A Diocese de Uruaçu acolheu, no dia 4 de março, o Encontro Diocesano para coordenadores de grupos da Infância e Adolescência Missionária (ELMI). O evento formativo reuniu representantes de cinco paróquias e teve o objetivo de capacitar crianças que são coordenadoras de grupos da IAM para que desempenhem com mais eficiência o seu protagonismo missionário na evangelização de outras crianças.

Durante o encontro foi reforçada também a importância de seguir a metodologia da Infância Missionária, que é manter a espiritualidade pessoal e do grupo e o conhecimento da realidade de outras crianças em especial do continente da Oceania, que é celebrado neste ano de 2017; fortalecer o vínculo das crianças coordenadoras com seu assessor (pessoa mais velha que os orienta e acompanha no trabalho) e com demais coordenadores de outras paróquias.

A coordenação do ELMI ficou sob a responsabilidade da equipe diocesana na pessoa da coordenadora Sirlene Xavier; do secretário do Conselho Missionário Diocesano (COMIDI), Nelson Xavier, com a participação do coordenador da IAM da Província de Brasília, Douglas Michael e a coordenação da IAM da Paróquia Nossa Senhora da Guia de Campinorte (GO), Valdenice de Souza. Estiveram presentes nesse encontro o coordenador do COMIDI de Uruaçu, padre Inocêncio Xavier e a coordenadora do Conselho Missionário Regional (COMIRE), Luciana Santos.

No encerramento houve a missa com a celebração do envio, em que o bipo diocesano de Uruaçu, Dom Messias dos Reis Silveira, enviou todas as crianças às atividades missionárias em suas comunidades.

Reunidos no Conselho Episcopal Regional (Conser), nos dias 27 a 30 de março, os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB prepararam uma oração pelo atual momento do Brasil. No texto, eles convocam todas as Igrejas particulares de Goiás e do Distrito Federal a terem discernimento e coragem para construir um novo mundo possível. Os bispos lembram, na oração, que a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” é um momento importante de renovação do compromisso em defesa da vida. Eles também refletem sobre a Páscoa e rezam para que o Senhor nos liberte das trevas deste mundo: medo, desesperança, violência, descrédito, corrupção, desconfiança. Por fim, pedem a intercessão de Nossa Senhora, para que rogue ao país e ao seu povo, cravado nas dioceses espalhadas por todo o país. 

Oração dos Bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB pelo atual momento do Brasil

Senhor, confiaste-nos o pastoreio nas Dioceses do Regional Centro-Oeste. Unidos a Ti, ó supremo e misericordioso Pastor, e movidos pelo Teu desejo de unidade e de colegialidade, nos encontramos para rezar juntos e para refletir sobre a caminhada de nossas Igrejas diocesanas e sobre o atual momento brasileiro. Com os nossos corações unidos pela oração, Te pedimos que as nossas palavras venham primeiro de Ti e que ajudem a lançar luzes de discernimento e coragem para construir um novo mundo possível ao nosso Brasil.

Pai Eterno, de Tuas mãos todas as coisas foram criadas. Como o oleiro com a obra de sua arte, nos deste a figura de Tua imagem e semelhança. Movidas pela cobiça e pela ganância, avançam sem limites as fronteiras da monocultura e a idolatria do mercado, destruindo os biomas brasileiros, privatizando o controle das sementes, secando rios e nascentes, devastando o jardim da criação divina e desfigurando a vida humana. Por isso, com a Campanha da Fraternidade, que estamos promovendo e incentivando, renovamos nosso compromisso de defesa da vida no Cerrado brasileiro, com suas águas, sua biodiversidade e com o povo que aqui habita, em sua dignidade, cultura e fé, na defesa da vida.

Senhor Jesus, Verbo eterno feito carne, amor de todos os amores, nosso redentor e salvador, que um dia nos chamaste a segui-lo e nos enviaste em missão! Hoje, compartilhando com os sofrimentos e encruzilhadas de nosso país conflagrado, meditamos sobre a Tua cruz: a falta de uma casa onde pudesses nascer; a fuga apressada de Teus pais, contigo ao colo, para protegê-lo da fúria de Herodes, ameaçado em seu poder; as investidas que enfrentaste dos fanatismos farisaicos e daqueles que manipulavam o povo para Te crucificar; o julgamento tendencioso que Te condenou à pena de morte no meio de dois ladrões, também julgados pelas autoridades que oprimiam e expropriavam o povo.

Senhor Jesus, como ao cego Bartimeu, ajuda-nos a enxergar e a contribuir para compreender melhor a realidade de nosso querido Brasil. Faze com que a nossa política brasileira seja o lugar de autêntico empenho pelo bem comum, com a construção de consensos coletivos e de atenção preferencial aos mais vulneráveis, superando as lutas fratricidas pelas derrubadas e conquistas do poder. Ajuda-nos na reconstrução da ética e da democracia, vencendo a corrupção que dilacera o Estado, a sociedade e cada pessoa.

Orienta os brasileiros para edificarmos um judiciário imparcial e sem corporativismo, para elaborarmos uma reforma política capaz de conduzir às escolhas honestas e limpas, para formularmos uma previdência e uma legislação trabalhista que protejam os idosos, os mais pobres, e os trabalhadores do campo e da cidade.

Divino Espírito Santo, que és a força de vida na criação do mundo, a fecundidade no ventre de Maria, a coragem da Igreja pascal impulsionada em Pentecostes! Envia-nos a tua luz para iluminar os caminhos da nossa fé, os rumos de nossa pastoral, as saídas para a recuperação sustentável de nossa economia, as possibilidades éticas para a reconstrução política de nossa pátria, a defesa da vida humana desde a sua concepção no ventre materno até o seu declínio natural, a proteção da família como fundamento para a existência da sociedade e da civilização. Liberta-nos das trevas do medo, da desesperança, da violência, do descrédito, da corrupção, da desconfiança, da falta de horizontes de futuro e dos atentados ideológicos contra a natureza e a identidade do homem e da mulher. Ajuda-nos a ver e a fazer ver um novo Brasil, justo, fraterno e solidário.

Ó Maria, que no coração da Trindade Santa és coroada como a Rainha do céu e da terra! Ó advogada nossa, neste ano lembramos o centenário de tua aparição em Fátima e os 300 anos do achado de tua imagem em Aparecida. Roga ao teu Filho pelo nosso Brasil. Roga pelas nossas dioceses. Roga por nós, agora e na hora de nossa morte!

Amém!

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A Igreja, a cada ano, nos faz acompanhar o mistério de Cristo, o Deus Conosco que é o esperado das nações; o Deus que vem; Aquele que anuncia o Reino e, por meio dos diferentes sinais, o confirma como presente entre nós; Aquele que enfrenta a hostilidade de quem não o aceita; Aquele que enfrenta a Morte e ressuscita; Aquele que envia seu Espírito para levar ao pleno cumprimento o mistério da vida plena. Sem dúvida nenhuma, o mistério pascal é o ponto mais alto, a fonte e a plenitude de tudo.

A Igreja como mestra sábia, por meio do Tríduo Pascal, como num filme, focaliza e celebra cada momento marcante daquele que se tornou para todos, Vida Plena.
O Tríduo inicia com a celebração da Santa Ceia, que torna presente a Eucaristia, fazendo memória do Senhor até que ele volte. É uma celebração solene, contextualizada num clima de despedida, num contexto de doação e de serviço, simbolizado pelo Lava-pés. É a celebração que também lembra a instituição do sacerdócio, isto é, do ministério de quem está principalmente ligado à Eucaristia.

Na noite da despedida a Igreja prolonga, de forma solene, sua ação de graças e adoração para quem nos amou até o fim, permanecendo em oração até a meia noite.

O segundo grande momento do Tríduo Pascal é a celebração da Paixão e morte de Cristo. Naquele dia a Igreja não celebra a Eucaristia, mas se alimenta com a escuta da palavra, sobretudo da narração da paixão segundo João, a mais rica de detalhes pascais. Reza pelas necessidades da Igreja e do mundo. Neste ano, nossas Igrejas do Regional Centro-Oeste fazem uma oração especial pelo Brasil que passa por inúmeras dificuldades; se prostra em adoração diante do Crucificado e se alimenta do Corpo de quem se entregou por nós.

O Sábado Santo é um dia sem celebração: é o dia do silêncio, da espera, da meditação profunda sobre o que foi celebrado na Quinta e na Sexta-feira Santa. Enfim, o grande momento do Tríduo Pascal é a Vigília, rica de símbolos, gestos, leituras da Palavra que relembram as grandes maravilhas de Deus na história; é a noite do novo nascimento pela celebração do Sacramento do Batismo, a Páscoa personalizada por cada um; é a noite da renovação do compromisso de seguir Cristo, Luz que ilumina e conduz todo ser humano.

Nada de difícil e de não conhecido celebraremos durante o Tríduo Pascal, mas simplesmente o itinerário do Mestre que, esvaziando-se a si mesmo, se deu para que tivéssemos vida. É o momento para revigorar a fé pessoal em Cristo Jesus. É o momento para nos sentir o novo povo de Deus reunido pelo sangue do Cordeiro. É o momento de tornar a “alegria da pertença” plena porque “Deus amou tanto o mundo que deu o seu filho único”.

Se a luz do ressuscitado de fato destruirá e apagará a escuridão que ainda nos envolve, a Páscoa será vida nova e os votos que trocamos terão seu sentido profundo.

Dom Carmelo Scampa
Bispo diocesano de São Luís de Montes Belos

No Encontro de Coordenadores Diocesanos da Pastoral Carcerária, realizado no dia 1º de abril, no Centro Pastoral Dom Antonio (CPDA), foi eleita a nova coordenação da pastoral no Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) para o quadriênio 2017-2020. Padre Rafael de Sousa Soares, SPadV, foi eleito novo coordenador regional. Ele é formador do Seminário São Pedro, da Congregação São Pedro Ad Víncula e vigário da Paróquia Jesus Bom Pastor, do Jardim Guanabara. Bruno Gonçalves Pereira de Lima, da Arquidiocese de Brasília, foi eleito vice-coordenador e Joanice Coelho, da Diocese de Goiás, secretária. Rosilda Areias Carneiro da Silva, da Arquidiocese de Brasília, e irmã Alessandra dos Santos Santana, da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, ficaram responsáveis por acompanhar as mulheres presas.

Participaram do encontro, representantes das Arquidioceses de Goiânia e Brasília e das Dioceses de Goiás e Itumbiara. Os coordenadores também discutiram, durante o encontro, sobre a atuação da pastoral em cada Igreja particular. O novo coordenador aponta alguns desafios a serem trabalhados pela pastoral nos próximos anos. “Precisamos tornar conhecido o nosso trabalho e desconstruir os muitos preconceitos que existem sobre os encarcerados. Eles erraram, sabemos, mas são membros de famílias como nós e continuam filhos de Deus. O que a comunidade precisa fazer é se envolver mais”, disse.

Na foto (Joanice, Pe. Rafael e Bruno)

No dia 2 de abril, a Pastoral da Criança realizou Assembleia Diocesana, na Igreja particular de Uruaçu (GO). Foi um momento de oração, alegria e compromisso com a missão de levar vida em plenitude a todas as crianças daquela porção do povo de Deus. Estiveram presentes, o assessor nacional de suporte a gestão, da pastoral, Gustavo Antônio Volpato; a coordenadora da Regional Goiás, Rosane Maria Góes; e a coordenadora da pastoral na Diocese de Anápolis, irmã Magnânia Cristiane E. de Souza, das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria.

Durante o encontro, o coordenador diocesano de Pastoral, padre Francisco Agamenilton, fez uma leitura da realidade, sobre a atuação da Pastoral da Criança, com base no Plano de Pastoral da Diocese de Uruaçu. “Se a Pastoral da Criança ainda é uma ponte para nossos dias, não podemos deixar de construí-la”. E acrescentou: “O Governo e os agentes de saúde não substituem o trabalho da Pastoral da Criança, pois, aqueles não levam a alegria do Evangelho que os agentes da Pastoral da Criança levam em cada encontro, em cada celebração da vida”, disse.

Após a exposição do padre Agamenilton, Gustavo Volpato conduziu todo o encontro reforçando a missão da pastoral, tirando dúvidas e apresentando a realidade das crianças na diocese. A Assembleia se encerrou com a missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Messias dos Reis Silveira, que enviou os novos coordenadores da Pastoral da Criança, o casal Gilda Maria e Rodrigo Santana, bem como, fez o envio de todos os agentes que participaram da assembleia. O bispo também entregou uma vela acesa para cada agente e disse que eles devem levar esta luz às casas, bairros e comunidades, e onde for possível, como sinal da luz de Cristo que vai ao encontro de todos.

Narra o autor sagrado que, ao ver Jerusalém, num dia daqueles, após longo percurso desde Nazaré, Jesus chora sobre a cidade. Certamente por seu coração de Filho do Deus Altíssimo, sabedor de tudo o que estava prestes a lhe acontecer e conhecedor profundo das mentes e dos mistérios humanos, Nosso Senhor Jesus Cristo chora por toda a humanidade desfigurada pelo pecado, decaída pelo peso do distanciamento de Deus.

Entrando em Jerusalém, colocado, por seu próprio querer, sob o lombo de um animal, a multidão acorre. Certamente, dentre todos, muitos dos que haviam sido por Ele curados ou que souberam de seus prodígios e Palavras ou que talvez até mesmo com Ele percorreram distâncias até chegar àquele importante centro cultural, religioso e político do judaísmo. Aquela multidão hoje proclama: “Glória a vós, Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”. Não tardarão alguns poucos dias para que essa mesma multidão proclamasse na praça, ante as autoridades romanas, ante os olhos de Jesus, capturado e humilhado: Tolle, tolle. Crucifige eum. “Crucifica-o, crucifica-o”.

A grande teologia do Domingo de Ramos, dessa intitulada “entrada triunfal de Jesus em Jerusalém”, milhares de vezes encenada e celebrada em tantas paróquias, em nossa Arquidiocese e ao redor do mundo, traz um ensinamento profundo e grave, o qual sintetizo com um trecho da pregação de Santo Afonso Maria de Ligório: “Ah, meu Senhor, chorastes então sobre Jerusalém , mas chorastes também sobre a minha ingratidão e perdição; chorastes ao ver a ruína que eu a mim mesmo causava, expulsando-Vos de minha alma e obrigando-Vos a condenar-me ao inferno. Peço-Vos, deixai que eu chore, pois que a mim compete chorar ao lembrar-me da injúria que Vos fiz ofendendo-Vos. Pai Eterno, pelas lágrimas que vosso Filho então derramou por mim, dai-me a dor de meus pecados, já que os detesto mais que qualquer outro mal e resolvido estou a amar-Vos para o futuro, de todo o coração”.

O apóstolo João narra essa “hora de Jesus” no diálogo que o Mestre teve com Felipe e André: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto” (Jo 12,23). Cada passo de Jesus, cada olhar dele para a multidão, cada gesto naquela profética entrada em Jerusalém estará carregado desse sentido transformador e redentor da semente que é lançada ao chão e que é preciso que morra para que produza muitos frutos.

Da morte redentora de Cristo nasce o mistério da Igreja, igualmente participante dos passos de sofrimento de Jesus em meio às multidões de ontem e de hoje. No choro de Jesus, também o choro da Igreja, por ver este mundo perdido de seus valores mais fundamentais e tão ávido por espetáculos pobres. Na consciência de Jesus, a consciência de toda a Igreja de estar marchando, com Ele, também hoje e até o final dos tempos, para os calvários, para o lugar do sofrimento, conscientes, Esposo e Esposa, da necessidade de sua entrega oblativa para a redenção do mundo.

Aqui realiza-se também, de modo admirável, o sacerdócio de Jesus. Desde já, Ele, como que se faz presente na “Preparação das Oferendas”, antecipadamente. Ele próprio está sendo trazido ao Altar da Cruz, nessa procissão festiva e antecipatória da Sua Paixão, Morte e Ressurreição, da qual a Igreja toma parte nas celebrações que logo virão na noite de Quinta-feira Santa e, sobremodo, na tarde da Sexta-feira da Paixão.

Possam nossas comunidades paroquiais, nesse dia festivo, participar de modo consciente e ativo desse salutar mistério do sofrimento de Cristo e de toda a Igreja para a salvação do mundo. Vinde, adoremos.

Dom Washington Cruz, CP

Arcebispo Metropolitano de Goiânia

Presidente faz balanço positivo da reunião do Conselho Episcopal Regional

Realizada nos dias 27 a 30 de março, na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB, a primeira reunião do Conser (Conselho Episcopal Regional) deste ano, teve diversos momentos marcantes, como a homenagem ao arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, que faleceu no dia 28 de fevereiro.

Em entrevista, o bispo de Uruaçu e presidente do regional, Dom Messias dos Reis Silveira, disse que Dom João Wilk, na homilia, resgatou marcas profundas da vida de Dom Antonio. “Foi muito bonito ouvi-lo fazer o apanhado da vida e testemunho do nosso irmão, de modo que as suas lembranças levaram-no a se emocionar e a todos nós presentes”, afirmou. Segundo o presidente, a homenagem expressa a unidade dos bispos do regional.

Foi emblemática também nesses dias, a visita do núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, que permaneceu no Conser durante a manhã do dia 28 de março e almoçou com os bispos logo em seguida. “Foi uma presença fraterna, ouvindo, conversando com os bispos, apresentando suas inquietações e alegrias. Tê-lo entre nós foi muito importante porque o núncio representa o nosso papa no Brasil e suas palavras também manifestaram a comunhão do Santo Padre com os bispos nesta porção da Igreja no Centro-Oeste”, avaliou Dom Messias.

No segundo dia de encontro, o homenageado foi o arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Sergio da Rocha, criado cardeal pelo papa Francisco em novembro do ano passado, véspera do encerramento do Jubileu da Misericórdia. “Ter Dom Sergio em nosso regional é uma alegria, sobretudo porque ele também representa esta comunhão da Igreja. Sabemos que ele, agora tão próximo do papa, pode levar nossas inquietações, alegrias e trazer também esses sentimentos para nós”. Ainda segundo Dom Messias, a criação do cardeal significa que “Deus olhou para ele com graça e, por meio do papa concedeu-lhe este título”.

Discussões e encaminhamentos

O Conser também é o encontro propício dos bispos para discutir pautas pertinentes à vida da Igreja no Regional Centro-Oeste. Por isso, eles abordaram nesses dias temas relacionados à administração e finanças do regional. As informações foram apresentadas pelo secretário executivo, padre Eduardo Luiz de Rezende. Já ficou definido também o calendário do segundo semestre.

Dom Messias trouxe, da Diocese de Uruaçu, inquietações referentes às solicitações de certidão de 1ª Eucaristia. Analisando o tema, os bispos chegaram à conclusão de que não há necessidade da emissão deste documento. Segundo Dom Messias, as pessoas têm solicitado a certidão para anexar ao processo de matrimônio. Ele também apresentou algumas discussões que aconteceram no último Conselho Permanente, encontro que acontece em Brasília e reúne todos os presidentes de regionais e comissões da CNBB, entre elas, a preocupação da entidade com a questão do aborto que está em análise no Supremo Tribunal Federal (STF). “A CNBB tem tomado parte nesta discussão com a emissão de notas, mas também por meio de diálogos com os ministros. Temos feito um trabalho silencioso bem interessante”, informou. A questão do Acordo Brasil Santa Sé também foi apresentada.

Com relação ao site do regional, o presidente motivou os bispos a enviem, sempre que possível, por meio de seus setores e departamentos de comunicação, conteúdos para serem publicados. O curso de Mestrado em Direito Canônico foi outro tópico que entrou na pauta. A formação destinada para padres, religiosos e o público leigo em geral deve começar sua primeira turma em agosto deste ano. Já há previsão de 20 alunos para essa primeira etapa. Fazendo suas considerações finais sobre o evento, Dom Messias avaliou positivamente o Conser. “Foi um encontro fraterno, sereno e concluímos alegres e esperançosos”. Sobre a próxima reunião, ele comentou por que Iniciação à Vida Cristã foi o tema escolhido. “Da iniciação cristã depende a caminhada e o sustento do cristão. Além disso, queremos trazer as discussões da Assembleia Geral da CNBB e estender para o nosso regional, de modo que estejamos em unidade e aprofundemos o tema”.

Oração dos Bispos do Regional Centro-Oeste pelo atual momento do Brasil

Os bispos aprovaram uma oração sobre o momento atual por que passa o país. Ela foi enviada a todas as dioceses e deverá ser rezada na Sexta-feira Santa. "Motivou-nos a fazer esta oração, a situação do Brasil, sobretudo com relação aos mais pobres. Representa a inquietação dos bispos que se colocam diante de Deus em oração e convida as pessoas a rezarem juntoa", justificou. A oração deverá alcançar todas as comunidades no estado de Goiás e no Distrito Federal.

O próximo Conser acontecerá nos dias 22 e 23 de novembro, na sede do regional, com o tema “Iniciação à Vida Cristã”, e a Reunião Anual de Avaliação do Regional acontecerá em seguida, nos dias 24 e 25, na Casa das Irmãs de Jesus Crucificado, em Goiânia.

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Regional Centro-Oeste faz homenagem póstuma a Dom Antonio

Núncio apostólico no Brasil visita Regional Centro-Oeste

Regional presta homenagem ao cardeal Dom Sergio da Rocha

Bispos encerram o dia com oração das vésperas no túmulo de Dom Antonio

Os bispos reunidos no Conselho Episcopal Regional (Conser) concluíram esta quarta-feira (29) de atividades com a oração das vésperas no túmulo do arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, falecido no dia 28 de fevereiro.

Após o momento de oração, o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, comentou a alegria de Dom Antonio nos seus últimos dias de vida. Dom Washington também falou da intimidade com Deus que seu antecessor vinha cultivando cada vez mais por meio da oração. “Nos últimos anos, ele vinha passando mais tempo na capela de sua casa do que no próprio quarto”, afirmou.

A primeira reunião do Conselho Episcopal Regional deste ano teve início na segunda-feira (27) e termina nesta quinta-feira (30), após o almoço. O Conser reúne os bispos das 12 dioceses que compõem o Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), mais o Ordinariado Militar do Brasil.

Programação – (Quinta-feira, dia 30 de março)

8h30 – Café
9h – Continuação dos assuntos de pauta – Dom Messias
10h – Intervalo
10h30 – Continuação dos assuntos de pauta – Dom Messias
12h – Almoço
14h – Hora Média (Oração) – Dom Fernando Brochini
14h30 – Continuação dos assuntos de pauta – Dom Messias
16h – Intervalo
16h30 – Continuação dos assuntos de pauta – Dom Messias
18h30 – Missa de encerramento com vésperas (Dom Messias, Dom João Wilk e Dom Levi)

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Núncio apostólico no Brasil visita Regional Centro-Oeste

Regional presta homenagem ao cardeal Dom Sergio da Rocha

Dom Giovanni d’Aniello, núncio apostólico no Brasil, visitou os bispos reunidos no Conselho Episcopal Regional (Conser), que teve início na segunda-feira (27) e termina amanhã, (30) com o almoço. Ele participou, pela manhã, do plenário do evento, e por fim, almoçou com os bispos. A visita era um sonho dos bispos desde a gestão passada, que tinha como presidente Dom José Luiz Majella Delgado.

A visita, conforme o atual presidente, Dom Messias dos Reis Silveira, foi um encontro fraterno. “O núncio atendeu nossa solicitação e esteve conosco de forma muito fraterna, primeiramente nos ouvindo, depois trazendo a mensagem da unidade, nos chamando à comunhão com o papa e também apresentando suas inquietações, já que ele é conhecedor da Igreja no Brasil”. Para Dom Messias, as palavras do núncio foram muito importantes, de modo especial na atualidade em que “existem vozes que destoam e dispersam, por isso, ouvir do núncio que é o representante do papa em nosso país, um chamamento à unidade é motivador”, disse.

Formação popular

Seguindo a programação do Conser, na tarde desta terça-feira (28), o coordenador do Instituto Dominicano de Justiça e Paz do Brasil, frei José Fernandes Alves, OP, apresentou aos bispos o curso de extensão em Ética, Cidadania e Direitos Humanos à Luz da Fé, promovido pelas Pastorais Sociais do Regional Centro-Oeste e pelo Instituto Dominicano, em parceria com a PUC Goiás, a Comissão Pastoral da Terra Regional Goiás e a Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil, dos Frades Franciscanos Menores. O objetivo do curso é contribuir com a capacitação de lideranças das Pastorais Sociais, movimentos populares e demais lideranças comunitárias de Goiás e do Distrito Federal, especificamente na área das políticas públicas relacionadas ao cuidado da Casa Comum. Com duração de oito etapas, previsto para começar em agosto e terminar em abril de 2019, a certificação será emitida pela PUC Goiás.

Próximo Conser

Os bispos se debruçaram ainda no período da tarde, sobre assuntos administrativos e de finanças do regional, que foram apresentados pelo seu secretário executivo, padre Eduardo Luiz de Rezende. Foi definido também o calendário do segundo semestre. O próximo Conser acontecerá nos dias 22 e 23 de novembro, na sede do regional, com o tema “Iniciação à Vida Cristã”, e a Reunião Anual de Avaliação do Regional acontecerá em seguida, nos dias 24 e 25, na Casa das Irmãs de Jesus Crucificado, em Goiânia.

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Regional Centro-Oeste faz homenagem póstuma a Dom Antonio

Regional presta homenagem ao cardeal Dom Sergio da Rocha

A primeira atividade desta quarta-feira (29), na Reunião do Conselho Episcopal Regional (Conser), foi a missa com laudes em ação de graças pelo cardinalato do arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Sergio da Rocha. A celebração foi presidida por ele mesmo. Na homilia, ele comentou o evangelho de hoje que manifesta a natureza divina e misericordiosa de Jesus Cristo (cf. Jo 5, 17-30).

Logo após a celebração, o bispo de Uruaçu e presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Messias dos Reis Silveira, agradeceu Dom Sergio pela presença e o parabenizou pela missão confiada a ele, pelo papa, à Igreja de Cristo. “Nós damos graças a Deus pelo novo cardeal criado em novembro do ano passado. Sendo ele do nosso regional, nós, seus irmãos no episcopado, nos alegramos muito e oferecemos a Deus nossa oração de gratidão e pedimos que o senhor, Dom Sergio, leve ao papa nosso espírito de comunhão”, disse. O secretário executivo do regional, padre Eduardo Luiz de Rezende, por sua vez, entregou uma escultura de lembrança ao cardeal, que traz gravada a imagem da Sagrada Família.

Dom Sergio, em seguida, teceu algumas palavras agradecendo aos bispos pela homenagem. “Fico muito feliz de estar no meio de vocês aqui no regional. Para mim é um momento significativo porque eu tenho pedido aos bispos que nossa comunhão seja manifestada em primeiro lugar por meio da oração que, para alguém cumprir sua missão, é muito importante”, afirmou.

Acolhida em Roma

Dom Sergio também comentou que o evangelho de hoje foi providencial porque apresenta o Cristo misericordioso, fato que coincide com o seu cardinalato. “Fui criado cardeal no consistório às vésperas do encerramento do Ano da Misericórdia e, tomarei posse de uma igreja em Roma, no dia 23 de abril, Domingo da Divina Misericórdia”. A posse a uma igreja que Dom Sergio se refere, faz parte de uma tradição de Roma. Todos os cardeais são titulares de igrejas na cidade Eterna. Ele ficou responsável pela Basílica Menor de Santa Cruz, que fica na Via Flamínia. Não necessariamente precisa estar presente nesta igreja, já que mora no Brasil. Mas, segundo ele, quando acontece o Conclave, por exemplo, ou seja, o evento de escolha de um novo papa, é exigido que todos os cardeais celebrem e rezem em seus templos. Sempre que for a Roma, Dom Sergio também poderá celebrar nela. No dia 23 de abril, acontecerá a celebração de acolhida ao cardeal nesta igreja e o seu brasão será fixado ali.

O Conser continua nesta quarta-feira e encerra amanhã, 30, ao meio dia. Na noite desta sexta-feira, às 19h, os bispos participam da entrega dos prêmios de comunicação da CNBB, que neste ano acontece no Cineteatro Afipe, em Trindade.

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