Terça, 13 Abril 2021 19:47

2º Dia da 58ª AG da CNBB: Palavra de Deus, Ano Vocacional 2023, Carta ao Papa e Fundo Nacional de Solidariedade

Nesta terça-feira, 13, e segundo dia da 58ª Assembleia Geral da CNBB, que acontece pela primeira vez em modo totalmente virtual, foi aprovada, por unanimidade, a realização do terceiro Ano Vocacional da Igreja no Brasil em 2023. Na ocasião, serão comemorados os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país. A proposta foi apresentada pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, no período da manhã.

Segundo o bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados, Dom João Francisco Salm, o Ano Vocacional de 2023 dará continuidade a um processo iniciado em 1983, quando foi celebrado o primeiro ano vocacional do Brasil. Naquela oportunidade, a iniciativa “favoreceu e ampliou o reconhecimento de que toda a comunidade cristã é responsável pela animação, cultivo e formações das vocações”. O bispo também elencou vários frutos que surgiram como a dinamização dos Serviços de Animação Vocacional e da Pastoral Vocacional e a produção de subsídios.

Em 2003, o segundo Ano vocacional – com o tema “Batismo, fonte de todas as vocações” – “promoveu um novo despertar vocacional, conscientizou para a vocação e missão batismal na comunidade eclesial e na sociedade”, e ainda favoreceu outros frutos para a Igreja.
Mais recentemente, o 4º Congresso Vocacional do Brasil, em 2019, assumiu como compromisso a preparação de um projeto para celebrar os 40 anos do primeiro ano Vocacional do Brasil, surgindo a proposta do terceiro Ano Vocacional em 2023.

Fundo Nacional de Solidariedade
O Fundo Nacional da Solidariedade (FNS) foi um dos assuntos da pauta da 58ª Assembleia Geral da CNBB na manhã desta terça-feira, 13 de abril. O bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, fez uma prestação de contas aos bispos quanto ao montante arrecadado até o momento, fruto da coleta realizada pela Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2021.

Foi esclarecido que o valor ainda sofrerá alterações, pois devido ao cenário pandêmico, algumas dioceses e igrejas membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), adiaram a data da Coleta Nacional da Solidariedade que, tradicionalmente, acontece no Domingo de Ramos.
A administração desses recursos para aplicação em projetos sociais é o desafio a partir de agora, que se torna mais exigente quando a Campanha da Fraternidade é Ecumênica. Dom Joel explicou aos bispos que neste ano para gerir esses recursos foi constituído um Conselho Gestor Especial, composto por três membros da CNBB e três membros do CONIC, que será coordenado por ele. A CNBB vai submeter a esse Conselho uma proposta de três eixos para os projetos sociais amparados pelo FNS: insegurança alimentar, insumos para cuidados sanitários e geração de renda.

“No primeiro eixo devem ser priorizados os projetos que tratem da questão da fome; o segundo, dado que não sabemos quando será o fim da pandemia, para projetos ligados a conseguir insumos sanitários; e por fim, o terceiro para projetos que atuem na linha da geração de renda”, afirmou Dom Joel.

O Fundo Nacional de Solidariedade é formado, anualmente, na Coleta Nacional da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. Quando se trata de uma CFE, as igrejas membro do CONIC também realizam a coleta e participam da gestão dos recursos adquiridos. Dom Joel informou que dialogou com o presidente do CONIC, pastor Inácio Lemke, e já está definido que não haverá nenhum repasse institucional, nem para a CNBB e nem para o CONIC. “O dinheiro dessa coleta é doado pelos pobres e aos pobres será destinado”, afirmou dom Joel.
Após a reunião desse Conselho Gestor dos recursos, será lançado o edital com as normas para inscrição de projetos sociais. As entidades que já tiveram seus projetos beneficiados em edições anteriores precisam estar, rigorosamente, em dia com a prestação de contas para participar da nova seleção.

Carta ao Papa
Os bispos aprovaram, na sessão de manhã, nesta terça-feira, 13 de abril, a mensagem destinada ao papa Francisco. No texto, o episcopado brasileiro renova o seu apreço, carinho e fidelidade ao Santo Padre.

Os bispos também buscam, no documento, de modo geral, deixar o Santo Padre informado sobre as pautas em discussão na 58ª AG CNBB e dos assuntos importantes para o clero e o povo de Deus na Igreja no Brasil, além de expressar sua comunhão com a Igreja do mundo todo.

Partindo do fato de que, dadas as circunstâncias sanitárias atuais, a Assembleia acontece de forma virtual e requer a colaboração de todos, os bispos do Brasil reconhecem igualmente o esforço de Francisco para a manutenção da unidade eclesial, sobretudo mediante a proposição do diálogo constante e fraterno, seja no próprio meio católico, seja com os irmãos de outras denominações religiosas e culturas.

O legado eclesial e social das iniciativas do Pontífice também foi lembrado: a encíclica Fratelli tutti, o ano dedicado a São José e às famílias, a retomada dos ensinamentos da exortação apostólica Amoris laetitia, bem como o Pacto Global pela Educação e a Economia de Francisco.
Os bispos também deram destaques às condições impostas pela pandemia da Covid-19 ao Brasil, que ao mesmo tempo demonstram não somente as fragilidades que o país possui para o seu devido enfrentamento, como também as iniciativas despertadas, no âmbito da Igreja no Brasil, para o socorro e autêntica demonstração de caridade evangélica para com os que sofrem seus efeitos. No documento, os bispos do Brasil agradecem a solidariedade do Papa Francisco para com o povo brasileiro.

A mensagem recorda ainda que o eixo condutor dos trabalhos da Assembleia é a reflexão sobre a Palavra de Deus, em consonância com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023).

LEIA CARTA NA ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI

Primeira Coletiva de Imprensa sobre o tema central da 58ª AG: Palavra de Deus
Na tarde da segunda-feira, 12 de abril, aconteceu a primeira coletiva de imprensa da 58ª Assembleia Geral da CNBB, que teve como mediador o bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal para a Comunicação da entidade, Dom Joaquim Mol Guimarães.
Baseados no tema “o pilar da Palavra de Deus”, os bispos participantes da coletiva foram convidados a se manifestar acerca da importância que a vivência da Palavra deve ter na vida dos cristãos e da própria Igreja. Entre eles estava o bispo da Diocese de Garanhuns (PE), biblista e presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa.

Sobre o documento do tema central, ele disse que parte do texto da parábola do semeador, no capítulo 13 do Evangelho segundo Mateus, que traz a confluência do semeador, que é Cristo, zeloso e operante, a fecundidade e a força generosa da semente, que é a Palavra de Deus, e também o questionamento da qualidade dos vários terrenos, simbolizados pelo coração humano.

Segundo o bispo de Garanhuns, à luz desta parábola, a Igreja é convidada a refletir sobre a animação bíblica da vida e da pastoral, o que não significa fazer atividades de estudos bíblicos somente, mas levar em conta a vida integral da pessoa e das comunidades eclesiais missionárias, como também a própria pastoral e a missionariedade, ou seja, todo esse contexto animado pela força da Palavra de Deus. O convite se estende também à reflexão do processo de Iniciação à Vida Cristã, o processo catecumenal, de inserção em uma comunidade eclesial, que deve ser movido e gerido pela força da Palavra.

De modo muito prático, continuou Dom Paulo Jackson, há muitos desafios à semeadura. Um dos capítulos trata a respeito deles: o acesso à Palavra de Deus, que para algumas pessoas se traduz na incapacidade financeira de adquiri-la; outras, por causa do analfabetismo; outras, por causa de alguma deficiência. Por isso, o grande movimento em torno do uso do sistema de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e do braile. Há ainda a problemática das versões diferentes da Bíblia, havendo divergências de um texto para outro. Outra questão a ser considerada é que muitas tribos indígenas na Amazônia ainda não têm uma Bíblia traduzida na sua língua. “Para muitos, a Bíblia é um livro estranho e difícil. Não se pode esquecer três contextos muito complexos: a extrema pobreza, a violência institucionalizada e a globalização da indiferença. Quem tem vinculação com a Palavra de Deus, não pode estar fechado a essas realidades… para que o mundo seja mais parecido com o que o Deus-Palavra deseja”, concluiu.

Fonte: CNBB Nacional

Acompanhe a 58ª AG da CNBB. CLIQUE AQUI

 

 

AGENDA CNBB

Nenhum evento encontrado

Dioceses

goiania luziania rubiataba uruacu Brasilia Formosa itumbiara anapolis Sao-Luis goias Militar jatai ipameri

Arquidiocese de Goiânia

Diocese de Luziânia

Diocese de Rubiataba

Diocese de Uruaçu

Arquidiocese de Brasília

Diocese de Formosa

Diocese de Itumbiara

Diocese de Anápolis

Diocese de São Luís

Diocese de Goiás

Ordinariado Militar do Brasil

Diocese de Jataí

Diocese de Ipameri

© 2024 CNBB Centro-Oeste - Todos os direitos reservados

Rua 93, nº 139, Setor Sul, CEP 74.083-120 - Goiânia - GO - 62 3223-1854