centro-Oeste da CNBB (Igreja em Goiás e Distrito Federal) algumas iniciativas vão de encontro a essa histórica atuação. Em Aparecida de Goiânia, atua há dez anos no fortalecimento de vínculos sociais e familiares, o Centro Marista Divino Pai Eterno, no bairro Madre Germana I. O lugar trata-se de uma área de posse de Aparecida de Goiânia com elevado índice de violação de direitos de criança e adolescentes. Por meio do Projeto socioassistencial Jovem Montaigne, o Cemadipe atende, atualmente, 120 crianças e adolescentes, de 9 a 17 anos, sendo 60 crianças e adolescentes no período matutino e 60 crianças e adolescentes no período vespertino.
Além das atividades diretas com crianças e adolescentes, por meio da educação, cultura, esporte e lazer, a instituição atende as famílias nas suas necessidades. “Os adolescentes que passaram pelo Projeto Jovem Montaigne, muitos estão formados e em formação em escolas e universidades de música na capital e em Aparecida de Goiânia, como também em outras áreas de atuação. O projeto, nestes 10 anos de trabalho, conseguiu mudar a história de vida de muitas crianças e adolescentes, e de suas famílias por meio da arte e da educação. Destaque para a Corporação Musical Cemadipe, a qual desde 2010 vem sendo destaque regional e nacional por meio da capacidade musical alcançada por seus músicos, com diversas premiações”, afirmou o diretor do Cemadipe, irmão Davi Nardi.
Obras Sociais Redentoristas
Outras instituições da Igreja também atuam no combate ao trabalho infantil. É o caso das Obras Sociais Redentoristas (OSR) com três centros em Trindade (GO): O Centro Social Pai Eterno (Cespe), o Centro Social Redentorista (CSR), e o Centro São Clemente. Os dois primeiros têm um atendimento no contraturno das escolas. Durante este tempo de pandemia, a instituição aumentou o reforço escolar. Outros tipos de atendimentos também são desenvolvidos para diversos públicos: oficina de costura, de informática e de cabeleireiro. No CSR há ainda atividades de hidroginástica e de esportes. “O público que nós atendemos de modo geral são da redondeza. Os centros estão em uma parte da periferia da cidade de Trindade e nós tentamos atender o público dessa localidade.
Na pandemia, de modo especial, também temos atuado com a distribuição de refeições pelo menos uma vez ao mês e de cestas básicas às famílias carentes atendidas. Sem a pandemia nós falaríamos de 600 pessoas atendidas por dia nos três centros, mas com a pandemia nós tivemos que restringir o público pela metade”, afirmou Ir Michael Dourado Goulart, CSSR, diretor das Obras Sociais Redentoristas.
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