Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
A missão da Igreja Católica no Brasil se orienta a partir da Assembleia Geral dos Bispos, concluída no dia 10 de maio, pelas novas Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), que têm por objetivo geral:
EVANGELIZAR no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da Casa Comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude.
Todos reconhecemos o predomínio da cultura urbana. Podemos mesmo dizer que o modo de viver na grande cidade também está presente nos vilarejos e na zona rural. E o evangelho sabe dialogar com a cidade, sabe levar alegria ao seu coração. Afinal, o evangelho humaniza os relacionamentos e, a partir deles, aquece os ambientes, inclui quem corre o risco de ficar do lado de fora, na “não existência” em meio à multidão.
As novas Diretrizes (DGAE 2019 – 2023) serão objeto de estudo e aprofundamento nas Dioceses do Regional Centro-Oeste. A partir delas realizaremos a Assembleia do Regional, de 18 a 20 de outubro, reconhecendo nossos meios, nosso potencial e, sobretudo, reforçando nossa comunhão para que a evangelização se desenvolva de tal modo que os frutos sejam abundantes nas dioceses, comunidades paroquiais, movimentos, pastorais e serviços.
A força renovadora da vida eclesial é a missão. Mas a base da missão urbana são as pequenas comunidades. Nas DGAE elas são designadas Comunidades Eclesiais Missionárias, uma expressão de compromisso com a pessoa humana que nelas se integra, vive a fraternidade e, a partir delas, testemunha e anuncia a Boa Nova.
Dom Waldemar Passini Dalbello
Bispo de Luziânia e Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB
O XV Seminário Bíblico-Catequético do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) trouxe uma formação um tanto inovadora e curiosa para os coordenadores de catequese que participaram do evento, nos dias 7 a 9 de junho, na sede do regional, em Goiânia. O seminário sobre bibliodrama, teve assessoria da irmã Loredana Vigini, religiosa italiana, membro da Associação de Leigos Semente Viva, fundada por ela.
Segundo a religiosa, o bibliodrama trata-se de um método para adentrar de forma dinâmica na palavra de Deus de modo expressivo, animado e experiencial. “Com o bibliodrama nós entramos nos personagens da palavra, tentamos encontrar e entender qual foi o sentimento deles e ainda ver como esses personagens estão comunicando para nossas vidas”, explicou. O método possibilita ainda meditar os elementos do texto bíblico ativamente e recriá-los como imagens interiores personalizadas, relacionadas com a realidade diária.
A assessora esclareceu também que o bibliodrama não é teatro. “A dramatização bibliodramática parte de um nível muito espontâneo. Ninguém recebe um papel específico, ao contrário, as pessoas decidem escolher a parte a ser vivenciada ou os mesmos personagens. Então, qualquer um pode ser Zaqueu, ou a Samaritana, vivenciar o mesmo personagem ou pode escolher aquele que neste momento tem algo a lhe dizer e que você consegue adentrar melhor a ele”.
Para a catequese, o método é muito importante e pode colaborar muito porque o bibliodramatista ver a pessoa que conduz o encontro como um facilitador entre os catequisandos e a palavra de Deus. Ela salientou que o catequista, como se pensava no passado, não tem mais o papel de ensinar, mas de facilitar o encontro com Deus. “No primeiro momento ele deve apresentar o querigma, isto é, promover o primeiro encontro do catequisando com Jesus, portanto, o catequisando não é uma pessoa a ser preenchida de noções, mas aquele que tem que ser conduzido ao encontro”, disse. “O catequisando é uma pessoa que tem necessidades espirituais, uma história e desejo de chegar a Deus como aquela Samaritana lá no poço. Ela chegou com toda sua vida, interrogações e questionamentos, assim, o catequista tem que olhar a pessoa que chega a partir de sua vida que traz consigo para poder anunciar”, completou.
Cládia Maria da Silva, coordenadora de setor de catequese na Arquidiocese de Brasília, participou da formação e disse que o aprendizado irá ajudar os catequistas a ter um novo olhar sobre os catequisandos a partir da prática do bibliodrama. “Com esse método nos relacionamos melhor com os catequisandos porque usamos mais os sentidos e assim fixamos com mais eficiência no principal que é Jesus Cristo”, afirmou.
Padre Roger Evangelista Rodrigues, religioso estigmatino, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Morrinhos (GO) – Diocese de Itumbiara – disse que o método enriquece a catequese. “Percebi que o bibliodrama pode enriquecer nossa catequese porque ele entra na dinâmica do texto bíblico e, para compreendermos melhor, é fundamental entender o texto a partir do nosso contexto”. A parte lúdica do método é outro ponto positivo, na visão do religioso. “Com o bibliodrama nós facilitamos o contato com as crianças porque para elas a parte lúdica é muito importante então, percebi que enriquece a catequese de primeira infância, mas que também pode ser utilizado na catequese de jovens, adultos e nas diversas realidades que compõem a nossa Igreja”, declarou.
A Conferência Nacional dos Bispos Brasil (CNBB) acaba de publicar, por meio da Edições CNBB, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o quadriênio 2019 – 2023. A publicação integra a série Documentos da CNBB sob o nº 109. Trata-se do principal documento que o episcopado brasileiro aprovou durante a sua 57ª Assembleia Geral, realizada em Aparecida (SP), de 1º a 10 de maio.
Para o quadriênio 2019-2023, as diretrizes foram estruturadas a partir da concepção da Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária”, apresentada com a imagem da “casa”, “construção de Deus” (1Cor 3,9). Em tudo isso, as Diretrizes – aprovadas pelos bispos do Brasil– convidam todas as comunidades de fé a abraçarem e vivenciarem a missão como escola de santidade.
Na apresentação da publicação, a presidência da CNBB ressalta que as diretrizes são o caminho encontrado para responder aos desafios do Brasil, “um país que, na segunda década deste século XXI, experimenta grandes transformações em todos os sentidos”. A introdução da publicação defende que as diretrizes constituem uma das expressões mais significativas da colegialidade e da missionariedade da Igreja no Brasil.
O Documento nº 109, de 93 páginas, é organizado em quatro capítulos. No primeiro, cujo título é o “Anúncio do Evangelho de Jesus Cristo”, o texto aprofunda os desafios do contexto urbano e o papel das comunidades eclesiais missionárias neste contexto. O capítulo 2, fala do “O olhar dos discípulos missionários” sobre os desafios presentes na cidade.
O terceiro capítulo, “A Igreja nas Casas”, apresenta a ideia de casa, entendida como “lar” para os seus habitantes, acentua as perspectivas pessoal, comunitária e social da evangelização, inserindo no espírito da Laudato Si’, a perspectiva ambiental. Essa casa é a comunidade eclesial missionária que, por sua vez, é sustentada por quatro pilares: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. O quarto capítulo, cujo título é “A Igreja em Missão” apresenta encaminhamentos práticos de ação para cada um dos pilares.
A publicação pode ser adquirida no blog da Edições CNBB no link: www.edicoescnbb.com.br
Fonte: CNBB Nacional
No próximo dia 29 de junho, das 8h às 12h, acontecerá na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB, em Goiânia, o II Encontro Missionário da Pastoral da Educação. O evento é destinado a professores de escolas católicas, escolas privadas e públicas da Arquidiocese de Goiânia, e das dioceses de Anápolis e Ipameri. Os temas a serem tratados são: “O que é Pastoral da Educação”, “A espiritualidade do professor” e “Pastoral da Educação: relatos de experiência”. O Café da manhã e almoço serão oferecidos pela pastoral.
Confirmar as presenças até o dia 19/06, pelos seguintes contatos: (62) 99925-5015 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
O dia de Pentecostes completa o tempo pascal e inaugura um tempo novo: o tempo da Igreja, do anúncio do Evangelho a todas as criaturas, o tempo da missão e do testemunho na força do Espírito Santo.
A vinda do Consolador abre portas, habilita para o anúncio, faz superar o medo, torna o discípulo criativo e capaz de encontrar saídas adequadas e ousadas no complexo mundo de todos os tempos.
Sobre o tema de Pentecostes e do Espírito Santo podemos encontrar, sem dificuldades, reflexões e apresentações amplas e profundas: só se servir do google para se informar.
Portanto, desejo simplesmente sublinhar alguns aspectos que ajudem na reflexão.
1. A apresentação que os textos bíblicos fazem do Espírito Santo são bonitas e encorajadoras: é o advogado, o defensor, o consolador. Como não se sentir em paz e bem sabendo que se “Deus é por nós, quem poderá ser contra nós?” O Espírito trabalha em nosso favor, defende nossas causas, doa consolo e esperança em todas as situações críticas e difíceis da vida. Pensando ao Espírito como advogado e também a todas as estratégias que os advogados encontram para ganhar os processos, ainda quando não parece ter nenhuma brecha possível, nos sentimos bem e animamos a confiança e a esperança. Dentro de nós e em nosso meio há alguém que defende, entende, acompanha, ajuda a não pisar em falso e esse alguém é o Espírito do Pai e do Filho, sempre interessados para que tenhamos vida e vida abundante, sempre preocupados com a nossa paz interior, embora carregados de contradições e de falhas.
2. O Espírito Santo está relacionado a Cristo. É enviado por Ele. Não diz nada de próprio, mas faz lembrar o que o Mestre falou, levando a plenitude do entendimento, à plena verdade. O Espírito torna atual a Palavra e a ação de Cristo, portanto, é inseparável dele. Cristo, único Caminho, Verdade, Vida precisa ser entendido e vivido no aqui e agora de nossa existência, neste contexto cultural específico no qual vivemos. Isso acontece pela obra misteriosa e secreta do Espírito. Seria bom rever, de maneira mais equilibrada, o papel do Espírito nunca o separando de Jesus, sobretudo em nossos caminhos e práticas espirituais. É o Espírito que leva ao pleno entendimento do que Jesus falou.
3. Ainda o Espirito é a alma, a vida o dinamismo de tudo. Ele é o protagonista exclusivo da Evangelização. É ele que abre portas ou as fecha. É interessante o texto dos Atos dos Apóstolos onde se fala que diante do projeto de evangelização que Paulo acalentava de ir na Ásia, o Espírito proibiu de fazer isso e indica a Macedônia como campo de ação. Cabe à Igreja e ao discípulo se colocar na escuta do Espírito, discernir os sinais e a Ele manter-se fiel. Nós nunca seremos protagonistas na história da salvação, mas somente intermediários, servos e servos inúteis. Desconhecer o protagonismo exclusivo do Espírito na vida da Igreja é se auto condenar a trabalhar em vão, a jogar a rede sem apanhar nada. Quem anda na contramão não estranhe se as dificuldades se multiplicam no agir pastoral. Substituir a Deus é arriscado demais.
4. No dia de Pentecostes com a vinda do Espírito, nasce a comunidade de Jesus, a Igreja. Nasce com teimosa coragem e capacidade de enfrentar o mundo, de anunciar a Verdade que liberta, nasce como unidade na diversidade. Que bonito o relato dos Atos dos Apóstolos sobre o dia de Pentecostes. Os diferentes falam a mesma língua porque o Espirito é comunhão, é Amor. O medo desaparece e as portas do lugar onde os discípulos estão reunidos são escancaradas. A Igreja nasce como família, como comunidade enriquecida de dons diferentes, mas todos em vista do bem comum. A Igreja nasce missionária, enviada a todos sem exclusão.
Isso tudo é obra e ação do Espírito que capacita o discípulo para grandes empreendimentos realizados com coragem até o dom total de si. Pentecostes não se concluiu, é a experiência cotidiana do seguidor de Jesus, é a vida da Igreja de todos os tempos que evangeliza, testemunha e dá a vida pelo Mestre.
Dom Carmelo Scampa
Bispo de São Luís de Montes Belos-GO
Com essas palavras a Igreja começa um antigo hino com o qual invoca o Espírito Santo como criador, pois, por Ele que, no início, pairava sobre as águas, e pela Sua Palavra, Deus criou tudo (cf. Gn 1,1-31). Nesse mesmo hino, a Igreja chama o Espírito de “dedo da [mão] direita de Deus”, baseando-se na leitura paralela de dois textos dos Evangelhos – Mt 12,28 e Lc 11,20.
Essa expressão mostra que Deus age na Igreja e, por Cristo e no Espírito Santo, a santifica e a move. Como escrevi na minha Carta Pastoral: “O Espírito Santo dá vida à Igreja, atua em todos os batizados e no conjunto do corpo eclesial. É Ele quem faz da Igreja “templo do Deus vivo” (2Cor 6,16). O Espírito, presente em cada cristão desde o dia do Batismo, recebido de um modo novo no sacramento da Crisma e atuando em cada um dos sacramentos, é o dinamizador da vida e da santidade da Igreja (O Espírito Santo, a Igreja e a Liturgia, 38).
Estando presente na criação, o Espírito também está presente na recriação da humanidade, aquela iniciada com a Páscoa Redentora de Cristo. Cada homem, portanto, é renovado pelo Espírito Santo no seu batismo, pois, por Ele, é configurado a Cristo e inserido no Seu Corpo Místico, que é a Igreja. Ao longo de sua vida, celebrando os demais sacramentos, o fiel batizado cresce, por Cristo e no Espírito, na graça do Senhor e deve ser testemunha da obra salvadora.
Na Solenidade de Pentecostes, que hoje celebramos, devemos tomar consciência de que somos templos do Espírito Santo. Devemos, portanto, invocar constantemente o Espírito Santo para que, dentro de nós, Ele possa nos santificar, nos conduzir nos caminhos do Senhor e nos encorajar e sustentar na missão que cada um recebeu pelo batismo e por sua vocação específica. Repitamos sempre: Vinde, Espírito Criador!
Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
Na manhã do dia 1º de junho, Dom Adair José Guimarães, vice-presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, tomou posse como o 5º bispo da Diocese de Formosa. A cerimônia, que aconteceu na Catedral Imaculada Conceição, na cidade de Formosa, contou com a participação de cardeais e bispos de vários regionais, além de padres, religiosos e religiosas, autoridades do estado, da cidade e todo o povo de Deus daquela Igreja particular.
A solene celebração eucarística de posse canônica deu-se às 10h com o rito de acolhida do novo bispo pelo pároco da Catedral, padre João Manoel Lopes, e depois um breve momento de oração na capela do Santíssimo.
O Cardeal Dom Sergio da Rocha, metropolita da Província Eclesiástica de Brasília, foi quem iniciou a Santa Missa acolhendo todo o clero e designando o chanceler da diocese de Formosa, padre Darci Neres, para a leitura das letras apostólicas (documento de nomeação do novo bispo assinado pelo papa). Após, já sendo empossado bispo, os padres diocesanos saudaram o seu novo pastor.
Homilia
Ao dirigir palavras pela primeira vez ao seu novo rebanho, Dom Adair disse que “o bispo é o pastor do rebanho de Deus que deve sempre cuidar com muito zelo da Igreja de Cristo; o padre é o colaborador primordial na missão evangelizadora, portanto, será amado e cuidado por este pastor”.
Ao final da celebração, o bispo foi acolhido pelo padre Ary Ramos, representando o clero de Formosa; a irmã Roseli Chaves, representando os religiosos; um casal de leigos, o governador do estado, Ronaldo Caiado, e o prefeito municipal, Gustavo Marques.
Fonte e fotos: Pascom/Diocese de Formosa-GO
O Colégio dos Consultores – formado por sete sacerdotes – elegeu na manhã desta terça-feira (4) o reverendíssimo monsenhor Vanildo Fernandes da Mota como Administrador Diocesano.
A Diocese de Rubiataba-Mozarlândia tornou-se sede vacante no último sábado, 1º de Junho, quando Dom Adair José Guimarães, tomou posse como bispo da Diocese de Formosa. Desde então, a Diocese de Rubiataba estava sob os cuidados do Colégio de Consultores.
A eleição foi convocada pelo monsenhor José Modesto, decano do Colégio de Consultores e aconteceu na manhã de terça-feira (4), na Cúria Diocesana, em Mozarlândia, após a Santa Missa e reunião dos padres que fazem parte do conselho. A partir de agora o cuidado pastoral da Diocese estará aos cuidados do administrador diocesano, monsenhor Vanildo, que deverá zelar pela esposa de Cristo, a Igreja, até que o próprio Deus providencie um novo pastor para esta porção escolhida do Povo de Deus.
Monsenhor Vanildo Fernandes da Mota
Filho do sr. Osvaldo Caetano da Mota e Maria Fernandes Moreira, nascido aos 9 de setembro de 1959 em Vila do Chumbo (MG). No ano de 1976 a família veio para o município de Rubiataba (GO).
Aos 31 de Janeiro de 1978, data da fundação do Seminário menor Mãe de Deus, em Rubiataba, entrou para o Seminário menor para cursar o segundo grau, tendo como bispo da Prelazia Dom Juvenal Roriz. No ano de 1981 e 1982, tendo como bispo Dom José Carlos de Oliveira e já criada a Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, estudou Filosofia no Instituto de Filosofia de Goiás (IFITEG). Residiu no Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney, nos anos de 1983 a 1986, tendo como reitor o padre Joaquim José Neto. Cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santa Cruz, em Goiânia. Foi ordenado diácono no dia 16 de novembro de 1985, na Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Rubiataba e sacerdote no dia 7 de dezembro de 1986, dia de Santo Ambrósio, na Paróquia Imaculada Conceição, de Morro Agudo de Goiás.
De 1987 a 1989 foi vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Mozarlândia e colaborador na Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Nova Crixás. De 1990 a 1997, ele foi pároco da Catedral Nossa Senhora da Glória; em 1998, reitor do Seminário Menor Mãe de Deus, em Rubiataba, e vigário paroquial; no ano de 1999, ele foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Guia, em Araguapaz; de 2000 a 2001, foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Crixás; de 2002 a 2005, fez especialização em Teologia Pastoral na Facoltà Teológica della’Italia Settentrionale, residindo em Pádova, com ênfase em Família. Nos anos de 2005 a 2010, foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória - Catedral; 2011 a 2014, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Mozarlândia; 2015 a 2019, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória – Catedral. Foi ecônomo da Diocese de 1990 a 2001 e depois de 2005 a 2009 e vigário geral de 2016 a 27/02/2019, quando o então bispo da Diocese de Rubiataba e Mozarlândia é nomeado bispo da Diocese de Formosa (GO). Neste 4 de junho de 2019 foi então eleito Administrador Diocesano.
Fonte e fotos: Diocese de Rubiataba-Mozarlândia-GO
O presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom Waldemar Passini Dalbello, disse em entrevista, logo após a Reunião da Comissão Permanente de Avaliação (CPA) que aconteceu no dia 18 de maio, que as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e a Assembleia do Povo de Deus que acontecerá em outubro, “vão nos ajudar a crescer muito em vida comunitária”. Segundo ele, a pequena comunidade que se torna missionária, é “luz na sociedade e cativa também outros irmãos para a vida da Igreja no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Dom Waldemar deixou claro que o conteúdo principal da Assembleia do Povo de Deus do Regional Centro-Oeste, que acontece a cada quatro anos, são as DGAE. Durante a reunião do CPA, ele disse que o grupo teve um primeiro contato com o texto aprovado pelos bispos do Brasil na 57ª Assembleia Geral da CNBB. “Embora o documento ainda não tenha sido lançado, pudemos reconhecer o grande desafio que a sociedade nos propõe: uma Igreja acolhedora que em pequenas comunidades é capaz de acompanhar as pessoas nas suas diversas situações, inquietações e buscas”.
Na Assembleia do Povo de Deus, conforme o bispo, o conteúdo das DGAE e seus objetivos serão realçados para que a sua missão seja cumprida no Regional Centro-Oeste. “Nós queremos na Assembleia ajudar os coordenadores das pastorais do regional e das dioceses, terem essa percepção de como nós somos chamados a viver em comunidade, assumindo aquele modelo das comunidades dos Atos dos Apóstolos (2, 42) como uma proposta para a Igreja nos dias de hoje”, esclareceu Dom Waldemar.
Fundamentação das diretrizes
Para além da vida eclesial, as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora se debruçam sobre a análise cultural da atualidade. Isso porque a cultura urbana, essência do documento, está presente hoje onde as pessoas vivem, seja na zona rural, nas pequenas cidades ou nos grandes centros urbanos. Dom Waldemar destacou que a evangelização precisa atingir quem vive em qualquer desses ambientes. “Nós estamos numa cultura eminentemente urbana. Mesmo quem vive numa pequena cidade, no campo, ou na zona rural, sofre influência dessa cultura que tem muitos valores, mas muitas vezes deixa a pessoa isolada, solitária, ela propõe muito, mas inclui pouco”, disse.
O bispo salientou que o documento está muito atento à pessoa humana. “A nossa sociedade tem muitas riquezas, mas distribui pouco sua riqueza cultural, possibilidades de crescimento pessoal, educacional, mesmo relacional e as DGAE estão muito atentas ao homem, à mulher, ao jovem. O Evangelho, nesse sentido, como sempre foi, é esperado e nós recorremos também à bagagem da tradição da Igreja, a experiência dos primeiros séculos em tempos de paganismo. É a experiência que nós hoje assumimos com muito cuidado porque ela se aproxima da resposta que deve ser dada nos tempos atuais de um neopaganismo”, esclareceu.
Evangelização missionária
A reflexão sobre a sociedade de hoje não é uma crítica, conforme ressaltou Dom Waldemar. Diante do contexto social e cultural urbano, ele disse que a evangelização precisa estar próxima das pessoas. “O Evangelho hoje é esperado com um forte acento relacional. Ele nos propicia encontro, gera amizade, fraternidade, acompanhamento, cuidado, resgata da solidão, dá sentido para buscas comuns”. Isso porque é papel da evangelização também colaborar no desenvolvimento humano e social. “Não é só a comunidade que se encontra e fica feliz de estar reunida, mas também aquele grupo que se propõe a conquistas, metas, e une forças. E assim cada membro cresce, desenvolve a partir do seu potencial colaborando na conquista das metas que pode ser religiosa e espiritual, mas também cultural, social, sócio-política. Tem várias vertentes que vão depender da sensibilidade de cada pequena comunidade que vai sendo formada”. Por fim, Dom Waldemar disse que a comunidade deve ser um lugar de impulso. “A pequena comunidade é solução para a pessoa enquanto lugar de encontro, mas ao mesmo tempo ela é lugar de impulso, propulsão, que lança a pessoa a, para realizar os seus objetivos elevados na vida com os irmãos de comunidade. Nesse sentido que nós estamos percebendo que a cultura urbana nos desafia a apresentar o Evangelho com esse rosto muito comunitário e decididamente missionário”, concluiu.
Segundo informação fornecida à imprensa nacional pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) de Manaus (AM) quarenta presos foram encontrados mortos nas seguintes unidades prisionais: Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) – 25 mortos; Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) – 6 mortos;Centro de Detenção Provisória Masculino(CDPM 1) – 5 mortos; e no Compaj – 4 mortos.
Nota da Pastoral Carcerária
Na noite desta terça-feira, 28 de maio, a Pastoral Carcerária Nacional em conjunto com a Pastoral Carcerária do Amazonas publicou uma Nota na ual fala da tragédia de Manaus e pede providências das autoridades: “É na dor do luto e na esperança da luta por uma vida libertada do sistema prisional que a Pastoral Carcerária Nacional vem se posicionar frente a mais um massacre fruto do aprisionamento em massa, do descaso com vidas tidas como descartáveis, da ganância de empresas privadas e do genocídio protagonizado pelo Estado brasileiro“.
A Nota traz uma atualização do número de mortes, agora 55, e prossegue:”Essas mortes não acontecem por conta da tão alardeada briga de facções, narrativa traiçoeira que despeja sobre parcelas da população prisional a responsabilidade por episódios que são as consequências inevitáveis de um sistema prisional cuja função principal é a produção de dor, sofrimento e mortes; e simples manutenção da lógica de encarceramento em massa e banalização das vidas, de aprisionar e exterminar uma população indesejável, em sua maioria pobre e negra, o que reafirma a responsabilidade inequívoca do Estado pela barbárie”.
Memória: mortes em 2017
A Pastoral Carcerária Nacional lembra outra Nota que emitiram em 2017, quando Manaus viveu situação semelhante: “Em nota feita em 2017, quando ao menos 56 presos foram mortos no Compaj, junto a outros 75 em outros presídios do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte , a Pastoral Carcerária já afirmava:’Se a opção que alertávamos há tempos era pelo desencarceramento ou barbárie, o Estado de forma clara e reiterada optou pela barbárie’. Esta se materializa tanto nas violações cotidianas e nas mortes naturalizadas pelas estatísticas, como nos massacres em massa do passado e do presente. Como pontuado na época, ‘já não se trata mais de uma crise, mas de um projeto’.”
“O que acontece em Manaus agora, assim como os massacres de 2017, o Massacre do Carandiru em 1992 e tantos outros, não são uma exceção do sistema prisional, e sim parte do seu funcionamento. Não se trata, portanto, de uma ausência do Estado, mas de sua presença, por meio de um gigantesco sistema de encarceramento e controle, que coloca o Brasil na posição de 3º país que mais encarcera no mundo“, afirma a Nota.
Unidades prisionais privatizadas
A Nota da Pastoral Carcerária denuncia: “As mortes destes últimos dias ocorrem em diferentes unidades prisionais privatizadas, todas administradas pela mesma empresa, a Umanizzare. Em relatório divulgado em 2017 o Ministério Público do Amazonas revelou que a empresa recebe do Estado R$ 4,7 mil por preso, valor muito acima da média nacional. E ainda, mesmo com a grande quantidade de mortos nas unidades da Umanizzare em 2017, o Governo do Amazonas, em 2018, prorrogou os contratos com a empresa . Apenas para o Compaj, unidade com maior número de mortos, o Estado paga um valor mensal superior a 5 milhões de reais“.
“Em 2014“, lembra a Pastoral Carcerária, “a empresa utilizou parte do dinheiro recebido para realizar doações significativas para campanhas de candidatos ao Governo do Estado e à Assembleia Legislativa . Que interesses têm a Umanizzare em certos mandatos e projetos pautados? Preocupada com o avanço da privatização dos presídios, a Frente Estadual pelo Desencarceramento de São Paulo pontuou, sobre a relação imbricada entre o interesse das empresas em prisões e a aprovação de projetos punitivistas: ‘aliados (…) operam uma lógica perversa em que, quanto mais presos houver, mais dinheiro essas empresas recebem, afinal, transforma-se a gestão prisional em fonte de lucro e os presos em mercadoria’. Mesmo com grandes volumes de verbas, as unidades privadas se encontram em condições absolutamente degradantes, e em regra são as famílias que fornecem itens básicos para garantir a sobrevivência das pessoas encarceradas, evidenciando como não há presídio – seja público ou privado, com maior ou menor gasto – capaz de garantir a vida e a integridade dos seus custodiados“.
Palavra da empresa Umanizzare
A Nota da Pastoral Carcerária registra ainda que a empresa responsável pelos presídios, a Umanizzare, em nota, afirmou que “trabalha em conjunto com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária – SEAP no apoio necessário à retomada da normalidade dentro das unidades”. Mas, a Pastoral lembra, no entanto, que “o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura realizou uma visita ao Compaj em fevereiro de 2018 e constatou, na normalidade do funcionamento da unidade, que havia racionamento de água, ausência de oferta de trabalho, insuficiência de colchões, falta de medicação, má qualidade dos kits de higiene e irregularidade na entrega, falta de horário e espaço adequados para a realização de visitas íntimas e religiosas com a privacidade e tempo necessários , cenário semelhante ao que se observa no cotidiano em cada presídio pelo país, na escuridão das celas fora do espetáculo dos massacres“.
Apelo da Pastoral
A Nota finaliza: “Em solidariedade às famílias de tantas vítimas do sistema prisional – as 55 que agora se foram e as mais de 700 mil que lutam cotidianamente para sobreviver em um sistema de produção de morte – a Pastoral Carcerária Nacional, guiada pela missão de Jesus de Nazaré de libertar as pessoas privadas de liberdade (cf. Lc 4,18), reafirma seu compromisso com a vida e reforça a importância de uma comoção social ampla frente a mais um caso de genocídio promovido pelo Estado brasileiro. Negligenciar essa luta necessária e urgente por um mundo sem prisões é compactuar com a barbárie“.
Fonte: CNBB Nacional
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