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Teve início na tarde desta sexta-feira, 29 de outubro e continua na manhã deste sábado, 30, a Reunião Anual de Avaliação e Planejamento do Regional Centro-Oeste da CNBB. O encontro conta com a participação dos bispos e coordenadores de pastorais, movimentos e organismos. O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Dom Joel Portella, conduz uma reflexão sobre a Ação Evangelizadora no Pós-Pandemia. Além do estudo, os participantes também avaliam durante o evento, a caminhada pastoral do regional ao longo de 2021 e fazem planejamento das iniciativas que deverão ser realizadas em 2022.

Em sua apresentação, Dom Joel disse que a reflexão sobre o pós-pandemia e a ação pastoral passam necessariamente pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) - documento 109 da CNBB. “Pandemia; o que vamos entender por ela; e o que significa o retorno ao novo normal”. A partir desses três aspectos, o bispo enfatizou que a pandemia não se trata apenas do aspecto viral e de saúde. “É óbvio que a evangelização está ligada a tudo o que diz respeito ao ser humano, mas quando falamos em pandemia precisamos alargar o horizonte”, explicou.

Conforme Dom Joel, a pandemia do novo coronavírus, que já está no mundo há um ano e nove meses, precisa ser pensada de forma contextualizada, uma vez que ela evidenciou problemas que já existiam e continuam a estar entre nós. Esse contexto, segundo o bispo, é o mundo em crise, a mudança de época e a construção de um novo mundo. “O vírus encontrou nosso mundo em uma profunda crise. O mundo todo atualmente passa por transformações muito radicais, mudanças que há poucas décadas não imaginávamos. É por isso que hoje falamos que o vírus chegou em um tempo histórico de mudança de época. O mundo tem se mostrado cada vez mais incapaz de resolver os grandes problemas da humanidade”, afirmou. Os valores da atualidade expressam bem esses problemas que sofremos e precisamos superar para poder vencer a pandemia. Dom Joel citou alguns deles: sujeito individual, fechado em si e não relacional. “As consequências da indiferença e do afastamento de Deus trazem efeitos negativos”, completou. Ele pontuou ainda que são várias os efeitos trazidos pela indiferença. “Esquecimento de Deus, violência e falta de amor ao próximo como a um irmão e não como uma ameaça. “Temos um desafio evangelizador muito grande. Esses três exemplos e muitos outros fazem emergir aquilo que o papa vai chamar de gemidos”.

A pandemia afetou todas as dimensões da vida, segundo Dom Joel. Por isso ela pode ser chamada de multipandemia: ética, sanitária, econômica, ambiental, informacional, religiosa, política e educacional. “A multipandemia acelerou processos que já estavam em crise, todos os questionamentos, dúvidas, incertezas que já marcavam a humanidade. O ser humano se encontra hoje abatido num processo de crise”. Ele destacou algumas dimensões da vida que foram afetadas. “Primeiro ela afetou a crença na capacidade infinita do ser humano nos trazendo a experiência da fragilidade, da finitude e da morte; depois nos trouxe um desequilíbrio na relação entre o indivíduo e o grupal, entre o presencial e o virtual; trouxe o reaparecimento do que existe de melhor e de pior no ser humano, fez surgir muita generosidade e muito egoísmo”. Dom Joel voltou a frisar que a pandemia está muito além da dimensão da saúde. “É uma questão de existência, é uma questão de sentido. Não só de álcool 70”.

Ação Pastoral
O secretário geral da CNBB completou sua fala dizendo que a Igreja tem uma missão indispensável a cumprir. “Quando o ser humano começa a se perguntar quem sou eu, como vou lidar com as grandes questões do mundo, a nossa responsabilidade de apesentar Jesus Cristo aparece. Nossa missão é mostrar as implicações do encontro com Jesus Cristo. Ao colocar os óculos da evangelização temos que pensar a pandemia nos seus aspectos existenciais. A pandemia é mais do que uma questão viral e tem afetado as pessoas e povos de diferentes países em graus diferentes”. O bispo provocou os participantes da reunião sobre a ação da Igreja em tempo de pandemia. “Até que ponto estamos conseguindo traduzir a realidade de cruz e ajudando as pessoas a conviver com tudo aquilo que nós somos? A pandemia pôs uma batata quente em nossas mãos”.

A Igreja tem uma riqueza a apresentar, na visão do bispo. “A diversidade permite romper com concepções. A beleza da Igreja está exatamente nisso: A unidade na pluralidade. A diversidade quando acontece na configuração pastoral permite a riqueza de dimensões. Isso é a beleza de uma pastoral que precisa responder a esses rumos do mundo novo”.

Tempos de sinodalidade
Outro ponto muito importante nestes tempos de pandemia e que ajudará muito a dimensão pastoral é o Sínodo convocado pelo papa Francisco. Dom Joel salientou que o mundo precisa da capacidade do Sínodo de construir unidade. “O Sínodo é o povo caminhando junto em um único rumo. Criança, idoso, jovens, e quando vamos olhando nos detalhes, gente conversando um com o outro, a sinodalidade é a capacidade de construir unidade em meio a essa diversidade de pontos, ritmos e perspectivas. A Sinodalidade requer boa dose de humildade e o Espírito Santo sopra em todo canto, inclusive em quem pensa diferente. Tempo de nos escutarmos uns aos outros para juntos escutarmos o Espírito”. Dom Joel fez votos de que o Sínodo nos ajude a sermos mais próximos em um tempo em que nos afastamos. “O grande segredo é permitir que na crise surja o que há de melhor, inclusive no âmbito pastoral. E o critério é a palavra fundamental hoje: proximidade”.

A reunião da Avaliação Anual do Regional continua neste sábado, das 9h às 12h.

 

 

O bispo diocesano de Rubiataba-Mozarlândia (GO), Dom Francisco Agamenilton, foi eleito secretário do Regional Centro-Oeste da CNBB. A eleição foi realizada logo no dia 25 de outubro, primeiro dia do CONSER (Conselho Episcopal Regional) que acontece no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) e termina nesta quinta-feira, 28. Dom Agamenilton, porém, só veio a aceitar ontem, dia 27, já que ele não estava presente no início do evento.

Com a eleição, a presidência do regional volta a estar completa, uma vez que está sem secretário desde que o antecessor, Dom Moacir Silva Arantes foi eleito bispo de Barreiras (BA) em outubro do ano passado. Dom Agamenilton acolheu com disponibilidade a sua eleição. “Acolho numa atitude de disponibilidade, de servir ao regional pelo tempo que me cabe. Acolho como um serviço dado por Deus em nome da fraternidade, da colegialidade que é tão importante”, afirmou em entrevista.

O novo secretário também comentou sobre os serviços que irá desenvolver na função. “Como secretário do Regional Centro-Oeste pretendo então assistir: auxiliar a presidência, a vice-presidência, enfim, o regional na condução dos trabalhos favorecendo a colegialidade, a comunhão entre nós e como secretário estando atento a fazer os devidos registros que ficarão para a história. Uma das minhas tarefas é materializar as falas, os eventos, para que a posteridade possa ter acesso ao que Deus fez entre nós. Os registros, portanto, ficam sob a minha responsabilidade”.

Presidência do Regional Centro-Oeste
Integram a presidência do Regional Centro-Oeste com Dom Francisco Agamenilton, o presidente Dom Waldemar Passini Dalbello, que é bispo de Luziânia (GO) e está na função desde a Assembleia Geral da CNBB de 2019, e no mesmo período o vice-presidente, Dom Adair José Guimarães, bispo de Formosa (GO). A atual gestão segue até 2023.

Dados biográficos

Dom Waldemar Passini Dalbello
Nomeado bispo auxiliar de Goiânia (GO) em 30 de dezembro de 2009 e ordenado em março de 2010, ele realizou um trabalho reconhecidamente de grande expressão na capital goiana. Já em 2011, foi nomeado pela Congregação para os Bispos como Administrador Apostólico da Arquidiocese de Brasília (DF) no período até a posse do então arcebispo metropolitano de Brasília, Dom Sergio da Rocha, atual Cardeal e ex-presidente da CNBB, que ocorreu aos 6 de agosto de 2011. Foi nomeado bispo coadjutor de Luziânia em 3 de dezembro de 2014.

Nomeado pelo Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) membro do Departamento de Missão e Espiritualidade, para o quadriênio 2015-2019, Dom Waldemar representou a Região Cone Sul, que compreende, além do Brasil, o Uruguai, o Paraguai, a Argentina e o Chile. E na CNBB já serviu na Comissão Episcopal Pastoral para Ministérios Ordenados e Vida Consagrada de 2011 a 2015 e na Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé (2015-2019). Atualmente é membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética.

Dom Waldemar tem formação sólida em Sagrada Escritura. Estudou no Instituto Bíblico de Roma, na Itália, e na Escola Bíblica, em Jerusalém, Israel. Na sua formação antes de entrar para o Seminário Maior de Brasília, em 1989, destaca-se o fato de ter se formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás. “Para congregar na unidade” (Congregare in unum), é o lema episcopal de Dom Waldemar.

Dom Adair José Guimarães
Nascido na cidade de Mara Rosa, no Estado de Goiás, em 1960, Dom Adair ingressou, aos 20 anos, no Seminário de Brasília onde cursou o Ensino Médio e os primeiros anos do curso de Filosofia. Em 1982 concluiu o curso no Instituto de Filosofia João Paulo II, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele também estudou Teologia, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Tem especialização em Direito Canônico Matrimonial, pela Faculdade São Bento do Rio de Janeiro.

Ordenado padre em 21 de dezembro de 1986, já exerceu os postos de pároco na Catedral de Uruaçu (1987 a 1998), na Paróquia Santo Antônio, em Mara Rosa (1999 a 2005) e na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Minaçu (GO). Adair foi, também, reitor do Seminário de Uruaçu; responsável pela Pastoral Vocacional e da Juventude na Diocese; coordenador diocesano de pastoral; presidente da Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-teológicos do Brasil (OSIB), entre outras funções.

No dia 27 de fevereiro de 2008, foi nomeado bispo pelo papa Bento XVI para a Diocese de Rubiataba-Mozarlândia. A posse, como terceiro bispo da diocese aconteceu no dia 25 de maio de 2008. Como prelado assumiu as funções de Juiz Presidente do Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Goiânia; membro da Equipe do Seminário Interdiocesano de Goiânia e bispo referência para a liturgia no Centro-Oeste. Seu lema episcopal é "Faça-se a tua vontade" (Fiat voluntas tua).

Dom Francisco Agamenilton
Nasceu no dia 26 de junho de 1975 na cidade de Currais Novos (RN). Ele é filho de Agamenon Faustino Damasceno e Terezinha Rodrigues Damasceno, tem dois irmãos, sendo ele o filho mais velho, e quatro sobrinhos. Os seus primeiros anos de vida foram vividos em Bodó (RN). Por causa do trabalho de seu pai no setor de mineração, sua família viveu em várias cidades. Veio para Goiás em outubro de 1985 com sua família e se instalou em Niquelândia, na Diocese de Uruaçu. Ingressou no Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima, em Brasília, no dia 21 de fevereiro de 1993. Posteriormente, em outubro de 1994, foi enviado por Dom José Chaves para o Collegio Internazionale Maria Mater Ecclesiae, em Roma. Concluiu o bacharelado e mestrado em Filosofia e o bacharelado em teologia no Pontificio Ateneo Regina Apostolorum. Em 16 de setembro de 2000 foi ordenado diácono por Dom Jaime Vieira Rocha, na catedral de Caicó (RN). Em 19 de março do ano seguinte foi ordenado presbítero por Dom José Chaves, em Niquelândia. Seu ministério presbiteral transcorreu em várias missões: formador no Seminário, professor de Filosofia, Cúria, coordenações de pastorais e conselhos diocesanos, vigário, pároco e administrador diocesano.

Em 2013, Dom Messias dos Reis Silveira, terceiro bispo diocesano de Uruaçu, enviou padre Agamenilton para Roma a fim de fazer o doutorado em filosofia, na Pontificia Università Lateranense, concluído em 2016. Neste período ele morou no Collegio Sacerdotale Giovanni Paolo II e colaborou na Paróquia Santa Sinforosa, em Bagni di Tivoli.

De fevereiro de 2019 até o dia 12 de setembro, quando foi empossado Dom Giovani Carlos, padre Agamenilton foi administrador diocesano de Uruaçu; foi também administrador paroquial da Paróquia Sant’Ana, em Uruaçu (2019) e por fim estava como vigário paroquial da Paróquia São Sebastião, em Uruaçu.

 

 

Esta primeira manhã de trabalhos do Conselho Episcopal Regional (CONSER) foi concluída com a apresentação do padre José Luiz, do Clero da Diocese de Catanduva (SP). Ele abordou o tema “Experiências administrativas e cuidado dos presbíteros”. O sacerdote apresentou aos bispos e aos representantes do Clero de cada diocese do Regional Centro-Oeste, a experiência da Diocese de Catanduva.

Conforme destacou em sua fala, as iniciativas de sua diocese são soluções que resolveram problemas comuns inerentes à estrutura da vida eclesial que o clero e o bispo viviam naquela Igreja particular. Ele citou cada uma das três experiências. “Primeiro, criamos uma espécie de previdência privada do Clero; a segunda é um autofinanciamento diocesano de veículos, uma espécie de consórcio interno; e o terceiro é um auxílio funeral, não de serviços funerários, mas de auxílio em dinheiro para situações em que venham falecer o padre ou um familiar do padre que está vinculado a esse contrato de auxílio funeral”, comentou.

A dimensão financeira dos padres é uma realidade que precisa ser zelada, segundo o padre José Luiz. O presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Waldemar Passini, interrompeu o sacerdote para dizer que muitos padres às vezes buscam outras fontes para cuidar da própria saúde ou até mesmo para conseguir um veículo para poder trabalhar. “Isso não é saudável para vida do padre, cuja missão é se dedicar exclusivamente à vida da Igreja”, afirmou. O padre José Luiz disse que os projetos implantados na Igreja de Catanduva funcionam muito bem. “São formas de organização religiosa clerical que ajudam a minimizar os problemas que são próprios da nossa vida”. Concordando com Dom Waldemar, padre José Luiz salientou que é uma realidade hoje na Igreja no Brasil, os padres buscarem formas de se manter e até pensar na própria aposentadoria quando não sentem segurança por parte da diocese. “Quando os presbíteros percebem que a diocese não oferece uma segurança no que diz respeito a velhice, a doença, a alguma situação em que coloca o padre em alguma inatividade, é natural que a preocupação leve a pessoa a buscar outras alternativas e as alternativas às vezes dão margem para preocupações aos próprios bispos. Eu acho que na medida que a diocese consegue se organizar e oferecer segurança, esses problemas são bastante minimizados”, declarou.

Santa Missa

O dia de trabalhos começou com a Santa Missa, às 7h30, presidida pelo bispo diocesano de Goiás, Dom Jeová Elias. “Deus não predestina seus filhos a dor, ao sofrimento, ao fracasso. Contudo, nós vivemos essa tensão e Paulo ajuda os romanos a ter uma visão da vida e da fé”, afirmou o bispo refletindo sobre as leituras do dia (Rm 8,18-25 e Lc 13,18-21. Ele afirmou ainda que o sofrimento sempre presente em nossas vidas tem um sentido. “Nosso sofrimento é fecundo, ele não termina no fracasso, mas na vida. Há uma expectativa como a mulher que está esperando o seu bebê e que sofre as dores do parto, mas que depois brota a vida, vem a alegria, renova a esperança e assim também Paulo diz que toda a criação e nós também vivemos essa tensão que não é estéril, que desagua na vida, uma vida de felicidade que nós somos incapazes de compreender, que é a felicidade plena que Deus reserva para seus filhos e filhas”.

PAUTA DA TARDE

14h – Hora Média (Dom Fernando – bispo de Itumbiara)
14h30 – Pastoral e Missão na Formação Presbiteral (Dom Lindomar – bispo de São Luís de Montes Belos e reitores dos seminários maiores)
16h – Intervalo
16h30 – Pastoral e Missão na Formação Presbiteral (Dom Lindomar – bispo de São Luís de Montes Belos e reitores dos seminários maiores)
18h – Vésperas (Dom Adair – bispo de Formosa)
19h - Jantar

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Teve início nesta segunda-feira, 25 de outubro, e segue até quinta-feira, 28, o CONSER (Conselho Episcopal Regional) que reúne todos os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Igreja em Goiás e Distrito Federal). O evento, que acontece no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) em Goiânia, foi aberto com a Santa Missa na Capela do Santíssimo Sacramento, presidida pelo bispo diocesano de Uruaçu (GO) Dom Giovani Carlos.

Em sua homilia, Dom Giovani refletiu sobre as leituras do dia destacando que, conforme a Leitura de São Paulo aos Romanos (Rm 8,12-17), viver segundo o espírito é viver como filhos de Deus. Para isso, é preciso deixar o espírito nos conduzir. Refletindo sobre o evangelho (Lc 13,10-17) ele enfatizou que “a caridade está acima da lei”, ao comentar sobre o episódio em que Jesus realiza uma cura em dia de sábado e é reprovado pelos chefes da sinagoga.

Após a missa, o bispo da Diocese de Luziânia(GO) e presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Waldemar Passini Dalbello, concedeu entrevista em que falou sobre como será o CONSER nos próximos dias. De acordo com ele, a volta do encontro dos bispos de modo presencial significa um discernimento de que as condições do momento da pandemia já possibilitam encontros como esse, desde que sejam seguidas todas as normas sanitárias, assim como vem acontecendo com outras dimensões da vida, como é o caso das escolas e reuniões diversas e encontros.

Dom Waldemar também falou sobre os temas que serão abordados no encontro. Nesta terça-feira, 26, haverá trabalhos sobre “Experiências administrativas e cuidado dos Presbíteros”, com a assessoria do padre José Luiz, da Diocese de Catanduva (SP) e outro momento de trabalhos sobre “A dimensão pastoral missionária na formação inicial dos presbíteros”. “Precisamos estar atentos à sobrecarga que vivem os nossos sacerdotes, por isso, queremos avaliar, ouvir experiências. É importante estarmos atentos às perspectivas de futuro também. Como acompanhar os padres idosos, por exemplo: os recursos, os lugares de acolhida, a convivência entre eles”, disse. Além desses, outros temas serão trabalhados na pauta do CONSER. Na quarta-feira, 27, haverá um diálogo sobre colegialidade, com o bispo diocesano de Anápolis, Dom João Wilk.

No dia 29 a tarde e no dia 30 pela manhã, acontece a Avaliação Anual Regional (On-line) cujo objetivo é avaliar a caminhada pastoral do regional. Neste ano tem como tema “A Pastoral e as consequências da pandemia – à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil-DGAE”, com a assessoria do secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Dom Joel Portella. Sobre a temática, Dom Waldemar comentou que é preciso refletir sobre os pontos positivos que conquistamos ao longo da pandemia sem negar os pontos difíceis que vivemos. “Sofremos muito neste período, mas também conquistamos, portanto, é preciso refletir sobre isso e avaliar para onde estamos caminhando neste tempo de pandemia que se prolonga e que traça um horizonte de evangelização que precisamos entender e nos preparar”, comentou.

Cuidados com os bispos
Durante o CONSER, os bispos seguirão todos os cuidados sanitários a fim de se prevenirem do coronavírus. Distanciamento, uso de máscara e de álcool em gel são alguns deles. Por ter amplos espaços abertos, o local de realização do evento, o Centro Pastoral Dom Fernando também ajuda muito neste sentido. Todos os bispos também já foram vacinados com as duas doses da vacina. Alguns deles até com a terceira dose.

O CONSER reúne os bispos das 12 dioceses que compõem o Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal).

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“No Dia Mundial das Missões, celebrado anualmente no penúltimo domingo de outubro, recordamos com gratidão todas as pessoas que, com o seu testemunho de vida, ajudam-nos a renovar o nosso compromisso batismal de sermos apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho. Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho alcance, sem demora e sem medo, lugares e povos onde tantas vidas estejam carentes de bênçãos.” (Papa Francisco)

Junto à mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, apresentamos o detalhamento dos valores do Fundo Mundial de Solidariedade, destinado pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé, Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária e Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo. Através de gráficos, pode-se ter conhecimento das áreas que receberam recursos, colaborando com educação, obras sociais, proteção das crianças, catequese, entre outros.

Em 2020, o Fundo Mundial de Solidariedade distribuiu mais de R$ 680 milhões nos cinco continentes. A contribuição do Brasil para este fundo foi de R$ 5.005.994,86. As POM são uma rede mundial de oração e solidariedade à serviço do Papa e colaboram com 1.050 dioceses pobres que dependem da Congregação para a Evangelização dos Povos. São Igrejas jovens nos “territórios de missão”.

CLIQUE AQUI - Mensagem do Papa em formato de livreto

 

O padre Wellington Pain, coordenador diocesano de pastoral da Diocese de Goiás, faleceu às 5h46 da manhã desta quarta-feira, 20, por complicações da Covid-19. Conforme nota divulgada pela Diocese de Goiás e assinada pelo bispo diocesano, Dom Jeová Elias, o padre Wellington ficou internado 77 dias em Goiânia. Natural de Rialma (GO), o sacerdote tinha 46 anos. Foi ordenado sacerdote em 2003, na Diocese de Uruaçu, e incardinou-se na Diocese de Goiás em 2011. Atualmente ele era coordenador diocesano de pastoral nessa Igreja particular.

Rezemos pela alma deste sacerdote.

Velório e Missa de Corpo presente

Itaguari - 13h30 - velório

18h30 - Missa presidida por Dom Jeová Elias - todos os padres, religiosos e religiosas são convidados a se fazer presentes, seguindo os protocolos sanitários (ele não tem mais o vírus)

Carmo do Rio Verde (GO) - 20h30 - velório

Quinta-feira, 21/10 - 6h - Missa

Rialma (GO) - 8h30 - Exéquias seguidas de sepultamento.

 

 

 

Abaixo, a íntegra da nota da Diocese de Goiás

A diretoria ampliada da Comissão Regional de Diáconos (CRD) do Regional Centro-Oeste da CNBB, realizou reunião extraordinária de forma virtual, no dia 6 de outubro. O encontro teve a participação do bispo referencial, Dom Lindomar Rocha Mota. Entre os assuntos em pauta, a diretoria discutiu a data da realização da Assembleia Geral Eletiva dos Diáconos do Regional, que deveria ter acontecido em 1º de agosto deste ano devido à pandemia.

O grupo decidiu realizar a Assembleia nos dias 5 e 6 de fevereiro de forma presencial, em uma chácara em Brasília com capacidade para 100 pessoas. O evento deverá ter também a presença das esposas e dos candidatos das Escolas Diaconais das dioceses do regional.

Dom Lindomar deverá participar do encontro. Durante a assembleia haverá a prestação de contas da atual diretoria, a apresentação dos postulantes aos cargos na nova diretoria e Santa Missa. No domingo, dia 6, acontecerá a eleição da nova Diretoria, Santa Missa com a posse, e encerramento com o almoço. Conforme o diácono Ramon Curado, secretário da CRD Centro-Oeste, o bispo referencial, agora, irá fazer um exame do Regimento da CRD-CO para, se considerar, passá-lo para aprovação na reunião do Conselho Episcopal Regional (CONSER) que acontecerá no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia, nos dias 25 a 28 deste mês de outubro.

Nesta sexta-feira, dia 15 de outubro, às 19h, dentro da programação do Mês Missionário 2021, será realizada a Live Missionária: “Conhecendo a Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária, Cooperação Intereclesial e Pastoral dos Brasileiros no Exterior”. A transmissão será feita por meio das redes sociais da Conferência nacional dos bispos do Brasil (CNBB).

O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, padre Daniel Luz Rocchetti explica que a live tem o objetivo de apresentar os projetos e ações desenvolvidos, organizados e articulados pela comissão. De acordo com ele, o trabalho se organiza em três grandes ramos: a) articulação e conscientização missionária na Igreja no Brasil; b) acompanhamento dos projetos de cooperação intereclesial que a CNBB mantém com outras conferências como o Timor Leste, Guiné-Bissau, Haiti e Moçambique; c) acompanhamento da Pastoral dos Brasileiros no Exterior.

A live faz parte da Campanha Missionária 2021 traz como tema: “Jesus Cristo é missão” e a inspiração bíblica “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20). Realizada sempre no mês de outubro desde 1972, a Campanha Missionária é organizada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) em colaboração Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (COMINA).

Participantes da live:
O bispo de Chapecó (SC) e presidente da Comissão para a Ação Missionaria e Cooperação Intereclesial, dom Odelir José Magri, também presidente do Conselho Missionário Nacional e vice-presidente do Centro Cultural Missionário.
O bispo de Cametá (PA), referencial para a Missão no Regional Norte 2 da CNBB e membro da Comissão para a Animação Missionária da CNBB, dom José Altevir da Silva.
O bispo de Ilhéus (BA), referencial para a Missão no regional Nordeste 3 da CNBB e também membro da Comissão de Animação Missionária, dom Giovanni Crippa.
O bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), referencial para a Missão do regional Sul 3 e membro da comissão de animação missionária da CNBB, dom Adilson Pedro Busin, também bispo referencial para a Pastoral dos Brasileiros no Exterior.
Também participam os assessores da Comissão de Animação Missionária da CNBB, padre Daniel Luz Rocchetti e a irmã Sandra Regina Amado.

Nesta quinta-feira, dia 14 de outubro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) comemora 69 anos de fundação. Considerada a terceira conferência episcopal do mundo reconhecida pela Santa Sé, a CNBB nasceu em 14 de outubro de 1952, no Rio de Janeiro, dez anos antes do Concílio Vaticano II.

A reunião de instalação da entidade foi realizada no palácio São Joaquim, na capital Fluminense, onde ocorreu também a eleição da comissão permanente encarregada de dirigir a entidade, constituída por dom Alfredo Vicente Scherer, dom Mário de Miranda Vilas Boas e dom Antônio Morais de Almeida Júnior. Dom Helder Câmara, então bispo auxiliar do Rio de Janeiro e idealizador da conferência, foi designado secretário-geral, e o cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, então arcebispo de São Paulo, foi eleito o primeiro presidente da entidade, função que exerceu por dois mandatos.

Conferência episcopal
Segundo o Código de Direito Canônico, a conferência episcopal “é um organismo permanente, é uma reunião dos bispos de uma nação ou determinado território, que exercem conjuntamente certas funções pastorais em favor dos fiéis de seu território, a fim de promover o maior bem que a Igreja proporciona aos homens principalmente em formas e modalidades de apostolado devidamente adaptadas às circunstâncias de tempo e lugar, de acordo com o direito” (cân. 447).

O Concílio Vaticano II, especialmente na Constituição Dogmática Lumen gentium (LG), considera as conferências episcopais como expressão e prática do “afeto colegial”, que une os bispos organicamente entre si com o Bispo de Roma, o Papa, por vínculos fraternos, sacramentais e pastorais (LG 22-23). O Concílio afirma, ainda, que “as conferências episcopais podem hoje contribuir com múltipla e fecunda força, para que este afeto colegial seja levado a uma aplicação concreta (LG 23)”.

Por isso, a conferência episcopal não é uma realidade “supra-episcopal” ou intermediária entre o papa e os bispos, mas, sim, uma expressão de comunhão entre os bispos de determinado lugar. São expressão da colegialidade episcopal, mas não são o Colégio Episcopal universal.

Como o próprio nome diz, conferência é uma reunião de pessoas, no caso, os bispos, para tratar de temas comuns. Por isso, ao contrário do que erroneamente é veiculado por alguns meios de comunicação, esse organismo não é uma “confederação” de bispos.

Estrutura

A CNBB possui um presidente, dois vice-presidentes e um secretário-geral, eleitos pela assembleia geral, conforme seu Estatuto Canônico. Atualmente, a Conferência é presidida por dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG); tendo como vices-presidentes: dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS), e dom Mário Antonio Silva, bispo de Roraima, e como secretário-geral, dom Joel Portella Amado, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro. Os mandatos da CNBB têm duração de quatro anos, podendo haver dois mandatos consecutivos.

De acordo com seu Estatuto, também constituem a CNBB:

– Conselho Permanente – Órgão de orientação e acompanhamento da atuação da CNBB e dos organismos a ela vinculados, bem como órgão eletivo e deliberativo, nos limites de seu Estatuto, cuidando para que se executem devidamente as decisões da Assembleia Geral e do próprio Conselho;

– Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) – órgão executivo das decisões pastorais da Assembleia Geral e do Conselho Permanente e, como tal, promove e coordena a pastoral orgânica, em âmbito nacional. Tem como atribuições: coordenar as atividades das comissões episcopais pastorais e de outras comissões, grupos de trabalho e setores de atividade ligados à ação pastoral da CNBB.

Para colaborar na animação pastoral das dioceses, CNBB conta com 12 comissões episcopais pastorais e uma comissão especial que visam o estudo e a manutenção das atividades teológico-pastorais.

Há casos em que a conferência episcopal admite como “organismos agregados” algumas entidades a ela vinculadas ou diretamente convergentes à sua atuação. No Brasil, são vinculados à CNBB o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), o Centro Nacional de Fé e Política (CEFEP), a Cáritas Brasileira, a Organização dos Seminários e Institutos Filosóficos-Teológicos do Brasil (OSIB), e diversas pastorais.

Devido às dimensões do Brasil, os membros da CNBB estão agrupados em 19 regionais: Norte 1, Norte 2, Norte 3, Noroeste, Nordeste 1, Nordeste 2, Nordeste 3, Nordeste 4, Nordeste 5, Centro-Oeste, Leste 1, Leste 2, Leste 3, Oeste 1, Oeste 2, Sul 1, Sul 2, Sul 3 e Sul 4.

Atribuições
Cabe, ainda, à CNBB:

– Fomentar uma sólida comunhão entre os Bispos que a compõem, na riqueza de seu número e diversidade, e promover sempre a maior participação deles na Conferência;

– Concretizar e aprofundar o afeto colegial, facilitando o relacionamento de seus membros, o conhecimento e a confiança recíprocos, o intercâmbio de opiniões e experiências, a superação das divergências, a aceitação e a integração das diferenças, contribuindo assim eficazmente para a unidade eclesial;

– Estudar assuntos de interesse comum, estimulando a ação concorde e a solidariedade entre os Pastores e entre suas Igrejas;

– Manifestar solicitude para com a Igreja e sua missão universal, por meio de comunhão e colaboração com a Sé Apostólica e pela atividade missionária, principalmente ad gentes;

– Favorecer e articular as relações entre as Igrejas particulares do Brasil e a Santa Sé;

– Relacionar-se com as outras Conferências Episcopais, particularmente as da América, e com o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM);

– Definir normas referentes ao uso do hábito eclesiástico conveniente aos clérigos, conforme previsto pelo Direito Canônico;

– Serem consultadas pela Santa Sé para a alteração ou criação de dioceses. Dialogar com a Conferência dos Religiosos do Brasil;

– Elaborar diretrizes nacionais para a formação de presbíteros;

– Também é de responsabilidade da CNBB traduzir e revisar textos litúrgicos, bem como elaborar rituais adaptados para circunstâncias pastorais locais.

A Assembleia Geral, órgão supremo da Conferência, “é a expressão e a realização maiores do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Pastores da Igreja no Brasil”. Reúne-se ordinariamente, uma vez por ano e, extraordinariamente, quando para fim determinado e urgente, sua convocação for requerida. “A Assembleia trata de assuntos pastorais de ordem espiritual e de ordem temporal e dos problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade, na perspectiva da evangelização” (Estatuto, artigo 29).

Fonte: Fernando Geronazzo, com informações de O SÃO PAULO e CNBB

 

 

Neste dia 12 de outubro nos alegramos celebrando a solenidade da nossa padroeira, nossa mãe Aparecida. São mais de três séculos da aparição da pequena imagem que cativou o país com a sua ternura negra. Depois de dois anos sem poder celebrar com a presença mais expressiva dos fieis, retomamos, com todos os cuidados preventivos, a acolhida deles nas nossas igrejas e santuários. A mãe acolhe os filhos e renova a nossa esperança. É grande a emoção em poder novamente render a nossa veneração à mãe Aparecida. Levar até os seus santuários e templos a nossa gratidão e também apresentar-lhe os pedidos para curar nossa feridas, que são tantas neste tempo de pandemia.

Em 2017, a cidade de Aparecida sediou a V Conferência Geral do episcopado latino-americano e caribenho. O Santuário Nacional recebeu bispos provenientes de diversos países do nosso subcontinente, que ficaram impactados com a manifestação de carinho do nosso povo por sua padroeira. Os bispos que participaram dessa conferência viveram a beleza da devoção popular naquele lugar de peregrinação, com devotos provenientes de todo o Brasil. Isso teve repercussão na redação do documento conclusivo, o 2º que mais destacou a figura de nossa querida mãe Maria, perdendo somente para o Documento de Puebla.

O Documento de Aparecida restitui a visão da humanidade de Maria, que difere da visão tradicional, valorizando nela o aspecto do discipulado. Descreve-a na sua beleza humana, como discípula-missionária que se preocupa com a vida dos nossos povos. Entre outras qualidades que o Documento de Aparecida destaca na figura de Maria, apresento três: Maria como discípula, Maria como missionária e Maria como portadora de vida para os povos da América Latina.

Diz o Documento de Aparecida que Maria é uma perfeita discípula, é a realização mais completa do cristão, um modelo ou ícone para a existência cristã discipular dos homens e mulheres de hoje. Descreve Maria como uma mulher forte e livre, que avança na peregrinação da fé, que cresce na compreensão dos mistérios de Deus e que enfrenta, para seguir o projeto de Jesus, incompreensões, dores e sofrimentos, até entrar no mistério da vitória definitiva. Maria é a máxima realização da existência humana. Nela a palavra de Deus se faz a sua palavra e a sua palavra nasce da palavra de Deus. Ela, como discípula, é a mulher da escuta, da intimidade com a Palavra. A intimidade é tão profunda que ela chega a ser mãe da palavra encarnada. Aparecida a chama ainda de discípula mais perfeita do Senhor (DAp n. 266). Ela é a seguidora mais radical de Jesus Cristo.

A outra qualidade destacada pelo Documento é Maria como missionária. Ela é chamada de grande missionária que traz o Evangelho à nossa cultura latino-americana. Sua presença é marcante entre os nossos povos, que a sentem como mãe e como irmã. O evento de Guadalupe é comparado com um novo Pentecostes, que nos abre aos dons do Espírito. Em Guadalupe, Maria é dada como Padroeira da América Latina.

Por último, destaco a qualidade de Maria como portadora de vida para os nossos povos. Em Caná, ela se preocupa com a vida, em oferecer o vinho novo. Ela tem os olhos postos em seus filhos, vê as suas necessidades e ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega, de gratuidade, que devem distinguir os discípulos de seu Filho. Ela oferece uma pedagogia para que os pobres se sintam, em cada comunidade, como em sua casa. Ela ajuda a criar comunhão, educa para um estilo de vida compartilhado e solidário em que cada irmão seja acolhido, especialmente o pobre e necessitado. Ela é um enriquecimento para a dimensão materna e acolhedora da nossa Igreja.

Concluo esta reflexão com a belíssima oração inspirada no cântico do magnificat, composta pelo querido e saudoso Dom Hélder Câmara, dirigida a Nossa Senhora da Libertação:

“Maria, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, em nossa missão evangelizadora que nos cabe continuar, alargar e aprimorar, dirigimo-nos a ti; mas, de modo especial, pensamos em ti pelo modo perfeito de Ação de Graças que é o hino que cantaste quando tua prima Isabel, mãe de João Batista, a proclamou a mais feliz entre as mulheres. Não paraste em tua felicidade: pensaste na humanidade inteira, pensaste em todos, mas assumiste uma clara opção pelos pobres, como o teu divino Filho faria depois. O que há em ti, nas tuas palavras, em tua voz, que anuncias no magnificat, a deposição dos poderosos e a elevação dos humildes, a saciedade dos que têm fome e o esvaziamento dos ricos e ninguém ousa julgar-te subversiva ou olhar-te com suspeição? Empresta-nos tua voz, canta conosco, pede ao teu Filho que em todos nós e em nossa Igreja se realizem plenamente os planos do Pai”.

 

Dom Jeová Elias
Bispo Diocesano de Goiás 

 

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