Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
No próximo sábado, 2 de maio, completa um ano do falecimento do bispo emérito da Cidade de Goiás, dom Tomás Balduíno. Celebrações já estão sendo realizadas em sua memória. Antônio Canuto, membro fundador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), relembra a figura profética do bispo que sempre lutou pelas causas sociais.
Dom Tomás, presente!
Tomás é Palavra
A palavra que banha como bálsamo.
A palavra que fustiga.
Incendeia.
A palavra que perdoa
Mas aponta – sempre – o caminho da justiça!
Assim se exprimia Pedro Tierra, quando recebeu a notícia da morte de dom Tomás, há um ano.
Já se vai um ano. E parece que foi ontem. Ficamos todos, sobretudo na CPT, um pouco órfãos, acostumados à lucidez de sua palavra, à firmeza de suas convicções e de sua fé.
Ontem (28), em Goiânia, houve uma celebração relembrando este primeiro aniversário. Faz parte da 1ª Semana Dom Tomás. Celebração realizada junto ao Grupo de Vivência Ecumênica que congrega diversas denominações religiosas e que reuniu amigos e companheiros de dom Tomás. Ambiente muito próprio, pois dom Tomás foi pastor para além dos muros da Igreja.
Na abertura da celebração um vídeo curto com uma fala de dom Tomás, e palavras de dom Erwin, Leonardo Boff, João Pedro Stédile, sobre ele. E com parte do ritual indígena realizado na Catedral de Goiás, no dia de seu sepultamento.
E foram lembrados momentos que marcaram a vida de muitos presentes em sua relação com Dom Tomás, destacando o cunho profético da ação e da palavra dele.
No próximo domingo, dia 3, na Catedral da Diocese de Goiás, uma missa encerrará a semana. O site da Diocese de Goiás publicou uma entrevista do bispo concedida ao Instituto Humanitas Unisinos, em 1º de janeiro de 2013. Acesse neste link http://goo.gl/12YCjr
Mensagem da CNBB aos trabalhadores e trabalhadoras
Quero apenas ver o direito brotar como fonte, e correr a justiça qual regato que não seca (Am 5,24)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, por ocasião das comemorações do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, neste 1º de Maio, manifesta seu apoio aos homens e mulheres que, pelo trabalho, constroem caminhos de vida e de fraternidade. Dimensão fundamental da existência da pessoa humana sobre a terra (cf. LE, 4), o trabalho transforma as pessoas e a natureza, apoiado na inteligência e na criatividade humanas a serviço do bem.
Nunca é demais recordar que “o trabalho é um bem de todos, que deve ser disponível para todos aqueles que são capazes de trabalhar. O pleno emprego é, portanto, um objetivo obrigatório para todo o ordenamento econômico orientado para a justiça e para o bem comum” (CDSI 288). Saliente-se, portanto, que “a obrigação de ganhar o pão com o suor do próprio rosto supõe, ao mesmo tempo, um direito. Uma sociedade onde este direito seja sistematicamente negado, onde as medidas de política econômica não consintam aos trabalhadores alcançarem níveis satisfatórios de ocupação, não pode conseguir nem a sua legitimação ética nem a paz social” (CA, 43). O Papa Francisco afirma que “a economia não pode mais recorrer a remédios que são um novo veneno, como quando se pretende aumentar a rentabilidade reduzindo o mercado de trabalho e criando assim novos excluídos” (EG, 204).
A situação política e econômica pela qual passa o Brasil exige que se dê atenção especial à defesa, consolidação e ampliação dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Tramitam no Congresso Nacional a Medida Provisória 664/2014, que trata de mudanças nas regras de acesso ao auxílio-doença e à pensão por morte e a Medida Provisória 665/2014, que trata do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso, no caso dos pescadores. Elas representam uma ameaça aos trabalhadores. A lei que permite a terceirização do trabalho, conforme manifestação da CNBB durante sua 53ª Assembleia Geral, não pode negar ou restringir o direito dos trabalhadores. “A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres (...). É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise”. (CNBB, 21.04.2015).
Reiteramos nossa preocupação com o número de trabalhadores que ainda estão em regime de escravidão. Urge que a Proposta de Emenda Constitucional 57/1999, já aprovada no Senado, embase a punição legal às empresas que fazem uso da mão de obra escrava. Não podemos mais conviver com essa realidade que atenta contra a dignidade da pessoa humana.
Nesse 1º de Maio, em que trazemos à memória os que doaram sua vida na defesa e promoção dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, fazemos votos de que cresça, sempre mais, “a consciência de que o trabalho humano é uma participação na obra de Deus” (LE, 25). Agradecemos, pois, os trabalhadores e trabalhadoras que, não obstante as adversidades e graves problemas sociais, empregam todos os seus esforços pela construção de uma sociedade democrática e justa.
Que Deus seja a força dos trabalhadores e trabalhadoras e São José alcance de Jesus Cristo proteção e graça para todos.
Brasília, 1º de maio de 2015
Dom Sérgio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo Sebastião Krieger
Arcebispo de Salvador
Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
A Cáritas Brasileira e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estão se articulando para o lançamento da campanha de arrecadação de recursos financeiros para as vítimas do terremoto de magnitude 7,9 ocorrido no último sábado, 25, e que atingiu o Nepal, a Índia e a China. Segundo a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), o desastre natural afetou mais de 8 milhões de pessoas, com mais de 5 mil mortos e 6 mil feridos.
Diante da tragédia, a Cáritas Internacional (CI) está trabalhando com a Cáritas Nepal para oferecer ajuda aos feridos e desabrigados. A partir de uma teleconferência realizada entre 14 entidades que prestam apoio às vítimas do terremoto no Nepal, foi produzido um relatório da situação do país e de sua população neste momento.
A Rede Caritas e entidades parceiras apontaram que casacos, lonas e tendas, água e alimentos estão entre as principais e imediatas necessidades expressas pela Cáritas Nepal.
No domingo, 26, o papa Francisco rezou uma Ave Maria pelas vítimas do terremoto, junto aos fiéis reunidos na praça São Pedro, no Vaticano. Na oração dominical do Angelus, ele dirigiu uma mensagem de alento aos atingidos. “Desejo confirmar a minha proximidade com as populações atingidas pelo forte terremoto no Nepal e que atingiu também os países vizinhos. Rezo pelas vítimas, pelos feridos e por todos os que sofrem devido a esta calamidade. Que tenham o apoio da solidariedade fraterna”, expressou Francisco.
Recursos humanos e financeiros:
Neste momento, 33 agentes de várias Cáritas do mundo estão no Nepal e há um recurso de, aproximadamente, 2,5 milhões de euros para atender às necessidades imediatas dos sobreviventes.
A Caritas Nepal determinará sobre a necessidade de mais recursos humanos e será estabelecido mecanismo de apoio.
Para mais informações:
- Cáritas Brasileira: Localização: SGAN Quadra 601 Módulo F / Asa Norte - CEP: 70830-010 (Brasília-DF). +55 (61) 3521-0350
- Caritas Nepal: entre em contato com Lilian Chan: Telefone Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou telefone +61 410 009 200.
Arquidiocese de Brasília promoveu na manhã de domingo (3) Missa Festiva em memória a primeira Celebração Eucarística realizada na Capital Federal.
A Missa foi presidida por monsenhor Piergiorgio Bertoldi - recentemente nomeado pelo papa Francisco, Núncio Apostólico de Burkina Faso-Niger na África - e concelebrada pelo arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos no Brasil (CNBB), dom Sergio da Rocha.
Também estiveram presentes: o Núncio Apostólico, dom Giovanii d’ Aniello; o bispo Militar, dom Fernando José Monteiro Guimarães; o bispo emérito de Floriano (PI), dom Augusto Alves, e os bispos auxiliares da Capital: dom Leonardo Ulrich Steiner, dom Valdir Mamede, dom José Aparecido Gonçalves e dom Marcony Vinícius Ferreira.
Na acolhida, o arcebispo dom Sérgio, expressou o seu contentamento por aquela celebração. “Esse é um dia muito especial, dia de alegria e louvor a Deus porque hoje nós estamos celebrando mais um aniversário da primeira missa celebrada em Brasília. Nosso louvor a Deus por esse acontecimento que marcou Brasília, porque naquela ocasião foi plantada a Cruz de Cristo, celebrada a Eucaristia e acolhida a imagem de Nossa Senhora Aparecida, Nossa Mãe e Padroeira”.
Para dom Sergio, celebrar por todos esses anos a memória da Primeira Celebração é lembrar de um sentimento valioso e que dá base para a comunidade cristã brasiliense, que é a fé, e, que segundo o arcebispo, deve ser renovada e firmada a cada dia.
“Aquela fé que foi testemunhada lá no início, ela continua a ser vivida e a ser celebrada ao longo desses anos todos, pela graça de Deus. Aquele momento foi e é marcante para a história de nossa Igreja no DF. E a cerimônia de hoje, de modo especial, é motivo de ação de graças e de renovado compromisso de viver a fé, de construir a nossa cidade sob o alicerce que é Cristo, e a Palavra Dele”, disse o arcebispo.
Já para Monsenhor Piergiorgio, relembrar a primeira Missa é celebrar o amor, que segundo ele, foi a semente lançada na época, pelo cardeal dom Carlos Camelo de Vasconcelos Motta, arcebispo de São Paulo; e que também é o meio mais rápido e eficaz de se construir uma sociedade melhor e um mundo de paz.
"Comemorar essa Primeira Missa de Brasília é importante porque a semente que foi lançada naquela primeira missa por dom Motta, na época arcebispo de São Paulo, é justamente a semente do amor. Ele acreditava que nós, moradores desta cidade, podíamos - e eu digo que podemos - construir uma cidade como Deus queria e ainda quer. Uma cidade na qual o amor prevalece, em que o amor conduza as relações. Lembrar essa primeira missa é o agradecimento cotidiano pelos irmãos que cruzam a nossa estrada, é viver a experiência de amar uns aos outros. (...) É reconhecer os milagres que aqui já acontecem, e que são produzidos justamente por essa primeira missa e por todas as outras Eucaristias aqui celebradas. É o milagre de transformar esse local em uma cidade acolhedora e aberta, que olha com carinho para os pequenos e necessitados. Claro que há muito caminho para a perfeição. Insisto nisso porque nós somos testemunhos que o centro dessa cidade é justamente o Corpo e o Sangue e Cristo, por essa razão somos capaz de amar como Jesus", finalizou.
Ação de Graça pela Nomeação
Durante a celebração também foi comemorada a nomeação de Monsenhor Piergiorgio Bertoldi para Núncio Apostólico de Burkina Faso – Niger, na África, feita recentemente pelo papa Francisco.
“Monsenhor Piergiorgio tem servido a Nunciatura Apostólica do Brasil há vários anos com dedicação exemplar e com reconhecida competência. (...) Agradecemos muito ao Monsenhor Piergiorgio por seu testemunho de comunhão com o Santo Padre, o papa Francisco; o amor e o serviço à Igreja do Brasil e a disponibilidade de atender e escutar os bispos, e o seu jeito simples de ser. A Arquidiocese de Brasília bendiz a Deus por essa nomeação. E ao monsenhor Piergiorgio, a nossa mais sincera gratidão!”, disse o arcebispo dom Sergio da Rocha.
Monsenhor Bertoldi foi ordenado sacerdote em Milão, na Itália. Em 1995, entrou para o serviço diplomático da Santa Sé, com formação acadêmica em Direito Canônico. Após a preparação na Academia Eclesiástica, prestou assistência nas Representações Pontifícias na Uganda, República do Congo, Colômbia, Romênia e Brasil.
Representou várias vezes os Núncios Apostólicos no Brasil - o Cardeal dom Lorenzo Baldisseri e o atual dom Geovanni D'Aniello - em cerimônias oficiais do episcopado brasileiro, como sagrações episcopais e posses canônicas de novos bispos e instalações e aniversários de diocese.
A Ordenação Episcopal de Monsenhor Piergiorio será realizada no dia 02 de Junho, em Milão.
História da Primeira Missa de Brasília
A primeira missa do DF foi celebrada em 1957 e presidida pelo então arcebispo de São Paulo, cardeal dom Carlos Camelo de Vasconcelos Motta. A cerimônia ocorreu na Praça do Cruzeiro, marcando o início da construção de Brasília. Foi também nesta primeira Missa que a Capital Federal recebeu a imagem de Nossa Senhora Aparecida que se encontra hoje na Catedral. A Cruz de madeira usada na Celebração também está exposta na Catedral.
Foi a partir de 2008, que a Arquidiocese de Brasília passou a relembrar este ato com Santa Missa na Praça do Cruzeiro, ponto mais alto do Planalto Central. Mas em 2014, a realização desta solenidade foi transferida para a Catedral Metropolitana de Brasília.
Nesta terça-feira (5) o Grupo de Trabalho responsável pela estrutura e organização da Assembleia Eclesial do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) que acontecerá no próximo mês de setembro, deu início aos primeiros encaminhamentos do evento. Na ocasião foi aprovado o regimento e definidos os primeiros passos de trabalho.
De acordo com o secretário executivo do regional, padre Eduardo Luiz de Rezende, um questionário será enviado aos coordenadores de pastoral e organismos das dioceses que deverão responder e devolver o material até o próximo dia 15 de junho quando acontece a segunda reunião do GT.
A 19ª Assembleia Eclesial do Regional Centro-Oeste tem como tema “Igreja toda missionária a serviço da sociedade” e lema “Servir ao Senhor com Alegria” (Sl 99, 2). Deverá acontecer nos dias 11 a 13 de setembro, na Casa de Convivência Sagrada Família de Nazaré, em Brazlândia (DF).
Nesta sexta-feira (8) a Pastoral da Comunicação (Pascom) do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) realiza reunião, na sede da entidade, com todos os coordenadores da pastoral nas dioceses. Durante o encontro, na parte da manhã, acontece um momento de reflexão sobre a Mensagem do Papa por ocasião do 49º Dia Mundial das Comunicações, celebrado sempre na Festa da Ascensão do Senhor e divulgada no dia 24 de janeiro, Dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.“O tema ‘Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor’, está em sintonia com o Sínodo dos Bispos sobre a família, que acontecerá no próximo mês de outubro, no Vaticano”, comentou o bispo de Uruaçu (GO), referencial para a comunicação e presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Messias dos Reis Silveira.
Os participantes têm também um momento de partilha sobre as atividades de comunicação desenvolvidas no regional. O padre redentorista e jornalista Rafael Vieira, participa e ajuda nas discussões. Ainda pela manhã os participantes são informados sobre a representatividade do Regional Centro-Oeste no 9º Mutirão de Comunicação (Muticom) que acontecerá de 15 a 19 de julho, em Vitória (ES).A parte da tarde é marcada por um encontro com os veículos de comunicação ligados à Igreja no Centro Pastoral Dom Antonio (CPDA) na Rua 10, Centro de Goiânia. “Temos um momento de oração inicial e, logo após, o irmão redentorista Diego Joaquim faz a apresentação do documento 100 da CNBB, Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil; temos também um trabalho de partilha com as emissoras sobre a busca de respostas para a seguinte pergunta: o que podemos fazer juntos pela caminhada da Igreja no regional?”, completa Dom Messias.
Foto: Reunião de 2014/arquivo
No dia 3 de maio, Dom Eugênio Rixen, bispo da Diocese de Goiás, celebrou a missa de um ano do falecimento do bispo emérito daquela diocese, Dom Tomás Balduíno, na Catedral de Sant’Ana, mesmo local onde no ano passado as pessoas se despediram do bispo que se tornou símbolo da luta pelos direitos humanos, indígenas e dos pequenos agricultores. No início da celebração, todos cantaram “Onde Reina o amor, fraterno amor, Deus aí está”, letra que representa bem como Dom Tomás concretizou o Reino de amor, manifestando a presença de Deus nas causas sociais.
Durante a homilia, Dom Eugênio enfatizou as lutas assumidas por Dom Tomás ao longo de toda a sua vida. Disse que “os ideais defendidos pelo prelado continuam presentes e animados pelo mesmo Espírito que o acompanhou. Isso pode ser percebido através dos cantos da caminhada das opções da Diocese de Goiás”, declarou. Participaram da missa, representantes do Conselho Indigenista Missionário do Tocantins (CIMI – TO); da Comissão Pastoral da Terra Nacional e Regional (CPT), antigos amigos e pessoas que estiveram muito próximas de Dom Tomás nos seus últimos dias de vida.
No fim da celebração, o grupo do canto entoou uma canção composta por Pedro Munhoz chamada “Balduíno” com o refrão: “Um silêncio que se faz, Cai a tarde, bate o sino, Segue em frente, vai em paz, Para sempre, Balduíno” No túmulo de Dom Tomás, do lado esquerdo do altar, encontra-se o tronco que simboliza sua pessoa na tradição dos povos Krahô, confeccionado no ritual fúnebre realizado por esta tribo em 2014. Por fim, todos se reuniram diante desse túmulo e receberam a bênção de Deus invocada por Dom Eugênio.
Em sua primeira reunião do ano, no dia 21 de fevereiro, a coordenação da Pastoral da Educação no Regional Centro-Oeste, definiu a realização de dois eventos para professores. O primeiro já tem data marcada e acontecerá em 21 de maio, em Goiânia. O segundo é um retiro, em Pirenópolis, com data ainda a ser definida. Este é voltado também para agentes de pastoral, pessoal administrativo das escolas e para toda a comunidade escolar e local.
A Pastoral da Educação, neste ano, vai procurar implementar as propostas recomendadas pelo bispo referencial na gestão anterior, Dom Waldemar Passini Dalbello. A ideia dele era organizar uma estrutura de oração baseada na Lectio Divina. “Foi unânime a decisão de que realmente os professores necessitam de uma experiência de Deus, para que apaixonados por Jesus, possam aderir à grande missão da Pastoral da Educação”, comentou o atual bispo referencial, Dom Levi Bonatto.
Participaram do encontro, Selma Abadia Oliveira, (Pirenópolis) Diocese de Anápolis; padre Wellington Pereira, (Pirenópolis) Diocese de Anápolis; o coordenador Valdivino José Ferreira, (Uruana), Diocese de Goiás; Ailton Soares dos Santos (Goiânia), Arquidiocese de Goiânia; Clarice Amaral, Arquidiocese de Brasília e o bispo auxiliar de Goiânia e referencial para a Pastoral da Educação, Dom Levi Bonatto.
Durante o Seminário de Prevenção ao Uso de Drogas, realizado nos dias 19 a 21 de fevereiro, na Casa de Retiros Jesus Crucificado, em Goiânia, os agentes da Pastoral da Sobriedade decidiram elaborar um Manual de práticas de prevenção ao uso de drogas. O material, que deverá ser produzido em conjunto pelos agentes das dioceses será uma ferramenta de trabalho para o regional. “Com esse manual queremos alcançar de maneira mais eficaz os dependentes químicos ainda neste ano de 2016, aproveitando assim o Ano Santo da Misericórdia”, confirmou o coordenador da pastoral, Nilson Almeida Vieira.
Pela segunda vez no regional, o psicólogo, especialista em dependência química e assessor nacional da Pastoral da Sobriedade, Fernando Barbosa Silva, fez uma palestra motivacional e expôs ideias e práticas utilizadas na prevenção ao uso de drogas. “Procuramos nesse encontro explicar os vários tipos de prevenção: a primária, em que atuamos junto às pessoas que ainda não tiveram contato com as drogas; a secundária, voltada para as pessoas que já tiveram contato, mas ainda não são dependentes, e a terciária, em que os agentes trabalham com as pessoas que são dependentes”.
Fernando explicou também que, na terciária, o modo de atuar no trabalho de prevenção deve se dar nas famílias, nas rodas de amigos, nos relacionamentos afetivos, bem como montando projetos sociais. Os participantes ainda aprenderam como montar diversos projetos de acolhimento, para a juventude e promoção humana, evangelização nas praças e a desenvolver parcerias. Outro ponto importante foi levar os agentes a estarem sempre prontos a trabalhar em comunhão com as diversas pastorais e organizações sociais. “Não podemos descartar o trabalho em rede, pois só em parcerias com as pastorais, movimentos, associações, centros de atenção psicossocial (CAPs), é que poderemos montar uma rede de prevenção no Regional Centro-Oeste”, declarou.
Ainda no seminário, houve troca de experiências das dioceses, escuta e levantamento das ações desenvolvidas e partilha.
Testemunho
Entre os participantes do seminário, estava a agente Vilma Vicente Ferreira, 60 anos, da Diocese de Uruaçu. A única diferença dela em relação aos demais é a deficiência visual. Apesar de não enxergar, aonde vai, Vilma testemunha a mudança que a Pastoral da Sobriedade proporcionou para a sua família. O irmão, já falecido, foi alcoólatra por 23 anos, a ponto de ser abandonado pela esposa e encontrado por Vilma várias vezes, caído pelas ruas. “As pessoas queriam que ele deixasse a bebida com brigas, discussões, mas isso não fazia efeito. Na minha paróquia foi implantada a pastoral e eu passei a frequentar. Dei a ele um livro com o tema da sobriedade e com isso começou a se interessar e participar da pastoral. Tinha suas recaídas, mas jamais abandonou”, relatou Vilma. De alcoólatra, o irmão virou agente. Também largou o cigarro e passou a ajudar outros dependentes. Faleceu nove anos depois, em 2010. O marido de Vilma faleceu há nove meses, mas ela continua firme e sempre com o sorriso no rosto disposta a ajudar aqueles que estão vivendo no mundo das drogas. Para aproveitar o potencial dela, a Pastoral da Sobriedade prepara um material formativo em áudio para que ela possa conduzir grupos na Diocese de Uruaçu.
Acampamento para dependentes
Além do manual de prevenção, a Pastoral da Sobriedade no regional pretende realizar um acampamento para acolher dependentes químicos. “Esse evento é para os dependentes, seus familiares, amigos. O objetivo é realizar um trabalho de cura e libertação dessas pessoas seguindo os 12 passos da Pastoral da Sobriedade, com ênfase na Palavra de Deus para o resgate dos dependentes químicos ou de outros comportamentos”, explicou Fernando.
Dar início a uma escola de formação extensiva para agentes de pastoral das comunidades e lideranças sociais. Essa foi a principal meta definida pela coordenação das Pastorais Sociais, do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), na tarde de sábado (19). O objetivo, segundo o bispo de Ipameri e referencial para as Pastorais Sociais, no regional, Dom Guilherme Werlang, “é capacitar essas pessoas no sentido de contribuírem e atuarem diretamente nas dioceses e paróquias”.
A princípio a ideia é a Arquidiocese de Brasília sediar essa escola. As pastorais também pretendem desenvolver um curso de pós-graduação sobre temas que interagem no campo social, tais como, educação, direitos humanos, doutrina social da Igreja. “Queremos reunir nessa formação um público dos movimentos sociais, professores e agentes pastorais da Igreja”, disse o bispo. Segundo ele, a interação desses temas é uma forma eficaz de preparar os agentes para a ação evangelizadora.
Além dessas formações, ainda para este ano, as Pastorais Sociais pretendem realizar dois seminários de aprofundamento com os temas, “O cuidado com a casa comum e as eleições 2016”, que acontecerá no dia 16 de abril, no Instituto São Francisco, em Goiânia, e o segundo no dia 16 de novembro, com o tema o “Mundo urbanizado e a Igreja pobre com os pobres”, com local ainda a ser definido. “São temas da conjuntura política e social que precisam ser bem entendidos pelos nossos agentes”, justificou o coordenador das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) do regional, Antônio Pereira de Almeida (Baiano).
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