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Sábado, 25 Abril 2015 17:56

Jesus; nossa Páscoa!

Páscoa faz suscitar em nós sentimentos de alegria, de paz, de liberdade e de esperança. A festa da Páscoa é bastante antiga na História da Salvação. O povo de Deus foi liberto da escravidão no Egito atravessando o mar e passou a seguir o caminho que se abria à sua frente. Essa Páscoa Hebréia aconteceu em meio aos esforços humanos, iluminados pela fé na ação libertadora de Deus. Então, foi páscoa e o povo cantou a vitória. Todos os anos essa festa continua a ser celebrada pelos judeus. Para os cristãos ela tem um novo significado.

Jesus viveu a sua páscoa. Ele subiu à Jerusalém, ali foi preso, condenado, crucificado e morto. Sua morte foi como o entrar no perigo do mar, como outrora fizera o povo de Deus. Tudo parecia estar acabado, mas eis que ressurge vitorioso aquele que havia morrido. Ele vive, o seu túmulo está vazio. O Ressuscitado se manifesta aos apóstolos comunicando o dom da paz. Essa foi a Páscoa do Filho de Deus. Ele morreu e venceu a morte, ressuscitando.

Esse fato da ressurreição de Jesus tornou-se o núcleo da fé, pois a partir dele se pode ler e viver todo o mistério de Jesus e da Igreja que ele fundou.

Nós que vivemos há muitos anos depois da morte e ressurreição de Jesus também temos a nossa Páscoa. Durante a nossa vida devemos passar de tudo o que é morte em nós e na sociedade para termos a alegria de viver. São muitas as mortes que precisam ser vencidas enquanto se vive, mas não se vence sozinho. Cristo é vida. O encontro com Ele gera vida em nós. Ele nos ajuda na nossa travessia neste mundo.

Chegará o momento do término de nossa existência neste mundo. A morte humana é a Páscoa de um filho de Deus. Na morte entramos na vida eterna para viver a grande comunhão com Deus. Na nossa páscoa Cristo está presente, pois ele nos acompanha salvando-nos e introduzindo-nos no coração amoroso do Pai para vivermos eternamente felizes.

A nossa Páscoa, se vivida na comunhão com Cristo, tem um significado de plenitude e por isso não nos põe em desespero, mas nos alegra, enche-nos de paz, tem sabor de vitória e liberdade. Cristo viveu sua Páscoa e também  nós vivenciaremos a nossa unidos a ele, pois todo mistério da vida se alicerça e se ilumina a partir dele no qual “nos movemos, existimos e somos” (Cf At 17,28).

Dom Messias dos Reis Silveira

Bispo da Diocese de Uruaçu – GO

 

Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB

Quarta, 18 Março 2015 17:54

Entrar no ritmo pascal

Mais uma vez é Semana Santa. O que ela tem de santa? Nada de santa se a nossa vida não se aproximar da vida do Santo Filho de Deus, que morreu e ressuscitou possibilitando a todos saírem de seus túmulos existenciais. Nada de santa se a nossa vida não melhorar. Para algumas pessoas ela será só uma semana como as outras do cotidiano, sem um significado especial, ou será uma semana com feriado prolongado. Mas, quem desejar, perceberá o significado desta semana e procurará viver a mística que dela emana. Nela celebra-se o maior ato de amor de Deus pela humanidade e por todo  o mundo que Ele criou. A humanidade e a natureza, a partir do fato central celebrado nesta semana, ficou profundamente mergulhada no mistério da redenção. Segue-se uma história dos redimidos pelo amor grande de Deus.

Esta semana merece ser vivida em clima de muita oração, contemplação, esforço de conversão e convivência fraterno. A oração, como disse Paulo VI, nos faz respirar na graça. Através dela a leveza de Deus suaviza a vida dos peregrinos. Com esta grande Semana chega-se, para nós, o tempo de rezar contemplando a redenção. Pelo esforço de conversão, o ser humano percebe-se que não está completo. Há um longo caminho a percorrer para todas as pessoas. Como disse Sartre “o ser humano é inacabado, é incompleto do seu nascimento até sua morte”. Pelo esforço de conversão é possível corrigir as deformações pessoais e aquelas que na nossa fragilidade provocamos nos outros e na natureza. Vivendo desta forma pode-se dizer que está iniciado, desde já, o processo de convivência fraterna que culminará na eternidade. A vivência entre irmãos que se amam é repleta de ternura. Como é bom os irmãos viverem juntos, numa só fé, com muita esperança e cheios de amor! (Cf Sl 133).

Nesta semana maior da Igreja, celebramos o mistério central da nossa fé. Do Domingo de Ramos” até Quinta-feira Santa, completamos o grande retiro quaresmal iniciado na Quarta-feira de Cinzas e vivido na perspectiva do crescimento cristão. Com a Missa da Ceia do senhor na Quinta-feira à tarde, incia-se o Tríduo pascal da morte e ressurreição do Senhor. O cume de todas as celebrações, desta grande semana, é a Vigília Pascal na noite do Sábado Santo. Esta Vigília se desdobra na alegria do Domingo da Ressurreição e nos cinqüenta dias do Tempo Pascal até o Pentecostes sagrado. Este tempo pascal  é considerado como que um único e grande domingo. O ritmo pascal envolve a todos na dança alegre das pessoas que tem um rosto iluminado pela fé na ressurreição.

Vamos viver cheios de esperança esta semana especial da Igreja com o desejo de revigorar a vida cristã. Vamos entrar na Páscoa com semblantes de ressuscitados. “No Domingo de Páscoa tem-se a oportunidade para o ser humano se deixar ser tocado pelo triunfo da vida sobre a morte. Cristo venceu a morte. Este é um bom dia para se semear uma flor” (Rubem Alves). Espalhe ondas de amor entre as pessoas de seu convívio e de sua fé e tenha uma feliz semeadura das sementes das flores que exalam o perfume da paz. “Somos da paz”

Após a Semana Santa será feliz quem procurar viver em ritmo pascal, ou seja viver uma  constante libertação a partir de Jesus. Vivendo assim, o dom da paz vai crescer em nosso meio e se poderá dizer com esperança que “somos da paz”. A paz é um dom do Ressuscitado. Muitas vezes ele se manifestou desejando a paz. Feliz entrada no ritmo pascal.

Dom Messias dos Reis Silveira

Bispo da Diocese de Uruaçu – GO

 

Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB

Segunda, 09 Março 2015 17:53

Semana Santa: Via crucis, via lucis

Celebrações e tradições religiosas levam os católicos às ruas, da Semana Santa à Páscoa.

Os dias da Semana Santa e da celebração da Páscoa são os mais importantes do calendário litúrgico da Igreja Católica e mostram um patrimônio cultural e religioso que se conta entre os mais importantes do nosso país.

Fervor e tradição marcam centenas de procissões, juntando milhares de pessoas em volta do mistério da morte e ressurreição de Cristo. Vias-Sacras e autos da Paixão, as procissões do Senhor Morto e outras manifestações arrastam multidões.

Milhares de figurantes procuram reproduzir, o mais fielmente possível, os últimos momentos de vida de Jesus, relatados nos Evangelhos. O Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em 2002 sublinham que a piedade popular se compraz na devoção a Cristo Crucificado.

Para a Igreja Católica, contudo, esta semana é apenas a porta de entrada na verdadeira festa, a Páscoa, que se celebra Domingo próximo. A Páscoa é a primeira festa cristã em importância e antiguidade. Não admira, pois, que já no Concílio de Niceia no ano 325, haja prescrições sobre o prazo dentro do qual se pode celebrar a Páscoa, conforme os cálculos astronômicos (primeiro Domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da primavera): de 22 de março a 25 de abril. Ainda que sem a visibilidade das celebrações que a precederam, em muitos casos, a Páscoa encontra na piedade popular várias expressões que ajudam a traduzir o sentimento religioso, agora mais centrado numa vertente gloriosa. O Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia passa em revista algumas dessas práticas de piedade, antigas e mais recentes: o encontro do Ressuscitado com a Mãe (n. 149); a bênção da refeição familiar (n. 150); a saudação pascal à Mãe do Ressuscitado (n. 151); a bênção anual das famílias em suas casas (n. 152); a “Via lucis” (n. 153); a devoção à divina misericórdia (n. 154); e a novena de Pentecostes (n. 155). Todas essas expressões cultuais “exaltam a condição nova e a glória de Cristo ressuscitado, assim como a força divina que jorra da sua vitória sobre o pecado e sobre a morte” (n. 148).

No Domingo de Páscoa, em muitos lugares, e em alguns locais nos dias seguintes, o sacerdote acompanhado por mais algumas pessoas, transporta o crucifixo e leva à casa dos paroquianos a “boa nova” e a “bênção pascal”. As pessoas da família, amigos e vizinhos reúnem-se e ajoelham na sala principal, onde o padre lhes dá a cruz a beijar. Particularmente relevante no tempo pascal é a vivência da alegria como cristão.

Dom Washington Cruz, CP

 

Arcebispo de Goiânia

Cristo ressuscitou! Aleluia! Assim que se cumprimentam os ortodoxos neste tempo pascal.

No início deste mês de abril, celebramos o mistério central da nossa fé – a paixão, morte e ressureição de Jesus. Fomos convidados a viver intensamente esses dias, não como algo do passado, mas com fé que Cristo continua atuando ainda hoje na nossa história. Somos chamados também a reviver na própria carne o mistério pascal: morrer ao nosso egoísmo para nascer para uma vida nova.

A festa da Páscoa é a festa da esperança. Diante de tantos sinais de morte na nossa sociedade, acreditamos que um outro mundo é possível. Só o amor verdadeiro é capaz de vencer o ódio, a violência e a morte. Celebramos o tempo pascal com alegria, sabendo que o nosso Salvador é capaz de renovar as nossas vidas.

O mistério pascal está no centro da nossa fé. São Paulo disse: “Se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor... Se é só para esta vida que pusemos a nossa esperança em Cristo, somos dentre todos os homens, os mais dignos de compaixão. Mas na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram”. (1 Cor 15, 17-20).

A vida venceu a morte, a glória da Ressurreição triunfou da cruz.

No dia 26 de abril, celebraremos o dia do bom Pastor (4º Domingo da Páscoa). É uma boa oportunidade para que as nossas comunidades rezem para a nossa santificação e para que sejamos cada vez mais fiéis ao Evangelho. Precisamos também orar para que Deus suscite no coração dos jovens o desejo de se doar totalmente ao projeto do Reino pela vida presbiteral.

Feliz Páscoa! Que o Cristo Ressuscitado nos encha de alegria e esperança!

Dom Eugênio Rixen

Bispo de Goiás

 

Vice-presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB

Desde terça-feira, nós os Bispos do Brasil estamos reunidos aqui em Aparecida, aos pés de nossa Mãe amada, buscando os rumos para a nossa caminhada eclesial. Somos muitos Bispos aqui reunidos e entre nós há Cardeais, Arcebispos, Bispos Diocesanos, Coadjutores, Auxiliares e Eméritos. A convivência é muito agradável e o clima é de muito respeito, fé e esperança.

Nosso dia começa com a celebração da Santa Missa com Laudes, na Basílica Nacional de Nossa Senhora. Após a celebração nos deslocamos numa bela e descontraída caminhada até o Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho, onde acontecem o restante de nossos trabalhos. A hospedagem é realizada no Hotel Rainha do Brasil. O deslocamento até a Basílica e Centro de Eventos se dá através de ônibus e alguns irmãos preferem ir à pé, pois não é tão longe. Todos esses momentos facilitam a convivência. Somos uma Igreja bonita e com muitas diversidades neste imenso País. Aqui se pode perceber com clareza essa realidade. Entre nós há também alguns irmãos Bispos de Ritos Orientais de comunhão com o Papa, como é o caso dos Maronitas, Armênios e Ucranianos. Todos estamos conscientes que somos aqueles que dirigimos a Barca de Pedro no mar brasileiro. Cristo está na Barca.

A nossa Assembleia foi instalada solenemente na quarta feira. Neste mesmo dia ouvimos o relatório das realizações da Presidência que está encerrando o quadriênio para o qual foi eleita. Tivemos também a oportunidade de ouvir uma aprofundada análise de Conjunturas Social e Eclesial. Essas análises nos ajudaram a sintonizarmos na realidade na qual estamos vivendo. Neste mesmo dia foi introduzido o tema central que é a readaptação das atuais Diretrizes da Ação Evangelizadora no Brasil. Essas Diretrizes vencem neste ano e no ano passado decidimos não fazermos novas Diretrizes, mas rever as atuais  acrescentando as novidades da Igreja que surgiram nos últimos tempos. Esse tema Central ocupou bastante tempo e já se encontra na fase conclusiva.

Existe uma Comissão para os Textos Litúrgicos que está encarregada de preparar o novo Missal. Foram apresentados os textos que já foram revistos e prevê-se que dentro de uns dois anos possa ser concluído esse trabalho. Desta forma estando pronto e aprovado pela Santa Sé teremos o novo Missal mais, ou menos em 2017.

Um estudo sobre os Cristãos Leigos e Leigas também foi apresentado solicitando as nossas contribuições. Os grupos se reuniram com o intuito de colaborarem com o tema. Este estudo é importante, pois o Cristão leigo tem uma missão especial que lhe é confiada no seio da Igreja. 

Os 18 Regionais da CNBB se reuniram para estudar sobre sua identidade e missão. O que se pretende é buscar uma compreensão de que não basta ter um líder nacional, mas é preciso que exista uma rede de vivência e testemunho. Os Regionais são lugares especiais deste testemunho de fraternidade, unidade e missão. 

Estamos buscando um aprofundamento sobre a realidade do dízimo no Brasil e por esse motivo os grupos se reuniram para dar contribuições para a comissão encarregada de trabalhar este tema. As Dioceses esperam uma colaboração neste sentido.

Também elaboramos e aprovamos algumas  mensagens e cartas para serem enviadas ao Papa Francisco, ao Papa Emérito, Bento XVI,  para o Prefeito da Congregação para os Bispos e para os Consagrados, uma vez que estamos vivendo o ano da Vida Consagrada.

Foi nos apresentado um informe como está a situação econômica da CNBB. O que se percebe é que está sendo bem administrada. Ouvimos também sobre a celebração dos 300 anos de encontro da imagem de Nossa Senhora  Aparecida. Associado a essa realidade jubilar foi lançado o Projeto 300 anos de bênçãos: com a Mãe Aparecida, juventude em Missão, que visa envolver a juventude na evangelização enquanto a imagem de Nossa Senhora visitará as Dioceses no Brasil.

Um momento muito esperado por todos nós Bispos é o nosso retiro espiritual. No meio de nossos trabalhos fazemos uma pausa para rezar. Ouvimos exortações, fazemos orações, meditações individuais e realizamos a nossa confissão sacramental. Trata-se de um momento de grande leveza e de profunda espiritualidade para todos nós.

O Brasil já se prepara para celebrar o XVII Congresso Eucarístico Nacional que vai acontecer em agosto de 2016, em Belém no Pará. Fomos informados dos preparativos e convidados a já fazermos nossas inscrições para participarmos.

Um momento muito significativo que realizamos aqui foi a seção solene de comemoração dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Estiveram presentes irmãos de outras religiões cristãs. Foram feitas algumas reflexões muito profundas que nos ajudaram muito. Contemplamos os frutos do Concílio e os desafios.

Assim vai se desenvolvendo nossa Assembleia. Na segunda feira daremos início às eleições para a Presidência da CNBB, Presidência das Comissões Pastorais, representante do episcopado no Sínodo a se realizar em outubro no Vaticano. Também elegeremos o nosso representante junto ao CELAM (Conferência Episcopal Latino Americana). Ainda na segunda feira será realizada a eleição para a nova Presidência do Regional Centro Oeste para o período de 2015 a 2019.

Muitas pessoas tem nos enviado notícias de que estão rezando por nós. Saber que estamos sendo acompanhados pelas orações do povo brasileiro nos alegra. 

A nossa Assembleia vai se estender até o dia 24 de abril quando com alegria concluiremos este grande e importante evento eclesial. Sabemos que o povo brasileiro, especialmente os católicos acompanham com ardor os nossos trabalhos. Assim temos consciência de que a Assembleia é realizada não só por nós que aqui estamos, mas por todos que de alguma forma são envolvidos neste ambiente eclesial.

Dom Messias dos Reis Silveira

Bispo de Uruaçu

 

Presidente do Regional Centro Oeste

 

Terça, 12 Mai 2015 17:47

Nossa Senhora de Fátima

Tenho ouvido as pessoas falarem muito de Nossa Senhora de Fátima nestes dias devido principalmente a duas datas. O dia 13 de maio no qual comemoramos a primeira aparição de Maria aos Pastorzinhos e a já aproximação do ano de 2017 em que se celebrará os 100 anos da aparição.     

A aparição de Nossa Senhora em Fatima é uma intervenção materna na história da Igreja muito próxima a nós não só porque Nossa Senhora falou na nossa língua, mas obviamente por outros motivos. 

É importante para a Igreja porque a mensagem de Fátima reproduz fielmente de uma forma popular e catequética a doutrina da Igreja. 

Tem uma grande singeleza e força evangélica. Parece que o evangelho ressoa. Abrange todo o dogma católico. Os mistérios da Trindade e da Encarnação, os Sacramentos e os anjos, o mistério inefável da Eucaristia e o papel único de intercessão da Virgem, a solicitude do seu Coração Doloroso. Os grandes dogmas Céu, Inferno e Purgatório.

Jamais houve manifestação sobrenatural de Nossa Senhora de conteúdo tão rico como a de Fátima, nem houve nenhuma outra aparição que tenha transmitido uma mensagem tão clara e tão profunda. 

São João Paulo II quando esteve em Fátima em 2000, para beatificar os pastorzinhos disse que o convite à penitência e à conversão, expresso com as palavras de Maria continua atual. Inclusive mais do que na época das aparições.

As últimas palavras de Nossa Senhora foram “Não ofendam mais a Nosso Senhor, que já está muito ofendido”. 

A irmã Lúcia lembra perfeitamente até hoje a tristeza da Virgem ao dizer estas palavras. Foi uma queixa amorosa e um pedido terno. “Quem me dera que todos os filhos da Mãe do Céu ouvissem esse pedido com o som de Sua voz”.

Em Fátima, Nossa Senhora mostra-se mestra de oração. O Anjo deteve-se com as crianças rezando e ensinando orações preciosas. Depois, Nossa Senhora insistiu nesse clima de oração e de fervor. “Rezai, rezai muito, e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

E, de todas as orações, a predileta é o terço. Não recitado mecanicamente, mas acompanhada pela meditação dos mistérios. 

Talvez mais do que a ninguém se aplicam a estes três pastores de Fátima aquelas palavras de louvor que Cristo dirige ao seu Pai:

"Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, por teres ocultado estas coisas aos sábios e entendidos e as teres revelado aos pequeninos. 26. Sim, Pai, porque desta maneira é que se realizou o que dispuseste na tua benevolência. 27. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai, nem alguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” Mt 11, 25

É notável como isso se cumpriu. Três crianças pobres, analfabetas que entendem tudo. Coisas que para nós são problemáticas: a necessidade de fazer penitência, mortificação, a necessidade de se rezar muito, de fazer atos de desagravo, de oferecer sacrifícios pela conversão dos pecadores. De pedir pelas pessoas a Nossa Senhora. 

A transformação destes pastorzinhos e também a de muitos peregrinos que tem ido rezar lá mostram a força dessa mensagem. 

Durante muito tempo se afirmou a impossibilidade de crianças praticarem virtudes heroicas... culminou com a Beatificação dos pastorzinhos mostrando que nesta idade a santidade é possível. 

Nosso Senhor disse que se nós não nos converter-nos e não nos tornarmos como crianças, não entraremos no reino dos Céus.

Com a beatificação destas crianças fica mais evidente para nós que não existe idade para a santidade.  Essas crianças tiveram essa mudança.

Nós também podemos ter essa mesma fé simples. Acreditar nas intervenções de Deus na sua forma mais ordinária, que é no pequeno feito com muito amor, característica dos pastorzinhos. 

O ponto mariano mais específico, mais essencial e mais característico da mensagem de Fátima é a devoção ao Coração Imaculado de Maria.

Um coração que precisa também ser reparado, por ser tão especial pede-nos que o amemos de uma forma apaixonada, porque este coração sofre com os nossos pecados. 

Do Coração de Maria sai essa luz que ilumina toda a escatologia de Fátima: a visão do inferno, a Rússia e o mistério da iniquidade, o afastamento das penas do inferno e que culmina com o triunfo do Coração Imaculado de Maria que é a glória eterna. 

Vamos pedir a Nossa Senhora de Fátima que seu Imaculado Coração triunfe nas nossas vidas e no mundo inteiro.

Dom Levi Bonatto

Bispo auxiliar de Goiânia

 

Secretário do Regional Centro-Oeste 

Quarta, 13 Mai 2015 17:45

A missão de Maria

“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho.  Ela deu à luz um filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias.   O dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino. Mas à Mulher foram dadas duas asas de grande águia, a fim de voar para o deserto, para o lugar de seu retiro, onde é alimentada por um tempo, dois tempos e a metade de um tempo, fora do alcance da cabeça da serpente. A serpente vomitou contra a mulher um rio de água, para fazê-la submergir. A terra, porém, acudiu à Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o dragão vomitara. Este, então, se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra contra toda a sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. E ele se estabeleceu na praia.”

Apocalipse 12, 1-6; 13-18

Tal como está narrado neste trecho do livro do Apocalipse de São João, podemos identificar em nossos dias a atuação de Maria a favor dos filhos de Deus. Ela tem grande atuação a favor daqueles que nasceram das águas do batismo. Assim como Jesus depois de nascer de Maria careceu dos cuidados da mãe e de José, pois tão logo nascera, o dragão procurava devorá-lo. Para que Jesus Cristo pudesse realizar sua missão, era necessário que, como homem desviasse de todos os ataques do inimigo que não queria que sua missão se cumprisse.

A Igreja tem a mesma missão que Maria: conceber, gestar e cuidar para que Cristo nasça, cresça e se defenda do inimigo que não quer que a obra de Deus se realize. A fé nasce do anúncio do evangelho. Concebe quem o acolhe “Fiat” Sim; O nascituro é alimentado, educado e cuidado pela mãe Igreja. Não obstante nos encontremos no mundo, expostos ao ataque do inimigo, contamos sempre com os cuidados maternos da Igreja. Não nos iludamos de que as coisas possam ser fáceis, porém sendo vigilantes e astutos poderemos a cada dia experimentarmos a vitória pascal.

Pela evangelização, Jesus Cristo vai sendo formado e desenvolvido em nós, mas nós nos deparamos com a nossa concupiscência (Inclinação natural para o mal), e as solicitações do mundo, juntamente com as mensagens contrárias ao evangelho advindas do inimigo, nós travamos a mesma batalha da Mulher (Maria) e o dragão (Demônio).

A nossa fé deve ser esclarecida, por isso o Documento de Aparecida e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, nos encorajam a percorrermos um itinerário válido de iniciação cristã.

Inspirado no RICA (Ritual da Iniciação Cristã de Adultos), que nos ajude à amadurecermos à nossa fé e sermos cristãos mais sólidos, resistentes aos riscos deste mundo plural, secularizado, materialista com tendência a um indiferentismo religioso. Para tanto, contamos com o exemplo e a proteção materna de Maria. Com ela e na Igreja, haveremos de atingir a vitória de seu filho Jesus e a que se deu na vida dela, a primeira salva.

Ó Maria concebida e sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Dom José Ronaldo Ribeiro

 

Bispo Diocesano de Formosa-GO

No dia da Ascensão do Senhor a Igreja celebra o “Dia Mundial das Comunicações Sociais”. Essa comemoração está presente no calendário da Igreja, foi recomendada pelo Concílio Vaticano II, no Decreto Inter mirifica e é celebrada desde 1967. O papa todos os anos envia uma mensagem para esse dia. A mensagem do Romano Pontífice é entregue no dia 24 de janeiro, dia de São Francisco Xavier, padroeiro dos jornalistas.

Neste ano de 2015 o papa enviou a mensagem com o seguinte tema: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”.  É muito bonita essa mensagem do papa. Ele toma como referência bíblica a imagem do encontro de Maria com sua prima Isabel. Naquele encontro houve comunicação de vida, amor, fé, alegria, ternura e serviço. Esses elementos estão presentes na família. O papa não chama a atenção em sua mensagem para proteger, defender valores familiares, mas diz que a família em si é comunicação. Uma família de Deus tem muito a comunicar ao mundo. 

O Santo Padre recorda que não existe família perfeita, mas não é preciso ter medo da imperfeição, da fragilidade, nem mesmo dos conflitos; é preciso aprender a enfrentá-los de forma construtiva. Por isso, a família na qual as pessoas, apesar das próprias limitações e pecados, se amam, torna-se uma escola de perdão.

Não se pode negar que existem deficiências no ambiente familiar e que elas são tentações para seus membros se fecharem, mas se existe um ambiente de amor, tudo pode se transformar, estimular, se abrir, compartilhar e se tornar comunicação geradora de vida.

A família tem muito a comunicar. Ela é comunicação. Deus abençoe as famílias e todos os comunicadores e comunicadoras do bem e da paz. Os instrumentos de comunicação estejam colocados a serviço da construção de uma vida familiar digna e santa.

Dom Messias dos Reis Silveira

Bispo Diocesano de Uruaçu

 

Presidente do Regional Centro-Oeste

Na terça-feira (13) duas turmas encerraram mais um módulo da Pós-Graduação Lato Sensu, em Pedagogia Catequética, na Cidade de Goiás. Uma delas está concluindo o curso. A formação, organizada em quatro etapas que acontecem de maneira intensiva nos meses de janeiro e julho, é uma parceria da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), com a Diocese de Goiás. 

Segundo o coordenador da Pós-Graduação, padre Leandro Francisco Pagnussat, para 2017 já está sendo planejada uma nova turma e as inscrições serão abertas em breve. Ele antecipa que o curso sofrerá mudanças para melhor atender aos objetivos da formação. “Depois de um longo período é importante rever a estrutura do curso conforme as necessidades atuais da Igreja e os desafios que o mundo nos apresenta”, explica. Ele destaca que essa Pós-Graduação, em sua décima turma, muito já contribuiu para a formação dos catequistas em todo o Brasil.

O bispo de Goiás, Dom Eugênio Rixen, comenta as escolas de catequese procuram ser mais completas possível para que os catequistas formados possam corresponder à missão da Igreja. “A complexidade do mundo atual exige catequistas preparados. Por isso, a finalidade das escolas de catequese é oferecer uma formação adequada aos aspectos humano, afetivo, espiritual, bíblico, litúrgico, doutrinal, político, cultural e, possibilitar o crescimento do catequista na fé, na vida pessoal e no concreto seguimento de Jesus Cristo”, diz, citando o Diretório Nacional de Catequese (289). Ainda conforme o bispo, o curso “é uma grande contribuição para a ação evangelizadora e para a formação de novos educadores da fé”.

A Pós-Graduação em Pedagogia Catequética exige a produção de um artigo científico (TCC), que visa estimular a reflexão catequética. Mais informações com a Diocese de Goiás pelo telefone (62) 3371-1206, das 8h às 12h.

Informações e fotos: Diocese de Goiás

 

 

O volume “O nome de Deus é Misericórdia” foi apresentado na manhã desta terça-feira (12) no Instituto Patrístico Augustinianum de Roma. Além do autor da conversação com o papa, o vaticanista Andrea Tornielli, participaram do evento o cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, e o ator e diretor cinematográfico italiano Roberto Benigni. O comovente testemunho do encarcerado Zhang Agostino Jianquing, e ainda, a participação do diretor da Livraria Editora Vaticana, padre Giuseppe Costa. A apresentação foi moderada pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

Um livro para aprofundar o mistério da Misericórdia de Deus e entender o que esta representa na vida e no Pontificado do papa Francisco. É o significado mais profundo do livro “O nome de Deus é Misericórdia” nascido da entrevista, ou melhor, como precisou padre Lombardi, da conversação do Pontífice com o vaticanista Tornielli. Publicado no Ano Santo, o volume – editado em 86 países – representa, segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, um valioso subsídio para o Jubileu da Misericórdia:

"Este livro-conversação é preciosíssimo justamente no contexto deste Ano jubilar. Com esse livro-conversação temos a sua experiência da misericórdia, em sua vida sacerdotal, em seu ministério, em sua espiritualidade.”

“Quem está em busca de revelações – disse o cardeal Parolin em sua fala – talvez fique desiludido”. Efetivamente, o volume quer “tomar o leitor pela mão para entrar no mistério da Misericórdia, que é a carteira de identidade do cristão”, ressaltou o purpurado.

“O volume, que é de fácil leitura, tem uma característica que é peculiar de seu autor principal, ou seja, o papa. De fato, é um livro que abre portas, que quer mantê-las abertas e pretende indicar possibilidades; que deseja fazer resplendecer, ou ao menos mostrar, o dom gratuito da infinita misericórdia de Deus, “sem o qual o mundo não existiria” – como disse uma vez uma anciã ao então Dom Bergoglio, pouco após tornar-se bispo auxiliar de Buenos Aires.”

O livro, acrescentou o cardeal, não dá respostas definitivas, nem entra na casuística, mas “alarga o olhar ao encontro com o amor infinito de Deus” que supera as lógicas humanas.

E recordou que Francisco não somente nos recorda que vivemos num mundo que perdeu o sentido do pecado, mas que cada vez mais precisa de misericórdia.

Em seguida, o cardeal Parolin evidenciou a importância da misericórdia não somente na conversão pessoal, mas também nas relações entre os Estados e os povos. O papa Francisco tem convicção disso, disse o purpurado, como o tinha São João Paulo II, em particular, após os atentados de 11 de setembro:

“A mensagem do papa, a mensagem cristã da misericórdia e do perdão, as muitas portas santas que são escancaradas, o chamado a deixar-se abraçar pelo amor de Deus é algo que não diz respeito somente à conversão de cada um de nós, à salvação da alma de cada pessoa; é algo que nos diz respeito também como povo, como sociedade, como país e pode ajudar-nos a construir relações novas e mais fraternas porque quem experimentou em si a abundância da graça no abraço de misericórdia, quem foi e continua sendo perdoado, pode restituir ao menos um pouco daquilo que gratuitamente recebeu.”

É um livro comovente porque mostra que o abraço de Jesus nos levanta se nos abandonamos ao amor de Deus, disse ainda o Cardeal Secretário de Estado.

A participação sucessiva suscitou comoção: o testemunho de Zhang Agostino Jianquing, jovem encarcerado de origem chinesa, detido em Pádua – nordeste da Itália –, que contou como após anos de violência encontrou a fé propriamente no cárcere, através de um voluntário que o levou ao encontro com o Senhor:

“Após o Batismo entendi toda a misericórdia da qual fui objeto, mesmo quando não me dava conta disso. E este livro do Papa Francisco ajudou-me a compreender melhor aquilo que aconteceu comigo. Eis o motivo do nome ‘Zhang Agostino: Agostino porque pensando em Santo Agostinho, em sua história, comoveu-me particularmente sua mãe, Santa Mônica, por todas as lágrimas que derramou por seu filho, esperando reencontrar o filho perdido. É de certo modo como a minha situação: pensando em minha mãe e no rio de lágrimas que derramou por mim, esperando que eu pudesse reencontrar o sentido da minha vida.”

Em seguida, com palavras comoventes, Zhang Agostinho agradeceu ao Papa, a quem pôde encontrar propriamente com a publicação do livro, por sua constante atenção e cuidado para com os encarcerados:

“Caro papa Francisco, obrigado pelo afeto e a ternura que jamais deixa de nos testemunhar. Obrigado por seu incansável testemunho. Obrigado pelas páginas deste livro das quais emerge o coração de um pastor misericordioso. E nós o recordamos sempre em nossas orações.”

Da comoção suscitada pelo detento passou-se à alegria contagiante: a última participação, muito aguardada, foi a do ator e diretor cinematográfico Roberto Benigni, que arrancou o efusivo aplauso dos presentes. O ator iniciou ressaltando os sentimentos que teve com a leitura do livro:

“É um livro – digamos – que nos acaricia, que nos abraça, que nos ‘misericordia’, que é um termo inventado pelo Papa. Misericórdia – atenção! – não é uma virtude assim, que está sentada na poltrona... é uma virtude ativa, que se move: olhem para o Papa, jamais está parado! Move não somente o coração, mas também os braços, as pernas, os calcanhares, os joelhos, move o corpo e a alma, jamais está parado! Vai ao encontro dos míseros, da pobreza, não fica parado um segundo...”

Benigni prosseguiu sua reflexão sobre a Misericórdia evidenciando que esta, junto ao perdão, é a mensagem mais forte que está emergindo do Pontificado de Francisco.

“E a misericórdia para Francisco – atenção! – não é uma visão adocicada, condescendente ou, pior ainda, ‘bondosista’ da vida: não! É uma virtude severa, é um verdadeiro desafio, mas não somente religioso-teológico: é um desafio social, político! Aquilo que Francisco está fazendo é impressionante. E o que Francisco faz para vencer esse desafio, digamos, incrível? O que é que lhe dá forças? É propriamente a medicina da misericórdia. Vejam só, ele vai buscá-la entre os derrotados, entre os últimos dos últimos. Aonde foi publicamente quando começou seu Pontificado? Foi a Lampedusa, propriamente aonde chegam os últimos dos últimos. E onde abriu a Porta Santa do Jubileu? Na República Centro-Africana, em Bangui, no lugar mais pobre dos pobres dos pobres do mundo: justamente no lugar mais pobre Francisco vai ao encontro da proximidade, da dor do mundo, do sofrimento, porque ali, no meio da dor nasce a misericórdia.”

Num mundo que pede a condenação, ressaltou Benigni, Francisco quer, ao invés, a misericórdia. E não vê contraposição com a justiça:

“E então, diz, porém, se se perdoa tudo, para que serve a justiça? Mas a misericórdia – nos diz o papa Francisco – é a justiça maior. A justiça é o mínimo da misericórdia. A misericórdia não elimina a justiça: não a suprime, não a corrompe. Vai além. Um mundo somente com a justiça seria um mundo frio, não? E se sente que o homem não precisa somente de justiça: precisa também de algo diferente. No livro se sente que Francisco nos faz perceber exatamente isso, porque a misericórdia é propriamente a fonte de seu Pontificado...”

Por fim, o autor do livro com o papa, o vaticanista do diário “La Stampa” Andrea Tornielli agradeceu aos que – a começar pelo editor – acreditaram neste projeto editorial e quis unir a figura de Bergoglio à de São João XXIII, que sabia olhar com misericórdia para os pecadores, abraçando todos, inclusive os encarcerados, como faz hoje o Papa Francisco.

Fonte: Rádio Vaticano

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