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Segunda, 18 Abril 2016 19:11

Sal da terra e luz do mundo

 

Caros irmãos/as, a paz e a alegria do Ressuscitado!

Neste belo tempo pascal, possamos viver na alegria e na esperança, com a certeza que Cristo ressuscitou e está no meio de nós!

Na Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada de 5 a 15 desse mês, o tema central foi “Cristãos leigos/as, sujeitos na Igreja e na Sociedade”. A introdução do documento dessa Assembleia diz: “É com alegria e esperança que, mais uma vez, nós, bispos, pastores da Igreja de Cristo, nos dirigimos a vocês, cristãos leigos e leigas, agradecidos pelo testemunho de sua fé, pelo amor e dedicação à Igreja e pelo entusiasmo com que vocês se doam ao nosso povo e às nossas comunidades, até o sacrifício de si, de suas famílias e de suas atividades profissionais. O laicato como um todo é um “verdadeiro sujeito eclesial”. Cada um de vocês é chamado a ser sujeito eclesial para atuar na Igreja e no mundo . Foi ao leigo Francisco de Assis que o Cristo Crucificado ordenou: “Vai e reconstrói a minha Igreja”. Temos firme esperança de que vocês darão grande construção à renovação da Igreja de Cristo e sua atuação no mundo.”

A Diocese de Goiás tem uma longa experiência na atuação dos leigos e leigas nas CEBs, nas pastorais, como no compromisso da transformação da sociedade. Nossas assembleias e coordenações têm uma participação muito forte de fiéis leigos. Pelo batismo, recebemos a missão de construir o Reino: anunciar uma boa notícia aos pobres, abrir os olhos dos cegos, libertar os cativos e anunciar um ano de misericórdia do Senhor.

Precisamos evitar uma clericalização e uma centralização das nossas estruturas, promover os pobres como sujeitos de evangelização, valorizar o papel das mulheres, criar espaços nas nossas pastorais para os jovens, apoiar as famílias. Os leigos e as leigas não devem ser simplesmente destinatários dos nossos cuidados pastorais, mas sujeitos da evangelização.

Que Espírito do Ressuscitado renove nossas forças e nossa alegria!

 

Dom Eugênio Rixen

Bispo da Diocese de Goiás


A 13ª Jornada Vocacional, organizado pelo Serviço de Animação Vocacional (SAV), da Arquidiocese de Brasília, aconteceu no domingo do Bom Pastor (17), no Centro Universitário de Brasília (Uniceub) e reuniu diversas ordens e congregações religiosas femininas e masculinas, com o objetivo de levar os jovens ao conhecimento e discernimento da vocação.

A jornada teve início com a celebração da Santa Missa presidida pelo bispo auxiliar de Brasília, Dom José Aparecido Gonçalves. Na programação palestras e testemunhos vocacionais, confissões e a Jornadinha para as crianças. Durante todo o domingo, passaram pelo local do evento cerca de 3 mil pessoas que refletiram sobre o tema: “Chamados na misericórdia” (Misericordiae vultus) e Lema “Anuncia-lhes tudo o que fez por ti o Senhor na sua misericórdia” (Mc 5, 19b).

O ponto alto da jornada foi a Tarde da Misericórdia, com momentos de reflexão, oração, louvor, entronização da Palavra, pregação com padre Juan José que é reitor do seminário Redemptoris Mater e adoração conduzida pelo Padre Cícero Lima, coordenador da Pastoral Vocacional da Arquidiocese juntamente com Dom Marcony Ferreira, bispo auxiliar de Brasília.

O encontro foi avaliado positivamente pelos organizadores que já esperam a 14ª Jornada em 2017.

 

 

 

Informações e fotos: Equipe de Comunicação SAV/Arquidiocese de Brasília

 

O texto "Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da terra e luz do mundo", tema central da 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi aprovado pelo episcopado brasileiro como documento da entidade.

Em entrevista à imprensa, nesta quinta-feira, 15, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, disse que o texto já vinha sendo preparado há dois anos e tem o objetivo de elucidar o importante papel dos leigos na Igreja.

“Todos nós somos na Igreja Católica batizados, alguns exercem determinados ministérios ordenados, mas a grande maioria dentro da Igreja não exerce, não assume ministérios ordenados ou não recebe ministérios ordenados, então é muito importante que nós como Conferência Nacional falássemos sobre esse tema, mais que o tema, a realidade dos leigos dentro da Igreja”, afirmou.

Ainda de acordo com o bispo, o documento ressalta a influência que os leigos têm nos serviços de evangelização da Igreja. “Esse verdadeiro ministério, digamos assim, dos leigos dentro da Igreja é muito importante e o documento tentou ressaltar isso, trazer a reflexão, a meditação e também dar algumas pistas para os leigos, como exemplo, como eles podem nos ajudar ainda mais como Igreja, especialmente nas pastorais sociais. O documento ressalta sobretudo a importância dos leigos na evangelização, nós normalmente ligamos a parte de evangelização ao bispo, ao padre, ao religioso, a religiosa, mais cada vez mais se tem acentuado a necessidade de uma Igreja missionária e evangelizadora, na qual os nossos leigos exercem uma função, um ministério muito importante”, disse.

O documento ainda será revisado e posteriormente publicado pelas Edições CNBB. “Eu creio que esse texto vai nos ajudar muito a mostrar aos leigos essa participação na vida da Igreja, na qual nós todos somos Igreja e, por isso, participamos, testemunhamos e queremos também agir como Igreja nos diversos meios, dentro da sociedade, concluiu.

 

Informações e fotos: CNBB

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, na tarde desta quarta-feira, 13, a mensagem para as eleições municipais deste ano. O texto foi aprovado durante a 54ª Assembleia Geral da entidade, que ocorre em Aparecida (SP). Os bispos dirigem ao povo brasileiro "uma mensagem de esperança, ânimo e coragem".

A mensagem aborda o momento atual, ressalta o papel dos leigos como sujeitos na política e apresenta os critérios que podem ajudar o brasileiros a escolher seus prefeitos e vereadores neste ano.

Leia o texto na íntegra:

 

MENSAGEM DA CNBB PARA AS ELEIÇÕES 2016

 

“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24)

 

Neste ano de eleições municipais, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB dirige ao povo brasileiro uma mensagem de esperança, ânimo e coragem. Os cristãos católicos, de maneira especial, são chamados a dar a razão de sua esperança (cf. 1Pd 3,15) nesse tempo de profunda crise pela qual passa o Brasil.

Sonhamos e nos comprometemos com um país próspero, democrático, sem corrupção, socialmente igualitário, economicamente justo, ecologicamente sustentável, sem violência discriminação e mentiras; e com oportunidades iguais para todos. Só com participação cidadã de todos os brasileiros e brasileiras é possível a realização desse sonho. Esta participação democrática começa no município onde cada pessoa mora e constrói sua rede de relações. Se quisermos transformar o Brasil, comecemos por transformar os municípios. As eleições são um dos caminhos para atingirmos essa meta.

A política, do ponto de vista ético, “é o conjunto de ações pelas quais os homens buscam uma forma de convivência entre indivíduos, grupos, nações que ofereçam condições para a realização do bem comum”. Já do ponto de vista da organização, a política é o exercício do poder e o esforço por conquistá-lo1, a fim de que seja exercido na perspectiva do serviço.

Os cristãos leigos e leigas não podem “abdicar da participação na política” (Christifideles Laici, 42). A eles cabe, de maneira singular, a exigência do Evangelho de construir o bem comum na perspectiva do Reino de Deus. Contribui para isso a participação consciente no processo eleitoral, escolhendo e votando em candidatos honestos e competentes. Associando fé e vida, a cidadania não se esgota no direito-dever de votar, mas se dá também no acompanhamento do mandato dos eleitos.

As eleições municipais têm uma atração e uma força próprias pela proximidade dos candidatos com os eleitores. Se, por um lado, isso desperta mais interesse e facilita as relações, por outro, pode levar a práticas condenáveis como a compra e venda de votos, a divisão de famílias e da comunidade. Na política, é fundamental respeitar as diferenças e não fazer delas motivo para inimizades ou animosidades que desemboquem em violência de qualquer ordem.

Para escolher e votar bem é imprescindível conhecer, além dos programas dos partidos, os candidatos e sua proposta de trabalho, sabendo distinguir claramente as funções para as quais se candidatam. Dos prefeitos, no poder executivo, espera-se “conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos”2. Dos legisladores, os vereadores, requer-se “uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo”3.

É fundamental considerar o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se já exerce algum cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. A Lei da Ficha Limpa há de ser, neste caso, o instrumento iluminador do eleitor para barrar candidatos de ficha suja.

Uma boa maneira de conhecer os candidatos e suas propostas é promover debates com os concorrentes. Em muitos casos cabe propor lhes a assinatura de cartas-compromisso em relação a alguma causa relevante para a comunidade como, por exemplo, a defesa do direito de crianças e adolescentes. Pode ser inovador e eficaz elaborar projetos de lei, com a ajuda de assessores, e solicitar a adesão de candidatos no sentido de aprovar os projetos de lei tanto para o executivo quanto para o legislativo.

É preciso estar atento aos custos das campanhas. O gasto exorbitante, além de afrontar os mais pobres, contradiz o compromisso com a sobriedade e a simplicidade que deveria ser assumido por candidatos e partidos. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, bem como sua prestação de contas. A lei que proíbe o financiamento de campanha por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, é um dos passos que permitem devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico. Além disso, estanca uma das veias mais eficazes de corrupção, como atestam os escândalos noticiados pela imprensa. Da mesma forma, é preciso combater sistematicamente a vergonhosa prática de “Caixa 2”, tão comum nas campanhas eleitorais.

A compra e venda de votos e o uso da máquina administrativa nas campanhas constituem crime eleitoral que atenta contra a honra do eleitor e contra a cidadania. Exortamos os eleitores a fiscalizarem os candidatos e, constatando esse ato de corrupção, a denunciarem os envolvidos ao Ministério Público e à Justiça Eleitoral, conforme prevê a Lei 9840, uma conquista da mobilização popular há quase duas décadas.

A Igreja Católica não assume nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. No discernimento dos melhores candidatos, tenha-se em conta seu compromisso com a vida, com a justiça, com a ética, com a transparência, com o fim da corrupção, além de seu testemunho na comunidade de fé. Promova-se a renovação de candidaturas, pondo fim ao carreirismo político. Por isso, exortamos as comunidades a aprofundarem seu conhecimento sobre a vida política de seu município e do país, fazendo sempre a opção por aqueles que se proponham a governar a partir dos pobres, não se rendendo à lógica da economia de mercado cujo centro é o lucro e não a pessoa.

Após as eleições, é importante a comunidade se organizar para acompanhar os mandatos dos eleitos. Os cristãos leigos e leigas, inspirados na fé que vem do Evangelho, devem se preparar para assumir, de acordo com sua vocação, competência e capacitação, serviços nos Conselhos de participação popular, como o da Educação, Saúde, Criança e Adolescente, Juventude, Assistência Social etc. Devem, igualmente, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais onde se votam projetos e leis para o município. Estejam atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam especialmente às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e os pobres.

Confiamos que nossas comunidades saberão se organizar para tornar as eleições municipais ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa. Nosso horizonte seja sempre a construção do bem comum.

Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos acompanhe e auxilie no exercício de nossa cidadania a favor do Brasil e de nossos municípios, onde começa a democracia.

 

Aparecida - SP, 13 de abril de 2016

 

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ
Arcebispo São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

 

1. Cf. CNBB – Doc. 40 - Igreja Comunhão e Missão – n. 184.
2. CNBB – Doc. 91 Por uma reforma do estado com participação democrática, n. 40.
3. Idem.


Estão abertas até o próximo dia 20 de abril, as inscrições para o Curso de Design Gráfico oferecido pela Pastoral Vocacional do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal). A formação, que irá ocorrer no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), nos dias 22 a 24, é destinada a todos os membros de pastorais, de modo especial àqueles que utilizam sites e redes sociais para comunicar o evangelho com enfoque na Pastoral Vocacional e a comunicação com os jovens.

Os interessados devem se inscrever pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e os participantes devem levar notebook com o programa Corel Draw instalado, mas não necessariamente precisam dominar a ferramenta. O investimento custa R$ 215,00 (hospedagem e assessoria). A orientação do curso fica por conta do padre rogacionista Reinaldo Leitão, que é formado em design pela UNIP de São Paulo. Ao final do curso os participantes receberão certificado.

 

O bispo coadjutor de Luziânia (GO), Dom Waldemar Passini, apresentou aos bispos reunidos na 54ª Assembleia Geral da CNBB, que acontece em Aparecida (SP), desde o dia 6 e segue até o próximo dia 15, os nove capítulos da exortação apostólica pós-sinodal do papa Francisco, Amoris Laetitia que, segundo ele, proporciona ampla reflexão sobre o amor.

Dom Waldemar lembrou que a exortação é oferecida após a realização dos sínodos do papa sobre a família, ocorridos em 2014 e 2015, à luz da Palavra, e destacou três aspectos para estimular a leitura do texto: a sinodalidade como caráter exemplar, a linguagem e a capacidade de interpelar, estimular e acompanhar.

Pontuando capítulo a capítulo, o bispo destacou que “o papa escuta a Palavra e a anuncia à família”, dando ênfase ao “drama do aborto, filhos com deficiência, desemprego, idosos, violência sexual, ideologia de gênero, famílias reconfiguradas após o primeiro matrimônio, dentre outras realidades, pedem às comunidades eclesiais uma nova e dinâmica capacidade de conduzir cada um a Jesus Cristo, considerando suas buscas e possibilidades (pedagogia divina)”.

No fim de sua apresentação, ele desaconselhou uma leitura apressada da Exortação Apostólica, tendo em vista a riqueza das reflexões. E indicou que dois capítulos específicos (sexto e oitovo) que podem interessar de modo especial os pastores e agentes de pastoral.

Leia a apresentação na íntegra. Clique aqui

 

Em comunhão com o episcopado brasileiro na 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), por e-mail o presidente do Regional Centro-Oeste da mesma conferência e bispo de Uruaçu (GO), Dom Messias dos Reis Silveira, relata como está o clima do evento cuja principal tarefa, até a próxima sexta-feira (15), é aprovar um documento oficial sobre a missão dos leigos e leigas na Igreja e na sociedade.

De acordo com o presidente, a assembleia se desenvolve “em clima de fraternidade”. Há bispos experientes no apostolado episcopal e novos com a expectativa de deixar o evento de hoje (8) a uma semana, “mais capacitados e entusiasmados para o exercício da missão”. Até o momento – conforme Dom Messias – houve um trabalho em grupo e um primeiro estudo do documento sobre os leigos. Todos trabalham no sentido de contribuir para que seja um documento autêntico e fundamental. “Os bispos estão contribuindo para que esse não seja mais um documento, mas um documento necessário, que possa ajudar”, diz.

A tarefa, no entanto, não é das mais fáceis. Isso porque ao seu redor os bispos têm um país em crise, em que as pessoas buscam respostas sobre a economia, a política, a corrupção e a ética. A Igreja nesse sentido, que vive o Ano Santo da Misericórdia, é convocada a dar respostas que venham ao encontro a tudo isso e ao cenário sociorreligioso brasileiro. Dom Messias acredita que o documento, em fase de gestação, deverá sofrer várias emendas até a sua aprovação. Ele afirma que os bispos “querem contribuir para que os leigos continuem sendo na Igreja e na sociedade, ‘sal da terra e luz do mundo’” (Mt 5, 13-14).

Leigos engajados

O presidente do regional sublinha também que é unânime na Igreja o papel do cristão leigo para transformar a sociedade. Para isso, ele explica que é necessária uma sólida presença do leigo nas instituições que compõem a sociedade, de modo especial a Igreja. Dom Messias ressalta, no entanto, que para a missão dessa parcela do Povo de Deus se tornar mais eficaz, “é fundamental a Igreja oferecer formação”. Ele destaca ainda que “os cristãos leigos são agentes transformadores da sociedade”.

Dom Messias aponta o cenário político, como um dos espaços importantes da sociedade em que o leigo pode fazer a diferença. “O papa Francisco disse em uma de suas catequeses que se a política está suja se faz necessário que os cristãos participem dela para que a mesma se purifique. Os membros da Igreja devidamente formados podem ajudar e contribuir para tenhamos uma política mais sadia”, conclui.

 “A alegria do amor” (Amoris Laetitia) é o título da Exortação Apostólica pós-sinodal que o Papa Francisco assinou em 19 de março passado, Solenidade de São José, e que foi apresentada nesta sexta-feira, 8 de abril, no Vaticano.

A Exortação tem nove capítulos e a oração final à Santa Família. O documento reúne os resultados dos dois Sínodos sobre a família convocados pelo Papa Francisco em 2014 e 2015.
“À luz da Palavra”

No primeiro capítulo, o Papa indica a Palavra de Deus como uma “companheira de viagem para as famílias que estão em crise ou imersas em alguma tribulação, mostrando-lhes a meta do caminho”.
“A realidade e os desafios das famílias”

Partindo do terreno bíblico, no segundo capítulo, o Papa insiste no caráter concreto, que estabelece uma diferença substancial entre teorias de interpretação da realidade e ideologias. “Sem escutar a realidade não é possível compreender nem as exigências do presente nem os apelos do Espírito”, aponta. “Jesus propunha um ideal exigente, mas não perdia jamais a proximidade compassiva às pessoas frágeis”.

 

"O olhar fixo em Jesus: a vocação da família”

O terceiro capítulo é dedicado a alguns elementos essenciais do ensinamento da Igreja sobre o matrimônio e a família. Ilustra a vocação à família assim como ela foi recebida pela Igreja ao longo do tempo, sobretudo quanto ao tema da indissolubilidade, da sacramentalidade do matrimônio, da transmissão da vida e da educação dos filhos. A reflexão inclui ainda as famílias feridas e o Papa recorda aos pastores que, “por amor à verdade, estão obrigados a discernir bem as situações”, já que o grau de responsabilidade não é igual em todos os casos: “ É preciso estar atentos ao modo como as pessoas vivem e sofrem por causa da sua condição”.

“O amor no matrimônio”

O quarto capítulo trata do amor no matrimônio. O Papa faz uma reflexão acerca da «transformação do amor» ao longo do casamento. A aparência física transforma-se e a atração amorosa não desaparece, mas muda. «Não é possível prometer que teremos os mesmos sentimentos durante a vida inteira; mas podemos ter um projeto comum estável.

“O amor que se torna fecundo”

O quinto capítulo centra-se por completo na fecundidade e no caráter gerador do amor. Fala-se de gestação e adoção. A Amoris laetitia não toma em consideração a família «mononuclear», mas está consciente da família como rede de relações alargadas.

“Algumas perspectivas pastorais”

No sexto capítulo, o Papa aborda algumas vias pastorais que orientam para a edificação de famílias sólidas. Fala-se também do acompanhamento das pessoas separadas ou divorciadas e sublinha-se a importância da recente reforma dos procedimentos para o reconhecimento dos casos de nulidade matrimonial. Coloca-se em relevo o sofrimento dos filhos nas situações de conflito e conclui-se: "O divórcio é um mal". Fala-se da situação das famílias com pessoas com tendência homossexual, insistindo na recusa de qualquer discriminação.

“Reforçar a educação dos filhos”

O sétimo capítulo é totalmente dedicado à educação dos filhos, em todos os âmbitos, inclusive sexual. É feita uma advertência em relação à expressão «sexo seguro», pois transmite «uma atitude negativa a respeito da finalidade procriadora natural da sexualidade.

“Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade”

O capítulo oitavo é muito delicado, representa um convite à misericórdia e ao discernimento pastoral. O Papa usa aqui três verbos muito importantes: «acompanhar, discernir e integrar». O Papa escreve: «Os divorciados que vivem numa nova união, por exemplo, podem encontrar-se em situações muito diferentes, que não devem ser catalogadas ou encerradas em afirmações demasiado rígidas, sem deixar espaço para um adequado discernimento pessoal e pastoral».

O Papa afirma que «os batizados que se divorciaram e voltaram a casar civilmente devem ser mais integrados na comunidade cristã sob as diferentes formas possíveis, evitando toda a ocasião de escândalo». «A sua participação pode exprimir-se em diferentes serviços eclesiais.

Francisco profere uma afirmação extremamente importante para que se compreenda a orientação e o sentido da Exortação: «Se se tiver em conta a variedade inumerável de situações concretas (…) é compreensível que se não devia esperar do Sínodo ou desta Exortação uma nova normativa geral de tipo canônico, aplicável a todos os casos. É possível apenas um novo encorajamento a um responsável discernimento pessoal e pastoral dos casos particulares.

“Espiritualidade conjugal e familiar”

O nono capítulo é dedicado à espiritualidade conjugal e familiar. O Papa afirma: «Nenhuma família é uma realidade perfeita, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar.

Nota

Como já se pode depreender a partir de um rápido exame dos seus conteúdos, a Exortação apostólica não pretende reafirmar com força o «ideal» da família, mas a sua realidade rica e complexa. Há nas suas páginas um olhar aberto, profundamente positivo, que não se nutre de abstrações ou projeções ideais, mas de uma atenção pastoral à realidade. O documento é uma leitura densa de motivos espirituais e de sabedoria prática útil a cada casal ou a pessoas que desejam construir uma família. Nota-se sobretudo que foi fruto de uma experiência concreta com pessoas que sabem a partir da experiência o que é a família e o viver juntos durante muitos anos. A Exortação fala a linguagem da experiência e da esperança.

Quirógrafo

A cópia da Exortação enviada aos bispos do mundo, foi acompanhada por um quirógrafo do Papa:

"Caro irmão,
invocando a proteção da Sagrada Família de Nazaré, tenho a alegria de te enviar a minha Exortação “Amoris laetitia” para o bem de todas as famílias e de todas as pessoas, jovens e idosas, confiadas ao teu ministério pastoral.
Unidos no Senhor Jesus, com Maria e José, peço-te que não te esqueças de rezar por mim".

Fonte: Rádio Vaticano

 

Quinta, 07 Abril 2016 17:22

Começa a 54ª Assembleia Geral da CNBB

 

O episcopado brasileiro, cerca de 360 bispos, reunido de 6 a 15 de abril, em Aparecida (SP), tem a importante e difícil tarefa de refletir, durante esses dias, sobre a missão dos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na missa de abertura da assembleia, destacou, na pessoa do seu presidente, Dom Sergio da Rocha, que “Os nossos esforços em favor da unidade da Igreja, nosso empenho pela justiça e a paz no Brasil e no mundo devem ser acompanhados de muita oração e escuta da Palavra para poder discernir os passos a serem dados e ter a força necessária para caminhar na fidelidade ao Senhor”.

A missa foi presidida por dom Sergio e concelebrada pelo arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente, Dom Murilo Krieger, e pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da Conferência, Dom Leonardo Steiner. Da procissão de entrada participaram os presidentes das 12 Comissões Episcopais de Pastoral CNBB.


Na coletiva de imprensa que abriu o evento, na tarde de quarta-feira (6), o arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, destacou a importância do leigo na Igreja e, sobretudo na sociedade. “Claro que nós, os pastores, temos muito a dizer à sociedade, temos uma missão muito específica no interior da Igreja, entretanto, não podemos nos esquecer que, se é importante a presença do leigo na vida da Igreja, importantíssima é a sua presença e atuação na sociedade. E na conjuntura em que nós estamos vivendo, são os leigos e leigas que certamente vão trazer a contribuição específica dos cristãos para o nosso país”, observou Dom Geraldo.

O bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, destacou que motivam o tema central da assembleia, o Concílio Vaticano II, que mostrou o papel do Laicato, os 25 anos da encíclica de são João Paulo II, Christifideles laici, e agora, basicamente [a exortação apostólica] Evangelii Gaudium, uma Igreja em saída. “Então, se propõe um laicato que seja sujeito, um laicato em saída e que tenha protagonismo na Igreja e na evangelização”, afirmou.

O arcebispo de Mariana também falou sobre a preparação do terceiro volume da série “Pensando o Brasil”, que abordará as eleições municipais deste ano. O texto apresenta, de acordo com dom Geraldo, como os bispos pensam o País e que contribuição podem oferecer dentro daquilo que é da competência específica da Igreja e também diz respeito direto aos pastores. Dom Roberto, que está no grupo que prepara o texto sobre as eleições, lamentou o acirramento da violência e da intolerância “bastante polarizada ou radicalizada na política, especialmente no âmbito da internet e das redes sociais”.

O texto sobre o laicato, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – sal da terra e luz do mundo” (Mt 5, 13-14), que vem sendo estudado pelos bispos há três anos, será levado nesta assembleia para apreciação e votação.

Agenda

Neste segundo dia de assembleia (7), o núncio apostólico no Brasil, Dom Giovanni D’Aniello presidiu missa na Basílica Nacional de Aparecida, na qual ele acolheu os 13 novos bispos nomeados no período de maio de 2015 a março de 2016, entre eles o bispo de Jataí (GO), Dom Nélio Domingos Zortea. Durante a homilia, o bispo meditou sobre o Evangelho de João, capítulo 3, que trata do amor de Deus pela humanidade. Dom Giovanni explicou que o Pai confiou a Jesus e à Igreja a missão de anunciar o amor e a misericórdia aos povos. “Deus se inclina na nossa condição. É a grandeza da misericórdia de Deus que vem ao nosso encontro. Ele é o Pai que envia seu Filho para nos lembrar que não estamos sós, mas temos a proteção de um Deus que nos Ama. Ele foi até a cruz para nos resgatar”, refletiu.

Ainda nesta quinta-feira (7), na coletiva de imprensa são apresentados aos jornalistas um aprofundamento do tema central da AG, “Cristão leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Sal da Terra e luz do mundo” e aspectos da análise de conjuntura político-social e eclesial.

 

Acompanhe a cobertura completa da AG da CNBB

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Informações e fotos: CNBB


No próximo dia 16 de abril, das 9h às 17h, as Pastorais Sociais do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) promovem na Casa de Retiros Jesus Crucificado, em Goiânia, seu 3º Seminário, com o tema “O cuidado com a Casa comum e eleições 2016”. O evento é destinado aos bispos, coordenadores diocesanos de pastoral, pastorais, movimentos sociais regionais, Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), entidades educativas, professores, formadores de opinião e os cristãos em geral.

O 3º Seminário contará com a assessoria do professor Paulo Quermes, da Universidade Católica de Brasília (UCB) que, à luz da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, cujo tema é “Casa comum nossa responsabilidade”, mostrará a importância do papel da Igreja na sociedade moderna. Os interessados em participar devem confirmar presença até o próximo dia 10, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Mais informações: 3223-1854.

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