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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou dois editais para a Campanha da Fraternidade (CF) 2022. Um contém as regras para a escolha da identidade visual e o outro para a letra do hino da campanha. No próximo ano, a CF terá como tema “Fraternidade e Educação” e o lema: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Cf Pr 31,26).

O objetivo da CF 2022 é promover um diálogo sobre a realidade educativa no Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário. Além disso, buscar conhecer o contexto da educação e seus desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição cristã em vista de uma educação humanizadora; e refletir sobre o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo com a colaboração das instituições de ensino.

A CF 2022 vai ainda incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral junto às escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.

Concurso para a letra do hino
O edital para a letra do hino da CF 2022 traz algumas características que devem ser observadas pelos compositores. Com relação à letra, o candidato deverá traduzir em linguagem poética os conteúdos do tema, lema e objetivos evitando explicitações desnecessárias, moralismos ou chavões. Além disso, deve buscar inspiração na Sagrada Escritura e no Magistério da Igreja.

A força do texto deverá reavivar a esperança, a criatividade, o compromisso cristão. Deverá trazer uma mensagem que ajudará o povo de Deus a pôr-se em marcha. Também deverá ter em todas as estrofes o mesmo número de sílabas e de acentos, ou seja, uma métrica regular e fluente. Além disso, a letra tem que ter alguma forma de rima, embora possam ser usados versos livres. Contudo, a rima, quando bem utilizada, deve facilitar a execução e a memorização do canto.

Em relação aos critérios para a análise da qualidade literária do texto serão observados, em especial, o emprego da função da linguagem mais adequada ao momento litúrgico: evocativa, exortativa, invocativa, narrativo-descritiva, experiencial, penitencial, informativa, laudativa, votiva, reflexivo-meditativa, entre outras características que podem ser encontradas no edital.

As composições deverão ser enviadas à CNBB até o dia 26 de abril de 2021, VIA SEDEX, trazendo apenas o pseudônimo (nome de fantasia) do(a) autor(a), no remetente. Dentro da correspondência, num envelope fechado, estejam o nome verdadeiro do(a) compositor(a), junto com o termo de Cessão de Direitos Autorais (Cf. ANEXO I).

Confira aqui o edital completo para a letra do hino.

O edital para a música será lançado em breve, após definição do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) da CNBB.

Saiba mais sobre a Campanha da Fraternidade
Em 1964, em pleno desenvolvimento do Concílio Vaticano II, realizou-se a primeira Campanha da Fraternidade, em âmbito nacional, sob os cuidados da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Expressão de comunhão, conversão e partilha, a Campanha da Fraternidade tem como objetivos permanentes:

Despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum;
Educar para a vida em fraternidade;
Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade justa e solidária.

Fonte: CNBB Nacional

Na sexta-feira, 16 de abril, já no final do dia, após a conclusão dos trabalhos da 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB), o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado falou sobre os aprendizados e legados da realização desta assembleia que foi realizada, pela primeira vez na história, no formato totalmente on-line em razão da pandemia do Coronavírus. O evento reuniu cerca de 400 pessoas, entre prelados, convidados e colaboradores, de 12 a 16 de abril, no debate e aprovação do tema central e de cerca de outros 30 temas sobre a ação evangelizadora da Igreja no Brasil.

Dom Joel, na entrevista, falou sobre a mensagem enviada pelo Papa Francisco ao episcopado brasileiro e ao Brasil e também sobre a mensagem que os bispos divulgaram ao povo brasileiro no final da assembleia. O secretário-geral da CNBB reforçou a importância da unidade para enfrentar a pandemia. Ele destacou o grande aprendizado desta assembleia: “O importante é, pelo menos uma vez por ano, parar e fazer assembleia. Parar e nos encontrar, até virtualmente, para ouvir o que o Senhor tem a nos dizer. Parar e ouvir, na linguagem bíblica, o que o Espírito tem a dizer à Igreja no Brasil. Eu diria que este foi o grande aprendizado, não importa tanto o modo, importa o que se faz. Parar, ouvir o Senhor, ouvir o seu Espírito e sair em missão”, concluiu.

Mensagem a Povo de Deus
É uma tradição nas nossas assembleias fazer esta mensagem. Algumas vezes, quando a Assembleia é próxima ao 1º de maio, nos dirigimos aos trabalhadores e às trabalhadoras. É muito importante que a Assembleia entre as suas conclusões tenha essa mensagem uma vez que não somos bispos para nós mesmos. Como diz a escritura ninguém vive para si. Vivemos para o anúncio do Reino de Deus. E a mensagem desse ano não podia ser diferente. Ela tem uma linha transversal da pandemia. Não é uma mensagem só sobre a pandemia como não foi uma assembleia sobre a pandemia mas ela acabou, em inúmeros momentos, se fazendo presente neste encontro. O ponto de partida é crucial na compreensão da mensagem porque ela indica tudo aquilo que foi a vida da assembleia. Há um trecho, logo no primeiro parágrafo, que diz assim: “Expressamos nossa oração e a nossa solidariedade”. Aqui está a finalidade, o destino e a intenção da mensagem de nossa missão como bispos e da vida da Igreja no Brasil.

O desafio da unidade
Sem dúvida há um dado muito forte aqui. Em que pode ser lido até à luz da pandemia. O vírus não faz fronteiras e não pede licença. Ele vai entrando e domando. Nós só sairemos vitoriosos em relação e ele se nos unirmos. Só sairemos vitoriosos em relação às sequelas, consequências e das inúmeras pandemias decorrentes que estamos vivendo se sairmos unidos. Não podemos deixar que o vírus destrua os nossos corpos e que as divisões e polarizações destruam as nossas mentes, nossos coração e nossa alma. A frase que o Santo Padre coloca em sua vídeo-mensagem: “A conferência episcopal deve ser una pois o povo que sofre é uno”. Todo ser humano sofre daí a importância da unidade.

O novo formato e o tempo
A CNBB realizou 57 assembleias presenciais. A Conferência, em razão disto, tem uma expertise imensa em Assembleia presencial. Nosso Estatuto e regimento são preparadíssimos para um mundo sem pandemias e, consequentemente, uma assembleia presencial. De repente nos deparamos com a necessidade de organizar uma assembleia virtual. Ela não foi preparada só agora. Desde 20 março do ano passado tudo que a Conferência tem feito tem ocorrido no âmbito virtual. Não há atividade presencial. Em consequência, isto foi nos trazendo alguma experiência. Mas, mesmo assim, uma assembleia com tantos dias e com tantas pessoas, uma média de 400 participando. O número maior de pessoas participando foi o encontro dos bispos em novo do ano passado que reuniu cerca de 200 bispos. Para mim a grande diferença não é lidar com os recursos tecnológicos e de informática, isto aprendemos e a área de Tecnologia da Informação, a Comunicação e as assessorias nos ajudam. A questão é saber lidar com o tempo. O tempo, no mundo virtual, toma outra dimensão. Ele é mais ágil, mais corrido, a gente tem que ser mais breve, trabalhar com muito mais imagens. Isto foi, eu diria, o grande desafio para nós. Imagine a mudança. De uma assembleia presencial em 10 dias para uma assembleia virtual em 5 dias. Foram tão bem administrados esses dias que completamos nossa agenda ao final da manhã de sexta-feira, 16 de abril, e conseguimos terminar antes do almoço. A assembleia é um somatório de quatro coisas: os bispos, assessores e colaboradores, a tecnologia e a graça de Deus que envolveu tudo e fez com que acontecesse.

O tema geral: Pilar da Palavra
O pilar da Palavra é uma decorrência das atuais diretrizes que só têm uma prioridade: comunidades eclesiais missionárias. O encontro com Cristo me leva à uma comunidade pequena onde vínculos de amizade e relacionamento são um dado fundamental para a experiência de fé. Mas não basta o laço humano. Ele precisa ser iluminado e é aí que entra a Palavra de Deus. Entram os pilares que dão sustentação à essa casa imagem das comunidades eclesiais missionárias. A Igreja no Brasil tem uma história rica de documentos que junto com os documentos dos papas expressam a importância da Palavra de Deus. A peculiaridade do tema central deste ano: “Animação da Palavra e animação bíblica da Pastoral” exatamente responde à pergunta de como. Como fazer para que a Palavra de Deus chegue ainda mais às pessoas, às comunidades, às celebrações, reuniões de grupo, aos movimentos e associações? Este foi um tema profundamente pastoral e prático. Como não era uma assembleia presencial e não temos uma legislação que preveja todo um processo muito participativo de votação em modo virtual, não tivemos condições de aprovar o texto do tema central como documento, o nível mais alto de publicações da Conferência. O aprovamos no segundo nível de estudos, o que tem uma vantagem. Agora o texto será publicado e distribuídos às comunidades, aos bispos. Estudando este documento ainda poderá ser muito mais enriquecido do que já foi nestes dois anos em que foi preparado.

Legados da 58º AG CNBB
Depois da Assembleia num momento à tarde fui rezar um pouquinho. Veio à minha mente uma foto que tem numa sala do segundo andar do Palácio São Joaquim, a residência arquiepiscopal no Rio de Janeiro, onde a CNBB nasceu. Na foto, só os arcebispos e um grupo pequeno em torno a uma mesa. A partir daquela imagem eu comecei a lembrar das assembleias em Itaici (SP), depois em Brasília (DF), nos Congressos Eucarísticos, das assembleias no Centro de Convenções em Aparecida (SP) e essa virtual. Quer na sala no São Joaquim, quer em Itaici, quer em Aparecida ou mesmo no formato virtual, como fizemos este ano, e não sabemos como vai ser no futuro, o importante é isto: nós estamos reunidos, nos unimos em meio às nossas diferenças, diversidades, com cada um vindo de um canto, de um ponto, de uma história. Mas nós nos reunimos e nos unimos. Esse foi o grande aprendizado desta assembleia. O importante é, pelo menos uma vez por ano, parar e fazer assembleia. Parar, nos encontrar, até virtualmente, para ouvir o que o Senhor tem a nos dizer. Parar e ouvir, na linguagem bíblica, o que o Espírito tem a dizer à Igreja no Brasil. Eu diria que este foi o grande aprendizado não importa tanto o modo, importa o que se faz. Parar ouvir o Senhor, ouvir o seu Espírito e sair em missão.

Fonte: CNBB Nacional

 

A Paróquia Santa Maria Mãe da Igreja, situada na pequena cidade de Nova América, na Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, viveu um momento de júbilo e alegria. Na noite do dia 10 de abril aconteceu a grande Vigília que encerrou a Novena da Misericórdia, preparada e conduzida pelo padre José Maria Oliveira e pela Comunidade Contemplativa da Divina Misericórdia.

A vigília foi realizada no local onde está sendo construído o Santuário Diocesano da Divina Misericórdia. O lugar escolhido fica um pouco afastado da cidade, mas é privilegiado pela graça divina que se revela através da obra da criação. A partir do terreno em que está sendo levantada a Igreja que abrigará os fiéis, se despende um grande vale de onde é possível ver, inclusive, a cidade de Rubiataba, situada a 22 km.

Enquanto os primeiros raios do Sol despertavam a criação, as orações subiam ao céu como intercessão e clamor pela Misericórdia sobre a humanidade inteira. Dom Francisco Agamenilton, bispo diocesano, presidiu a Santa Missa de encerramento da Novena e Vigília e na oportunidade abençoou o monumento que foi construído no lugar.

 

Fonte: Pascom/Diocese de Rubiataba-Mozarlândia-GO

 

Na vasta pauta de assuntos abordados pelo episcopado brasileiro na manhã deste último dia da 58ª Assembleia Geral da CNBB, esteve a questão dos Ministérios concedidos às mulheres. No dia 11 de janeiro de 2021, o Papa Francisco publicou a Carta Apostólica em forma de Motu Proprio Spiritus Domini, na qual altera o primeiro parágrafo do cânon 230, do Código de Direito Canônico (CDC), estendendo o ministério do leitorado e acolitado também às mulheres.

O assunto foi apresentado pelo assessor jurídico-canônico da CNBB, frei Evaldo Xavier Gomes, que falou aos bispos o que, concretamente, foi alterado no Cânon. Trata-se da possibilidade de todo batizado e batizada ser instituído para o ministério de leitor e acólito. Antes, o parágrafo iniciava-se: “Os leigos do sexo masculino…”, com a mudança, foi excluída distinção de gênero, abrindo o ministério também às mulheres.

Neste último dia da 58ª AG da CNBB houve também uma série de partilhas e comunicados de Comissões e organismos. Durante a última sessão, os bispos também rezaram por ocasião do aniversário do papa emérito Bento XVI, que completa 94 anos hoje, saudaram os administradores diocesanos e lembraram dos membros do episcopado falecidos nos últimos dois anos. Ao final do encontro, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira, manifestou gratidão e ação de graças a Deus e cada um dos que se envolveram no trabalho e assumiu um compromisso: “Saímos com a consciência de que temos importantíssimas tarefas legadas por esta 58ª Assembleia Geral”.

Por fim, Dom Walmor disse ainda que as pautas foram cumpridas e o encontro muito proveitoso. “Realizamos a 58ª Assembleia Geral da CNBB. Não foi um congresso de cientistas, nem de politólogos, nem de especialistas desta ou daquela área. Foi um encontro de pastores e servidores do Povo de Deus. Fizemos um caminho em quatro dias e meio com muita qualidade. A pauta foi extensa e nós a cumprimos com partilhas, discussões, debates e decisões importantes tomadas”, declarou.

Para encerrar a 58ª Assembleia Geral Ordinária da CNBB em sinal de ação de graças, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da entidade, Dom Joel Portella Amado exibiu um vídeo produzido com a música Te Deum, uma expressão cuja origem latina da palavra significa: “A Ti louvamos, ó Deus”.

A música usada é de autoria do padre João Carlos, do DVD Amor Intenso, da gravadora Som Livre. O vídeo de seis minutos, produzido pela Assessoria de Comunicação da CNBB, traduz em imagens uma síntese das principais atividades da CNBB nos últimos dois anos, um resumo dos dias da assembleia e parte das pessoas que trabalharam na sua realização.

Homenagem
Ainda no contexto da memória, foi apresentado ao final do encontro, antes da oração, um vídeo para recordar os bispos que faleceram desde a última assembleia. Ao som de “Eu o ressuscitarei”, a homenagem emocionou os presentes ao recordar grandes pastores e suas entregas à missão da Igreja.

Os bispos também homenagearam o Papa emérito Bento XVI. Com uma Ave-Maria conduzida por dom Antônio Emídio Vilar, rezaram pela vida do aniversariante do dia, que completa 94 anos de vida.

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Pela primeira vez em sua história, a Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acontece em modo totalmente virtual. Foi necessário que neste ano acontecesse dessa maneira para que os bispos não ficassem mais um ano sem esse importante evento que presta um serviço de ordem espiritual e de ordem temporal, na perspectiva da evangelização à nossa Igreja. Ao todo, 390 bispos ativos e eméritos participaram da assembleia que aconteceu nos dias 12 a 16 de abril.

No Regional Centro-Oeste, seis bispos participaram pela primeira vez da Assembleia. Dom Francisco Agamenilton, da Diocese de Rubiataba-Mozarlândia participa como bispo pela primeira vez, mas como administrador diocesano de Uruaçu, ele já havia participado no ano de 2019. “Já posso contar para a posteridade como é participar de uma Assembleia presencial e virtual. Em ambas se experimenta a fraternidade e a alegria do encontro. Evidentemente isso se vive com intensidade na forma presencial”, disse. Ele elogiou o cuidado da CNBB em realizar o evento de forma virtual, preservando assim os bispos de um possível contágio. Para ele, mesmo que virtualmente, foi muito importante que a Assembleia acontecesse. “Percebo a sensibilidade para com a missão, ou seja, não se pode esperar a pandemia passar para prosseguir com a evangelização. A missão é todo dia. Desse modo, noto a coragem da Conferência em fazer uso das novas tecnologias, reinventar-se e convocar o episcopado brasileiro para rezar, refletir, dialogar e juntos encontrar novos caminhos para a missão”, afirmou.

Dom Lindomar Rocha Mota, bispo diocesano de São Luís de Montes Belos (GO) também já participou da Assembleia presencialmente nos anos de 2004 a 2007 quando foi assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da CNBB. A participação pela primeira vez como bispo, para ele, foi especial, também pelo novo formato realizado. “Experimento uma sensação especial principalmente porque, agora, tenho a obrigação de manifestar, em primeira pessoa, intenções que repercutem no grande discurso da Igreja no Brasil inteiro dado às condições especiais do nosso tempo”. O formato on-line, segundo ele, não foi empecilho para o desenvolvimento dos trabalhos propostos. “Foi uma oportunidade, mas também um momento de muitos trabalhos e discernimento. Neste ano avaliamos e analisamos as reformulações no Missal Romano; o tema central da Assembleia; fizemos encaminhamos sobre o novo estatuto da CNBB e de temas apresentados por cada uma das dez comissões episcopais e demais organismos da Conferência. Portanto, foi um tempo de trabalho, de oração e de comunhão que refletiu a missão do colégio episcopal”.

Para o bispo de Goiás, Dom Jeová Elias, a evangelização na Igreja no Brasil não pode esperar a pandemia passar para continuar dando os passos necessários na ação pastoral. Embora com limitações, ele avaliou positivamente a realização da Assembleia em formato virtual. “Participo da minha primeira Assembleia em modo virtual, com alguns limites para o contato mais amplo e fraterno fisicamente, mas foi de grande aprendizado. Todos somos aprendizes nessas novas ferramentas exigidas em tempo de pandemia. Movidos pela palavra de Deus, tema central da 58ª AG da CNBB, somos instados a dar novas respostas aos inúmeros desafios que se apresentam”.

Com a realização das Assembleias anuais, a evangelização sempre evolui na Igreja, conforme avaliação do bispo auxiliar de Goiânia, Dom Levi Bonatto. Para ele, não houve perdas nesse novo formato e foi possível levar adiante as propostas e discussões que se desenvolveram durante essa semana intensa de trabalhos. “Notei que não se perde nada. Os conteúdos são todos eles muito bem explicados, temos condições de revisar esses conteúdos e também outra coisa que não se perde, me parece, é essa convivência fraterna entre os bispos. Há sempre momento para uma brincadeira, para uma gozação. Mas esse esforço da CNBB, na verdade, é para que não ficássemos mais um ano sem ter assembleia que é muito importante para a evangelização, é muito importante para que a ação missionária do Brasil avance. Foi uma experiência muito boa participar deste formato de reunião”.

O vice-presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Adair Guimarães, bispo diocesano de Formosa (GO) já participou de 11 assembleias gerais, quando esse encontro ainda acontecia em Itaici (SP) e posteriormente em Aparecida (SP). Neste novo formato ele sentiu falta dos momentos de lazer, de proximidade aos irmãos bispos com o calor humano, que é peculiar desse longo evento que em seu formato presencial acontece durante dez dias. “O clima presencial é muito bom. Nesse formato novo não temos isso, mas funciona. É melhor ter virtual do que não ter porque nos inteiramos dos problemas da Igreja no Brasil, das alegrias, das esperanças, das partilhas e assim seguimos adiante. E esse é um novo tempo, o tempo da virtualidade que chegou”. Dom Adair acredita que mesmo após a pandemia, as formas virtuais de encontros deverão continuar e ser muito importantes para todas as dimensões da vida e para a Igreja também. “Eu creio que depois da pandemia nós vamos continuar ampliando esses novos recursos porque eles ajudam a conter despesas e distâncias. Eu mesmo já havia pensado muito nisso antes da pandemia, mas parecia algo difícil e as pessoas tinham dificuldade de aceitar. Mas é um tempo novo que se inaugura diante de uma realidade cruel, tremenda que a gente vai aprendendo. De forma que estamos concluindo nossa assembleia de forma muito positiva mesmo nessa condição imaterial sem a presença e sem o calor humano”.

 

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulga nesta sexta-feira, 16 de abril, a mensagem do episcopado brasileiro que reunido, de modo online, na 58ª Assembleia Geral da CNBB, se dirigiu ao povo neste grave momento.

No texto, os bispos afirmam que diante da atual situação pela qual passa o Brasil, sobretudo em tempos de pandemia, não podem se calar quando a vida é “ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada”. Os bispos asseguram que são pastores e que têm a missão de cuidar. “Nosso coração sofre com a restrita participação do Povo de Deus nos templos. Contudo, a sacralidade da vida humana exige de nós sensatez e responsabilidade”, dizem.

Na mensagem, os bispos reiteram que no atual momento precisam continuar a observar as medidas sanitárias que dizem respeito às celebrações presenciais. Reconhecem agradecidos que as famílias têm sido espaço privilegiado da vivência da fé e da solidariedade. “Elas têm encontrado nas iniciativas de nossas comunidades, através de subsídios e celebrações online, a possibilidade de vivenciarem intensamente a Igreja doméstica. Unidos na oração e no cuidado pela vida, superaremos esse momento”.

Fazem, ainda, um forte apelo à unidade da sociedade civil, Igrejas, entidades, movimentos sociais e todas as pessoas de boa vontade, em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil. “Assumamos, com renovado compromisso, iniciativas concretas para a promoção da solidariedade e da partilha. A travessia rumo a um novo tempo é desafiadora, contudo, temos a oportunidade privilegiada de reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça e da paz, trilhando o caminho da fraternidade e do diálogo. Como nos animou o Papa Francisco: “o anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos!”.

Confira o texto na íntegra:

Mensagem da 58ª Assembleia da CNBB ao povo brasileiro

Esperamos novos céus e uma nova terra, onde habitará a justiça. (2Pd 3,13)

Movidos pela esperança que brota do Evangelho, nós, Bispos do Brasil, reunidos, de modo online, na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, de 12 a 16 de abril de 2021, neste grave momento, dirigimos nossa mensagem ao povo brasileiro.

Expressamos a nossa oração e a nossa solidariedade aos enfermos, às famílias que perderam seus entes queridos e a todos os que mais sofrem as consequências da Covid-19. Na certeza da Ressurreição, trazemos em nossas preces, particularmente, os falecidos. Ao mesmo tempo, manifestamos a nossa profunda gratidão aos profissionais de saúde e a todas as pessoas que têm doado a sua vida em favor dos doentes, prestado serviços essenciais e contribuído para enfrentar a pandemia.

O Brasil experimenta o aprofundamento de uma grave crise sanitária, econômica, ética, social e política, intensificada pela pandemia, que nos desafia, expondo a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira. Embora todos sofram com a pandemia, suas consequências são mais devastadoras na vida dos pobres e fragilizados.

Essa realidade de sofrimento deve encontrar eco no coração dos discípulos de Cristo[1]. Tudo o que promove ou ameaça a vida diz respeito à nossa missão de cristãos. Sempre que assumimos posicionamentos em questões sociais, econômicas e políticas, nós o fazemos por exigência do Evangelho. Não podemos nos calar quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada[2].

Louvamos o testemunho de nossas comunidades na incansável e anônima busca por amenizar as consequências da pandemia. Muitos irmãos e irmãs, bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas, cristãos leigos e leigas, movidos pelo autêntico espírito cristão, expõem suas vidas no socorro aos mais vulneráveis. Com o Papa Francisco, afirmamos que “são inseparáveis a oração a Deus e a solidariedade com os pobres e os enfermos”[3]. As iniciativas comunitárias de partilha e solidariedade devem ser sempre mais incentivadas. É Tempo de Cuidar!

Somos pastores e nossa missão é cuidar. Nosso coração sofre com a restrita participação do Povo de Deus nos templos. Contudo, a sacralidade da vida humana exige de nós sensatez e responsabilidade. Por isso, nesse momento, precisamos continuar a observar as medidas sanitárias que dizem respeito às celebrações presenciais. Reconhecemos agradecidos que nossas famílias têm sido espaço privilegiado da vivência da fé e da solidariedade. Elas têm encontrado nas iniciativas de nossas comunidades, através de subsídios e celebrações online, a possibilidade de vivenciarem intensamente a Igreja doméstica. Unidos na oração e no cuidado pela vida, superaremos esse momento.

Na sociedade civil, os três poderes da República têm, cada um na sua especificidade, a missão de conduzir o Brasil nos ditames da Constituição Federal, que preconiza a saúde como “direito de todos e dever do Estado”[4]. Isso exige competência e lucidez. São inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o Estado Democrático de Direito. É necessária atenção à ciência, incentivar o uso de máscara, o distanciamento social e garantir a vacinação para todos, o mais breve possível. O auxílio emergencial, digno e pelo tempo que for necessário, é imprescindível para salvar vidas e dinamizar a economia[5], com especial atenção aos pobres e desempregados.

É preciso assegurar maiores investimentos em saúde pública e a devida assistência aos enfermos, preservando e fortalecendo o Sistema Único de Saúde – SUS. São inadmissíveis as tentativas sistemáticas de desmonte da estrutura de proteção social no país. Rejeitamos energicamente qualquer iniciativa que intente desobrigar os governantes da aplicação do mínimo constitucional do orçamento na saúde e na educação.

A educação, fragilizada há anos pela ausência de um eficiente projeto educativo nacional, sofre ainda mais no contexto da pandemia, com sérias consequências para o futuro do país. Além de eficazes políticas públicas de Estado, é fundamental o engajamento no Pacto Educativo Global, proposto pelo Papa Francisco[6].

Preocupa-nos também o grave problema das múltiplas formas de violência disseminada na sociedade, favorecida pelo fácil acesso às armas. A desinformação e o discurso de ódio, principalmente nas redes sociais, geram uma agressividade sem limites. Constatamos, com pesar, o uso da religião como instrumento de disputa política, justificando a violência e gerando confusão entres os fiéis e na sociedade.

Merece atenção constante o cuidado com a casa comum, submetida à lógica voraz da “exploração e degradação”[7]. É urgente compreender que um bioma preservado cumpre sua função produtiva de manutenção e geração da vida no planeta, respeitando-se o justo equilíbrio entre produção e preservação. A desertificação da terra nasce da desertificação do coração humano. Acreditamos que “a liberdade humana é capaz de limitar a técnica, orientá-la e colocá-la ao serviço de outro tipo de progresso, mais saudável, mais humano, mais social, mais integral”[8].

É cada vez mais necessário superar a desigualdade social no país. Para tanto, devemos promover a melhor política[9], que não se submete aos interesses econômicos, e seja pautada pela fraternidade e pela amizade social, que implica não só a aproximação entre grupos sociais distantes, mas também a busca de um renovado encontro com os setores mais pobres e vulneráveis[10].

Fazemos um forte apelo à unidade da sociedade civil, Igrejas, entidades, movimentos sociais e todas as pessoas de boa vontade, em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil. Assumamos, com renovado compromisso, iniciativas concretas para a promoção da solidariedade e da partilha. A travessia rumo a um novo tempo é desafiadora, contudo, temos a oportunidade privilegiada de reconstrução da sociedade brasileira sobre os alicerces da justiça e da paz, trilhando o caminho da fraternidade e do diálogo. Como nos animou o Papa Francisco: “o anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos!”[11]

Com a fé em Cristo Ressuscitado, fonte de nossa esperança, invocamos a benção de Deus sobre o povo brasileiro, pela intercessão de São José e de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

 

Brasília, 16 de abril de 2021.

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler, OFM
Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente

Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente

Dom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB

 

[1] cf. Gaudium et Spes, 1.

[2] cf. CNBB, Mensagem ao Povo de Deus, 2018.

[3] Papa Francisco, Mensagem para o IV Dia Mundial dos Pobres, 2020.

[4] Constituição Federal, art. 196.

[5] cf. CNBB, OAB, C.Arn´s, ABI, ABC e SBPC, O povo não pode pagar com a própria vida,10 de março de 2021.

[6] cf. Papa Francisco, Mensagem para o lançamento do Pacto Educativo Global, 12 de setembro 2019.

[7] Papa Francisco, Laudato Si´, 145.

[8] Papa Francisco, Laudato Si´, 112.

[9] Papa Francisco, Fratelli Tutti, Cap. V.

[10] cf. Papa Francisco, Fratelli Tutti, 233.

[11] Papa Francisco, Mensagem 58ª. AG CNBB.

 

Nesta 58ª Assembleia Geral, o âmbito da espiritualidade precisou ser remodelado para o formato on-line, no qual os bispos estão distantes fisicamente, conectados pela plataforma digital Zoom. Conversamos com o bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB, Dom Edmar Peron, sobre a espiritualidade destes dias de Assembleia. Segundo ele, liturgia é encontro, por isso nada supera o que era possível na modalidade presencial.

“Minha primeira consideração é a de que liturgia é reunir-se, então, nada supera aquele momento matinal em que íamos chegando ao Santuário de Aparecida, nos reunindo para celebrar, juntos, a Eucaristia, dando assim início aos nossos trabalhos. Depois, os momentos de oração conjuntos, realizados dentro da assembleia. Também o dia de retiro e uma celebração penitencial. São todos momentos marcantes de uma assembleia presencial. Digo isto para reforçar a importância da liturgia como fonte de nossa vida espiritual”.

Sobre o retiro, Dom Edmar afirmou ser um momento precioso que ajudará a viver esse jeito extraordinário de ser Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. “Estou certo de que nossa vida espiritual está sendo alimentada, cotidianamente, por esses pequenos momentos de oração, de espiritualidade, propostos ao longo do dia”, concluiu Dom Edmar.

Mensagem do papa
O Papa Francisco enviou uma mensagem de vídeo para o episcopado brasileiro reunido na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (AG CNBB) desde a segunda-feira, 12 de abril. O Santo Padre optou por dirigir-se aos bispos do Brasil falando espanhol, razão pela qual pediu desculpas e justificou tratar-se de um idioma que argentinos e brasileiros entendem bem o “portunhol”.

Francisco estendeu carinhosamente, através dos bispos do Brasil, a mensagem também “a cada brasileiro e brasileira” e ao amado Brasil, país que em sua avaliação “enfrenta uma das provas mais difíceis de sua história”.

“Desejo, em primeiro lugar, manifestar a minha proximidade a todas as centenas de milhares de famílias que choram a perda de um ente querido. Jovens, idosos, pais e mães, médicos e voluntários, ministros sagrados, ricos e pobres: a pandemia não excluiu ninguém no seu rastro de sofrimento”, disse o chefe da Igreja Católica.

No vídeo, o Pontífice dirige uma mensagem de ânimo aos bispos brasileiros no contexto da celebração da Páscoa e da Ressurreição de Jesus Cristo. “O anúncio Pascal é um anúncio que renova a esperança nos nossos corações: não podemos dar-nos por vencidos! Como cantamos na sequência do Domingo de Páscoa: ‘Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte. O Rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo!’ Sim queridos irmãos, o mais forte está ao nosso lado! Cristo venceu! Venceu a morte! Renovemos a esperança de que a vida vencerá!”, disse.

ASSISTA AO VÍDEO. CLIQUE AQUI

Retiro
No início da sessão, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, motivou os participantes da Assembleia a entrarem na mística do retiro. Ele ressaltou que a Igreja está no coração do mundo “para fazer brilhar a luz na presença de Cristo ressuscitado” e que isso não se faz sem uma escuta profunda: “seja sim o caminho dessa manhã para todos nós nos fortalecendo na unidade e na alegria do caminho”.

Na manhã desta quinta-feira, 15 de abril, os bispos reunidos na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participam de um retiro pregado pelo arcebispo de Boston, nos Estados Unidos, cardeal Sean Patrick O’Malley. Serão duas meditações intercaladas com momentos de oração e partilha.

Cardeal O’Malley é da Ordem dos Frades Menores Capuchinos e, atualmente, é membro da Congregação para os Instituto de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica e do Pontifício Conselho para a Família. Desde o ano passado ele havia se disponibilizado para conduzir o retiro dos bispos do Brasil e, novamente este ano, manteve seu propósito.

Meditação
O cardeal Sean O’Malley conduziu a primeira reflexão a partir da leitura de um trecho do Evangelho de São Lucas (Lc 4, 16-32), quando Jesus fez sua primeira pregação na Sinagoga de Nazaré.

“Hoje, nessa meditação, gostaria de refletir sobre o significado teológico de duas localidades do evangelho. Os evangelhos dizem-nos que a vida de Jesus começa em Belém e acaba em Jerusalém. No entanto, Jesus passa muito pouco tempo nessas duas cidades. Durante a maior parte da sua vida, Jesus viveu em Nazaré e Cafarnaum. Tanto assim que era conhecido como o Nazareno”.

Citando uma famosa frase usada nos Estados Unidos, mas também comum no Brasil, de que a pessoa pode sair do bairro, mas o bairro não sai da pessoa, o cardeal explicou a importância de Nazaré e de Cafarnaum para a identidade e o ministério de Jesus. E assim foi relacionando os primeiros anos de vida e início do ministério público de Jesus com momentos próprios da vida pastoral.

Ao refletir sobre Cafarnaum, onde estava localizada a casa de Pedro, o cardeal O’Malley pontuou que o plano pastoral dos bispos deve sublinhar a importância de comunidades que sejam de fato a família de Cristo. “A cultura do encontro e arte do acompanhamento de que tato fala o Papa Francisco, devem caracterizar nossas experiências de Cafarnaum”.

Oração pelas vítimas da pandemia
Ainda durante a manhã desta quinta-feira, o retiro contará com dois momentos de partilha e outra meditação do cardeal Sean Patrick O’Malley. Os bispos também rezam pelas vítimas da pandemia: “Nosso coração que se eleva a Deus pedindo forças no nosso ministério, nos faz lembrar de todas as ovelhas que sofrem em nossos rebanhos entre as quais as vítimas da pandemia”, motivou o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado.

Fonte: CNBB Nacional

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Após um amplo processo de discussão prévio à 58ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de ser apresentado duas vezes na plenária virtual durante o evento on-line, o texto “Animação Bíblica da Pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias” foi aprovado pelo episcopado brasileiro na tarde do terceiro dia, 14 de abril.

A última versão do texto, com a incorporação das sugestões, foi apresentada aos bispos pelo arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico Catequética da CNBB, Dom José Antônio Peruzzo. Ele coordenou o grupo que elaborou o texto do tema central.

Como a Assembleia não pode aprovar um documento em seu formato on-line, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, consultou os bispos sobre a confiança na equipe para incorporar as sugestões finais e sobre a possibilidade de aprovar a sua publicação na série de “Estudos da CNBB”, pela editora da entidade. O episcopado brasileiro aprovou a publicação. Abaixo, seguem outros destaques da pauta na tarde dO terceiro dia.

Mensagem ao Povo Brasileiro
O arcebispo da arquidiocese de Salvador (BA), primaz do Brasil, cardeal Sergio da Rocha fez a leitura da primeira versão da Mensagem ao Povo Brasileiro, a ser divulgada no final da 58º AG CNBB. Os bispos enviaram suas sugestões à equipe que voltará a se reunir para incorporar os acréscimos. O cardeal Sergio afirmou que a equipe vai procurar fazer o melhor possível para que a mensagem seja fiel aos anseios e reflita a visão do episcopado brasileiro.

Edições CNBB
O diretor geral da Edições CNBB, monsenhor Jamil Alves de Souza apresentou um balanço bienal (2019-2020) da Edições CNBB. Ele destacou o processo de modernização do sistema de gestão da editora, a implantação de metas dos colaboradores, marketing digital e e-commerce e aumento de publicações digitais. No biênio, segundo ele, foram publicados mais de 526 títulos. Em 2021, foram lançadas 100 publicações. A editora tem 505 mil assinaturas de Igreja em Oração, roteiros Homiléticos, entre outros.

Organismos do povo de Deus
Cada organismo do povo de Deus apresentou aos bispos a síntese das ações que está desenvolvendo no âmbito da sua atuação. A presidente da Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB), irmã Maria Inês, informou que a 10ª Assembleia Nacional dos Organismos do Povo de Deus está prevista para agosto de 2022.

O primeiro a se apresentar foi a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) seguido pela Conferência Nacional dos Instituto Seculares (CNISB), o Conselho Nacional de Presbíteros (CNP), o Conselho Nacional dos Diáconos (CND) e o Conselho Nacional de Leigos e Leigas (CNLB).

Fonte: CNBB Nacional

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A Pastoral da Sobriedade Regional Centro-Oeste continua atuando através das lives semanais (toda quinta-feira às 20h30) nas redes sociais: YouTube e facebook, com o objetivo de unir os agentes por meio da oração do terço da Sobriedade que foi criado pela pastoral desde a sua fundação. O modo de rezar esse terço, que tem aprovação eclesial, assemelhasse ao terço mariano. Na segunda parte do terço, porém, são apresentadas as orações específicas de súplica a Deus, pela recuperação dos dependentes e familiares, pelas comunidades terapêuticas, pelos agentes e também pela Igreja.

Além do terço, o Regional continua vivenciando os passos semanais adaptados virtualmente através do Programa Sobriedade e Paz, com o objetivo de realizar a integração com as pastorais de outros estados e de outras dioceses dentro do regional. Em um dos programas que foi ao ar no dia 16 de março, segundo a coordenadora regional da Pastoral da Sobriedade, Alessandra Silva, teve a participação especial do Dr. Quirino Júnior, secretário nacional de prevenção e cuidados às drogas. O Programa Sobriedade e Paz é transmitido ao vivo toda sexta-feira às 9h, pela Imaculada Mídia Web, direto do Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental - Diocese de Luziânia. A parceria com a Pastoral da Sobriedade existe há mais de um ano.

No mês de março, a pastoral também realizou um trabalho em rede com o Encontro de Casais com Cristo (ECC) no Santuário Jardim da Imaculada para as famílias. O objetivo foi apresentar testemunhos sobre a recuperação de famílias através da oração e da vivência do programa de vida nova proposto pela Pastoral da Sobriedade, que motiva outros casais a buscarem a sobriedade como estilo de vida.

No sábado, 10 de abril, a Diocese de Uruaçu assumiu a primeira de série de formações sobre os eixos da Pastoral da Comunicação. O primeiro eixo foi Espiritualidade, garantia do sentido pastoral das ações da Pascom, que foi mediado pela vice-coordenadora da Pascom na Arquidiocese de Brasília, Pollianna Carla e teve partilha da Nayara Cristina, coordenadora da Pascom na Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Rialma (GO). A live teve ainda participação do padre Wilker, de Brasília. Dezenas de agentes da Pascom de diversas dioceses do regional e de outras partes do Brasil participaram.

O momento que durou uma hora tratou de vários temas importantes sobre a espiritualidade do comunicador, a comunhão, o sacramento e o serviço na missão. “A vida do comunicador católico tem que estar em total comunhão com Cristo Jesus, pois só comunicamos aquilo que amamos, se não há amor a comunicação poderá até chegar, mas irá gerar frutos de conversão e mudança de vida”, afirmou Nayara.

Ela também apontou a importância de o comunicador cuidar de sua vida sacramental, pois, conforme destacou, “a vida fé e oração ajuda no serviço pastoral diante das adversidades, se a dimensão espiritual estiver bem o agir na adversidade será conduzido de forma sábia e tranquila.” Outro ponto importante tratado foi o testemunho do agente da Pascom, que tem que ter coesão com o serviço pastoral e na rotina diária de cada agente.

Para quem não pode participar dessa primeira formação, ainda é possível assistir no Youtube. Clique aqui. O próximo encontro está marcado para o mês de agosto.

Texto: Nayara Cristina - Pascom - Paróquia Nossa Senhora das Graças - Rialma/GO
Edição: Fúlvio Costa

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