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Neste ano de 2019 a Diocese de Uruaçu (GO) deveria ter realizado sua Assembleia Diocesana de Pastoral, mas, por estar sede vacante, realizou apenas a Avaliação Diocesana de Pastoral nos dias 29 e 30 de novembro. O evento aconteceu no Centro de Treinamento de Lideranças (CTL), em Uruaçu, e contou com a participação de pouco mais de 100 pessoas. Foram convocados a participar, todo o Clero, os diáconos, um representante de cada congregação religiosa presente na diocese, um representante de cada nova comunidade, um leigo de cada paróquia e santuário, os coordenadores das pastorais, movimentos, organismos e serviços presentes na diocese e um membro da Escola Diaconal São Lourenço.

Em pauta, a avaliação da caminhada de 2019 e em base às novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019 -2023) foram feitas escolhas pastorais a partir do Plano Diocesano de Pastoral (PDP).

Foi um momento significativo da Igreja Diocesana em que os participantes puderam discutir, apresentar sua caminhada pastoral e apontar horizontes para o crescimento da ação pastoral da diocese. O administrador diocesano, padre Francisco Agamenilton, em sua exposição sobre as DGAE e o Plano Diocesano de Pastoral (2015-2019) destacou que o desafio da Igreja é “tirar coisas novas daquilo que sempre tivemos, que é Jesus Cristo”. Isso pode ser feito por meio da valorização das pequenas comunidades missionárias, um dos pontos-chaves das novas diretrizes da ação evangelizadora.

Padre Agamenilton também salientou que as comunidades eclesiais missionárias são o referencial da Igreja, por isso é preciso investir trabalho nessa dimensão. “Precisamos constituir comunidades missionárias, isto é, criá-las e onde já existem, trabalhar para que se tornem missionárias”, pontuou. Ele ressaltou que o foco das novas DGAE “não são os pilares, mas sim o elemento casa, que é o lugar de encontro, de ternura, de solidariedade, é o lugar da família”.

Operar pastoral
As ações pastorais, conforme o administrador diocesano, devem valorizar a participação das pessoas. Isso quer dizer não tratar o povo de Deus como massa e considerar a pessoa na sua totalidade. Eis, portanto, o desafio da pluralidade e do acolhimento. Ele também apontou que a Diocese de Uruaçu precisa crescer em caridade. “A caridade leva à defesa da vida desde a concepção até a morte natural. Esse ponto contempla também a natureza”.

A diocese também assumiu compromissos junto ao Regional Centro-Oeste da CNBB.

Leia a matéria completa no site da diocese. Clique aqui

Após um caminho de escuta, estudo, planejamento e execução do último Plano Diocesano de Pastoral (2016-2019) e avaliação, a Diocese de Jataí, disposta a assumir a criação das Comunidades Eclesiais Missionárias, conforme orienta as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023), o Documento 109 da CNBB, reuniu-se em assembleia com seus presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, leigos e leigas, seminaristas de teologia para traçar seu Plano Pastoral Diocesano para os próximos quatro anos (2020-2023).

A assembleia aconteceu no Instituto Divino Espírito Santo, em Jataí (GO), no dia 9 de novembro. O evento encerrou com a Santa Missa, que aconteceu na Catedral Divino Espírito Santo. A mesma teve como assessores o coordenador diocesano da ação evangelizadora, padre Sérgio; o monsenhor Vicente Duarte e o bispo diocesano Dom Nélio Domingos Zortea.

Durante a assembleia que reuniu cerca de 200 pessoas, foi feita a exibição de um vídeo com a síntese sobre a Diocese de Jataí, sua história e ações realizadas a partir do último Plano de Pastoral Diocesano; apresentação das DGAE, pelo coordenador diocesano de Pastoral, padre Sérgio Rosa Gonçalves; realização de trabalhos em grupos para a revisão da caminhada dos últimos quatro anos e apresentação de propostas para os próximos anos, com atenção ao Documento 109 da CNBB que propõe uma Igreja formadora de Comunidades Eclesiais Missionárias que vão de encontro às pessoas nos seus diversos ambientes, tendo como pilares para a sustentação dessas comunidades, a Palavra, o Pão, a Caridade e a Missão.

Todos participaram da assembleia de forma muito ativa e produtiva, desde os momentos de orações e estudos até a apresentação das propostas e escolha das ações para a caminhada nas 31 paróquias da Diocese de Jataí, para os anos de 2020-2023, sendo apresentadas propostas de acordo com os pilares das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora.

Entre várias sugestões apresentadas para os próximos anos, os participantes da assembleia deram ênfase à formação, tanto do clero, como dos leigos, isto para que esses possam continuar sua missão com renovado ardor missionário e capacitados para anunciar o Evangelho, testemunhando-o em suas comunidades, alcançando assim, aqueles que se encontram distantes, sejam nas comunidades mais afastadas, condomínios, universidades, indústrias ou em outros ambientes, em uma realidade cada vez mais urbana.

Para o bispo diocesano Dom Nélio, a assembleia foi importante para a maior proximidade entre o clero e os leigos comprometidos com a diocese e como forma de animação na caminhada dos discípulos e discípulas missionários.

Fortalecidos pelo Espírito Santo e sustentados pela união, os participantes da assembleia receberam o envio e a bênção do bispo diocesano, assim que concluíram os trabalhos. Todos saíram do evento dispostos a continuar a missão em suas comunidades como discípulos e discípulas missionários.

Fonte: Pascom Diocesana de Jataí.

 

O II Encontro de Corais da Arquidiocese de Goiânia aconteceu no último dia 23, na Paróquia Imaculado Coração de Maria, e reuniu 11 grupos. A iniciativa, que começou em 2018, visava, simultaneamente, celebrar o dia do músico, por ocasião da memória da mártir Santa Cecília, e congregar os diferentes grupos corais constituídos em toda a Arquidiocese de Goiânia.

Neste ano, as músicas apresentadas foram organizadas ao redor do tema: Maria na História da Salvação. A organizadora do encontro, Leonice Ângela (coordendora de Canto Litúrgico), explicou ainda um pouco mais sobre as canções exibidas: “cada grupo cantou duas músicas diretamente ligadas a um dos momentos da participação de Maria na história da nossa fé, desde a sua Imaculada Conceição, passando pelo Parto Virginal, até a Assunção e Coroação”.

Leonice Ângela falou também sobre a relevância do encontro de corais para a arquidiocese. “O encontro é importante para consolidar a prática do canto coral nas comunidades da arquidiocese. Embora o Concílio Vaticano II tenha resgatado a participação da assembleia nos cantos, isso nunca significou abolir o coral na comunidade. E, quando falamos em coral, nos referimos a grupos com várias vozes simultaneamente. O encontro também é uma forma de valorizar e incentivar o trabalho de todos os que se dedicam à evangelização por meio do canto e da música.”

O arcebispo da Arquidiocese de Goiânia, Dom Washington Cruz, disse que o encontro de corais enriquece a prática dos cantos litúrgicos e parabenizou os presentes. “Eu sou um grande apreciador do canto litúrgico. As pessoas pensam que podem cantar qualquer coisa na Igreja, porém, o canto litúrgico tem um fundo bíblico. Eu agradeço a Deus e a vocês que se dedicam para que a liturgia seja realmente um grande hino de louvor.”

Marilurdes de Andrade, regente do Coral Litúrgico da Vila Nova, o coral mais antigo que se apresentou e que hoje conta com 22 integrantes, explicou sobre a importância desse encontro para os corais. “A gente se abastece, colocando esse nosso dom a serviço da música, porque a música nos renova, nos transforma e nos coloca em sintonia com Deus.” A regente ressaltou ainda que para se apresentar houve uma preparação de aproximadamente dois meses.

O agregador do coral Nossa Senhora da Visitação, Carlos Donizete, coral mais recente que se apresentou neste encontro, ressaltou a importância do evento para o grupo. “Para nós, foi uma honra muito grande porque somos da periferia. Aparecida de Goiânia é uma realidade dura, difícil. Então, trazer um trabalho como esse, para nós, é fascinante”, disse. Carlos Donizete explicou como foi o nascimento do grupo. “Nós somos um coral interparoquial composto por pessoas de várias comunidades de algumas paróquias que, no decorrer do ano litúrgico, servem com suas equipes nas celebrações eucarísticas. Unimos um pequeno grupo antigo que prepara Cantatas de Natal às pessoas que participaram de oficinas musicais (sobretudo trabalhando técnica vocal), criadas no início deste ano.” Ele falou ainda que a principal dificuldade que se tem em um trabalho como esse é reunir as pessoas.

Ao final do II Encontro Arquidiocesano de corais, todos os grupos se reuniram para apresentar a canção Coração Imaculado de Maria, escrita pelo compositor José de Acácio Santana, com regência de José Reinaldo Martins Filho.

Surpresa
Além de organizadora do encontro de corais, Leonice Ângela também regeu o Projeto Meu Canto é o Nosso Canto, desenvolvido na Paróquia Imaculado Coração de Maria. Apesar de ser um projeto com foco no estudo de noções básicas de técnica vocal e partitura musical para a prática pastoral, Leonice lançou o desafio aos seus alunos (pertencentes não só a esta paróquia, mas a muitas outras) de assumirem o repertório de um dos grupos do Encontro de Corais que teve um imprevisto há poucas semanas do evento.

Fonte: Suzany Marques - Vicariato para a Comunicação (Vicom) - Arquidiocese de Goiânia

 

 

No dia 26 de novembro, a Comissão Regional de Presbíteros (CRP) realizou sua última reunião do ano de 2019. Em pauta, uma avaliação das atividades realizadas nos últimos quatro anos de gestão (2015-2019) e planejamento de atividades para 2020 e para o quadriênio que já iniciou (2019-2023).

Padre André Luís do Vale, eleito novo coordenador no 38º Encontro Regional de Presbíteros, que aconteceu nos dias 26 a 29 de agosto, em Rubiataba (GO) disse que a reunião teve a presença da coordenação do último quadriênio e da nova. “Fizemos uma reunião de transição e de planejamento das atividades para o ano que vem, pensamos em iniciativas e planejamento de um projeto com objetivos gerais e específicos para a CRP nos próximos quatro anos”, disse. A reunião contou com a participação da coordenação ampliada, bem como com todos os coordenadores da Pastoral Presbiteral das dioceses do regional Centro-Oeste da CNBB.

 

 

A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nesta quarta-feira, 27, a decisão do papa Francisco em acolher a solicitação de dom João Wilk, atual bispo de Anápolis (GO), de poder contar com a colaboração de um bispo auxiliar, nomeando o padre Dilmo Franco de Campos, atualmente Reitor do Seminário Arquidiocesano São João Maria Vianney, em Goiânia.

Padre Dilmo Franco de Campos é natural de Formosa (GO). Atualmente tem 47 anos. Ingressou no Seminário Menor Nossa Senhora D’Abadia, em Formosa, em 06 de agosto de 1990. Em 04 de fevereiro de 1991, ingressou no Seminário Maior Arquidiocesano de Brasília (DF), no qual cursou Filosofia e Teologia, até 1997.

Em 30 de novembro de 1996, foi ordenado diácono e sua ordenação sacerdotal ocorreu em 10 de janeiro de 1998. Entre as funções exercidas por padre Dilmo estão a de Pároco da Paróquia São Domingos de Gusmão, em São Domingo (GO) e Administrador Paroquial da Paróquia de São João Batista, em Divinópolis (GO).

Padre Dilmo também já foi pároco da Catedral Imaculada Conceição, em Formosa, e Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Flores de Goiás. No ano de 2003, cursou Teologia moral na Universidade Gregoriana, em Roma, e em 2005, fez uma experiência missionária na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Londres.

Nos anos 2006 e 2007, padre Dilmo foi enviado como formador e professor no Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney, em Goiânia (GO). Ao retornar a Formosa foi nomeado pároco da Catedral Imaculada Conceição, Formosa, no período de 2008 a 2015. Em 2016, deixou a Catedral e foi enviado à Goiânia como Reitor do Seminário Propedêutico Santa Cruz e do Seminário Interdiocesano São João Maria Vienney. Em outubro de 2018, assumiu a presidência do Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB), do regional Centro-Oeste da CNBB.

Já no exercício do ministério sacerdotal na diocese de Formosa exerceu os postos de assistente eclesiástico da Pastoral Familiar e foi eleito membro do Conselho de Presbíteros e Colégio de Consultores. Ainda na diocese de Formosa tornou-se coordenador e professor do curso superior de teologia para leigos e foi nomeado ecônomo da mesma diocese. Atualmente, padre Dilmo é reitor do Seminário Propedêutico Santa Cruz e do Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney e professor de teologia da PUC/GO, no Instituto de Teologia e Filosofia Santa Cruz, em Goiânia.

Saudação da CNBB ao padre Dilmo Franco de Campos

Estimado padre Dilmo,

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressa alegria com sua nomeação como bispo auxiliar de Anápolis (GO), anunciada pelo papa Francisco na manhã desta quarta-feira.

O caminho de seu ministério sacerdotal coloca em sua biografia sinais de esperança de que seu auxílio a dom João Wilk, bispo de Anápolis, será marcado por grandes frutos para a evangelização.

Manifestamos gratidão pelo seu sim a esta nova missão confiada pela Igreja e desejamos que seu trabalho seja abençoado e cheio de frutos.

Em Cristo,

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima (RR)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Muticom 2019: valioso conhecimento para pôr em prática nas nossas comunidades

Por tudo o que propôs e apresentou o 11º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom 2019), o conhecimento acumulado nos dias de evento (18 a 21 de julho) deve ser colocado em prática já. Seja em instituições, entidades, dioceses, paróquias, comunidades, pastorais e movimentos. O mutirão superou as expectativas da organização do evento. Ao todo, cerca de 600 participantes vindos de 23 estados do país participaram desta edição que teve como tema “Comunicação, democracia e responsabilidade social”. Durante os quatro dias, o encontro contou ainda com 31 assessores convidados, 34 conferências, workshops e palestras; nove arcebispos e bispos, 50 padres e mais de 100 colaboradores envolvidos na organização. O coordenador da Pastoral da Comunicação (Pascom) do Regional Sul 2 (Paraná), Antônio Kayser, participa do evento desde 2013 e a edição de Goiânia, conforme relatou, se destacou pela acolhida e organização, além da escolha dos conteúdos e das trilhas. “Foram bem direcionados para os agentes pastorais, pois atendeu todos os anseios, tanto na parte técnica como na responsabilidade social”, disse.

A Cidade da Comunhão, espaço localizado na entrada do evento, chamou a atenção do coordenador. “Foi um achado, pois é um lugar para a integração”, afirmou. Kayser elogiou também o local destinado ao lazer e repouso, como os puffs e opções de alimentação.

Padre Duarte, que veio do Piauí com uma caravana de 22 pessoas, comentou que a Pascom naquele estado está crescendo e se organizando, por isso é importante participar de um evento como o Muticom, que ele acompanha desde 2010. O sacerdote avaliou positivamente o mutirão. Com relação aos conteúdos apresentados, ele elegeu como extremamente úteis para a prática da comunicação pastoral e comentou também sobre a beleza da Cidade da Comunhão. “Tivemos dificuldades para vir ao evento, em razão da distância e da parte financeira, mas ao chegar ao 11º Muticom e ver a estrutura, sentimo-nos satisfeitos. “Penso que a acolhida faz a diferença”, pontuou.

Ao longo dos quatro dias de evento, além das palestras, conferências, workshops, houve trocas de experiências entre os participantes. Isso é o que faz a diferença no mutirão, pois é um encontro em que todos fazem juntos. “Um mutirão, como a própria palavra diz, trata-se de uma experiência de fazer junto, em unidade, em prol de uma causa e nossa causa aqui é construir pontes por meio da comunicação, e o Muticom é uma experiência de Deus e de comunhão entre as pessoas, por isso é importante”, afirmou Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia, na solenidade de abertura do evento.

O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), Dom Joaquim Giovani Mol, que também é presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), também fez uma breve exposição na abertura do Muticom 2019, apontando o evento como uma proposta de discutir temas relevantes para a sociedade e para a Igreja. Ele comentou que os presentes no evento representam o desejo de uma sociedade pautada nos princípios do Evangelho e encerrou sua fala com uma citação do papa Francisco, tirada da Mensagem para o 53º Dia Mundial das Comunicações Sociais. “As redes de comunicação não podem ser como uma teia de aranha para capturar e escravizar as pessoas, mas devem existir para libertar. A comunicação que liberta as pessoas sob o fundamento da verdade, do amor, da misericórdia, do respeito às diferenças. Somos membros uns dos outros (Ef 4,25) como um corpo cuja cabeça é Cristo”, concluiu.

A seguir, apresentamos um panorama geral com os principais destaques dos quatro dias do maior evento de comunicação promovido pela Igreja Católica no Brasil.

PROGRAMAÇÃO PRINCIPAL
18/07
Midiatização e responsabilidades na Igreja e no mundo
“Essencialmente, evangelizar é comunicar. E a comunicação se transformou”, afirmou o jornalista e pesquisador Moisés Sbardelotto, na conferência de abertura do 11º Muticom. Ele destacou que nos dias atuais “os grandes mediadores são cada vez menos necessários”. O conferencista explicou que fenômenos como as eleições, protagonizadas por um uso intenso de mídias sociais em 2018, desprivilegiando a mídia tradicional, evidenciaram o protagonismo do indivíduo e a exploração de elementos de simplicidade empobrecedora do diálogo, carregados de agressividade e ódio. O deixar de se importar com o outro é produzir sua morte, disse o professor, após citar o documento Laudato Si' (n. 47), no qual o papa Francisco escreve que “a morte do outro é extremamente preocupante”. O mundo carece, com urgência, de uma comunicação para a paz.

Lançamento do livro: Os Papas da comunicação
As professoras e pesquisadoras, Dra. Ir. Helena Corazza e Dra. Ir. Joana Puntel lançaram o livro “Os Papas da Comunicação”, no primeiro dia do Muticom. A obra foi publicada pela Editora Paulinas e, conforme as autoras, é uma proposta que apresenta as mensagens dos papas desde 1967 até 2019. O conteúdo faz um percurso histórico dos caminhos da comunicação, a partir do Concílio Vaticano II, refletindo sobre as 53 mensagens dos papas desde Paulo VI até Francisco. O livro esteve à venda durante o 11º Muticom, no estande da Livraria Paulinas.

CULTURA
Além dos debates, o Muticom trouxe uma programação cultural diversificada durante todos os dias do evento. No primeiro dia, o show ficou por conta do premiado grupo de catireiros “Os Filhos de Aparecida”. A turma é composta por seis dançarinos e dois violeiros, que apresentam a dança popular em todo estado de Goiás. A exibição durou cerca de 15 minutos e contou com demonstração de dança tradicional, além de um acervo de músicas sertanejas. O público ficou admirado com a apresentação do grupo. Participantes que vieram de outros estados reforçam a importância de manter as tradições. O Pe. José Antônio, por exemplo, da Diocese de Jales (SP), aplaudiu a apresentação e comentou: “essas atrações são ótimas, pois é o que traz a essência do estado em que nos encontramos. Valorizar a cultura é imprescindível para manter a vida de uma comunidade”, afirmou.

19/07
Santa Missa
Dom Joaquim Mol
O segundo dia do 11º Muticom iniciou com a Santa Missa, presidida por Dom Joaquim Mol. Concelebraram Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia; Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar de Goiânia; demais bispos e padres referenciais dos regionais da CNBB e dioceses. Após a reflexão na homilia, ele disse estar muito feliz com a realização do evento e que gostaria que continuasse por mais uma semana.

Comunicação que nos faz pensar
Em conferência ministrada no segundo dia do Muticom, o jornalista e pesquisador Deodato Rafael Libanio trouxe uma reflexão sobre a forma como nos relacionamos e trocamos informação. Isso é realmente comunicação? Realmente nos comunicamos com as pessoas com que convivemos? O palestrante afirmou que a comunicação é uma questão sensível, uma forma de sentir o outro, que está para além da linguagem. Para isso, foram analisados três grandes aspectos que cercam o tema, como as problemáticas sociais e tecnológicas, a política (o uso da comunicação para atingir certos fins), a ética da comunicação (o acontecimento comunicacional, algo novo que nos transforma e nos mobiliza).

Democracia: qual o futuro?
O reitor da PUC Goiás, prof. Wolmir Amado, ressaltou a importância de valorizar a democracia, para garantir direitos como a liberdade de expressão, de comunicação e de religião. “São lutas, esforços, vidas entregues pela democracia”, afirmou. O palestrante discorreu sobre o quadro histórico, o marco teórico e o futuro da democracia. Entre as principais temáticas estavam: a Igreja no Brasil e a democracia; a política na história do Brasil; mobilizações sociais na política brasileira; composição dos poderes da república e o futuro da democracia. O reitor destacou ainda que o futuro da democracia é uma grande interrogação e existem hipóteses do que pode acontecer. Para ele, um grande desafio presente e para o futuro é o mundo digital, a manutenção do estado de direito, das liberdades democráticas e do estado laico.

Workshop sobre a prática da comunicação institucional
O tenente do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) Pedro Aihara, especialista em prevenção de desastres e porta-voz da corporação, expôs aos presentes, que encheram o Auditório Mãe da Igreja, a sua experiência em vários desastres, entre eles, o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), que aconteceu no dia 25 de janeiro deste ano e resultou na morte de 241 pessoas (identificados até agora). “ Preparar-se para a crise é essencial para não ser pego de surpresa”, disse. Para isso, um trabalho minucioso deve ser feito: “montar equipe de crise, trilhar caminhos, prever cenários”, explicou. Com relação à tragédia de Brumadinho, o tenente argumentou que é uma situação que tem desafiado a corporação e nos ajuda a pensar sobre nosso papel de comunicadores na Igreja. “Qual nosso papel na Pastoral da Comunicação?”. Ele disse que as pessoas esperam muito do trabalho da Pascom e que, como membros da Igreja, é importante ser especialista em pessoas.

Mídias digitais: crises e oportunidades
20/07
O professor e mestre Fernando Morgado enfatizou as crises e as oportunidades que podem surgir com o crescimento das redes. O palestrante indagou sobre a utilização desses meios e afirmou que, mesmo com a chegada da internet, os meios tradicionais de comunicação não perderam espaço na disseminação de conteúdo informativo. O bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia e prefeito da Cidade da Comunhão, Dom Levi Bonatto, acompanhou a exposição e destacou a importância do assunto para as Pastorais de Comunicação. Ele apontou que, atualmente, a Arquidiocese utiliza, principalmente, o meio de comunicação impresso para informar a comunidade sobre as ações da Igreja e, com os ensinamentos adquiridos, é possível pensar em novas estratégias, a fim de expandir a interação com a sociedade.

Um olhar sobre a comunicação do papa Francisco
Gerson Camarotti, jornalista e comentarista político da GloboNews, da Rádio CBN e colunista no G1, portal de notícias da Rede Globo, deu ênfase à postura do papa diante da sociedade e da imprensa. O público pôde conhecer, com mais detalhes, gestos, ações e a postura do papa pela visão do jornalista. “Ele é um homem com modelo revolucionário, simples”, destacou. Camarotti mencionou ainda a força e a coragem do papa Francisco em abordar temas polêmicos de interesse da sociedade e como ele sabe conduzir os assuntos de maneira leve e humanizada. “Francisco tem coragem de fazer esse enfrentamento direto e isso ajuda na comunicação.” O jornalista também acrescentou que “o próprio papa faz suas pautas, traz um tom diferente, que é o do não julgamento e de mais acolhimento por parte da Igreja”.

Workshop sobre a prática do jornalismo político
Uma conversa descontraída, conduzida por Nilson Klava, 23 anos, repórter político da GloboNews, marcou o workshop sobre a prática do jornalismo político, no fim do terceiro dia do Muticom. Em sua fala, o jovem disse que a “política é um jogo complexo que deve ser entendido por todos, para o bem da sociedade.” Sua finalidade, portanto, depende de como a vemos e contribuímos para esse jogo ser jogado. O repórter disse também que todos os dias se sente desafiado a tornar a política relevante para os jovens. Questionado sobre como ele vê a posição da juventude em relação ao tema, Klava disse que se distanciar da política não é solução.


TRILHA DA COMUNICAÇÃO
19/07

Para entender a comunicação
A partir dos três temas propostos para as trilhas do Conhecimento, o professor e pesquisador Deoadato Rafael Libanio trouxe ao público diversos exemplos para se entender a comunicação de forma integral. Além de interagir com o público, o palestrante mostrou como a comunicação pode sofrer uma violência em seu processo. Segundo ele, toda mensagem que provoca uma alteração no comportamento e modifica as ações de um indivíduo acaba se tornando um tipo de violência. Deodato avaliou que a palestra teve o objetivo principal de informar e ajudar a população a entender a comunicação de forma integrada, com uma linguagem acadêmica, que se coloque acessível a todos que queiram entender o processo.

Tendências para o design gráfico
O designer Gustavo Crispim, do Instituto Brasileiro Benemerência e Integração do Ser (IBBIS), dividiu em três partes a sua exposição. Na primeira, apresentou a definição do que faz um profissional da área de criação. Segundo ele, “visa criar objetos, ambiente, obras gráficas que sejam funcionais, estéticas e que estejam conforme as demandas da produção dos projetos”, afirmou. Na segunda parte, Crispim fez uma volta às origens do design. O palestrante mostrou como a linguagem escrita foi se transformando até se transformar em gráficos e artes visuais. A terceira e última parte mostrou com clareza como as tendências vão e voltam, pois, com essa viagem ao passado, entendeu-se as características herdadas até o que se faz atualmente.

Pastoral da Comunicação: método de implantação
Os palestrantes Marcus Tullius e Patrícia Luz, coordenador nacional e secretária da Pastoral da Comunicação, apresentaram passos para a implantação e o bom êxito da Pascom e disseram que essa pastoral não se resume no fazer, mas que a produção é só um dos quatro eixos de atuação. “A Pastoral da Comunicação desenvolve-se em quatro eixos: a formação, a articulação, a produção e a espiritualidade”, informaram. Eles apresentaram também os quatro passos de implantação da Pascom. O primeiro é conhecer a realidade como um todo, mas particularmente no que tange à comunicação; o segundo passo é sensibilizar as pastorais, movimentos e comunidades da necessidade da Pascom para a ação evangelizadora da Igreja; o terceiro, formar os agentes da Pastoral da Comunicação, segundo suas peculiaridades para potencializar a comunicação; e, por último, manter os trabalhos de formação, articulação, produção e espiritualidade, com base em um Projeto de Comunicação. Marcus Tullius e Patrícia Luz explicaram ainda que a Pascom “ganha sentido quando contribui com as demais pastorais”.

Produção de vídeos para Instagram
20/07
Patrícia Quitero, professora de Publicidade e Propaganda da PUC Goiás, falou sobre o uso de stories, IGTV e vídeos ao vivo, para engajamento de seguidores. Motivada por uma necessidade vinda de outra plataforma, o YouTube, o Instagram nasceu para que fotógrafos publicassem o seu material autoral e, em razão do grande crescimento do aplicativo, a empresa Facebook a comprou. Segundo dados apresentados pela professora, houve um aumento de cerca de 10 milhões de usuários em um prazo de um ano, e o aplicativo virou uma das principais plataformas para a publicidade, por causa de seu engajamento. A professora também indicou os pontos importantes para a produção de um conteúdo de qualidade ao público: motivo, conteúdo, como e onde. Para finalizar, Quitero animou o público, ensinando a utilizar a ferramenta Fransolo nos stories do Instagram.

Olhar, emoção e fé: cobertura fotográfica de eventos religiosos
O palestrante Murilo Bueno ensinou algumas técnicas de fotografia, como enquadramento e posicionamento. Inspirado pelos eventos religiosos, ele relatou toda sua experiência no fazer artístico. Com imagens de fotografias de sua autoria, o palestrante fez comentários também sobre devoção. Além disso, contou como faz o seu roteiro fotográfico e reforçou a necessidade da expressividade nas fotos. “O fotógrafo registra para que outro tenha uma sensação de fé.” O professor ressaltou sobre a importância de cada elemento presente no recorte.

Drone e suas aplicações pastorais
Algumas instruções sobre o uso do drone e suas aplicações pastorais foram o foco da palestra do prof. Dr. Manoel Eduardo Ferreira, que apresentou os diferentes tipos de equipamentos utilizados como Sisvant (Sistema de Veículo Aéreo Não Tripulado), conhecido como drone. O palestrante explicou que há diferentes tipos de operação, exigências e restrições para os diversos modelos de drone, e que é preciso obter autorização da ANAC e da Anatel para pilotar o equipamento. “Quem voar sem o selo da Anatel estará sujeito a penalidades.” Uma informação importante no planejamento do uso de drone, inclusive em eventos religiosos, é que deve ser mantida uma distância mínima de 5 Km dos aeroportos. O professor Manoel ressaltou ainda que, se a imagem obtida identificar pessoas, há necessidade de pedir autorização para seu uso. Ao final do workshop, o ministrante fez uma demonstração de voo, com um drone, pela Cidade da Comunhão.

Media training exclusivo para padres e bispos
Padres e bispos precisam estar cientes de sua presença na mídia, segundo o jornalista e pesquisador Moisés Sbardelotto. Que imagem estão transmitindo? Ele comentou que, embora muitos padres, sobretudo os mais novos, possam publicar conteúdo em redes sociais pessoais, para o público que o conhece, ele fala como um representante oficial da Igreja. “O clero deve ter consciência de sua imagem e de como estão construindo sua presença na mídia para que não seja uma presença negativa, nem dúbia ou que possa gerar dúvidas entre aqueles que o seguem. Enfim, precisam ter consciência de que são figuras públicas.” A parte prática também foi abordada durante o media training. Sbardelotto focou em dois aspectos principais: como conceder entrevista, isto é, como se portar diante da mídia desde o convite e o atendimento da imprensa até o pós-entrevista.

O rádio a serviço da pastoral
Segundo a palestrante irmã Helena Corazza, o diferencial para que esse trabalho cresça no rádio é o modo de despertar a fé em seus ouvintes, seja nas músicas ou mesmo nos momentos religiosos explícitos. Sobre as rádios nas comunidades, a palestrante abordou as programações e o perfil de rádios católicas, mas o principal destaque estava no modo como uma emissora ou um radialista pode capturar da melhor forma a atenção dos seus ouvintes. Corazza afirmou que é preciso tirar o foco da busca pela elevação no número de ouvintes e levá-lo para a qualidade de como essa mensagem é transmitida.


TRILHA DA DEMOCRACIA
19/07

O Verbo se fez rede
O “E Verbo se fez rede: religiosidades em reconstrução no ambiente digital” é o título do livro do jornalista e pesquisador Moisés Sbardelotto. Em sua exposição, ele declarou que “a Igreja tem dado respostas à altura das exigências dos processos comunicacionais da atualidade”. Para justificar sua afirmação, o jornalista apresentou o que chamou de processo de “reforma digital” que vem sendo implementado pela Igreja Católica gradativamente. Sbardelotto também refletiu sobre a comunicação da Igreja no pontificado do papa Francisco. A mensagem final que ficou foi esta: “O testemunho cristão não se faz com bombardeio de mensagens religiosas. Devemos ter consciência de que a comunicação local é fundamental e de que testemunhar com outros temas e outros olhares para além do religioso também é importante”, concluiu.

Comunicação e Religião
“Estamos mais preocupados com a imagem do que com aquilo que a pessoa vai falar e isso deve ser superado para que possamos, de fato, ter um papel preponderante como religião que transforma”, enfatizou o prof. Deodato Rafael Libanio, em sua conferência “Comunicação e Religião”. No processo comunicacional, o outro é indispensável porque é a partir dele que se estabelece a relação ética e de responsabilidade. E onde entra a religiosidade neste aspecto? O conferencista explicou que é a partir do abrir-se e do dedicar-se ao outro.

Comportamento nas redes sociais e os crimes cibernéticos
A delegada Sabrina Leles, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos de Goiás (DERCC), deu ênfase aos diversos crimes envolvendo o mundo virtual com o uso dos smartphones, instigando a plateia sobre os riscos envolvendo a rede. “O mais comum é a falta de atenção, de vigilância que os próprios usuários da internet e das redes sociais apresentam ao utilizar esses aplicativos, pois acabam expondo suas vidas privadas, seus locais de moradias, trabalho, onde os filhos estudam, e isso acaba fornecendo dados que colocam a própria vida da pessoa em risco”, alertou.

Pastoral dos Surdos
O padre e jornalista Warlen Maxwell e João Pedro de Assis ministraram palestra sobre a Pastoral dos Surdos. O foco da exposição foi a acessibilidade e o apoio às pessoas com deficiência auditiva, apoiadas pela pastoral. Durante a palestra também foi discutido os mitos e verdades sobre os surdos. Eles também apresentaram os objetivos da pastoral: evangelizar e catequizar a pessoa surda, traduzir e interpretar as missas, atuar na formação da pessoa com deficiência, oferecer uma atenção especial ao jovem surdo, promover a organização dos eventos nacionais e pastorais e defender os direitos dessas pessoas. A pastoral abrange as pessoas surdas e com deficiência auditiva, tradutores, intérpretes, família do surdo e todas as pessoas que fazem parte dessa comunidade no Brasil.

Comunicação e estado democrático
20/07
O doutor em Sociologia, Pedro Célio, abordou os aspectos do modelo social globalizado atual e como o acesso (ou não) a aplicações tecnológicas moldam e direcionam o comportamento social. O professor reforçou que a democracia comunicacional se dá quando mais vozes ganham destaque e quebram a hegemonia dos conglomerados de comunicação. “Dados os atuais meios de comunicação que possuímos em nossas mãos, como sociedade, temos o poder de afetar diretamente o estado democrático, influenciando cenários de negociações e movimentos políticos”, concluiu Pedro Célio.

A mulher na comunicação e na sociedade
“Nós temos sensibilidade, coragem, e vontade de comunicar, o que, para mim, é o mais importante”, afirmou Patrícia Bringel, jornalista e apresentadora na TV Anhanguera, afiliada à Rede Globo no estado de Goiás. Além disso, ela mostrou vídeos de momentos sensíveis e de grande importância na sua carreira como repórter, enfrentando casos de machismo dentro e fora dos meios de comunicação. Bringel indicou a necessidade de termos um olhar mais atento para valorizar as mulheres à nossa volta e em toda a sociedade. A jornalista destacou que são muitas as mulheres que querem falar, são muitas também com histórias, com experiências de vida, especialistas em diversas áreas.

Santa Casa de Misericórdia em Goiânia
Tem sido feito um trabalho de recuperação financeira na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e isso precisa servir de exemplo para as pastorais da Igreja e instituições filantrópicas diversas. A apresentação do hospital foi feita pela superintendente geral da Santa Casa, a cardiopediatra Irani Ribeiro. “É preciso fomentar discussões e difundir o conhecimento de como estamos resgatando o hospital, e mostrar que ele está se recuperando com o trabalho. Essa verdade tem que ser divulgada”, disse. “A Santa Casa está funcionando, normalmente, com o hospital cheio”, comemorou a superintendente.

 

TRILHA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
19/07

O jornalismo e seu papel transformador na sociedade
O tema foi ministrado por Matheus Ribeiro, jornalista e apresentador da TV Anhanguera, afiliada à Rede Globo. Ele propôs a discussão da função social do jornalista, diante dos acontecimentos da sociedade. Aproximadamente 70 pessoas participaram do momento. Para a estudante de jornalismo do 5º período da UFG, Rauane Rocha, 23 anos, “o tema discutido e as técnicas jornalísticas apresentadas pelo palestrante são de muita relevância”. Ribeiro destacou a missão do jornalista na atualidade, que para ele é: informar, formar, promover reflexão, denunciar e combater injustiças. “A responsabilidade em transmitir a informação certas vezes nos faz parecer super-heróis, mas no fundo nosso papel é informar o público de modo responsável e coerente com a verdade”, enfatizou.

Programa socioambiental da PUC Goiás
“Dialogar com a cidade e promover ações práticas relacionadas à conscientização ambiental”. Este é o objetivo do Programa Socioambiental (Prosa) da PUC Goiás, segundo a sua coordenadora, a engenheira ambiental Helaine Resplandes. O público-alvo do programa de extensão é tanto a comunidade interna de estudantes e professores da PUC Goiás, como a comunidade externa: escolas, creches, associações de bairro e comunidades terapêuticas, a fim de promover palestras e atividades socioambientais. O Prosa atende também o público idoso. Os projetos realizados com a melhor idade são visitas ao Câmpus II da PUC, ao Memorial do Cerrado, trilha sensitiva e oficinas de plantio, sabão e preparo de receitas à base de ervas aromáticas. Segundo a coordenadora, o atendimento é amplo à comunidade, com oficinas de culinária sustentável e educação ambiental, que atende por exemplo, pessoas com Síndrome de Down, em parceria com outro programa de extensão, o Programa de Inclusão Social (PRIS).

O impacto dos vícios na sociedade
Partindo do viés da responsabilidade social, o Muticom deste ano convidou a economista e jornalista Fátima Roriz para falar sobre os vícios na sociedade. Durante a palestra, que aconteceu na sala Santa Tereza, ela destacou a importância do diálogo entre as pessoas. Segundo ela, vícios nada mais são que vazios interiores. “As pessoas estão cada vez mais carentes e necessitadas de atenção e, com isso, recorrem aos mais diversos meios da dependência, seja ela química, virtual,” explicou. Durante sua exposição, Roriz falou sobre a Fazenda Esperança, que conta com mais de três mil internos e trabalha com questões psicológicas e físicas dos pacientes. Também especialista em dependência química, ela afirmou durante a palestra que a especialização surgiu depois de um forte desejo em ajudar o próximo. “Não entendia por que as pessoas chegavam àquele estágio de vida e, depois de conversar com Deus, tive a certeza de que o meu lugar era ali, ajudando aquelas pessoas”, frisou.

Santa Missa
Dom Levi Bonatto
20/07
Em Santa Missa presidida no terceiro dia do Muticom, Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar de Goiânia e prefeito da Cidade da Comunhão, local onde foi realizado o evento, deixou uma importante mensagem aos comunicadores. “Não se esqueçam de invocar sempre o Espírito Santo na vida de vocês, pois, na missão de comunicar Jesus ao mundo, o Espírito Santo, como santificador, nos auxilia para melhor cumprir a nossa missão.” Concelebraram Dom Vasconcelos, bispo de Sobral (CE) e referencial da Pascom no Regional Nordeste 1; Dom Edilson Nobre, bispo de Oeiras (PI) referencial do Nordeste 4 e integrante da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação; demais bispos e padres.

Programa de Direitos Humanos – PUC Goiás
No terceiro dia do 11° Muticom, palestra explicou o Programa de Direitos Humanos (PDH), que integra a extensão da PUC Goiás. Núbia Simão, mestre em Comunicação e coordenadora do programa, contou como nasceu a iniciativa a partir do desejo dos estudantes do Centro Acadêmico de Direito, em 1983. Naquele período de discussões políticas acirradas, o grupo se reunia para discutir direitos humanos. Atualmente, o programa realiza diversos projetos. Entre os objetivos do PDH estão: educar para a conscientização dos direitos humanos e desmistificar que os direitos humanos só servem para os presos. “É para todos, pois todos têm direito à vida”, ressaltou.

O envelhecimento e seus desafios
Você sabe o que é envelhecimento ativo ou, então, envelhecimento bem-sucedido? O tema foi abordado durante a palestra “O envelhecimento e seus desafios”, ministrada pela coordenadora do Programa de Gerontologia Social da PUC Goiás, a fonoaudióloga e especialista em gerontologia, Lisa Valéria. A palestrante expôs as implicações do processo de envelhecimento e que, muitas vezes, é lançado sobre a pessoa que envelhece um olhar de incapacidade, que acaba por ignorar o idoso na sociedade, nega-lhe a existência como indivíduo pensante, com necessidades particulares e anseios. Ela reforçou que repensar os conceitos do envelhecimento é necessário. “Envelhecer é um processo fisiológico e que traz consigo a perda de capacidade funcional e habilidades de autonomia, um processo natural que precisa ser entendido como realidade”, explicou.

Vila São Cottolengo: o trabalho que muda vidas
Alguns pacientes e trabalhadores do hospital filantrópico São José Bento Cottolengo, que fica em Trindade (GO), vieram até o Muticom mostrar o trabalho realizado com os internos. O jornalista e missionário redentorista, Ir. Michael Dourado Goulart, palestrou sobre a importância e os desafios diários da instituição. Segundo o irmão, a missão do hospital é clara e tem o objetivo de “promover uma vida de qualidade para as pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social, como expressão evangelizadora da Igreja Católica.” Durante a apresentação, os internos contaram um pouco da sua história e deixaram mensagens de motivação ao público. Para arcar com as altas despesas da instituição, campanhas anuais são realizadas junto à sociedade.

Educomunicação num projeto de comunicação integrada
O doutor em Comunicação Pe. Maurício Cruz se apresentou no penúltimo dia do 11º Mutirão da Comunicação. No Auditório Mãe da Igreja, ele ensinou aos participantes como exercer a Educomunicação como ferramenta em projetos de comunicação integrada. O palestrante explicou que entre as principais esferas desse campo teórico-prático está a política coletiva pública e que a partir dela pessoas são incluídas e levadas à prática e à reflexão. Assim, o estudioso acredita que há oportunidade de troca de experiências e ensinamentos e que o primordial é informar de maneira coerente e relevante nesse processo.

Prêmios de Comunicação da CNBB
A noite do dia 19 de julho foi reservada para a entrega dos Prêmios de Comunicação da CNBB para as categorias Cinema, Rádio, TV, impresso e internet. A cerimônia foi gravada no Auditório Mãe de Deus, na Cidade da Comunhão, e será transformada em programa de televisão, que deverá ser veiculado pelas TVs Católicas em breve.

Muticom é encerrado com celebração em Trindade
Uma missa em ação de graças encerrou o 11º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), no Santuário-Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, no dia 21 de julho. A celebração foi presidida pelo arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz; concelebraram oito bispos dos mais diversos estados e regionais da CNBB e diversos padres.

A liturgia daquele domingo nos exortou a acolher, com hospitalidade, as pessoas que nos visitam, vendo nelas a própria presença de Deus (Lc 10,38-42). Em sua homilia, Dom Washington propôs uma reflexão aos fiéis presentes e aos que assistiam à missa pela TV Pai Eterno, sobre quem são os atuais visitantes que pedem nossa acolhida. Ele exemplificou com a situação mundial dos imigrantes. “Hoje, pessoas desconhecidas se jogam nas águas do mar e chegam até as fronteiras dos países da Europa e da América, seus pés estão machucados, seus filhos choram de fome e frio... São hóspedes que pedem acolhida para serem recebidos em vários países, onde predominam os habitantes idosos, e convivem com toda a comodidade social”, ressaltou.

Por fim, o arcebispo de Goiânia dirigiu uma palavra especial aos participantes do Muticom: “Esses ricos dias de aprendizagem, de estudo e troca de experiências, de convivência e de articulação certamente vão ajudar para a nossa comunicação social melhorar ainda mais. Como comunicadores cristãos, desejamos que toda a comunicação esteja a serviço da paz, da cidadania, da justiça, da democracia e da solidariedade. Queremos uma comunicação sem fake news, sem mensagens de ofensa e ódio que circulam pelas redes sociais”.

Agradecimento da CNBB
Ao final da celebração, Dom Joaquim Mol agradeceu a acolhida da Arquidiocese de Goiânia na realização do 11º Muticom e disse que em breve divulgará qual cidade sediará o 12º Muticom, em 2021. “Um agradecimento muito especial à Arquidiocese de Goiânia, pela maneira cuidadosa, primorosa, afetuosa, eficiente e competente com que organizou tudo nesse Mutirão de Comunicação. Empenhou pessoas, recursos, mobilizou, agregou tantos parceiros para que pudesse receber agentes da comunicação e comunicadores do Brasil inteiro. Agradecimento muito especial a todos que, cuidadosamente, de fato, colocaram-se a serviço de maneira inteira. Ali estavam todas as pessoas, não partes das pessoas, para servir aos comunicadores, que por sua vez são servidores e anunciadores do Evangelho. Não só pelos equipamentos, tão importantes, sofisticados, com tanta tecnologia, mas de maneira muito particular, e sem a qual não é possível visualizar, com sua própria fé, a sua fé cristã, seu amor às pessoas, às comunidades, aos pobres, a todo povo de Deus. A todos vocês, com muito amor, com o coração cheio de alegria, em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a minha reverência, meu agradecimento e a certeza da minha prece por todos vocês. Muitíssimo obrigado! E que o Senhor abençoe e ilumine o caminho de todos.”

Edição: Fúlvio Costa - Vicariato para a Comunicação (Vicom) da Arquidiocese de Goiânia - conteúdo coletivo de jornalistas do Vicom e de estagiários da PUC Goiás

 

O cuidado com o anúncio da Palavra, com os pobres e com as comunidades são os eixos centrais da Campanha para a Evangelização deste ano que tem como lema: “Cuida dele”, a frase presente na parábola do Bom Samaritano, narrada no Evangelho de Lucas e que será lançada oficialmente pela a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), neste domingo, 17 de novembro.

A campanha, segundo o padre Patriky Samuel Batista, secretário-exeuctivo de Campanhas da CNBB, é uma convite à Igreja no Brasil no período do Advento e convida à reflexão de como o Natal de Jesus inspira o compromisso dos cristãos no cuidado, por isso a inspiração samaritana.


“No advento lembramos a segunda vinda do Senhor. Ele há de voltar e quer nos encontrar como bons samaritanos, cuidando do anúncio da Palavra, dos pobres e da comunidade”, explica o secretário-executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista.

O objetivo da Campanha para a Evangelização é motivar os fiéis a participarem efetivamente da missão da Igreja por meio do testemunho de vida, de ações pastorais específicas e da garantia de recursos para a ação pastoral.

Segundo padre Patriky, uma das grandes motivações para a realização da iniciativa “é a conscientização sobre a importância do compromisso evangelizador que deve ser assumido por cada cristão e o despertar para a corresponsabilidade pelo sustento das atividades pastorais da Igreja”.

Por isso, a importância do gesto concreto da Campanha, que é a coleta promovida em todo o Brasil no terceiro domingo do Advento. Esse ano, dias 14 e 15 de dezembro. Ou seja, as contribuições são essenciais para que dioceses, especialmente, as mais pobres consigam realizar as ações pastorais de evangelização.

Os recursos arrecadados são distribuídos da seguinte maneira: 45% dos recursos ficam na própria diocese; 20% vão para o Regional da CNBB para as iniciativas evangelizadoras, como as atividades de formação e 35% se destinam à CNBB nacional que é usado para a manutenção da instituição e também o financiamento de ações pastorais.

Este ano, a Campanha para Evangelização completa 21 anos. Aprovada pela 35ª Assembleia Geral da CNBB, 1997, ela foi realizada pela primeira vez no advento de 1998. No domingo, 17 de novembro, será divulgado um vídeo oficial da campanha nas emissoras de inspiração católicas. Também nos próximos dias, será lançado um site de onde será possível baixar o material da campanha (vídeos, cards para redes sociais, entre outros).

Fonte: CNBB Nacional

Reunidos no dia 9 de novembro, na sede do Regional Centro-Oeste em Goiânia, coordenadores das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) das dioceses de Goiás, Ipameri, Luziânia e das arquidioceses de Goiânia e Brasília, avaliaram sua caminhada no ano de 2019 e planejaram ações para o próximo ano.

De acordo com a coordenadora regional das CEBs, Maria Seleida, a caminhada foi positiva neste ano. “As paróquias desenvolveram suas atividades e no regional estamos nos preparando para a próxima ampliada nacional das CEBs que será em janeiro”, comentou. Outro ponto positivo, segundo ela, é a escolha de Dom José Francisco, bispo diocesano de Ipameri, como referencial para as CEBs no regional.

Para 2020, o movimento já tem programado a primeira reunião ampliada das CEBs, no dia 14 de março; o encontro regional com os artistas das CEBs, nos dias 10 a 12 de julho; e a última ampliada regional do ano, marcada para os dias 23 a 26 de novembro.

 

Aconteceu no dia 5 de outubro, na sede do Regional Centro-Oeste, em Goiânia, a Assembleia Avaliativa da Pastoral Familiar. O evento contou com a participação de 23 pessoas, representantes de nove dioceses do regional. Durante o encontro houve a avaliação das atividades da pastoral desenvolvidas ao longo de 2019. Os participantes conversaram ainda sobre as ações que devem ser realizadas no próximo ano.

Um dos destaques da Assembleia, conforme o casal coordenador, Roberto e Darciene, foi acerca do repasse das atividades e ações desenvolvidas pela Pastoral Familiar nas dioceses. “É importante o fornecimento de dados para que tenhamos uma visão real da pastoral em nosso regional. Esses dados são fornecidos para o regional que, por sua vez, os encaminha para a Pastoral Familiar nacional. É uma forma de prestação de contas”, afirmou Roberto.

Além desse momento, houve também o agendamento de datas e ações da Pastoral Familiar nas dioceses para 2020. Padre Cleber Alves de Matos, da Diocese de Uruaçu e assessor eclesiástico da Pastoral Familiar Regional, orientou estudo sobre o capítulo 3 (A Igreja nas casas) das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). “Meditamos sobre as novas diretrizes e nós estamos estudando o que fazer para que o trabalho da Pastoral Familiar possa ser adaptado à realidade da Igreja e a esse documento”, afirmou.

Padre Cleber ainda afirmou que as novas DGAE têm muito a ser exploradas pela Pastoral Familiar. “As novas diretrizes contemplam muito da Pastoral Familiar. Exemplo, a casa como ponto de encontro, é claro que a casa não pode ser entendida apenas como casa fixa onde, mas onde existem pessoas que possam conviver. As novas diretrizes nos convidam a criarmos grupos que possam nos levar a manter uma certa relação afetiva, pessoas que convivem em torno da palavra, do pão, da caridade e da missão. Então, os nossos trabalhos devem prover essa aproximação de pessoas que vivem em pequenas comunidades em torno desses quatro pilares”.

 

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