Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
No último fim de semana, dias 25 a 27 de setembro, foi realizada uma formação da Pastoral Vocacional do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) sobre “A Pedagogia do Trabalho Vocacional” nas comunidades, evento que contou com a participação de toda a equipe ampliada da pastoral no regional e 43 pessoas que colaboraram com suas partilhas e experiências vocacionais.
Um dos objetivos da formação foi despertar nos agentes vocacionais, sacerdotes, leigos consagrados, religiosos, seminaristas e famílias, a necessidade de existir um subsídio para favorecer a realização do trabalho vocacional nas comunidades.
Durante o evento, a assessora, Erenice Jesus de Souza, do Núcleo de Catequese Paulinas, destacou a urgência do pensar a maneira, e ‘como’ realizar a proposta do caminho vocacional, nas comunidades.
Está disponível a última parte da entrevista concedida pelo bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Guilherme Antônio Werlang, a respeito da missão e dos desafios da Pastoral Carcerária. O bispo participou do programa de televisão Igreja no Brasil, produzido pela assessoria de imprensa da entidade e veiculado pelas TVs de inspiração católica.
No segundo bloco do programa, dom Guilherme fala da situação da mulher presa, dos riscos dos projetos de privatização do sistema carcerário e envia uma mensagem aos que atuam na Pastoral. "A nossa homenagem a tantos homens, a tantas mulheres, sejam eles padres, religiosos ou religiosas, ou sejam leigos e leigas, o nosso reconhecimento. Vocês, com certeza, haverão de ouvir um dia de Jesus, conforme está escrito em Mateus, 25, onde fala do juízo final, da qual eu tirei antes um versículo: 'Vinde benditos de meu pai para o Reino, porque eu estava preso e vocês vieram me visitar'", diz.
Confira a última parte da entrevista:
Dom Guilherme, o tema que vamos falar agora é sobre a mulher presa. É uma realidade em que a Pastoral também tem atuado. O que tem sido feito nesse ponto?
Dom Guilherme Werlang: Bem, primeiro, nós devemos entender que o sistema carcerário brasileiro fundamentalmente é feito por homens e para homens. Nós não tínhamos tantas mulheres encarceradas há décadas, com certeza o público feminino é o que mais cresceu nos nossos cárceres, devido especialmente a ela ser hoje vítima dos traficantes. A gente chama assim no mundo das drogas, ela é colocada como “mula”, mas ela é presa como traficante, porque os grandes se escondem e ela passa a ser vítima e, dentro desse mundo todo existem muitos outros crimes que antes a mulher não estava tão exposta.
A questão de a Pastoral Carcerária acompanhar as mulheres dentro dos presídios é muito difícil. Primeiro, em muitos lugares não existem celas próprias e alas próprias femininas. Temos em alguns lugares, mas a maioria são celas na mesma ala, frente a frente, não existe privacidade. A mulher, em qualquer situação, ela deve ter o seu direito de uma privacidade maior resguardo, então esse é um grande problema. Outra questão, a mulher muitas vezes quando ela é presa, quando ela vai parar atrás das grades, ela está gravida e aí acontece todo um problema... ela se preocupa, a família lá fora se preocupa como vai ser o acompanhamento dessa gestação, a questão da higiene e a higiene própria que a mulher tanto precisa também não tem condição mínima de ser atendida dentro dos cárceres... ela se preocupa quando ela é mãe e tem filhos lá fora... “quem está cuidando do meu filho?”, “como é que será que ele está, será que ele está caindo nesse mundo que eu estou agora?”
Quando a mulher chega a dar à luz dentro do presidio falta assistência medica, falta higiene, faltam recursos mínimos básicos para um bom parto, então, a mulher sofre muitos outros problemas muitos mais sérios do que o público masculino. Além disso, a Pastoral Carcerária quer ser uma presença solidaria junto às mulheres. A mulher também é tratada de uma forma diferenciada, ainda discriminando junto ao sistema jurídico bons advogados. Ela não tem a mesma força de barganha do que os homens têm muitas vezes, então ela passa a ser duas, três, quatro vezes mais vitimizada do que os homens. A Pastoral Carcerária quer ser uma boa notícia a essas mulheres, ela quer, de fato, que ela tenha sua dignidade de mulher respeitada e que possa ter um trabalho muito significativo com ela. Se ela tem filhos, a Pastoral Carcerária também tem que olhar a situação dos filhos, a situação da sua família que está lá fora e lá dentro que ela possa ter esperanças, esperanças de que numa justiça restaurativa, que nós já abordamos anteriormente, ela possa também desenvolver trabalhos de reabilitação de reinserção social. Se você precisaria, por exemplo, de uma empregada doméstica, você meu amigo que está ouvindo agora, você empregaria uma mulher que passou pelo sistema carcerário brasileiro? Então quando ela termina de cumprir sua pena é muito mais difícil reinserir uma mulher de uma forma normal e digna, dentro da sociedade brasileira do que o homem, então, por isso a mulher tem uma atenção toda especial por parte da Pastoral Carcerária.
Dom Guilherme, diante dessa realidade do sistema prisional brasileiro, há projetos que visam a privatização dos presídios. A CNBB já se pronunciou a respeito, o senhor pode comentar sobre o posicionamento dos bispos?
Dom Guilherme Werlang: Nós estamos estudando. É uma questão no Brasil ainda relativamente nova. Nós estamos olhando em diversos países, mas, fundamentalmente, nós CNBB, recentemente, numa reunião do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), fizemos uma nota, que saiu pela presidência da CNBB, onde nós nos posicionamos radicalmente contra. Nós somos contra a privatização por uma série de questões. Existem pessoas que dizem que melhora significativamente. Nós temos no Brasil, no Nordeste, no Norte e em Santa Catarina, Minas Gerais algumas experiências. Nós não temos visto grandes diferenças para melhor, mesmo na reinserção, mas a questão principal é que, ao privatizar, nós estamos colocando os presos como uma mercadoria de geração de lucros, as empresas que vão assumir as cadeias. O que interessa para eles é quanto mais tempo o preso fica lá, mais ele vai gerar lucro para a empresa.
O ser humano, se ele erra, ele precisa reparar o erro, para isso tem a Justiça, mas ele não pode ser mercadoria de compra e de venda. Nós também percebemos, segundo a Pastoral Carcerária, que os funcionários carcerários das empresas privatizadas não são tão bem pagos quanto do sistema público, eu não estou dizendo que os agentes carcerários do sistema público estejam bem pagos, mas quem privatiza tem uma finalidade única: lucro. Ele não está interessando muito com o ser humano, ele quer o lucro, e se ele deseja o lucro, aí, nós corremos o risco de várias injustiças maiores: sobre a permanência mais tempo, sobre a alimentação (a Pastoral Carcerária tem nos dito que a alimentação também não é de qualidade), o trabalho que é feito lá dentro pela Pastoral Carcerária é dificultado muito mais do que no sistema público e, depois, o sistema carcerário é uma obrigação do Estado o Estado tem algumas obrigações que não podem e não devem ser privatizadas, que são questões básicas para o bom funcionamento da sociedade brasileira. Claro que o estado não pode assumir tudo, mas o Estado não deveria, jamais, pensar em privatização do sistema carcerário.
Dom Guilherme, nos deixe uma mensagem, para nós e para todos aqueles que nos acompanham e, principalmente, aqueles que trabalham com a Pastoral Carcerária.
Dom Guilherme Werlang: Bem, a Pastoral Carcerária merece todo nosso reconhecimento, enquanto Igreja, enquanto CNBB, mas todo o reconhecimento da sociedade brasileira. A Pastoral Carcerária, além de fazer o trabalho pastoral, muitas vezes é mediadora de conflitos, de violências... A nossa homenagem a tantos homens, a tantas mulheres, sejam eles padres, religiosos ou religiosas, ou sejam leigos e leigas, o nosso reconhecimento. Vocês, com certeza, haverão de ouvir um dia de Jesus, conforme está escrito em Mateus, 25, onde fala do juízo final, da qual eu tirei antes um versículo: “Vinde benditos de meu pai para o Reino, porque eu estava preso e vocês vieram me visitar”. Nós, brasileiros e brasileiras, temos que deixar muito bem claro que o fato de alguém ter cometido um crime não o desumaniza, nós precisamos humanizar, nós precisamos recuperar esses nossos irmãos. É verdade que eles cometeram crimes, é verdade que eles cometeram delitos e é verdade que eles devem reparar esses delitos, mesmo sofrendo sansões, mas nós temos que mudar o nosso conceito, não pode estar baseado no punitivo e no vingativo, mas na misericórdia. Toda pessoa tem direito a uma oportunidade a mais, mas se nós nos fecharmos a eles, muito mais difícil será com que eles possam ser reabilitados e reinseridos na sociedade.
Fonte: CNBB
Neste artigo vamos refletir sobre a recente encíclica do papa Francisco Laudato Si' (Louvado Seja), porque ela está sendo considerada não como um documento ecológico, mas social. Nela, ao falar do cuidado da casa comum, o papa diz que a degradação do meio ambiente atinge a todos e terá consequências futuras afetando o bem-comum.
Por tratar-se de um tema complexo e com conceitos científicos, nota-se que muitas outras pessoas ajudaram o Romano Pontífice a escrevê-la, mas o “pai da encíclica” é claramente o papa Francisco. O processo de elaboração se deu por diálogo e consultas, escrita e reescrita.
Outro fator importante e o que se lê nas notas de rodapé são os contributos dos seus antecessores, principalmente São João Paulo II e o papa emérito Bento XVI, que em diferentes oportunidades manifestaram-se sobre os temas abordados na encíclica.
Com certeza podemos dizer que a encíclica reúne o pensamento do papa Francisco, que já foi manifestado na sua primeira homilia enquanto pontífice a 19 de março de 2013.
Por outro lado, a Laudato Si não significa propriamente a ecologia católica, mas em vez disso é a mais recente da série de encíclicas que desenvolvem a Doutrina Social da Igreja. Essa encíclica pode ser lida como a Rerum Novarum de 2015.
Como as anteriores encíclicas sociais, lança a luz eterna do Evangelho, da fé cristã, sobre as circunstâncias desafiantes e sobre as mudanças dos nossos tempos. Procura evangelizar o povo de Deus, orientando-o a enfrentar as dificuldades que vão surgindo na caminhada rumo “à vida, à vida em abundância” (Jo 10,10).
Não podemos ficar indiferentes e devemos estar unidos por uma preocupação comum. Se não houver mudanças na condução do meio ambiente, a nossa casa comum pode ficar sem condições de ser habitada. O papa volta a falar do destino comum dos bens: é uma herança comum, cujos frutos devem beneficiar a todos (n. 93); Deus deu a terra a todos os homens.
A encíclica não é “eco” ou “verde”, mas com o seu ponto de partida nas questões mais urgentes da degradação ambiental procura levar-nos a uma “conversão ecológica”, pois podemos considerar que são os nossos pecados de egoísmo e consumismo que destroem a solidariedade com outros povos e a boa guarda do nosso lar comum.
Essa conversão seria criar em todos novos hábitos de consumo e de convivência, que necessariamente trará alguns sacrifícios, como renunciar a muitos produtos que o mercado oferece. Dessa forma, recomenda-se viver um ensinamento muito claro da Igreja chamada à virtude da temperança, que é consumir o suficiente para viver uma vida sóbria e modesta.
“Laudato Si encaminha-nos para viver numa maior harmonia com Deus, conosco mesmos, com o nosso vizinho e com a terra.” (Pe. Michael Czerny, S.J. )
Dom Levi Bonatto
Bispo auxiliar de Goiânia
Secretário do Regional Centro-Oeste
“A Palavra se fez carne e habitou entre nós!”. A liturgia da Palavra na missa da meia-noite e na missa da aurora apresentou-nos Jesus Menino nascido em Belém de uma forma pobre e humilde. É verdadeiro Deus, mas vemos uma criança recém-nascida. É o nosso Salvador, mas revestido da nossa natureza humana. Na missa do dia, falam-nos o evangelista S. João e o autor da Carta aos Hebreus. Utilizando uma linguagem solene, os textos bíblicos apresentam-nos esta criança como a Palavra Eterna! O Filho de Deus entra na nossa vida temporal, mas Ele foi gerado antes de todos os tempos: “No princípio era a Palavra! A Palavra estava junto do Pai! Mas a Palavra era Deus!” Jesus é o Filho Unigênito do Pai. A Carta aos Hebreus também nos apresenta Jesus como o Filho de Deus: “Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei!”. Ele, a Palavra definitiva do Pai por quem tudo foi criado! Deus tinha falado através dos profetas. Agora fala-nos através de seu Filho! O Eterno Pai, “tudo sustenta com a sua Palavra!” “Ela é o esplendor da glória de Deus e a perfeita imagem do ser divino!” (Hb 1, 1-6). Hoje, em comunhão com toda a Igreja continuamos a proclamar a fé em Jesus Cristo, Verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Na recitação do Credo ajoelhamos quando dizemos: “Nasceu da Virgem Maria e se fez homem”. Verdadeiro Deus porque “o Verbo era Deus”; verdadeiro homem porque “a Palavra Se fez carne e habitou entre nós!” (Jo 1,1.14)
Natal é festa de alegria, festa de paz, festa de luz, porque o Menino que nasceu é o “Príncipe da Paz”, é a “Vida e a Luz dos homens”. No entanto, não podemos esquecer que “o povo vivia nas trevas!” O profeta Isaías afirma que nas trevas brilhou uma grande luz. S. João esclarece, dizendo que “a Palavra era a luz verdadeira que ilumina todo o homem”. Natal lembra-nos com tristeza que nem todos quiseram aceitar Jesus como seu Salvador. “O mundo foi feito por Ele”, mas em Belém não havia lugar para Ele nas hospedarias! “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam!” E pior que isso: “Ele era Vida dos homens” e os homens quiseram dar-lhe a morte logo ao nascer: “José, toma o Menino e sua Mãe! Foge para o Egito, porque Herodes procura o Menino para o matar!” (Mt 2,13).
O nosso tempo não é melhor que o tempo em que Jesus nasceu, há cerca de dois mil anos. Se acreditamos que Jesus se identifica com os pequeninos, podemos reafirmar com os evangelistas que Jesus continua a não ter lugar... Talvez pior ainda! Jesus não tinha uma casa para nascer, mas tinha uma Mãe com os braços abertos para o receber. Hoje, quantas crianças abandonadas, rejeitadas, pelos seus próprios pais. Jesus teve que enfrentar a crueldade de Herodes, que mandou matar as crianças de Belém. Hoje, quantas crianças não chegam a nascer porque são mortas pela vontade de seus pais no seio materno! E isso não apenas numa pequena aldeia, mas à escala mundial! Jesus menino não tinha casa nem berço, hoje muitas vezes há casas e berços, mas não há crianças para enchê-las de alegria.
O poeta escreveu: “Natal é vida que nasce! Natal é Cristo que vem. Nós somos o seu presépio e a nossa casa é Belém”. Pergunto: de que nos serve celebrar o nascimento de Jesus hoje, se amanhã não defendemos o direito à vida das crianças? Direito à vida desde o seio materno. Natal não é apenas recordar o grande Presente que Deus nos enviou, é, sobretudo, ter a coragem de nós próprios sermos a Presença de Deus, tornar Deus presente para tantas pessoas que nunca recebem um gesto de amor. Amar é tornar Deus presente no meio de nós! Alguém escreveu: “É sempre Natal no coração que ama!” Façamos de toda a nossa vida um contínuo dia de Natal.
Dom Washington Cruz
Arcebispo de Goiânia
No dia 4 de outubro, a Pastoral da Sobriedade foi fundada na diocese de Goiás. O primeiro grupo foi estabelecido no município de Itapuranga, com a participação da comunidade paroquial. O evento teve a presença do coordenador regional da pastoral, Nilson Almeida Vieira e de sua esposa, Alessandra Gomes Vieira.
Na ocasião foi apresentada para a comunidade a equipe de coordenação diocesana, formada pelo diácono Lindoir Gumercindo Pinto (coordenador); Sirlene Maria Dias (secretária); Simone Aparecida de Castro Pinto (tesoureira); e Ivan Lemes Carvalho (coordenador paroquial em Itapuranga).
Segundo o coordenador diocesano, o Programa de Vida Nova da Pastoral da Sobriedade será levado para outras paróquias da diocese de Goiás e também à Comunidade Terapêutica Bom Pastor, vinculada à diocese.
De 5 a 7 de novembro, a Pastoral da Sobriedade do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) realizou uma ação preventiva de combate às drogas nas escolas municipais e estaduais de Crixás, na diocese de Rubiataba e Mozarlândia (GO).
Uma palestra de conscientização foi realizada para alunos das escolas acerca dos fatores de risco e das consequências do uso de drogas lícitas e ilícitas. Uma das drogas mais enfatizadas foi a maconha, amplamente consumida por estudantes.
O momento teve a participação do casal Nilson Almeida e Alessandra, da coordenação regional da pastoral, em parceria com o Conselho Municipal de Combate às Drogas. Essa entidade é formada por uma rede de profissionais da sociedade de Crixás com a Prefeitura Municipal.
A pastoral esclareceu aos alunos sobre os efeitos da maconha no organismo, entorpecente que causa danos permanentes ao cérebro como perda de memória, distúrbios graves no sono e outros.
Em entrevista, o presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) e bispo de Uruaçu, dom Messias dos Reis Silveira, deu boas-vindas ao bispo nomeado para a diocese de Jataí (GO). “Ele era muito esperado pela diocese e por nós bispos do regional. A notícia nos trouxe muita alegria e ao falar com ele por telefone demonstrou estar aberto a essa nova missão que Deus o concedeu. Nós bispos desde já oferecemos o nosso apoio para que ele possa iniciar e viver o seu ministério especificamente na diocese de Jataí”, acolheu dom Messias.
O novo bispo de Jataí foi nomeado na manhã desta quarta-feira (18) pelo papa Francisco. Ele é o monsenhor Nélio Domingos Zortea, do clero da Arquidiocese de Cascavel (PR). A diocese de Jataí estava vacante desde 28 de maio de 2014, quando dom José Luiz Majella Delgado foi transferido para a Arquidiocese de Pouso Alegre (MG). Ainda sobre a nomeação, dom Messias aproveitou para agradecer dom Joaquim Carlos Carvalho, OSB, que durante esse período administrou a diocese. “Agradecemos imensamente por dom Joaquim ter assumido essa missão tão importante na diocese de Jataí”.
Monsenhor Nélio estava como pároco da Catedral Nossa Senhora Aparecida desde 2005, em Cascavel. Nascido em 1963, em Iraí, diocese de Frederico Westphalen (RS), ele é sacerdote desde outubro de 1995, sendo que desempenhou diversas funções na arquidiocese de Cascavel, entre elas o de reitor, ecônomo e vigário-geral.
Estudos
Estudou Filosofia na Faculdade Arnaldo Busato, em Toledo, e Teologia no Centro Interdiocesano de Teologia, em Cascavel. É formado também em Psicopedagogia pela Faculdade de Filosofia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Viamão (RS) e foi ordenado padre em 1995. Entre outros cargos, foi vigário geral de 2004 a 2007, membro do Colégio de Consultores do Conselho Presbiteral e do Conselho dos Assuntos Econômicos de 2004 a 2007, e diretor do Centro de Teologia de Cascavel de 2004 a 2008.
Diocese de Jataí
Foi criada em 26 de março de 1956, pela Bula “Quo aptiori”, do papa Pio XII. Está localizada no sudoeste do Estado de Goiás e faz limite com as dioceses de Barra do Garças (MT), Rondonópolis-Guiratinga (MT), São Luís de Montes Belos (GO), Itumbiara (GO), Ituiutaba (MG), Três Lagoas (MS) e Coxim (MS).
Pertencem à diocese de Jataí os seguintes municípios: Aparecida do Rio Doce, Aporé, Cachoeira Alta, Caçu, Castelândia, Chapadão do Céu, Gouvelândia, ltajá, Itarumã, Jataí, Lagoa Santa, Maurilândia, Mineiros, Montividiu, Paranaiguara, Perolândia, Portelândia, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Santa Rita do Araguaia, Santo Antônio da Barra, São Simão, Serranópolis.
O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, assinou saudação da entidade ao bispo nomeado ontem, dia 18, pelo papa Francisco, para a diocese de Jataí (GO), padre Nélio Domingos Zortea. "Acolhemos Padre Nélio Domingos como novo membro da CNBB e fazemos votos de que o exercício de seu ministério episcopal faça a Igreja Particular de Jataí cada vez mais mãe misericordiosa e acolhedora".
Leia a íntegra da mensagem:
Saudação ao Padre Nélio Domingos Zortea
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB alegra-se com o Revmº. Padre Nélio Domingos Zortea, nomeado hoje, 18 de novembro, pelo Papa Francisco, Bispo da Diocese de Jataí – GO. Desde 2005 até o momento, Padre Nélio estava como pároco da Catedral Nossa Senhora Aparecida, em Cascavel – PR.
Padre Nélio Domingos é natural de Irai - RS. Foi ordenado presbítero em 12 de outubro de 1995, na Arquidiocese de Cascavel, onde exerceu diversas atividades, entre as quais: reitor e ecônomo do Seminário Menor São José, juiz auditor da Câmara Eclesiástica, membro do Colégio de Consultores, do Conselho de Presbíteros e do Conselho para Assuntos Econômicos, coordenador da Pastoral Presbiteral, presidente da Associação dos Presbíteros Seculares (ASJMV) e assessor da Pastoral Carcerária.
Acolhemos Padre Nélio Domingos como novo membro da CNBB e fazemos votos de que o exercício de seu ministério episcopal faça a Igreja Particular de Jataí cada vez mais mãe misericordiosa e acolhedora.
Deus o abençoe e guarde sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida.
Unidos na mesma missão,
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF
Secretário-Geral da CNBB
Com o tema, “Missionários da Misericórdia” e o lema “Por uma Igreja mais samaritana”, o Conselho Missionário (Comire) do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) realizou de 13 a 15 de novembro, na Paróquia Santa Genoveva, em Goiânia, sua assembleia eletiva, evento que contou com a participação de 42 pessoas de dez dioceses do regional.
A assembleia teve a assessoria do ex-secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e Juventude Missionária, padre Marcelo Gualberto, da diocese de Uruaçu, que destacou o sentido da ação missionária. “A missão é um chamado de Deus à conversão e a servir ao próximo pela evangelização, pois a conversão missionária parte do coração; estrutura se muda, coração se converte; um coração convertido à missão é capaz de mudar, transformar uma estrutura, como nos pede do Documento de Aparecida (DAp)”, disse ao apresentar os cinco passos para que a Igreja seja de fato missionária, “testemunho, anúncio, conversão, comunidade e missão”.
O bispo referencial para a ação missionária, dom Antonio Fernando Brochini, da diocese de Itumbiara, apontou as ações missionárias, como essenciais para animar as bases da Igreja. Segundo ele, é fundamental a animação missionária se fazer presente em todas as instâncias da Igreja. "A missão precisa acontecer nas dioceses permeando todas as atividades da Igreja. E para nos tornarmos partícipes da missão, precisamos anunciar o evangelho a todas as criaturas como Cristo nos confiou”.
Evangelizar para fora
Dom Fernando também destacou que é necessário a Igreja atender ao pedido do papa Francisco, de evangelizar na sociedade, de modo especial aqueles que ainda não conhecem a boa-nova. “Precisamos ir até as pessoas afastadas e aquelas que ainda não ouviram ou conhecem Jesus Cristo. O desafio é também este: anunciar àqueles que já ouviram e àqueles que já se esqueceram. Essa assembleia nos trouxe a visão do papa de sermos missionários da misericórdia”.
Para José Reinaldo Azarias, da Comunidade Católica Nova Aliança, de Anápolis (GO), a assembleia ajudou a entender mais o sentido da dimensão missionária. “A missão é um partir do egoísmo para o amor, nem sempre explorado como deveria”. Arlesson Borges dos Santos, coordenador da Infância e Adolescência Missionária (IAM) na diocese de Luziânia, disse que a troca de experiências é o aspecto mais importante do evento. “Conhecer como a evangelização acontece nas diversas dioceses nos leva a desenvolver ações missionárias pensando tanto na evangelização ad intra (local) e ad extra (além-fronteiras)”.
Irmã Gislene Maria de Oliveira, da diocese de Ipameri (GO), aproveitou para agradecer o ex-coordenador do Comire nos últimos anos pela dedicação e trabalhos prestados e pediu orações pelos missionários. “Agradeço ao padre Luiz Lauch que ajudou e apoiou na caminhada do Comire e peço desde já que rezemos pelos missionários que assumem a frente da caminhada do regional. Para mim foi uma honra e alegria participar da assembleia, pois o amor do Pai, a misericórdia do filho e a ação do Espírito Santo nos impulsionam para a missão”. No encerramento da assembleia foi preparado o calendário de atividades do Comire para 2016 e eleita a nova equipe executiva para os próximos quatro anos.
Nova equipe executiva do Comire
Padre Marcelo Monteiro Gualberto (Diocese e Uruaçu - GO) (à Direita)
Padre Carlos Arantes de Gouvea (Diocese de São Luis dos Montes Belos - GO) (à esquerda)
Irmã Maria das Mêrces Alves Barbosa (Diocese de Hidrolândia - GO) (à esquerda)
Thais Duarte Queiroz (jovem da Juventude Missionária e do Conselho Missionário da Arquidiocese de Brasília-DF). (à direita)
Bispo referencial - Dom Fernando Brochini - Itumbiara - (ao centro)
A carta Motu Proprio do papa Francisco, intitulada “Mitis Iudex Dominus Iesus” foi o tema de estudo da última reunião do ano, do Conselho Episcopal Regional (Conser), que aconteceu de 16 a 19 de novembro, na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), em Goiânia. O documento trata da reforma do processo canônico para as causas de declaração de nulidade no Código de Direito Canônico, que entrará em vigor no próximo dia 8 de dezembro, início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.
“O documento contém uma série de normas que modificam a vigente disciplina sobre nulidade matrimonial e nós o estudamos em atendimento ao pedido do papa de mais celeridade nos julgamentos das causas dessa natureza, no sentido de serem decididas com mais rapidez”, disse em entrevista o bispo auxiliar e presidente do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Brasília, dom Valdir Mamede, que orientou o estudo.
Outro destaque da reunião dos bispos foi a reflexão acerca do rosto da Igreja no regional. “De maneira conjunta refletimos sobre a identidade do Regional Centro-Oeste: quais questões nos marcam profundamente?”, questionou o presidente dom Messias dos Reis Silveira. Para que isso ficasse mais claro, eles retomaram as decisões da Assembleia do Povo de Deus, evento que aconteceu no mês de setembro.
“Os grandes norteadores da nossa caminhada pastoral nos próximos anos serão o Ano da Misericórdia (2016); o Ano Vocacional Mariano (2017); e o Ano da Família (2018). São essas marcas que queremos definir de tal forma que quem analisa o regional consiga nos identificar como uma Igreja que prioriza determinada realidade”, disse o presidente do regional. Os bispos também fizeram um diagnóstico da avaliação feita pelos participantes da Assembleia do Povo de Deus.
Novo bispo de Jataí
Foi durante o Conser que os bispos receberam a notícia da nomeação do monsenhor Nélio Domingos Zortea, para diocese de Jataí, que estava vacante desde maio de 2014, quando dom José Luiz Majella Delgado, foi transferido para a arquidiocese de Pouso Alegre (MG). “Tivemos a oportunidade de falar com o monsenhor Nélio por telefone e o saudamos com boas-vindas e votos de uma missão frutuosa na diocese de Jataí”, disse dom Messias.
Ainda na reunião, os bispos se confraternizaram em Trindade e conheceram as obras do novo Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Eles tiveram a oportunidade de ver o medalhão encontrado e a imagem esculpida, a partir dele, pelo artista goiano Veiga Valle, em 1840. Para o bispo auxiliar de Brasília, dom Marcony Vinícius, o momento foi ímpar. “Posso dizer que o novo santuário é especular e chama a atenção pelas dimensões e grandiosidade. Conhecemos a história da devoção ao Divino Pai Eterno, como foi encontrado o medalhão, a primeira igreja, passando pelo atual santuário, e o novo que está com as obras bem adiantadas com a cripta que já está praticamente toda fundamentada e agora as colunas sendo erguidas”.
Avaliação
O bispo de São Luís de Montes Belos (GO), dom Carmelo Scampa, avaliou positivamente a reunião. “Deveria acontecer mais vezes porque é o espaço positivo de confronto, exposição de opiniões, sonhos, perspectivas e partilha dos problemas pastorais e administrativos em âmbito regional”. O bispo também apontou como fundamental nessa reunião, o estudo do Motu Proprio. “Foi esclarecedor para o nosso ministério a aplicação das novas normas do papa para os processos de nulidade matrimonial”.
Ao final do Conser, na manhã desta quinta-feira (19), os bispos fizeram alguns ajustes na agenda do próximo ano e rezaram para que a Igreja no Centro-Oeste continue unida, missionária e fraterna.
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