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Sábado, 03 Abril 2021 21:36

Feliz e abençoada Páscoa!

A Páscoa em 2021 nos torna tão próximos da Paixão de Nosso Senhor. Ele nos atrai ao sofrer a Paixão em obediência ao Pai. Faz-nos companhia em nossas dores e perdas...

Adentremos no mistério de Jesus que se doa por inteiro, conquistando um Reino de irmãos e irmãs. Celebremos a Páscoa! E, recebendo com renovado fulgor a luz do Ressuscitado, dediquemo-nos aos que Ele ama.


Dom Waldemar Passini Dalbello
Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB (GO e DF)

A Mãe de todas as vigílias: o círio pascal iluminou a Basílica de São Pedro, na cerimônia presidida pelo Papa Francisco no início da noite.

Devido à pandemia, nesta vigília pascal não foram administrados batismos, mas foi feita a renovação das promessas batismais e as leituras também foram reduzidas.

Na homilia, o Papa se concentrou sobre um versículo do Evangelho proposto pela liturgia: “Ele precede-vos a caminho da Galileia; lá O vereis” (16, 7). Para Francisco, aqui se encontra o convite da Páscoa: "ir para a Galileia".

Recomeçar
Ir para a Galileia, explicou o Pontífice significa, antes de mais nada, recomeçar.

“Aqui está o primeiro anúncio de Páscoa que gostaria de deixar: é possível recomeçar sempre, porque há uma vida nova que Deus é capaz, independentemente de todos os nossos falimentos, de fazer reiniciar em nós.”

Deus pode construir uma obra de arte até a partir dos escombros do nosso coração; a partir mesmo dos pedaços arruinados da nossa humanidade, Deus prepara uma nova história.

Ele sempre nos precede, afirmou ainda o Papa. E nestes meses sombrios de pandemia, “ouçamos o Senhor ressuscitado que nos convida a recomeçar, a nunca perder a esperança”.

Novos caminhos
Ir para a Galileia significa também percorrer caminhos novos, “é mover-se na direção oposta ao túmulo”.

Muitos vivem a «fé das recordações», como se Jesus fosse um personagem do passado, constatou o Papa. Ao contrário, ir para a Galileia significa aprender que a fé, para estar viva, deve continuar a caminhar. Temos medo das surpresas de Deus, acrescentou o Pontífice, mas hoje o Senhor nos convida a deixar-nos surpreender.

“Jesus não é um personagem ultrapassado. Ele está vivo, aqui e agora.” Caminha conosco todos os dias, na situação que estamos vivendo, nos sonhos que trazemos dentro de nós.

Confins geográficos e existenciais
Ir para a Galileia significa, além disso, ir aos confins. Porque a Galileia é o lugar mais distante, explicou ainda Francisco, onde Jesus começou a sua missão, dirigindo o anúncio aos excluídos.

“E hoje também é lá que o Ressuscitado pede aos seus para irem. É o lugar da vida diária, são os caminhos que percorremos todos os dias, são os recantos das nossas cidades onde o Senhor nos precede e Se torna presente.

O convite final do Papa é que redescubramos a graça da quotidianidade, reconhecer Jesus nas nossas «galileias», na vida de todos os dias. Com Ele, a vida mudará. Com Ele, a vida recomeça. Porque, para além de todas as derrotas, do mal e da violência, para além de todo sofrimento e para além da morte, o Ressuscitado vive e guia a história.

“Irmã, irmão, se nesta noite tem no coração uma hora escura, um dia que ainda não raiou, uma luz sepultada, um sonho despedaçado, abra o coração maravilhado ao anúncio da Páscoa: «Não tenha medo, ressuscitou! E o espera na Galileia».”

Fonte: Vatican News

Nos dias 12 a 14 de março, aconteceu de forma virtual a 4ª edição do "Saberes e Sabores da Pastoral da Criança", que é um encontro virtual com o objetivo de animar as lideranças da pastoral, em tempo de pandemia. “A ideia surgiu no intuito de conectar os conhecimentos (saberes), e as experiências (sabores), isto é, as boas práticas que já acontecem nos diversos cantos do Brasil”, explicou irmã Ana Soares, coordenadora da Pastoral da Criança no estado de Goiás.

O encontro nacional teve a participação de líderes e coordenadores de todo o Brasil. Além disso, o momento foi marcado por inúmeras experiências de vida e de partilha dos participantes.

Irmã Vera Pastorinha, coordenadora da Pastoral da Criança da Diocese de Formosa (GO) disse que “quando você não pode fazer mais nada porque se sente pequeno, Deus pode fazer por você.” Ela citou a frase da irmã Veneranda Alencar, coordenadora nacional da Pastoral da Criança, para destacar como tem sido os trabalhos neste tempo de pandemia.

Durante o encontro, houve um momento de partilha da carta de Amor, de Rubem Alves. “Foi muito edificante e preciosa porque nós ajudamos abrir horizontes do que vivemos no passado e nos abriu a esperança de que somos todos comprometidos uns com os outros na partilha e na solidariedade através de mensagens e orações. Foi um grande aprendizado e incentivo para nos comunicar mais através dos meios que temos porque assim nos tornamos mais próximos dos que estão longe e manifestamos nossa solidariedade através de mensagens positivas que nos fazem bem ao coração”, afirmou irmã Ana Soares.

A celebração de encerramento, no dia 14, foi um momento de comprometimento e oração, que possibilitou ao grupo estar em unidade com o outro que sofre. “Sentimo-nos como uma grande família que se encanta com a beleza da vida que defendemos para que todos tenham vida em abundância com a iluminação das mulheres da Bíblia. Deixo aqui o meu muito obrigada pela oportunidade de partilhar de tão grande riqueza”, disse ainda a coordenadora estadual.

Para Jennifer Lopes, de Goiânia, a 4ª edição do Saberes e Sabores foi muito gratificante. “Primeiro por nos tirar um pouco da saudade de tantas pessoas e por nos possibilitar conhecer outras de vários estados e, também, por aprendermos sempre com os temas trazidos nos encontros. Foram em média 130 pessoas em três dias. Em cada edição me surpreende, por isso é importante participar”, disse.

A irmã Alda, da Congregação Filhas do Amor Divino-FDC e coordenadora diocesana de Ipameri (GO) também avaliou de modo positivo o evento. “Saberes e Sabores é uma feliz ideia de quem a criou e desenvolveu na modalidade de encontros formativos. É uma inspiração divina. Todos os encontros que participei ou assisti, foram ótimos, cheios de conteúdo. Nesta 4ª edição, com o enfoque "Fraternidade e Diálogo", senti que estamos superando as situações difíceis, sem perder a esperança e a fé. O entusiasmo da irmã Veneranda reascendeu essas chamas. Estar a serviço da vida e da esperança, é missão nobre, divina da Pastoral da Criança. A linda celebração, com as mensagens bíblicas, veio reforçar a presença importante das mulheres na Pastoral da Criança. Que o Senhor nos ajude a construir o diálogo e a amizade social, ‘Somos todos irmãos’ e assim cultivemos a paz e promovamos a dignidade humana”, declarou.

A 4ª edição do "Saberes e Sabores da Pastoral da Criança" foi um momento de entusiasmo e motivação para todos que participaram, segundo irmã Ana Soares. “Podemos fazer muitas coisas com o pouco que temos na rua, entre vizinhos, porque juntos nós somos sempre mais. A Dr. Zilda Arns Neumann em uma de suas palestras nos falava com todo o entusiasmo que tinha e que passou para nós ‘líderes, como é maravilhoso o seu trabalho, tão humilde, tão simples e que, por ser feito com tanto amor e dedicação, faz verdadeiros ‘milagres’, em busca de vida plena para todos”, ressaltou a coordenadora estadual.

 

A resolução nº 90, de 2 de março de 2021, apresentada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e aprovada no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) produziu o seu primeiro efeito concreto evitando o despejo de cerca de 200 famílias de agricultores familiares das fazendas “Crixá” e “Cangalha” em Formosa (GO) em razão do contexto da pandemia.

A proposta aprovada no Observatório dos Direitos Humanos ao Poder Judiciário (ODH), na 325ª Sessão Ordinária do CNJ, dia 23 de fevereiro, recomenda que o judiciário, enquanto persistir a pandemia, avalie com cautela e evite autorizar ações de despejo coletivo de imóveis urbanos e rurais quando envolver famílias em situação de vulnerabilidade social e econômica.

Entenda o caso
No último dia 12 de fevereiro, as cerca de 200 famílias receberam uma Liminar de Reintegração de Posse do Tribunal de Justiça/GO. As fazendas foram cedidas às famílias, em 2015, por meio de um termo comodato feito entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o então proprietário da fazenda Vale Verde – com quase 10 mil hectares.

Há 6 anos, o Incra abriu edital para selecionar imóveis cujos proprietários estivessem dispostos a vendê-los para fins de assentamento de parte de 3.500 famílias de sem terra que ocuparam, dia 31 de agosto de 2014, o Complexo Santa Mônica, localizado em Corumbá (GO). O Incra encaminhou as 200 famílias para o local em dezembro de 2015. Após a morte do proprietário, os herdeiros requisitaram o imóvel de volta junto à Justiça.

Produção de alimento saudáveis
“Logo que chegamos, construímos nossas casas e começamos a produzir, porque nosso objetivo sempre foi construir um acampamento que virasse assentamento para trabalharmos com a produção de alimentos saudáveis, sem veneno”, explica Maria Moreira, uma das moradoras do acampamento.

“Temos uma produção grande, e conseguimos fazer um bom trabalho”, ressalta Moreira. O acampamento, apesar das dificuldades, cumpre um importante papel no abastecimento da cidade de Formosa, que possui mais de 120 mil habitantes. “Temos um ponto de comercialização na feira de Formosa, na feira do produtor em Planaltina de Goiás, temos grupos de consumidores que compram cestas de alimentos saudáveis nossas”, destaca ainda a dirigente e acampada.

Ação da diocese de Formosa e do MPGO
Com base na resolução do CNJ, o bispo da diocese de Formosa (GO), dom Adair José Guimarães, solicitou, dia 11 de março, ao juiz da 1ª vara Cível, da Infância e da Juventude – Comarca de Formosa-GO, Lucas Siqueira, a suspensão do cumprimento de reintegração de posse.

O Ministério Público de Goiás também enviou ao juiz de Formosa um pedido de suspensão do cumprimento da decisão liminar de reintegração de posse por envolver pessoas em estado de vulnerabilidade social e econômica.

Em documento publicado dia 25 de março, o juiz da 1ª vara Cível, da Infância e da Juventude – Comarca de Formosa-GO, Lucas Siqueira, aponta a necessidade de se verificar se a reintegração de posse pode ser cumprida respeitando as diretrizes estabelecidas na Resolução n. 10/2018, do Conselho Nacional Justiça e suspendeu os efeitos de sua decisão anterior.

De acordo com o Observatório Nacional de Despejos/Campanha Despejo Zero durante a pandemia ocorreram 79 casos de despejos coletivos urbanos ou rurais. As decisões resultaram no desabrigo de 9.156 famílias. Segundo o levantamento, estão ameaçadas de despejo, atualmente, quase 65 mil famílias em todos os estados brasileiros.

Fonte: CNBB Nacional

Segunda, 29 Março 2021 18:02

Brasil que chora

Prestes a assumir a liderança mundial no número de decaídos por causa da COVID-19, surge inevitavelmente a pergunta de se o vírus tem sido mais agressivo conosco ou se outros ingredientes se juntam a esta pandemia para nos castigar ainda mais?

Ao colocar essa questão se abre um leque de temas e reflexões que calam profundamente na alma de todos enquanto nação que sofre, e, desnorteada de qualquer horizonte, padece mais que os outros para encontrar um caminho.

Muitas estatísticas se distorcem de nossa situação real no mundo.

A partir de nossa posição econômica, muito embora a soma do produto bruto não sinalize diretamente para o quesito riqueza dos povos, poderíamos estar em uma situação intermediária entre as nações. Entretanto, ao tomarmos o quesito violência, por exemplo, saltamos imediatamente para os pontos mais distantes de nossa pobreza e de nossa riqueza. Igualmente se tomarmos o quesito corrupção, assumimos também um lugar de destaque nesta representação. O caminho é inverso quando tomamos os quesitos positivos, como educação e saúde; aí despencamos para patamares de países muito menos abastados que o nosso.

Esta incongruência também diz respeito às formas exemplares de vida e de admiração. Ao aproximar-se dos EUA, nos últimos anos, o Brasil balizou-se pelo que há de pior naquela nação, a sua indiferença para com o outro, o bairrismo estrutural, a divisão de classe e o capitalismo primitivo. Bem que poderia ser por outro viés. Há naquela nação, tanto quanto em outros povos, princípios que poderiam ser melhor aproveitados, numa lista bastante extensa. O horror pela corrupção, o apego ao trabalho duro e pelo serviço, o amor pela liberdade, o desejo de ser relevante e cooperador maior que o desejo de herança. Prova do momento inoportuno de aproximação com as ideias americanas é que os próprios americanos já mudaram de rumo.

Neste meio tempo, vítimas da sina da escolha errada, o Brasil embocou por caminhos estranhos que o afastaram da ciência e das práticas de organização e gestão.

Uma aposta às cegas em soluções milagrosas e de tateio político, coloca-nos, agora, como um perigo para nós mesmos e para a humanidade, enquanto disseminadores incontroláveis de dois inimigos, o coronavírus, que nos infecta, adoece e mata, destruindo vidas, famílias e sonhos; e o vírus da predestinação às escolhas equivocadas, que sempre rolou a pedra ladeira acima, quando o normal é rolá-la ladeira abaixo.

Esses dois fatores somados produzem um abismo reflexivo que puxa para si tudo que ainda há de bom e amável nos seus contornos, momento no qual os descrentes da democracia e da vida cavam ainda mais fundo para tentar impor visões conturbadas e distorcidas da realidade, mas que podem lhes permitir a continuação no poder, embora seja um poder para seu único e exclusivo benefício, que mais tarde também se estende, mas somente para os seus, e aí termina.

Assim sendo, assistimos com enorme perplexidade um Brasil que chora por suas dores, por seus trezentos mil mortos; que sofre principalmente ao se perguntar como seria se tivesse feito as coisas de maneira ordinária, com eficiência e diálogo?

 

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo Diocesano de São Luís de Montes Belos-GO

A Comissão Regional de Presbíteros (CRP) se reuniu virtualmente, no dia 23 de março. O encontro teve assessoria do padre Iuri, secretário da Comissão Nacional de Presbíteros (CNP) que tratou do tema “O que é Pastoral Presbiteral? Como estruturar?”. Ele trouxe várias orientações sobre o trabalho da Pastoral Presbiteral, destacando que esse é um espaço de comunhão entre os padres e dos padres com os bispos. O assessor também afirmou que essa pastoral tem como missão o cuidado-acompanhamento pessoal, comunitário, integral e orgânico, assumido por cada presbítero e favorecido pela Igreja particular. Ele pontuou ainda que é necessário criar uma cultura de formação permanente para ajudar no processo de amadurecimento e identificação com Cristo, contribuindo para a realização pessoal e como presbítero, bem como aumentar a fraternidade Presbiteral. “O irmão não se escolhe, se acolhe!”. O material utilizado foi disponibilizado para cada coordenador da Pastoral Presbiteral Diocesana.

Durante a reunião, o grupo também discutiu sobre o 39º Encontro Regional de Presbíteros, que deverá acontecer nos dias 23 a 26 de agosto, na Diocese de Jataí e terá como tema “O cuidado do presbítero em tempo de pandemia”. “O evento pretende abordar aspectos da assistência espiritual em tempos difíceis, como exemplo o padre na linha de frente no cuidado com o povo de Deus; se possível teremos os dois formatos, presencial e transmitido”, afirmou padre André Luís do Vale, coordenador regional da CRP.

A situação do clero na pandemia também foi outro ponto de reflexão da reunião, já que o Regional Centro-Oeste é o segundo com o maior número de padres infectados pelo novo coronavírus, atrás somente do Regional Sul 1 (estado de São Paulo). Sobre o assunto, foi pedido que os padres compartilhassem as possíveis causas do alto número de infecção em nosso regional e foram elencadas as seguintes causas: estamos no combate em linha de frente; mais pessoas tem procurado atendimentos, seja de confissões e direção espiritual; as pessoas se encontram mais fragilizadas e por isso recorrem ao sacerdote; vários sacerdotes que visitam hospitais, UTIs, atendendo e ungindo pessoas com o vírus; alguns têm feito trabalho não somente com pessoas infectadas, mas também com os profissionais da saúde; muitos deles estão esgotados, cansados, sobrecarregados; com raras exceções de descuido. “A maior causa constatada em nosso regional foi o enfrentamento e o cuidado com os enfermos, o zelo pastoral e as visitas aos hospitais”, destacou padre André Luís.

A CRP aproveitou ainda a reunião para montar uma comissão para desenvolver o Diretório da Pastoral Presbiteral para o Regional Centro-Oeste. O documento terá como objetivo oferecer pistas de ações para a Pastoral Presbiteral no regional e também nas dioceses. Ao fim do encontro o coordenador regional da CRP, padre André Luís fez agradecimentos. “Desejamos que os Presbíteros do nosso regional vivam a experiência da partilha, da fraternidade e da comunhão. Agradecemos a presença de todos os padres coordenadores das dioceses do regional, e do Dom José Aparecido, bispo referencial dos presbíteros do Regional Centro-Oeste”.

 

 

Uma missa no Santuário Basílica Sagrada Família, em Goiânia, na noite do dia 19 de março, Solenidade de São José, deu início ao Ano da Família Amoris Laetitia, convocado pelo papa Francisco. A celebração foi presidida pelo reitor do Santuário, padre Rodrigo de Castro, que também é o coordenador do Setor Vida e Família da Arquidiocese. A celebração foi transmitida pelas redes sociais do Santuário e compartilhada pelas redes do Regional.

Em sua homilia, padre Rodrigo disse que este é um tempo de alegria e amor na família para aqueles que colocam na família a sua esperança. “A família, o casamento, os filhos, são os alvos de maior ataque do mal nos tempos de hoje? Temos a resposta e ela vem do céu e se chama José. O príncipe da Igreja, o Patrono universal”, afirmou. O sacerdote também lembrou as angústias que todos nós vivemos neste tempo de pandemia e destacou que neste dia histórico da abertura do Ano Amoris Laetitia, a sétima dor foi a sétima alegria de José. “Em meio à dor e angústia da família sagrada de Nazaré, veio a resposta do céu. Maria e José levaram o menino Jesus para casa. Um ditado antigo na nossa Igreja: qual é a causa da nossa alegria? A Imaculada Conceição da Virgem Maria”. E nesta noite, conforme o padre, a causa da alegria da Igreja é São José. Ele também afirmou que a causa da nossa alegria está na família que tem as respostas que o mundo precisa: amor e alegria.

Ao fim da celebração, o casal coordenador da Pastoral Familiar na Arquidiocese de Goiânia, Antônio Roberto Gomes e Francisca Aparecida de Barcelos Gomes, agradeceram a Deus pelo início deste ano de graça. “Agradecemos a Deus por este Ano da Família. Agradecemos também ao nosso assessor Eclesiástico da Pastoral Familiar da Arquidiocese de Goiânia, padre Rodrigo, que conduziu com tão iluminada homilia, mostrando para todos nós que temos que continuar evangelizando as famílias, pois temos três degraus para alcançarmos o céu: Jesus, Maria e José". Ele também fez agradecimentos a todos que colaboraram para que a celebração de abertura acontecesse, inclusive ao casal representante do Regional Centro-Oeste, Salete e Jaime.

Ano da Família Amoris Laetitia

O Ano de graça convocado pelo papa Francisco acontece justamente no aniversário de cinco anos da publicação da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. O documento trata da beleza e alegria do amor familiar. A ano proposto começou no dia 19 de março e será concluído em 26 de junho de 2022, por ocasião do X Encontro Mundial das Famílias, que deverá acontecer em Roma, com a participação do Santo Padre.

O objetivo do Ano da Família Amoris Laetitia é que ele potencialize a Igreja doméstica que já vem sendo nutrida desde o início da pandemia. Com o ano de graça, haverá iniciativas espirituais, pastorais e culturais planejadas e o papa pretende dirigir-se a todas as comunidades eclesiais do mundo com o intuito de exortar cada pessoa a ser testemunha do amor familiar.

De acordo com o site Vatican News, serão divulgados nas paróquias, dioceses, universidades, no contexto dos movimentos eclesiais e das associações familiares, instrumentos de espiritualidade familiar, de formação e ação pastoral sobre a preparação para o matrimônio, a educação ao afeto dos jovens, sobre a santidade dos cônjuges e das famílias que vivem a graça do sacramento na vida cotidiana. Além disso, serão organizados simpósios acadêmicos internacionais para aprofundar os conteúdos e as implicações da exortação apostólica em relação aos temas de grande atualidade que interessarão as famílias em todo o mundo.

O Dicastério para os Leigos, Família e Vida preparou um folheto informativo para ser compartilhado com as dioceses, as paróquias e as famílias. Baixe o arquivo aqui www.amorislaetitia.va

Foi criado também um site em cinco idiomas, inclusive o português, cujo objetivo é difundir a mensagem cristã sobre a família à luz dos desafios do nosso tempo, bem como aprofundar a exortação apostólica e o magistério do papa Francisco. O site é rico em gráficos e conteúdos, é de fácil consulta e será atualizado com as propostas e iniciativas realizadas gradativamente ao longo do ano. Acesse em www.laityfamilylife.va

Ano da Família no Brasil

Ao longo desse Ano serão aprofundadas discussões sobre a exortação apostólica e como colocá-las em prática nas paróquias e dioceses, além de interagir com as comissões de Educação, Catequese, Juventude, Laicato e Missionária da CNBB, e as pastorais da Pessoa Idosa e da Criança em vista de um trabalho sinodal. Para maio, está prevista a realização de um seminário sobre os 40 anos da exortação apostólica Familiaris Consortio e 5 anos da Amoris Laetitia – questões pastorais, eclesiológicas e morais.

 

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança nesta terça-feira, 23 de março, os editais da Campanha da Fraternidade (CF) 2022: um para a escolha da identidade visual e o outro para a letra do hino. Posteriormente, em data ainda não definida, será lançado um edital para a música, por decisão do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) da entidade.

A cada ano, os bispos do Consep, acolhendo as sugestões vindas dos regionais da CNBB, das organizações eclesiais, escolhem um tema e um lema para chamar a atenção sobre alguma situação que, na sociedade, precisa de cuidados para o bem de todos. Para o ano de 2022, foi escolhido o tema “FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO”, e o lema: “FALA COM SABEDORIA, ENSINA COM AMOR” (Cf Pr 31,26).

A proposta da CF 2022, é promover um diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário. Além disso, buscará refletir sobre o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a Casa Comum.

Concurso para a identidade visual
O edital para a escolha da identidade visual (cartaz) da CF 2022 pretende oferecer elementos teóricos que ajudem na elaboração da arte além de estimular a criatividade dos artistas. O número de participantes é ilimitado. E cada candidato(a) poderá apresentar uma proposta de criação tanto individual como coletiva.

O Cartaz deverá conter, além da arte, os dizeres do tema e lema, dando ênfase à passagem bíblica. Sua elaboração também deve primar pela técnica e criatividade, mas acima de tudo pela inspiração e meditação que o lema e o tema podem trazer. Além disso, o candidato ao concurso deverá pensar uma arte viável para ser aplicada além do Cartaz, como por exemplo: adesivo, camiseta, bonés, mochilas.

O Cartaz deverá ser enviado à CNBB até o dia 17 de maio de 2021. O Conselho Episcopal Pastoral (Consep) procederá à escolha do Cartaz, tendo liberdade para sugerir as modificações que achar necessárias para o bem pastoral da mensagem da Campanha da Fraternidade.

Confira (AQUI) o edital, na íntegra, para a identidade visual.

Concurso para a letra do hino
O edital para a letra do hino da CF 2022 traz algumas características que devem ser observadas pelos compositores. Com relação à letra, o candidato deverá traduzir em linguagem poética os conteúdos do tema, lema e objetivos evitando explicitações desnecessárias, moralismos ou chavões. Além disso, deve buscar inspiração na Sagrada Escritura e no Magistério da Igreja.

A força do texto deverá reavivar a esperança, a criatividade, o compromisso cristão. Deverá trazer uma mensagem que ajudará o povo de Deus a pôr-se em marcha. Também deverá ter em todas as estrofes o mesmo número de sílabas e de acentos, ou seja, uma métrica regular e fluente. Além disso, a letra tem que ter alguma forma de rima, embora possam ser usados versos livres. Contudo, a rima, quando bem utilizada, deve facilitar a execução e a memorização do canto.

Em relação aos critérios para a análise da qualidade literária do texto serão observados, em especial, o emprego da função da linguagem mais adequada ao momento litúrgico: evocativa, exortativa, invocativa, narrativo-descritiva, experiencial, penitencial, informativa, laudativa, votiva, reflexivo-meditativa, entre outras características que podem ser encontradas no edital.

As composições deverão ser enviadas à CNBB até o dia 26 de abril de 2021, VIA SEDEX, trazendo apenas o pseudônimo (nome de fantasia) do(a) autor(a), no remetente. Dentro da correspondência, num envelope fechado, estejam o nome verdadeiro do(a) compositor(a), junto com o termo de Cessão de Direitos Autorais (Cf. ANEXO I).

Confira (AQUI) o edital, na íntegra, para a letra do hino.

A Campanha da Fraternidade (CF)
Em 1964, em pleno desenvolvimento do Concílio Vaticano II, realizou-se a primeira Campanha da Fraternidade, em âmbito nacional, sob os cuidados da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Expressão de comunhão, conversão e partilha, a Campanha da Fraternidade tem como objetivos permanentes:

Despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum;
Educar para a vida em fraternidade;
Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade justa e solidária.

 

Fonte: CNBB Nacional

 

Mais de 2 bilhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável, mais de 4 bilhões não têm saneamento. Hoje, como o Papa recordou depois do Angelus deste domingo, "é o Dia Mundial da Água, que nos convida a refletir sobre o valor deste maravilhoso e insubstituível dom de Deus".

"Para nós crentes, a 'irmã água' não é uma mercadoria: é um símbolo universal e uma fonte de vida e saúde. Demasiados irmãos e irmãs têm acesso a pouca água e talvez água poluída! A água potável e o saneamento devem ser garantidos para todos. Agradeço e encorajo todos aqueles que, com diferentes habilidades profissionais e responsabilidades, trabalham em prol deste objetivo muito importante. Penso, por exemplo, na Universidade da Água, na minha pátria, naqueles que trabalham para levá-la adiante e para fazer as pessoas entenderem a importância da água. Muito obrigado a vocês, argentinos que trabalham nesta Universidade da Água": foi o que disse o Papa Francisco, depois do Angelus, recordando que hoje, segunda-feira, é o Dia Mundial da Água.

Mais de 2 bilhões de pessoas sem acesso à água potável
O grito por água é um grito que se propaga através da imprensa, da mídia, corre na web, invade redes sociais, ilumina de azul monumentos, na ausência de iniciativas e eventos públicos, proibidos por causa da pandemia da Covid-19. E é um grito que todos, governos em primeiro lugar, têm o dever de ouvir, como nunca se cansa de repetir o Santo Padre. A água, no centro do Dia Mundial, estabelecido pelas Nações Unidas em 1992, este ano intitulado "Valuing Water", ainda está faltando em muitas, demasiadas áreas do mundo penalizando os mais pobres. Na verdade, há mais de 2,2 bilhões de pessoas que não têm acesso à água potável e 4,2 bilhões que não têm saneamento seguro. Além disso, enquanto o uso da água aumentou seis vezes no século passado e agora cresce a uma taxa de cerca de 1% ao ano, estima-se que a mudança climática e a crescente frequência de eventos extremos, tais como tempestades, enchentes e secas, piorem a situação em países que já sofrem de "estresse hídrico".

A iniciativa do Dicastério do Vaticano
Para marcar este aniversário, o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral organizou uma série de diálogos públicos de 22 a 26 de março: cinco webinars com um propósito informativo e animados pelo desejo de promover a colaboração interdisciplinar. Palestrantes de congregações religiosas, várias estruturas da Igreja e organizações internacionais ou regionais compartilharão suas reflexões e testemunhos sobre os temas de "Aqua fons vitae", documento publicado no ano passado pelo próprio Dicastério, que tem suas raízes nos ensinamentos sociais dos Papas e se baseia no trabalho de missionários e membros da Igreja em contextos difíceis, bem como em relatórios técnicos das Nações Unidas, da Ocse e da sociedade civil.

Diálogo e ação
Em particular, "Acqua fons vitae" descreve três aspectos da água que servirão como ponto de partida para os webinars desta semana: primeiro, a água como um recurso para uso pessoal, um direito que inclui o saneamento básico; depois a água como um recurso utilizado em muitas atividades humanas, especialmente na agricultura e na indústria; e finalmente a água como superfície, ou seja, rios, águas subterrâneas, lagos, e especialmente mares e oceanos. A parte introdutória do documento também apela ao reconhecimento dos múltiplos valores da água: o religioso, sociocultural e estético, o valor institucional e de paz e, finalmente, um valor econômico. "O que é necessário é uma determinação, uma vontade por parte dos Estados para alcançar este objetivo o mais rápido possível, para garantir que o acesso à água e ao saneamento, em seguida, permita o acesso a outros direitos", diz Tebaldo Vinciguerra, responsável pelas questões de água no Dicastério, ao Vaticano News, reiterando como o caminho do diálogo e da colaboração entre a Igreja e as instituições é fundamental não apenas para aumentar a conscientização sobre o assunto, mas para realizar projetos e obras em benefício da população.

R. - A água, um bem primário, não pertence a todos, é verdade! Portanto, é importante aproveitar este dia que as Nações Unidas decidiram celebrar este ano usando o slogan "O valor da água". E eu lhes asseguro que aqueles que não têm água para cozinhar, para a higiene pessoal, mas também para serem tratados adequadamente no hospital, entendem muito bem o valor da água. Mais de 2 bilhões de pessoas hoje têm algum tipo de problema com o acesso regular, a quantidade e qualidade adequadas de água potável, e mais ou menos 4 bilhões de pessoas têm um problema com saneamento, de acordo com os números das Nações Unidas; mais de 600 milhões de pessoas defecam ao ar livre. Temos uma visão talvez muito agradável, excessivamente idílica do trabalho realizado por religiosas, missionários, centros de saúde, escolas católicas em áreas particularmente pobres e desfavorecidas. Essas pessoas fazem um trabalho excepcional, devem ser admiradas e ajudadas, mas não subestimemos o fato de que mesmo ali, onde a Igreja está na linha de frente, há sérios problemas relacionados com água, higiene, serviços, dos quais ninguém fala. Aproveitemos, portanto, este dia para destacar um elemento que é muito ignorado, pelo menos por parte da humanidade, porque o acesso à água, este bem comum que é tão precioso, não deve ser dado como certo, não deve ser dado como garantido.

Fonte e foto: Vatican News/Vatican Media

Os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Igreja em Goiás e Distrito Federal) divulgaram mensagem ao povo de Deus diante do agravamento da pandemia do coronavírus no Brasil. O documento destaca a esperança da Igreja, sobretudo com a aproximação da celebração da Páscoa do Senhor, a mais importante festa do cristianismo católico. Eles também se solidarizam com todos aqueles que sofrem as mais diversas consequências da pandemia, de modo especial com as famílias das vítimas e os profissionais de saúde que têm trabalhado incansavelmente pela cura dos acometidos pelo vírus.

Leia Mensagem na íntegra, abaixo.

 

 

Mensagem ao Povo de Deus do Regional Centro-Oeste da CNBB
Diante do agravamento da crise devida à COVID 19

O triunfo do cristão é sempre uma cruz, mas cruz que é, simultaneamente,
estandarte de vitória, que se empunha com ternura batalhadora contra as
investidas do mal. (Evangelii Gaudium n. 85)

Nós, os bispos do Regional Centro-Oeste, firmes na esperança que vem da celebração da Páscoa do Senhor, queremos reafirmar neste momento difícil da história a nossa proximidade com todos vocês, nossos irmãos e irmãs, principalmente aos mais pobres, aos doentes, aos idosos e às crianças. Cheios de gratidão, abençoamos os profissionais de saúde e todos os demais, dedicados a aliviar o sofrimento de tantas pessoas e famílias.

Somos testemunhas das dores que nos têm assolado a todos nestes dias difíceis. Este vírus que ataca, faz adoecer e mata nos desafia nos aspectos mais elementares de nossas vidas, dificultando, por vezes, nossa expressão comunitária de fé, nossas atividades quotidianas, com graves consequências econômicas e sociais.

Em momentos como este, nós, os bispos do Regional Centro-Oeste, unidos aos presbíteros e religiosos(as), desejamos, assegurar-lhes nossa oração e reafirmar o compromisso de amor para com todos vocês. Chegue a nossa palavra de alento e de solidariedade a cada família, casa e comunidade, para que, ancorados no Senhor, que diz: eis que estou convosco todos os dias (Mt 28,20), sigamos sempre firmes na esperança que não decepciona, mas que cada vez mais reforça a nossa predisposição para a solidariedade e a fraternidade.

Deste modo, irmãos muito amados, imploramos por intercessão de nossa beatíssima Mãe, Maria santíssima, e de São José, que desça sobre vocês a benção e a proteção de Deus!

Goiânia, 18 de março de 2021.

Dom Waldemar Passini Dalbello
Bispo de Luziânia

Dom Washington Cruz
Arcebispo de Goiânia

Dom Levi Bonatto
Auxiliar de Goiânia

Dom João Wilk, OFM Conv
Bispo de Anápolis

Dom Dilmo Franco de Campos
Auxiliar de Anápolis

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos

Dom Antônio Fernando Brochini, CSS
Bispo de Itumbiara

Dom Nélio Domingos Zortea
Bispo de Jataí

Dom José Francisco Rodrigues do Rêgo
Bispo de Ipameri

Dom Adair José Guimarães
Bispo de Formosa

Dom Francisco Agamenilton Damascena
Bispo de Rubiataba-Mozarlândia

Dom Giovani Carlos Caldas Barroca
Bispo de Uruaçu

Dom Jeová Elias Ferreira
Bispo de Goiás

Dom Paulo Cezar Costa
Arcebispo de Brasília

Dom Marcony Vinícius Ferreira
Auxiliar de Brasília

Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida
Auxiliar de Brasília

Dom Fernando José Monteiro Guimarães
Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil

Dom José Francisco Falcão de Barros
Auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil

Dom Carmelo Scampa
Emérito de São Luís de Montes Belos

Dom Eugênio Adrian Lambert Rixen
Emérito de Goiás

Dom Aloísio Hilário de Pinho
Emérito de Jataí 

 

 

 

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