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Um dos destaques da quarta-feira, 14 de abril e terceiro dia da 58ª Assembleia Geral da CNBB, foi a aprovação da criação do 19º Regional da Conferência. Trata-se do Regional Leste 3, composto pelo estado do Espírito Santo: Arquidiocese de Vitória e as Dioceses de Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e São Mateus.

A votação contou com a participação de 269 bispos. Desses, 251 aprovaram, seis foram contrários e houve 12 abstenções. O resultado foi comemorado por todo o episcopado mineiro e capixaba, já que essas dioceses integravam o Regional Leste 2 (Minas Gerais).

Ainda não há data para a implantação do novo regional, principalmente devido a situação da pandemia do coronavírus que ainda é grave em nosso país.

Histórico
A proposta para criação do Regional Leste 3 teve início em 2019 e foi pauta da reunião do Conselho Pastoral do Regional Leste 2 e submetida e aprovada pelo Conselho Permanente da CNBB em 2020.

No projeto, os bispos afirmam que estão conscientes de que o Regional Leste 3 será o menor da CNBB, mas reafirmam a certeza de que a Igreja no estado do Espírito Santo tem um modo peculiar, por isso sentiram a necessidade de tratar as questões regionais que impactam diretamente a ação evangelizadora nesse território.

Regional Centro-Oeste também foi desmembrado
Para relembrar, o nosso Regional Centro-Oeste da CNBB também foi desmembrado. Em 1962, quando foi criado, o Regional Centro-Oeste era formado por todo o estado de Goiás, que naquela época correspondia aos atuais estados de Goiás e Tocantins e o Distrito Federal. Participava também do regional, o estado de Mato Grosso somando sozinho 1.526.866 km². O estado do Mato Grosso deixou o regional em 1964.

Por último, em 2013, por ocasião da 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), foi aprovada a criação do seu 18º regional. O desmembramento do Regional Centro-Oeste se deu por ocupar o estado do Tocantins, parte da região norte do estado de Goiás e pertencer à Bacia Amazônica, integrando-se assim à região da Amazônia Legal. O novo regional recebeu o nome de Norte 3, que hoje é composto pela Arquidiocese de Palmas e as Dioceses de Porto Nacional, Tocantinópolis e Miracema, além da Prelazia de Cristalândia. São 139 municípios do Tocantins e sete municípios de Goiás que integram o novo regional.

Com pouco mais de 340 mil km², hoje o Regional Centro-Oeste conta com duas Províncias Eclesiásticas, Goiânia e Brasília, mais dez dioceses e o Ordinariado Militar do Brasil. As atividades são desenvolvidas por cerca de 20 pastorais e movimentos que atuam em conjunto.

Chegamos ao fim do terceiro dia da 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que acontece nos dias 12 a 16 de abril de modo totalmente virtual. Um dos destaques de hoje foi a aprovação do novo estatuto da Conferência. A exposição do tema foi realizada pelo bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado.

O atual Estatuto e Regimento da Conferência é do ano de 2002 e o seu processo de reforma foi iniciado no ano de 2017. Em 2019 foi realizada uma alteração, com a inserção de mais um membro na presidência, o 2ª vice-presidente. Em 2020, por fim, iniciou-se o processo de elaboração para o que foi chamado de “Novo Estatuto”. Uma necessidade sentida pelo episcopado para dar respostas novas e encontrar novos modos de exercer a missão, com mais assertividade e eficiência.

Novo Estatuto será elaborado em 7 etapas
O caminho de formulação desse Novo Estatuto será realizado em 7 etapas. A primeira delas, já realizada, foi a produção de um material de reflexão, elaborado por uma Comissão constituída. A segunda etapa, que é o ponto em que está a produção, é a reflexão realizada por blocos regionais (Sul, Leste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte). Após essa segunda etapa, que está sendo concluída nesses dias de Assembleia, com a contribuição dos bispos de todo o Brasil, o material será enviado para a formulação Jurídico-Canônica, que constitui a terceira etapa.

Após essa redação, a quarta etapa será a apresentação da proposta estatutária e regimental aos bispos, com nova participação dos blocos regionais. A quinta etapa será o aprimoramento redacional jurídico-canônico e a prévia aprovação no Conselho Permanente. A sexta etapa, será a discussão final e aprovação na próxima Assembleia Geral da CNBB. Por fim, a sétima e última etapa será a aprovação por parte da Sé Apostólica.

Pacto pela Vida e pelo Brasil
A crise vivenciada pelos brasileiros e agravada pela pandemia ocasionada pelo novo coronavírus foram as molas propulsoras para que a Igreja no Brasil desse início ao Pacto pela Vida e pelo Brasil, no dia 7 de abril de 2020. A iniciativa, abraçada a princípio por seis signatárias, voltou o olhar para as pessoas que mais sofrem, com o objetivo de lutar e de proteger as mais diversas formas de vida.

De acordo com o bispo de Lages (SC) e presidente do Grupo de Trabalho (GT) do Pacto pela Vida, Dom Guilherme Werlang, a vida não pode ser compreendida apenas como a vida humana, mas sim como um conjunto que envolve, também, o planeta, os biomas e a natureza. “Quando o Pacto pela Vida teve início, a pandemia estava começando, assustando a todos nós e ameaçando as vidas brasileiras. Além disso, estávamos vivendo a calamidade de todos os grandes incêndios no Pantanal e na Amazônia, de modo especial”, afirmou.

Além das seis signatárias do Pacto pela Vida – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Sociedade Brasileira para o Progresso das Ciências (SBPC), Academia Brasileira de Ciências e a Comissão Arns – mais de 100 outras entidades já abraçaram a proposta e colocaram mãos à obra.

O prelado falou, ainda, sobre a necessidade de o cristão ser cada vez mais ativo e participativo, transformando a oração em ação concreta. “Quando abraçarmos a nossa fé e colocarmos a nossa fé em ação, com certeza nós teremos grandes contribuições para os brasileiros”, afirmou dom Guilherme, que também chamou atenção para as questões relacionadas à segurança alimentar. “No Pacto pela Vida uma das questões essenciais é recuperar o direito à segurança alimentar. O alimento é um direito humano. Isso deve ser prioridade de um governante. Nós temos que lutar, mas não fazemos isso por partido político, não fazemos por ideologia, mas nós fazemos isso pela nossa fé”, asseverou.

Liturgia
Os bispos puderam acompanhar também, nesta quarta-feira, os comunicados da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB. O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão, Dom Edmar Peron, falou sobre a caminhada da Comissão para Liturgia e da Comissão Especial para os Textos Litúrgicos (Cetel), que tem se encontrado virtualmente para a revisão da tradução da 3ª edição do Missal Romano, material que será colocado em votação na próxima Assembleia Geral da CNBB na forma presencial.

Dom Edmar falou do subsídio “Celebrar em Família”, oferecido desde o início da pandemia para a celebração da Palavra nas casas. Milhares de pessoas em todo o Brasil têm utilizado o material. Dom Wilmar Santim, de Itaituba (PA), partilhou o testemunho do expressivo uso do material em sua prelazia.

O bispo também partilhou sobre o texto de estudos que será publicado sobre com orientações para adequação litúrgica e restauração e conservação de Igrejas, preparado pelo Setor Espaço Litúrgico; as ações do Setor Música Litúrgica, como a revisão do Hinário litúrgico para o ciclo do Natal, a atualização do texto de Estudos 12 sobre os cantos da missa e a publicação, em breve, das músicas da Liturgia das Horas; e a preparação de um processe de certificação de Vinhos Canônicos.

Votações
A Comissão para a Liturgia ainda colocou em votação algumas consultas à Assembleia referentes à inclusão ou alteração de datas de celebrações dos santos no calendário litúrgico do Brasil. Foram votadas a confirmação da inclusão das memórias de São José de Anchieta em 9 de junho e dos Santos Mártires do Rio Grande do Norte, em 3 de outubro; a inserção como memória obrigatória de Santa Dulce dos Pobres em 13 de agosto; e de memórias facultativas de Santo Oscar Romero, São Marcelino Champagnat, Santa Madre Teresa de Calcutá e de São Pedro de Alcântara.

A Comissão também consultou sobre a alteração de datas referentes à memória de São Ponciano e Santo Hipólito, Santa Faustina e de Santa Joana Francisca de Chantal.

Também está em votação virtual o pedido à Santa Sé para que o Domingo da Palavra de Deus, criado pelo Papa Francisco para ser celebrado no 3º Domingo do Tempo Comum, seja celebrado aqui no Brasil no último domingo de setembro, preservando a cinquentenária tradição brasileira de celebrar o Mês da Bíblia naquele mês, também comemorando o dia da Bíblia próximo à festa de São Jerônimo.

Fonte: CNBB Nacional

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Promover o diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã. Este é um dos objetivos da Campanha da Fraternidade 2022 (CF), que terá como tema “Fraternidade e Educação” e como lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (cf. Pr 31, 26). A proposta foi apresentada, na tarde desta terça-feira (13), aos bispos que seguem reunidos durante a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que pela primeira vez é realizada na modalidade online.

De acordo com o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, o caminho de construção da CF 2022 tem como uma das motivações a celebração dos 40 anos da Pastoral da Educação no Brasil, e o texto-base – documento que norteia as ações da Campanha da Fraternidade – e que segue em elaboração. “Quando nós falamos da realidade educativa, tal realidade não se restringe ao ensino científico e técnico, mas o desejo é lançar o olhar sobre a educação de forma integral”, afirmou.

Para que a Campanha da Fraternidade seja melhor desenvolvida, foram propostos sete objetivos específicos, que são: analisar o contexto da educação, bem como os desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição Cristã em vista de uma educação humanizadora; refletir sobre o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral junto às escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.

Escutar, propor e discernir
Anualmente, os temas propostos pela Campanha da Fraternidade são trabalhados a partir do método “Ver, Julgar e Agir”. Em 2022 o “Ver” será na perspectiva de escutar; o “Agir” seguirá no caminho do propor; e o “Julgar” voltará o olhar para o discernimento. “O desejo da equipe executiva e do que foi proposto pelos bispos tem em vista o que o Papa Francisco propõe no Pacto Educativo Global”, disse o padre Patriky.

Família e educação
Além das ações próprias da Campanha da Fraternidade, os bispos deverão escrever uma carta aos educadores brasileiros. “O Texto-base é fundamental, mas não é um texto que chega às famílias como um texto integral. Nós pensamos que seria oportuno que um grupo de bispos pudesse escrever uma carta aos educadores e às famílias, de modo que possa ser amplamente divulgada. Não precisa ser um documento, mas uma carta que o Conselho Permanente, que será realizado em outubro, pudesse aprovar. A sugestão tem como pano de fundo a palavra do episcopado para a Quaresma de 2022 sobre a importância da educação”, afirmou o arcebispo de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal para a Cultura e Educação, Dom João Justino.

O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, destacou que é necessário dar espaço ao papel da família como base educacional. “A família tem um papel importante na educação, papel que não é suprido na escola. Eu acredito que seja muito importante dar este espaço, porque a família foi sendo muito alijada, a educação vem sendo terceirizada”, afirmou.

“Dentro da temática que foi proposta, eu vejo que é muito importante, porque hoje vemos uma educação bastante técnica e uma educação carente de valores. A Campanha da Fraternidade sempre foi bem aceita nas escolas e nas universidades, que sempre solicitam material. A educação está carente de valores humanitários e éticos que favoreçam os valores cristãos como nos pede o Papa Francisco”, destacou o arcebispo de Santarém (PA), Dom Irineu Roman.

É importante destacar que, no contexto atual, a pandemia é abordada por um eixo transversal, que perpassa por todos os objetivos propostos. As contribuições apresentadas pelos arcebispos e bispos serão levadas, pelo padre Patrick Samuel, à equipe executiva da CF 2022.

Fonte: CNBB Nacional

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Nesta terça-feira, 13, e segundo dia da 58ª Assembleia Geral da CNBB, que acontece pela primeira vez em modo totalmente virtual, foi aprovada, por unanimidade, a realização do terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil em 2023. Na ocasião, serão comemorados os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país. A proposta foi apresentada pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, no período da manhã.

Segundo o bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados, Dom João Francisco Salm, o Ano Vocacional de 2023 dará continuidade a um processo iniciado em 1983, quando foi celebrado o primeiro ano vocacional do Brasil. Naquela oportunidade, a iniciativa “favoreceu e ampliou o reconhecimento de que toda a comunidade cristã é responsável pela animação, cultivo e formações das vocações”. O bispo também elencou vários frutos que surgiram como a dinamização dos Serviços de Animação Vocacional e da Pastoral Vocacional e a produção de subsídios.

Em 2003, o segundo Ano vocacional – com o tema “Batismo, fonte de todas as vocações” – “promoveu um novo despertar vocacional, conscientizou para a vocação e missão batismal na comunidade eclesial e na sociedade”, e ainda favoreceu outros frutos para a Igreja.
Mais recentemente, o 4º Congresso Vocacional do Brasil, em 2019, assumiu como compromisso a preparação de um projeto para celebrar os 40 anos do primeiro ano Vocacional do Brasil, surgindo a proposta do terceiro Ano Vocacional em 2023.

Fundo Nacional de Solidariedade
O Fundo Nacional da Solidariedade (FNS) foi um dos assuntos da pauta da 58ª Assembleia Geral da CNBB na manhã desta terça-feira, 13 de abril. O bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, fez uma prestação de contas aos bispos quanto ao montante arrecadado até o momento, fruto da coleta realizada pela Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2021.

Foi esclarecido que o valor ainda sofrerá alterações, pois devido ao cenário pandêmico, algumas dioceses e igrejas membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), adiaram a data da Coleta Nacional da Solidariedade que, tradicionalmente, acontece no Domingo de Ramos.
A administração desses recursos para aplicação em projetos sociais é o desafio a partir de agora, que se torna mais exigente quando a Campanha da Fraternidade é Ecumênica. Dom Joel explicou aos bispos que neste ano para gerir esses recursos foi constituído um Conselho Gestor Especial, composto por três membros da CNBB e três membros do CONIC, que será coordenado por ele. A CNBB vai submeter a esse Conselho uma proposta de três eixos para os projetos sociais amparados pelo FNS: insegurança alimentar, insumos para cuidados sanitários e geração de renda.

“No primeiro eixo devem ser priorizados os projetos que tratem da questão da fome; o segundo, dado que não sabemos quando será o fim da pandemia, para projetos ligados a conseguir insumos sanitários; e por fim, o terceiro para projetos que atuem na linha da geração de renda”, afirmou Dom Joel.

O Fundo Nacional de Solidariedade é formado, anualmente, na Coleta Nacional da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. Quando se trata de uma CFE, as igrejas membro do CONIC também realizam a coleta e participam da gestão dos recursos adquiridos. Dom Joel informou que dialogou com o presidente do CONIC, pastor Inácio Lemke, e já está definido que não haverá nenhum repasse institucional, nem para a CNBB e nem para o CONIC. “O dinheiro dessa coleta é doado pelos pobres e aos pobres será destinado”, afirmou dom Joel.
Após a reunião desse Conselho Gestor dos recursos, será lançado o edital com as normas para inscrição de projetos sociais. As entidades que já tiveram seus projetos beneficiados em edições anteriores precisam estar, rigorosamente, em dia com a prestação de contas para participar da nova seleção.

Carta ao Papa
Os bispos aprovaram, na sessão de manhã, nesta terça-feira, 13 de abril, a mensagem destinada ao papa Francisco. No texto, o episcopado brasileiro renova o seu apreço, carinho e fidelidade ao Santo Padre.

Os bispos também buscam, no documento, de modo geral, deixar o Santo Padre informado sobre as pautas em discussão na 58ª AG CNBB e dos assuntos importantes para o clero e o povo de Deus na Igreja no Brasil, além de expressar sua comunhão com a Igreja do mundo todo.

Partindo do fato de que, dadas as circunstâncias sanitárias atuais, a Assembleia acontece de forma virtual e requer a colaboração de todos, os bispos do Brasil reconhecem igualmente o esforço de Francisco para a manutenção da unidade eclesial, sobretudo mediante a proposição do diálogo constante e fraterno, seja no próprio meio católico, seja com os irmãos de outras denominações religiosas e culturas.

O legado eclesial e social das iniciativas do Pontífice também foi lembrado: a encíclica Fratelli tutti, o ano dedicado a São José e às famílias, a retomada dos ensinamentos da exortação apostólica Amoris laetitia, bem como o Pacto Global pela Educação e a Economia de Francisco.
Os bispos também deram destaques às condições impostas pela pandemia da Covid-19 ao Brasil, que ao mesmo tempo demonstram não somente as fragilidades que o país possui para o seu devido enfrentamento, como também as iniciativas despertadas, no âmbito da Igreja no Brasil, para o socorro e autêntica demonstração de caridade evangélica para com os que sofrem seus efeitos. No documento, os bispos do Brasil agradecem a solidariedade do Papa Francisco para com o povo brasileiro.

A mensagem recorda ainda que o eixo condutor dos trabalhos da Assembleia é a reflexão sobre a Palavra de Deus, em consonância com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023).

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Primeira Coletiva de Imprensa sobre o tema central da 58ª AG: Palavra de Deus
Na tarde da segunda-feira, 12 de abril, aconteceu a primeira coletiva de imprensa da 58ª Assembleia Geral da CNBB, que teve como mediador o bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da entidade, Dom Joaquim Mol Guimarães.
Baseados no tema “o pilar da Palavra de Deus”, os bispos participantes da coletiva foram convidados a se manifestar acerca da importância que a vivência da Palavra deve ter na vida dos cristãos e da própria Igreja. Entre eles estava o bispo da Diocese de Garanhuns (PE), biblista e presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa.

Sobre o documento do tema central, ele disse que parte do texto da parábola do semeador, no capítulo 13 do Evangelho segundo Mateus, que traz a confluência do semeador, que é Cristo, zeloso e operante, a fecundidade e a força generosa da semente, que é a Palavra de Deus, e também o questionamento da qualidade dos vários terrenos, simbolizados pelo coração humano.

Segundo o bispo de Garanhuns, à luz desta parábola, a Igreja é convidada a refletir sobre a animação bíblica da vida e da pastoral, o que não significa fazer atividades de estudos bíblicos somente, mas levar em conta a vida integral da pessoa e das comunidades eclesiais missionárias, como também a própria pastoral e a missionariedade, ou seja, todo esse contexto animado pela força da Palavra de Deus. O convite se estende também à reflexão do processo de Iniciação à Vida Cristã, o processo catecumenal, de inserção em uma comunidade eclesial, que deve ser movido e gerido pela força da Palavra.

De modo muito prático, continuou Dom Paulo Jackson, há muitos desafios à semeadura. Um dos capítulos trata a respeito deles: o acesso à Palavra de Deus, que para algumas pessoas se traduz na incapacidade financeira de adquiri-la; outras, por causa do analfabetismo; outras, por causa de alguma deficiência. Por isso, o grande movimento em torno do uso do sistema de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e do braile. Há ainda a problemática das versões diferentes da Bíblia, havendo divergências de um texto para outro. Outra questão a ser considerada é que muitas tribos indígenas na Amazônia ainda não têm uma Bíblia traduzida na sua língua. “Para muitos, a Bíblia é um livro estranho e difícil. Não se pode esquecer três contextos muito complexos: a extrema pobreza, a violência institucionalizada e a globalização da indiferença. Quem tem vinculação com a Palavra de Deus, não pode estar fechado a essas realidades… para que o mundo seja mais parecido com o que o Deus-Palavra deseja”, concluiu.

Fonte: CNBB Nacional

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Amado Papa Francisco,

Nós, os Bispos do Brasil, reunidos neste ano, de 12 a 16 de abril, por plataforma virtual, a partir de nossas Igrejas Particulares, vivenciamos nossa 58ª Assembleia Geral Ordinária. Neste tempo difícil e desafiador, quisemos viver, neste formato possível, nosso encontro anual, que não nos foi possível realizar no ano passado, devido à insegurança e aos riscos causados pelo início da pandemia da COVID-19.

Expressamos e renovamos nossa fidelidade e nossa comunhão com Vossa Santidade, Bispo de Roma e Sucessor de Pedro. Reconhecemos seus inúmeros esforços para construir a unidade na Igreja e com os demais cristãos e favorecer o diálogo com outras religiões não cristãs e com a pluralidade das culturas. Pudemos, de modo exemplar, perceber isto na sua recente viagem ao Iraque, pelos caminhos da fé de Abraão, e nos fecundos diálogos empreendidos ali pela paz e pela concórdia entre os povos, buscando levar também bálsamo espiritual às muitas feridas causadas pelos históricos conflitos naquela região.

Agradecemos pelos frutos e boas repercussões eclesiais e sociais entre nós gerados pela Encíclica Fratelli tutti e pelo ano dedicado ao Patriarca São José e às famílias. Com o auxílio deste “homem justo”, iluminados e impulsionados pelas indicações pastorais da Exortação Amoris Laetitia, haveremos de relançar o olhar pastoral sobre a realidade das famílias. O ano da “Família Amoris Laetitia”, iniciado em 19 de março e a ser concluído com o X Encontro Mundial de Famílias, em junho de 2022, certamente será um norte seguro para nossa ação evangelizadora das famílias. Sem descuidar igualmente dos esforços da nossa comunidade cristã na construção da grande família humana, chamada a construir-se como casa de irmãos e irmãs, no respeito, na amizade e no diálogo amoroso.

Também não podemos deixar de externar nossos sentimentos de gratidão pela proximidade paterna e misericordiosa de Vossa Santidade, expressa nas muitas formas de concreta solidariedade manifestadas ao povo brasileiro, neste tempo em que a pandemia fez aflorar misérias, sofrimentos e precariedades em muitas regiões e dioceses brasileiras. Os apelos mundiais de Vossa Santidade em relação ao Pacto Global pela Educação e Economia de Francisco estão sendo divulgados e acolhidos pelos respectivos segmentos, com adesões importantes e criativas da sociedade e da Igreja no Brasil.

Nesta pandemia estamos experimentando e assistindo a situações de grande dor e de belas iniciativas, a saber, de um lado, a fragilidade de nossas políticas públicas, a inabilidade de nossos governantes no trato da pandemia, o negacionismo de uma parcela de brasileiros, a politização e ideologização da pandemia, a impossibilidade dos ritos e orações por ocasião do sepultamento dos mortos por COVID-19, causando dor ainda maior às famílias; por outro lado, a solidariedade entre as pessoas, famílias e comunidades, as muitas e criativas formas de presença junto aos que sofrem com a solidão e o abandono, sobretudo os idosos. A pandemia nos tem educado para muitas ações de evangélica caridade, de socorro aos mais vulneráveis, num belo e criativo pacto pela vida e pelo nosso sofrido Brasil.

Contudo, não faltam iniciativas pastorais e vozes proféticas para apontar o Reino e a primazia da vida. Não estamos silenciados! Não estamos omissos! Mesmo reconhecendo o poder das forças de destruição e de morte a que estamos sujeitos. Não perdemos de vista o Evangelho e a presença invisível e vitoriosa do Senhor Jesus, o Vivente, que nos acompanha e nos ajuda a interpretar a história em chave pascal, como fez com os discípulos de Emaús.

Nossa Assembleia Geral dedica-se neste ano, em consonância com as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, ao tema da Igreja como Casa da Palavra de Deus. “Casa da Palavra: animação bíblica da vida e da pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias”. A partir da imagem bíblica da semente (Mt 13,1-9) queremos mergulhar no mistério do Cristo-Palavra, nos desafios da semeadura neste nosso tempo, nos terrenos prioritários, nos meios para semear. Conhecer a Escritura é conhecer Cristo. Ele é nossa Páscoa e nossa Paz! “Do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a). É preciso recomeçar sempre a partir d’Ele! Anuncia-lo com novo ardor, novos métodos, novo testemunho é missão sempre nova e urgente.

Unimo-nos a Vossa Santidade nos esforços pela purificação, conversão e justiça frente aos casos de abusos cometidos por membros da Igreja. Nossas dioceses estão, pouco a pouco, estruturando os “Serviços diocesanos de proteção de crianças, adolescentes e vulneráveis”, para responder e combater este mal que precisa ser extirpado. Há uma assessoria nacional, Núcleo Lux Mundi, que tem prestado grande ajuda às Dioceses e Congregações Religiosas na constituição deste serviço eclesial.

O Sínodo para a Amazônia e a Exortação Apostólica Pós-sinodal “Querida Amazônia” repercutem em nova sensibilidade, gestos de solidariedade e novas atenções pastorais sobre as belezas e problemáticas que tocam aquela região, ainda marcada por graves agressões.

Acompanhamos e rezamos pela Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, a realizar-se em novembro próximo, para celebrar, rever e retomar as luzes, perspectivas e esperanças da Conferência de Aparecida, quatorze anos após aquele encontro do episcopado latino-americano e caribenho, da qual Vossa Santidade, ainda como Arcebispo de Buenos Aires, participou e colaborou decisivamente.

Os Bispos presentes a esta Assembleia Geral do episcopado brasileiro, juntamente com aqueles que nos auxiliam neste encontro, sacerdotes, diáconos, religiosas, cristãos leigos e leigas, assessores e convidados, cada um, a partir de sua Igreja Local, do seu lar ou do seu local de trabalho pastoral, suplica sua bênção apostólica e eleva a Deus uma prece, pela intercessão da Virgem Aparecida, pela sua vida e ministério na Igreja.

Em fecunda e permanente comunhão orante,

 

Brasília-DF, 13 de abril de 2021.
A presidência.

 

Foto: Vatican Media

 

 

Foi aberta nesta manhã a 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro que reúne todo o episcopado brasileiro ocorre, pela primeira vez na história, de forma virtual, por conta da pandemia da Covid-19, um desafio imposto pelo contexto atual e que exige aprendizado de ferramentas e suporte técnico para os ajustes que se fazem necessários no início dessa experiência nova. O arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, abriu oficialmente o encontro às 8h, horário de Brasília.

“Este caminho é de grande importância, é o ponto alto do coração do serviço eclesial prestado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Somos desafiados a abrir o coração e a vivenciarmos esse caminho sob as luzes de Cristo ressuscitado, guiados e movidos pela ação do seu Espírito Santo”, motivou Dom Walmor.

Durante a abertura da Assembleia, Dom Walmor reforçou a comunhão e a “irrestrita fidelidade” do episcopado brasileiro ao papa Francisco; saudou os participantes, entre bispos, administradores diocesanos, assessores, secretários executivos de regionais, representantes dos Organismos do Povo de Deus; falou sobre o contexto e propósito do encontro e da tarefa educativa da Igreja, reconhecendo humildemente a condição também de aprendizes. O presidente da CNBB também recordou o Santuário Nacional de Aparecida, que acolhe as assembleias da CNBB há alguns anos, e homenageou os pobres, os mortos, os enlutados. Os bispos dedicaram a abertura da Assembleia também para rezarem as Laudes e invocarem o Espírito Santo com o “Veni, Creator”.
Comunhão com o Papa

“Nossa comunhão filial e irrestrita fidelidade ao Santo Padre, o Papa Francisco, unidos e missionariamente empenhados da árdua e insubstituível tarefa da evangelização, a razão de ser de nossa Igreja no mundo a caminho do reino, deixando ecoar forte, neste tempo pascal o forte mandato do Senhor Jesus Ressuscitado dirigindo aos discípulos operários da primeira hora ‘como o Pai me enviou, assim também eu vos envio'”.

Missa de abertura

A celebração foi presidida pelo secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, que abriu a homilia ressaltando a Palavra de Deus que apresentou duas grandes ideias. Segundo o bispo, não se pode esquecer: o convite a nascer de novo – trazido no Evangelho de João 3, 1-8 – e a coragem dos apóstolos, que mesmo em meio a tantas dificuldades, anunciavam a Palavra impulsionados pelo Espírito – descrita na primeira leitura de Atos dos Apóstolos 4, 23-31.

“Quando se faz a experiência do nascer de novo, se adquire, cada vez mais, essa coragem para anunciar a Palavra em meio a todas as dificuldades. Nascer de novo, nós sabemos, é o encontro com Jesus Cristo.

Dom Joel lembrou ainda que por questões de segurança, de preservar as pessoas, este ano, a Assembleia será realizada online. Conforme disse, essa Assembleia Geral tem que ser, antes de tudo, uma atitude de fé.

Antes de encerrar a homilia, Dom Joel lembrou dos mais de 350 mil brasileiros que perderam a vida por causa da covid-19 desde o início da pandemia em 2020.

Palavra do Núncio Apostólico

O Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, dirigiu-se, pela primeira vez, a todo o episcopado brasileiro, na manhã desta segunda-feira, 12 de abril, no início das atividades da 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece na modalidade on-line. Dom Diquattro foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 29 de agosto de 2020 e desembarcou no Brasil para iniciar sua missão no dia 7 de janeiro de 2021.

Em sua mensagem, Dom Diquattro destacou a importância da reunião dos bispos que, mesmo de forma remota, é expressão de comunhão e testemunho de oração. “Hoje, não estamos todos no mesmo lugar, mas a oração é sincronizada e acompanhada por muitas pessoas, que estão rezando por essa assembleia”, afirmou. Destacou ainda que isso é possível graças a diversos instrumentos que, somados, estão “a serviço da proclamação corajosa da Palavra de Deus”.

Neste momento da história, em que a proclamação da Palavra de Deus é árdua e muito delicada, o núncio afirmou que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está agindo de forma corajosa. Frisou que, ao participar da reunião do Conselho Permanente da Conferência, percebeu que os bispos estão olhando para os flagelos que assolam a humanidade e chorando as dores do povo, com o coração de pastores, sem ficar a fazer análises rasas sobre a pandemia.

Pilar da Palavra

Tornar a Palavra de Deus cada vez mais conhecida e amada. Este é um dos desejos do episcopado brasileiro reunido na 58ª Assembleia Geral da CNBB (58ª AGCNBB), que teve início nesta segunda-feira (12). “Nosso desejo é poder nutrir sempre mais o povo com a Palavra de Deus”, afirmou o bispo da diocese de Livramento de Nossa Senhora (BA), Dom Armando Bucciol, durante a primeira coletiva de imprensa.

De acordo com Dom Armando, no documento apresentado na manhã deste primeiro dia de assembleia, há um capítulo que trata dos diversos tipos de terreno, nos quais a Palavra é semeada, tendo como pano de fundo a parábola do semeador. Entre estes terrenos está a Palavra de Deus nos sacramentos.

“O Concílio recomendava que nenhum sacramento seja celebrado sem que escutemos a Palavra de Deus; até o sacramento da penitência, da reconciliação deve ser acompanhado da escuta da Palavra, para que essa escuta renove em nós o ardor e o amor. O grande evento do Concílio foi devolver à Igreja Católica a Palavra de Deus depois de séculos em que ela ficou sem receber o devido destaque, a devida atenção”, destacou.

A Palavra de Deus também deve ser semeada no compromisso e na vida missionária, na iniciação à vida cristã, na piedade popular, na família e na juventude, no ecumenismo e no diálogo inter-religioso, nos meios de comunicação e na formação de ministros ordenados. “A família é o sujeito fundamental, é o lugar por excelência onde a Palavra de Deus deve ser ouvida, vivida e transmitida. Neste tempo de pandemia, muitas famílias redescobriram a Palavra de Deus como alimento”, disse Dom Armando.

Análise de conjuntura

“O povo de Deus sofre com a doença e a fome” é o título da análise da conjuntura social e política apresentada ao episcopado brasileiro no início da sessão da tarde. A apresentação foi conduzida pelo bispo de Carolina (MA), Dom Francisco de Lima Soares, coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A análise apresentada priorizou três temas: pandemia, economia e política brasileira. Dom Francisco frisou que trata-se de um texto oferecido aos bispos como uma leitura de especialistas das Pontifícias Universidades Católicas do Brasil organizados no grupo de análise da CNBB para subsidiar os pastores na leitura e compreensão da realidade brasileira.

Dom Francisco ressaltou que o mundo passava por uma crise econômica e por tensões políticas antes da pandemia e que o Coronavírus foi um catalizador que aprofundou as desigualdades. “A sobrevivência da humanidade está colocada à prova”, disse. “Todas as luzes de alerta estão ligadas quanto à pandemia”, disse o coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB ao iniciar a reflexão sobre o primeiro ponto da análise. Ele chamou a atenção para dados do Observatório da Covid-19, da Fiocruz, que evidenciam as altas taxas de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva. Também chamou a atenção para a rapidez do agravamento do colapso do sistema de saúde e a falta de assistência que tem impacto em outras formas de morte.

Mensagem para o papa Francisco

Em todas as Assembleias Gerais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os bispos enviam uma mensagem ao papa, como gesto de fidelidade e comunhão com o Sumo Pontífice. Neste ano, mesmo com o encontro sendo realizado na modalidade on-line, os bispos dedicaram um momento da manhã para aprovar um texto que foi, previamente, redigido por um grupo de bispos. A apresentação do texto foi realizada por Dom Severino Clasen, arcebispo de Maringá (PR), que compõem essa equipe de redação.

Na proposta do texto, o episcopado renova sua fidelidade e comunhão com o papa Francisco, reconhecendo seus inúmeros esforços para construir a unidade na Igreja e favorecer o diálogo inter-religioso e cultural. Também manifesta gratidão pelas iniciativas eclesiais e sociais e pela proximidade e solidariedade do Pontífice com o povo brasileiro, neste tempo de pandemia.

Fonte e fotos: CNBB Nacional

Acompanhe a 58ª AG pelo site da CNBB. CLIQUE AQUI

 

 

As celebrações acontecerão na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da CNBB, em Brasília, e será transmitida pelas redes sociais da Conferência, de 12 a 16 de abril, sempre às 7h.

A 58ª Assembleia Geral do episcopado brasileiro pela primeira vez será realizada em um formato virtual, de 12 a 16 de abril com atividades nos períodos de manhã e tarde. O tema central diz respeito ao Pilar da Palavra proposto pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023). Mesmo sem a possibilidade de votação de um documento, será debatido o tema “Casas da Palavra – Animação bíblica da vida e da pastoral nas comunidades eclesiais missionárias” e também diversos outros assuntos relacionados à atuação da Igreja Católica no Brasil.

As missas poderão ser acompanhadas também pela televisão.

Rede Vida - diariamente

TV Aparecida - diariamente

TV Pai Eterno- diariamente

TV Horizonte - diariamente

TV Imaculada (rádio e TV) - diariamente

TV Canção Nova - diariamente

TV Evangelizar - apenas nos dias 12 e 16/04

Ao completar um ano, no próximo dia 12 de abril, a Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar” entrará numa segunda fase e ganhará um novo impulso segundo informou o secretário-executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Patriky Samuel Batista. “Esta segunda fase se torna mais evidente frente ao cenário pandêmico que se agravou”, disse o padre.

Como exemplo, ele citou que o que foi anunciado em 2020 sobre o retorno do Brasil ao Mapa da Fome se confirmou. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IBGE), o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome em 2014. No entanto, de acordo com o balanço referente a 2020, o país volta a figurar na geopolítica da miséria.

A pandemia deixou 19 milhões com fome em 2020, atingindo 9% da população brasileira, a maior taxa desde 2004, há 17 anos, quando essa parcela tinha alcançado 9,5%. E quase o dobro do que havia em 2018, quando o IBGE identificou 10,3 milhões de brasileiros nessa situação.

Além do recrudescimento da pandemia e do impacto com as quase 4 mil mortes diárias pela Covid-19, há uma tempestade perfeita nesse caos que coloca em risco também sua segurança alimentar: inflação alta, desemprego e ausência do auxílio emergencial – ao menos num nível que permita a compra de uma cesta básica.

2ª fase “É Tempo de Cuidar”

Padre Patriky Samuel Batista, coordenador de campanhas da CNBB.
O início desta segunda fase da Ação Solidária Emergencial, explica o padre Patriky, começa no próximo domingo, 11 de abril, Domingo da Misericórdia, quando todas as comunidades e paróquias católicas do Brasil são convidadas a repicar os sinos, às 15h. A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Permanente da CNBB que ratificou a importância da manifestação de sinais de esperança, fé e solidariedade diante das mortes pela covid-19.

Frente aos números alarmantes de mortos em consequência da pandemia, o padre Patriky Samuel Batista disse que o repicar dos sinos vai reforçar a mensagem de que “Toda vida nos toca”.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, divulgou uma carta convite direcionada a todos os bispos do Brasil para esta ação que se caracterizará como um ato de comunhão com todas as famílias impedidas de vivenciar o luto, do esforço dispendido pelos profissionais da saúde e do desejo dos brasileiros quanto à superação da pandemia.

O secretário-executivo de Campanhas da CNBB informa que está marcada, para o dia 19 de abril, uma reunião com os parceiros (Cáritas Brasileira e Conferência dos Religiosos do Brasil) e todos os organismos vinculados à CNBB para traçar as estratégias de mobilização desta segunda fase da ação emergencial. Uma carta com as novas orientações será divulgada após a reunião com os parceiros.

Balanço da primeira fase
Durante a programação da 58ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB), na celebração de abertura, dia 12 de abril, será lançada esta segunda fase. Na apresentação do relatório do presidente, a ser apresentado aos bispos no primeiro dia da Assembleia, será feito um balanço com os resultados da primeira fase.

A Cáritas Brasileira, organização que sistematiza e monitora os dados da campanha, no último balanço de 23 de março, aponta 823 ações registradas em 140 arquidioceses e dioceses brasileiras, com a marca de 5,868.961 mil toneladas de alimentos. Em recursos financeiros, a campanha atingiu R$ 4,523.832,00.

Em sua primeira fase, a campanha produziu e distribuiu para as populações mais vulneráveis cerca de 717 mil alimentos (quentinhas), arrecadou e distribuiu 727.832 mil unidades de roupas e calçados, 411.580 mil kits de higiene e 414.114 mil equipamentos de proteção individual. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram beneficiadas. O mapa com os dados pode ser acessado aqui.

Fonte: CNBB Nacional

Em tempos de crise há diversos caminhos. Podemos escolher o individualismo, um fechamento que é fruto do egoísmo humano. Mas há outro caminho, mais profundo e mais humano: a solidariedade. A compaixão é um sentimento profundamente humano e cristão que faz com que a dor do próximo não passe despercebida.

Com essa motivação a Paróquia Nossa Senhora da Guia da cidade de Araguapaz, na Diocese de Rubiataba-Mozarlândia promoveu uma grande ação solidária emergencial para o atendimento de famílias necessitadas da comunidade. Padre Renato Oliveira, pároco da cidade, explica que a ideia surgiu a partir das conversas com a Secretaria de Assistência Social do Município e com a Sociedade de São Vicente de Paulo.

A partir da inspiração do projeto proposto pela CNBB Nacional, foi organizada uma parceria com as entidades do município e no dia 7 de fevereiro foi lançada a campanha “É tempo de Cuidar” nas Missas Dominicais e na Rádio da cidade.

O pároco destaca a surpresa com a rapidez da resposta da comunidade: “esperávamos atender pelo menos 40 famílias até o mês de março, mas nos primeiros dez dias já conseguimos atingir essa meta”.

Ao todo foram mais de 40 cestas básicas, além de Kits de higiene, limpeza e roupas. A ação contou com a colaboração dos fiéis, comerciantes, Vicentinos, Secretaria de Assistência Social e Rádio Shalon. Mesmo tendo a Igreja Católica como promotora da ação, fiéis de outras denominações religiosas também se uniram para ajudar. Padre Renato lembra ainda que no momento do atendimento às famílias – que ficou sob a responsabilidade dos Vicentinos – não se perguntava qual a religião: todos foram atendidos, independente da profissão de fé.

A Solidariedade é capaz de trazer paz e conforto a quem recebe, mas sobretudo também cobre de bençãos quem se une para fazer o bem aos mais necessitados.

Fonte: Pascom Diocese de Rubiataba-Mozarlândia

 

Pedir a Cristo misericordioso a graça do perdão e do amor operoso pelo próximo: assim, o Papa Francisco recorda a Festa da Divina Misericórdia, que a Igreja celebrará no próximo domingo (11/04).

O Pontífice cita São João Paulo II que, ao institui-la, "nos recorda que a liturgia parece traçar o caminho da misericórdia que, enquanto reconstrói a relação de cada um com Deus, suscita também entre os homens novas relações de fraterna solidariedade".

"Cristo nos recordou que o homem não somente recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas também é chamado a ‘usar misericórdia’ para com os outros: Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia (Mt 5, 7)."

“Dirijamo-nos confiantes a Cristo misericordioso e peçamos a graça do perdão e do amor operoso pelo próximo”, exortou o Santo Padre.

Fonte e foto: Vatican News/Vatican Media

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