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Nos dias 20 a 22 de setembro aconteceu na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB, a II Ampliada Bíblico-Catequética do Regional Centro-Oeste com o tema Catequista: vocação, ministério e missão. O encontro foi assessorado pelo padre Humberto Robson de Carvalho, da Arquidiocese de São Paulo. Ele é coordenador de pós-graduação em catequese e espiritualidade no Centro Universitário Salesiano – campus Pio XI, e um dos autores do livro cujo tema é o mesmo trabalhado na ampliada.

Em suas colocações ele apresentou um pouco da história da catequese primitiva até o Concílio Vaticano II que, conforme disse, um grande referencial para a catequese. “Destaquei muito a catequese primitiva no que diz respeito a iniciação a vida cristã e ao catecumenato”, afirmou. O palestrante disse que a catequese primitiva é importante porque leva os catequistas a conhecerem o cristianismo primitivo.

Questionado em entrevista sobre os desafios da catequese nos dias atuais, ele explicou que é preciso colocar a catequese em seu lugar de destaque na Igreja, que é na dimensão mistagógica. “Nós temos uma catequese muito pedagógica. O que me refiro em catequese pedagógica? Uma catequese centrada no conteúdo. Nós precisamos voltar à catequese primitiva da qual o Concílio Vaticano II nos orienta também que é essa catequese mistagógica. Pedagogo é uma palavra grega formada de duas outras, paidós (criança) agogé (condução). O que faz o pedagogo? Pega pela mão e dá alfabetização, ensina ler, escrever, contar. Isso é o papel do Estado. Nós catequistas precisamos ser mistagogos (mista) mistério, qual o mistério? O mistério pascal de Jesus. Então mistagogo é aquele que conduz ao mistério, que pega pela mão e leva ao encontro pessoal com Jesus. Esta é a nossa missão”, esclareceu. “Nós precisamos de uma catequese que eduque não só para os sacramentos. Também, mas uma catequese que eduque para a vida, que tenha uma iniciação cristã. Isso é o fundamental”, completou.

Fabíola de Aleluia Fernandes, catequista de segunda etapa de Crisma, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Pires do Rio (GO) na Diocese de Ipameri, disse que a formação irá ajudá-la a continuar na missão. “Sem dúvidas, a II Ampliada Bíblico-Catequética contribuiu para a minha formação humana e como catequista, pois fomos conduzidos a ampliar o horizonte de evangelização por meio da catequese com o objetivo de transformar a vida de tantos jovens. O padre Humberto muito bem disse que não se nasce cristão, torna-se, logo, a partir deste período de aprendizado poderei auxiliar tantos a tornar-se verdadeiramente cristãos”, afirmou.

Uilton Pereira, membro da Comissão Diocesana de Catequese da Diocese de Anápolis também destacou o resgate da catequese primitiva como fundamental para ajudar os catequistas a entender sua missão. “Nossa catequese precisa ser mais querigmática e mais catecumenal que busca inserir as pessoas à vida de comunidade e o conteúdo que o padre Humberto trouxe muito me ajudou a ter mais sede pela missão de catequista para que eu possa continuar entendendo transmitindo os valores da nossa fé aos nossos catequizandos”.

Nova Comissão Bíblico-Catequética Regional

Durante a Ampliada aconteceu ainda a eleição da nova Comissão Bíblico-Catequética do Regional Centro-Oeste da CNBB, que ficou assim formada:
Bispo Referencial: Dom Eugênio Rixen (Diocese de Goiás)
Assessor: Pe. Rodrigo Antônio, cp (Arquidiocese de Goiânia)
Coordenadora: Anamar Ferreira Arrais (Diocese de Goiás)
Vice-coordenadora: Andréia Moura Zemuner (Arquidiocese de Brasília)
Secretário: Wanderson Saavedra Correia (Diocese de Luziânia)
Tesoureira: Keila Karla Pacheco – (Diocese de São Luís de Montes Belos)

 

Com o tema “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”, o mesmo do Mês Missionário Extraordinário convocado pelo papa Francisco, aconteceu nos dias 13 a 15 de setembro, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília, o Seminário de Formação e a Assembleia Anual do Conselho Missionário Nacional (COMIRE). O seminário contou com a participação de 40 pessoas vindos das diversas dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal).

Os assessores do evento, padre Daniel Rocchett e irmã Sandra Regina, da Comissão Episcopal para a Ação Missionária da CNBB, refletiram sobre a missão da Igreja. Eles fizeram pontuações sobre o processo histórico da missão antes de Jesus, depois e nos dias atuais, com o objetivo de fazer os participantes refletirem sobre o chamado missionário que o Senhor faz a cada um.

Padre Daniel, em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) discorreu sobre o Programa Missionário Nacional, documento que é resultado do processo de reflexão iniciado pela equipe executiva do Conselho Missionário Nacional (COMINA). Ele destacou, em sua fala, que a missão não pode ser concebida como algo restrito a algumas pessoas ou grupos “especializados”, mesmo que sejam muito capacitados e experientes e cultivem carismas específicos. O Programa, segundo ele, é uma pequena semente que aponta para uma comunhão maior.

Dom Fernando Brochini (Diocese de Itumbiara) bispo referencial da dimensão missionária no regional, presidiu Santa Missa no domingo. Diversos temas foram tratados, durante o seminário, como Campanha Missionária 2019; Mês Missionário Extraordinário, cujo objetivo é despertar para a consciência da missão ad gentes, que pode ser melhor compreendida a partir do testemunho de Sandra, missionária comboniana que partilhou sua experiência missionário no Sudão do Sul.

No domingo houve também a eleição da nova coordenação do COMIRE, que ficou assim definida: coordenador, padre Inocêncio Xavier, da Diocese de Uruaçu; vice-coordenador, Michael Douglas, da Arquidiocese de Brasília; tesoureiros, Túlio Carvalho, da Arquidiocese de Brasília e Denise Paixão, também da Diocese de Uruaçu. Após quase quatro anos na coordenação do Conselho, Luciana Lopes agradeceu a todos pelas forças missionárias e por todo o esforço e ajuda recebidos na construção da caminhada missionária.

Ao fim do evento, os missionários presentes reconheceram o esforço e trabalho desenvolvido pela atual coordenação: Luciana Lopes, irmã Luciana Mattos, cmc, Thais Duarte e Igor Vieira, que se dedicaram a dar ao Regional Centro-Oeste um rosto missionário que vai além das Obras Missionárias e que perpassa toda a ação eclesial.

O novo coordenador, padre Inocêncio Xavier, agradeceu a todos pela confiança a ele depositada na nova gestão do COMIRE. “A missão é de Deus, somos seus servos e juntos vamos continuar a animação missionária na Igreja do Centro-Oeste”, disse. “Foi um momento de muita alegria e esperança, pois pude perceber que o nosso regional está crescendo cada vez mais nas forças missionárias. Além disso, por ocasião do Mês Missionário Extraordinário, é notável que muitas dioceses e Obras estão se mobilizando para realizarem suas atividades”, destacou o seminarista Lucas Tadeu, da Arquidiocese de Brasília.

A Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) se reuniu na manhã desta segunda-feira (16) na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB. Durante o encontro, os membros da Comissão discutiram os preparativos para a XX Assembleia Eclesial do Regional, que acontecerá nos dias 18 a 20 de outubro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) em Goiânia. “A Assembleia terá a participação dos bispos e dos coordenadores de pastoral das dioceses e dos coordenadores de pastorais, movimentos e organismos do Regional. Nós discutimos como será o evento, bem como estudamos um pouco mais as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que irão nortear a nossa Assembleia”, disse em entrevista o bispo de Formosa (GO) e vice-presidente do Regional, Dom Adair José Guimarães.

A XX Assembleia do Povo de Deus vai reunir os bispos e as lideranças pastorais das 13 unidades que compõem o Regional Centro-Oeste. O evento tem como tema “Desafios da evangelização no mundo urbano” e o lema “Hoje preciso ficar na sua casa” (Lc 19, 5). A Assembleia contará ainda com a assessoria dos padres Cristiano Faria dos Santos, Coordenador do Mestrado em Direito Canônico do Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico – Extensão Goiânia e Francisco Agamenilton Damascena, Administrador Diocesano de Uruaçu.

CEP
A Comissão Episcopal de Pastoral (CEP) é composta pelo presidente do regional, Dom Waldemar Passini Dalbello; pelo vice-presidente, Dom Adair José Guimarães; pelo secretário, Dom Moacir Silva Arantes; e pelos representantes das duas Províncias Eclesiásticas, Dom Marcony Vinícius Ferreira (Brasília) e Dom Antônio Fernando Brochini (Goiânia).

 

Sexta, 13 Setembro 2019 18:46

Conheça as novas DGAE (2019 - 2023)

Regional Centro-Oeste propõe guia de leitura

Disponibilizamos para você este instrumento de leitura das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, aprovadas pelos bispos para o quadriênio 2019-2023.

Este roteiro deseja ajudar na compreensão destas propostas para que cada pessoa, comunidade, equipa de pastoral, movimentos e organismos, bem como as paróquias e dioceses, possam construir seus planos de pastoral e ações de evangelização.

A íntegra do texto das novas DGAE 2019-2023 está disponível nas livrarias católicas e nas Edições CNBB.

Bons estudos e boa missão!

Aconteceu nos dias 23 e 24 de agosto, na Paróquia de Itapuranga, o primeiro retiro das Santas Missões Populares (SMP). Luciana Santos, coordenadora do Conselho Missionário Regional (Comire), juntamente com padre Wellington, coordenador de Pastoral da Diocese de Goiás; padre Celso, pároco de Itapuranga e Isabele Ricarte, missionária de Planaltina de Goiás, foram os responsáveis pelas formações. Estiveram presentes missionários dos 23 setores da paróquia.

No mês de março a paróquia já havia realizado um primeiro encontro para uma experiência do “Acordar”, que dentro da metodologia das Santas Missões Populares é um momento de proporcionar uma consciência de mobilização pessoal e paroquial para a vivência missionária. É um despertar para a missão. Após esses cinco meses, aconteceu o primeiro retiro que teve como um dos objetivos o processo de Conversão, conhecimento da Missio Dei e a Espiritualidade Missionária.

O processo das SMP tem sido vivido por algumas dioceses no intuito de possibilitar aos leigos e leigas a consciência de ser discípulos missionários. A vivência de cada etapa é muito rica e existencial. A opção da vivência dessa metodologia visa trabalhar com a paróquia para contemplar a 1ª Urgência Pastoral do Projeto de Evangelização da Diocese de Goiás: “Igreja em estado permanente de missão”.

O retiro também deu continuidade à preparação do Mês Missionário Extraordinário que apresenta como tema “Batizados e Enviados: a Igreja de Cristo em Missão no Mundo”. O mês de outubro será marcado pela realização dos blocos de atividades das SMP e as do próprio mês missionário.

A missionária Isabele destaca que “uma paróquia que abraça a dimensão missionária vive um tempo de mudanças e profetismo, principalmente quando os cristãos leigos e leigas assumem esse compromisso. As Santas Missões Populares são uma metodologia simples e profunda de conversão. Acredito que a comunidade ficou impactada e com isso muitos frutos nascerão para que vivam uma Igreja em estado permanente de missão, afirmou”.

 

 

Segunda, 09 Setembro 2019 19:46

Mês da Bíblia

Setembro é conhecido como o Mês da Palavra, a Palavra que ilumina e orienta os passos de um cristão maduro para trilhar o caminho do Espírito.

A apresentação que São João faz no prólogo de seu Evangelho é uma síntese maravilhosa do que a Palavra é e faz.

“No princípio era a Palavra e a Palavra estava com Deus e a Palavra era Deus... tudo foi feito por ela e sem ela nada foi feito. O que foi feito nela era a vida e a vida era a luz dos homens”... (Jo 1,1-18). Poucas pinceladas para dizer grandes coisas.

1. A Palavra é a razão de ser de toda a realidade, é a razão e o sentido último de todas as coisas, portanto, é a razão última de minha vida assim como é em Deus. Deveria ser esta uma primeira mensagem da qual o cristão maduro deveria partir. Minha existência assim como ela é e toda a situação humana tem um sentido, tem um porquê, tem uma razão. E este sentido último está em Deus.

2. A Palavra é criadora, gera vida. Onde está este sentido último de toda a realidade, de todas as coisas, de minha situação humana? Está na dependência de Deus. Dependência a ser reconhecida no louvor e no respeito. Se a razão última de qualquer coisa é uma palavra criadora de Deus, este sentido de dependência total de Deus é a primeira atitude sobre a qual as outras se podem construir e sem a qual nenhuma disciplina espiritual pode ser construída.

3. A Palavra é sabedoria ordenadora. Em Deus está a razão última não só das coisas, mas do ser “aqui e agora”. Todas as coisas encontram o seu sentido na sabedoria ordenada de Deus. Como é importante na vida reconhecer isso. Esta consideração é muito ampla e esclarecedora porque partindo dela a gente entende que nenhuma situação humana é sem sentido, também as mais estranhas aparentemente e isso em nível pessoal, eclesial e social. Tudo tem um sentido na sabedoria divina.

4. A Palavra é luz e vida. Tudo tem um sentido e este sentido é luminoso, é vivificante. Isso apesar da escuridão da situação do momento, das provações e das angústias sofridas. Em cada realidade há um evangelho, uma boa notícia a ser decodificada.

5. Esta Palavra é Jesus Cristo. “E a Palavra se fez carne” (v. 14). A Palavra não é um livro, mas uma pessoa. Sem a confiança fundamental na sabedoria criadora que orienta as situações atuais e se manifesta em Cristo como “boa notícia” não existe esperança de mudar a si mesmo e não existe esperança para o mundo. É Cristo que revela as Palavras de Deus e que gera uma situação de verdade e de graça no mundo porque ele “é cheio de graça e verdade”.

A Palavra que queremos tornar ainda mais “lâmpada para nossos pés” (Sl 118) no Mês da Bíblia, vale a pena ser ouvida, meditada e conservada no coração, como fazia Maria.
Vale a pena ser testemunha com uma vida simples porque evangélica.

Vale a pena ser anunciada no “tempo oportuno e não oportuno” como diz Paulo a Timóteo porque ela tem poder de iluminar, transformar e gerar certezas que não decepcionam na vida de todos.
Seria uma pena reduzir o Mês da Bíblia a eventos bonitos, mas que acabam tirando da Palavra seu poder de produzir frutos.

 

Dom Carmelo Scampa
Bispo de São Luís de Montes Belos-GO

 

Com o tema “A importância da Palavra na vida dos cristãos” aconteceu de 30 de agosto a 1º de setembro, o VIII Encontro Regional de Liturgia, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) em Goiânia. O evento começou na sexta-feira (30) com a acolhida dos participantes, cerca de 70 pessoas, vinda das várias dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB.

O bispo referencial para a Pastoral Litúrgica do Regional, Dom Marcony Vinícius, abriu o evento com a exposição do tema “A Palavra de Deus revelada: a importância da Palavra de Deus na vida do homem”. Em suas colocações, ele afirmou que a Palavra é para nos tornar perfeitos, isto é, “homens de Deus; praticando perfeitamente toda a obra.”. Dom Marcony salientou que essa perfeição começa por se deixar e querer aprender o que Deus quer conosco. “Com sua Palavra que é verdadeira e não nos engana, o Senhor nos fazer colocar valor em cada ato, pensamento, dando assim valor à vida”. Essa Palavra, continuou o bispo, deve tornar-se parâmetro de vida do ser humano, aquilo que diz respeito à Palavra revelada de Deus.

Dom Waldemar Passini Dalbello, bispo de Luziânia e presidente do Regional Centro-Oeste, apresentou no sábado (31) o tema “A Palavra de Deus ouvida e proclamada: a Palavra de Deus na liturgia e nos sacramentos”. No mesmo dia, no período da tarde, Dom Marcony fez reflexões sobre “a Palavra de Deus ouvida e proclamada: introdução ao lecionário”. Padre Wolney, coordenador da Pastoral Litúrgica Regional, abordou o tema “A Palavra de Deus celebrada: ministério do leitor”. A Santa Missa foi presidida pelo arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz.

No domingo, padre Fábio Carlos, da Diocese de Anápolis, expôs o tema “A Palavra de Deus celebrada: celebração da Palavra de Deus na ausência do presbítero”. “O Concílio Vaticano II recomenda que se realize a Celebração da Palavra de Deus ao longo do ano litúrgico”, disse ele, e citou o documento Sacrosanctum Concilium “especialmente onde houver falta de sacerdote” (35.4). O palestrante falou também dos cuidados necessários na preparação litúrgica da celebração da Palavra. “É fundamental o cuidado com os ritos e sinais; com os cantos para que sejam de acordo com o espírito da liturgia; com a preparação dos ministérios e serviços, sobretudo o da pessoa que dirige a assembleia, leitores e os salmistas; com o espaço celebrativo, especialmente atentos ao lugar da assembleia e da mesa da Palavra, onde o Cristo se faz presente”, disse. “Na Constituição Dei Verbum, os pares conciliares equiparam a Palavra de Deus com o Corpo de Cristo”.

O VIII Encontro Regional de Liturgia foi encerrado com o almoço, após o momento da partilha em grupos e a avaliação.

Terça, 03 Setembro 2019 16:57

Ler a Bíblia é ouvir a Palavra de Deus

“A Palavra divina introduz cada um de nós no diálogo com o Senhor: o Deus que fala, ensina-nos como podemos falar com Ele” (Vebum Domini, Papa Bento XVI, nº 24)

Assim como os tempos litúrgicos (Advento, Natal, Páscoa) recordam e tornam presentes os mistérios da nossa fé, há também meses específicos para celebrar, no Tempo Comum, aspectos importantes da vida cristã como é o caso do mês da Bíblia em setembro; Vocações, em agosto; e Missões, em outubro. Setembro é o mês dedicado à Palavra de Deus, de modo especial, porque no dia 30 celebra-se a festa de São Jerônimo, Padroeiro dos Biblistas ou Exegetas, aqueles que procuram extrair do texto o que o autor quis dizer dentro do contexto em que vivia.

Coube a São Jerônimo traduzir os livros hebraicos e gregos para o latim, uma vez que este se tornou a língua oficial de Roma por volta do ano 300 d.C. A Igreja dedica um mês à Palavra de Deus, para conscientizar os cristãos sobre o seu valor e a vivência de fé. “O mês da Bíblia não é para fazer procissões solenes de entronização e deixar a Palavra no altar, enfeitada com velas e cores, e o povo ficar longe, observando, mas para nos aproximar, porque a Bíblia é elemento fundamental da nossa espiritualidade.

Esse mês especial também quer motivar para a prática diária da leitura do livro sagrado. As vocações devem ser animadas todos os dias, da mesma forma que o Evangelho também deve ser anunciado o ano inteiro.
Setembro é também um tempo propício para entender como deve ser usada a Palavra de Deus, por isso, as paróquias e comunidades devem se esforçar em aproximar, ao máximo, as pessoas do contato e da forma correta de manuseá-la.

A Bíblia não é um livro mágico em que serão encontradas fórmulas prontas. A leitura deve ser feita procurando entender o que Deus quer nos dizer hoje. E como fazer isso? Em um primeiro momento é importante começar pelo Novo Testamento porque os textos são de mais fácil assimilação que o Antigo, iniciando e retomando a leitura de onde parou. É fundamental também reconhecer o que a Igreja ensina, procurar compreender o que o autor vivia e quis dizer naquela determinada época, e colocar em prática os ensinamentos hoje.

Mês da Bíblia 2019
A proposta de estudo para este ano é a Primeira Carta de João com destaque para o lema “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4, 19).

Em um tempo que parece muito difícil dialogar, trocar experiências, entender o próximo, e até mesmo chamá-lo de meu irmão, a proposta do estudo da Primeira Carta de João é pertinente e por que não dizer indispensável para os dias atuais no Brasil. O presidente da citada Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, Dom José Antonio Peruzzo, deixou uma mensagem muito especial a respeito na apresentação do texto-base para o Mês da Bíblia 2019, “que o estudo da Primeira Carta de João mova-nos e comova-nos a diálogos fraternos e a convivências pacificadoras, amando-nos ‘uns aos outros’”.

O texto-base para o Mês da Bíblia, que pode ser adquirido nas livrarias católicas ou mesmo pelo site das Edições CNBB (www.edicoescnbb.com.br) destaca que há duas afirmações fundamentais sobre Deus na Primeira Carta de João. A primeira e: “Deus é luz” (1Jo 1,5), a segunda é: “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). A primeira aparece no início da Carta, a segunda aparece no final, mas já foi sendo preparada desde o início do texto.

Teve início nesta terça-feira (3) às 8h, e continua até dia 5, em Goiânia, o Congresso Internacional Acordo Brasil-Santa Sé, promovido pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), a Arquidiocese de Goiânia e a Associação Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. "Fundamentação das políticas públicas em ambiente religioso" é o tema central do congresso, que ocorre no Auditório da Área 4 da PUC Goiás, com a participação de advogados, juízes, professores e demais operadores do Direito.

A sessão solene de abertura foi realizada às 8h15, após apresentação da Coordenação de Arte e Cultura da PUC Goiás. A primeira conferência foi às 9h15, sobre "O Estado Democrático Moderno e sua Laicidade", tendo como palestrante o Prof. Octavio Lo Prete, da Universidade Católica Argentina. A segunda conferência, às 10h30, proferida pelo Prof. Dr. Juan G.Navarro Floria, da mesma Universidade.

O objetivo do evento é estudar com a comunidade acadêmica e a sociedade em geral o fundamento conceitual e jurídico da relação entre o Estado e as instituições religiosas, tendo como ponto de partida o Acordo Brasil-Santa Sé. A programação recebe nomes importantes, como doutor Juan Navarro, da Argentina, e o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, em palestras e mesas-redondas até 5 de setembro. Nas discussões estão pautados temas, como o Estado Democrático e a Liberdade Religiosa, A Igreja Católica e Ordenamento Jurídico, entre outros. Nas mesas-redondas, convidados vão abordar os temas Legislação de Proteção ao Patrimônio Histórico Cultural Religioso e Contabilidade dos Entes Eclesiásticos: Imunidade Tributária, Informação, Prevenção e Transparência.

O acordo
Instituído em 2008, o acordo dá amparo aos direitos essenciais para o desenvolvimento da missão da Igreja católica no Brasil. Esse instrumento jurídico é um dos mais importantes marcos nas relações entre Igreja e Estado no Brasil e tem sido discutido a cada dois anos com a sociedade pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

As dioceses e as arquidioceses da região poderão trabalhar a temática com base na experiência e nas competências de diversos palestrantes. A partir do acordo, o evento vai propor discussões sobre a relação entre o Estado e as Instituições Religiosas com o aprofundamento do tema da laicidade do Estado em relação ao fator religioso como componente da dimensão humana.

 Clique aqui e confira a ampla programação do evento

Nos dias 30 de agosto a 1º de setembro, a Pastoral Bíblico-Catequética do Regional Centro-Oeste da CNBB realizou encontro de formação sobre “Purificação e Iluminação”, etapa da Iniciação à Vida Cristã. Assessorou esse Itinerário de Formação com Catequistas (V Turma) e III Módulo, o missionário redentorista, padre Paulo Júnior, que atualmente trabalha na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Matriz de Campinas), em Goiânia, e acompanha a espiritualidade e a catequese dessa comunidade.

Em sua exposição, padre Paulo Júnior apresentou aos participantes a etapa “Purificação e Iluminação” dentro do contexto da Iniciação à Vida Cristã (IVC). “Os catequistas são pessoas que já estão engajadas neste movimento, já conhecem a IVC e então eu procurei trazer um pouco da experiência porque eles já conhecem os conceitos. Falei da minha experiência e da vivência que eu tenho feito junto à comunidade que acompanho com o trabalho que tenho desenvolvido com os catequistas”, afirmou. Segundo o assessor, a “Purificação e Iluminação” é um tempo propício de interiorização maior daquilo que a pessoa conheceu no primeiro momento, no Querigma. “É um momento de encontro pessoal e de encontro com Deus estabelecido dentro de uma comunidade de fé juntamente com os outros catequizandos e com a assembleia da comunidade onde ele participa”, explicou.

As etapas da IVC são quatro: Querigma (ou primeiro anúncio), Catecumenato (Catequese principal), Purificação e Iluminação (sacramentos) e Mistagogia (continuidade).

Purificação e iluminação

A “Purificação e Iluminação” é uma das etapas da Iniciação à Vida Cristã que pressupõe a progressão rumo à maturidade na fé. Na “Purificação e Iluminação”, o catecúmeno ou iniciado declara diante do bispo ou do seu representante o desejo e a decisão de se tornar cristão. O bispo, então, ouvindo o testemunho dos padrinhos em favor do catecúmeno, acolhe e o declara apto para uma preparação imediata aos sacramentos da iniciação cristã. Esse período de purificação e de iluminação é um tempo em que se realça mais o cultivo da vida interior. O catecúmeno busca purificar seu coração e aprofundar a conversão pelo exame de consciência e pela penitência e a sua iluminação por meio do conhecimento mais aprofundado de Cristo Salvador. Tudo isso se faz por meio de vários ritos, sobretudo pelos “escrutínios” e pelas “tradições”. O período de purificação e de iluminação conduz imediatamente à celebração dos sacramentos da iniciação cristã. Na noite de Páscoa, os eleitos recebem os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia. Tendo recebido o perdão dos pecados, o catecúmeno é incorporado ao Povo de Deus, torna-se filho adotivo de Deus, é introduzido pelo Espírito na prometida plenitude dos tempos e, pelo sacrifício e refeição eucarística passa a viver por antecipação, o Reino de Deus. (RICA, 21-26).

Para Carla Prado, coordenadora da catequese na paróquia São Benedito, em Acreúna (GO) Diocese de São Luís de Montes Belos, o encontro foi muito proveitoso para sua caminhada nas bases. “É um crescimento que levamos para nossas paróquias para podermos trabalhar a iniciação à vida cristã de maneira correta, de modo que contribua com a evangelização em nossas comunidades”, afirmou. Cláudia Maria da Silva, formadora da escola catequética na Arquidiocese de Brasília, afirmou que esse módulo ajudou bastante a conhecer com mais amplitude a catequese da Iniciação à Vida Cristã. “É um estudo fundamental para nosso trabalho catequético e nos abriu horizontes para conhecer mais a fundo a Catequese de Iniciação à Vida Cristã. Em algumas paróquias nós já implantamos a IVC, mas ainda estamos em processo. Tudo que estamos estudando aqui é repassado para os coordenadores das nossas paróquias”, disse.

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