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Profissionais dos tribunais eclesiásticos foram orientados a prestar serviço de justiça e caridade às famílias

Cerca de setecentos agentes participaram do curso de formação sobre o novo processo matrimonial e o procedimento super rato (ausência de consumação), promovido pelo Tribunal da Rota Romana. O evento foi realizado no sábado, 12 de março, na Sala Paulo VI, com a presença do papa Francisco.

No discurso de abertura, o papa recordou que o Sínodo avaliou as possibilidades de tornar mais ágil e eficaz os procedimentos para a declaração de nulidade matrimonial. “Muitos fieis, de fato, sofrem por causa do fim de seu matrimônio e muitas vezes são oprimidos pela dúvida se o casamento foi válido ou não. Se perguntam se havia algo nas intenções ou nos fatos que impedissem a realização efetiva do sacramento. Estes fieis, em muitos casos, encontravam dificuldades em ter acesso às estruturas jurídicas eclesiais e sentiam a exigência de que os procedimentos fossem simplificados”, disse Francisco.

No contexto do Ano da Misericórdia, destacou que a caridade e a misericórdia, motivaram a Igreja a tornar-se ainda mais próxima aos fieis que recorrem à declaração de nulidade matrimonial. No dia 15 de agosto do ano passado, foram promulgados os documentos Mitis Iudex Dominus Iesus e Mitis et Misericors Iesus, sobre o processo de nulidade. O papa disse que tais procedimentos têm um objetivo eminentemente pastoral: “mostrar a solicitude da Igreja para com os fieis que esperam uma avaliação rápida de sua situação matrimonial. ”

Francisco disse ainda que “foi abolida a sentença dupla e deu-se início ao processo breve, recolocando no centro a figura e o papel do bispo diocesano, ou do Eparca no caso das Igrejas Orientais, como juiz das causas. Valorizou-se ulteriormente o papel do bispo ou do Eparca em matéria matrimonial. De fato, além da verificação por via administrativa, rato e não consumado, ele tem a responsabilidade da via judiciária para verificar a validade do vínculo”.

Igreja é mãe

Na ocasião, encorajou os participantes a agir mantendo sempre fixo o olhar na salus animarum que é a lei suprema da Igreja.

“É importante que a nova normativa seja acolhida e aprofundada, especialmente pelos membros dos Tribunais eclesiásticos para prestar um serviço de justiça e caridade às famílias. Para muita gente que viveu uma experiência matrimonial infeliz, o averiguar a validade ou não do matrimônio é uma possibilidade importante; e estas pessoas devem ser ajudadas a percorrer o mais rápido possível esta estrada”.

O papa também lembrou que “a Igreja é mãe e quer mostrar a todos o rosto do Deus fiel ao seu amor, misericordioso e sempre capaz de dar novamente força e esperança.

“O que mais está em nosso coração, em relação aos separados que vivem uma segunda união, é a sua participação na comunidade eclesial. Enquanto curamos as feridas daqueles que pedem a verificação da verdade sobre o seu matrimônio falido, olhamos com admiração para aqueles que, mesmo em condições difíceis, permanecem fieis ao vínculo sacramental. Estas testemunhas da fidelidade matrimonial devem ser incentivadas e tidas como exemplos a imitar. Quantos homens e mulheres suportam coisas difíceis para não destruir a família, para serem fieis na saúde e na doença, nas dificuldades e na vida tranquila. É a fidelidade”, pontou o papa.

Ao final, Francisco pediu aos participantes do curso para que mantenham compromisso em favor da justiça e os exortou a vivê-lo não como uma profissão ou como poder, mas como serviço às almas, especialmente aquelas que estão feridas.

CNBB com Rádio Vaticano

 



Cada vez mais tomamos consciência que a terra é nossa casa comum. Nossa responsabilidade é grande para cuidar desse belo patrimônio. Infelizmente o egoísmo e a ganância do dinheiro fazem com que alguns só se preocupem com seus próprios interesses, deixando de lado o bem coletivo.

Jesus quer vida e vida em abundância para todos. Não podemos ficar indiferentes quando o vírus da zika e da dengue se espalham, matando dezenas de pessoas ou deixando-as enfermas. Não podemos ficar de braços cruzados quando tantos jovens, principalmente negros e pobres, são mortos, vítimas das drogas, da violência policial ou da cobiça do dinheiro.

Nossa Igreja precisa ser mais profética, estar realmente ao lado dos marginalizados e excluídos. Neste Ano da Misericórdia, precisamos ouvir a voz daquele que não tem vez, escutar o verdadeiro clamor do nosso povo e estender a mão àqueles que vivem caídos à beira das estradas.

Dom Helder Câmara me disse em 1980: “Fique no meio dos pobres, eles te ensinarão o que você precisa fazer para viver o Evangelho!”. Não tem receitas prontas para isso, mas um coração deve estar atento às necessidades dos outros.

O beato Oscar Romero dizia pouco antes de ser assassinado: “Se eu morrer ressuscitarei na vida do meu povo!”. Ele morreu, seu sangue se misturou ao de Cristo na eucaristia. Oxalá que a sua vida seja semente de nova evangelização, mais comprometida com os valores do Evangelho.

“Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”. A palavra misericórdia vem do latim “miserere” e “cordis”. Quer dizer que Deus tem o seu coração próximo às nossas misérias e pobrezas. Como fomos criados à imagem e semelhança de Deus, nosso coração também precisa estar ao lado daqueles que sofrem. Não adianta ter belas liturgias, se não visitamos os doentes, os presos, o povo da rua, os dependentes químicos e os pobres das nossas periferias.

Que o nosso coração misericordioso nos faça experimentar a alegria da Ressurreição!


Dom Eugênio Rixen

Bispo de Goiás


Na noite do último dia 12, o Setor Juventude da Arquidiocese de Brasília promoveu o Nightfever, voltado exclusivamente para a evangelização de moradores de rua e pessoas marginalizadas que andam pelo Setor Comercial Sul. O evento Nightfever, hoje presente em várias dioceses do Brasil, nasceu do coração de jovens que queriam levar a experiência da vigília da Jornada de Colônia (2005) para outros jovens.

O projeto Filhos de Maria também participou do evento com ações sociais em prol dos irmãos de rua do local. Eles fizeram doação de roupas novas, corte de cabelo, cuidados com as unhas e maquiagem para mulheres. O grupo ainda serviu ao longo do dia almoço, lanche e jantar aos irmãos.

Para Matheus Oliveira, 24 anos, a noite de adoração foi uma experiência marcante. “O Nightfever aqui é bem diferente porque é aberto e chama a atenção de quem passa pelo local. Além disso, o contato com os moradores de rua nos ajuda a perceber uma realidade que, às vezes, não conhecemos”, disse.

Letícia Macedo, 19 anos, destacou o tratamento que os irmãos de rua receberam. “Ver como as pessoas ficam caridosas, como os irmãos de rua são bem tratados e o carinho que as pessoas dão a eles me inspirou a tentar ter menos receio de ser caridosa com os irmãos de rua”, conta a jovem.

 

 

 

Fonte: Arquidiocese de Brasília

 

 

Com o objetivo de refletir e aprofundar o Ano da Misericórdia e apontar caminhos e ações evangelizadoras para a Pastoral Bíblico-Catequética, nos dias 11 a 13 de março, aconteceu a 1ª Ampliada de Catequese, na Casa de Retiros Jesus Crucificado, em Goiânia. O evento reuniu as dioceses de Jataí, Ipameri, Luziânia, Brasília, Uruaçu, São Luís dos Montes Belos, Goiás, Itumbiara e Rubiataba-Mozarlândia. Participou também o bispo de Goiás e referencial para a catequese no regional, Dom Eugênio Rixen.

Segundo a coordenadora regional da Pastoral Bíblico-Catequética, irmã Eliana Maria Gomes, durante o evento procurou-se “encontrar respostas para vivenciar melhor o Ano Santo da Misericórdia pela dimensão catequética”. A partir do tema, “Manso e misericordioso Jesus” e subtema, “A dimensão bíblico-catequética da misericórdia”, foram estudados os seguintes pontos: misericórdia na Sagrada Escritura, aprender com Jesus a ser misericordioso, encaminhamentos práticos para a ação da Animação Bíblico-Catequética do regional, o rosto da misericórdia, misericordiosos como o Pai (fundamento), abrir as portas da misericórdia; passos pela Porta Santa, olhos de misericórdia e testemunho.

As reflexões levaram ainda os coordenadores a pensarem sobre a prática da misericórdia a partir da catequese. “O papa Francisco propõe ao povo cristão a redescoberta das Obras da Misericórdia corporais e espirituais, e que busquemos cada vez mais o coração do evangelho, base do nosso julgamento (Mt 25). Somos acolhedores na catequese de nossas paróquias e comunidades? O que podemos melhorar em nossa ação evangelizadora? São perguntas pertinentes para a nossa conversão”, comentou a religiosa.

Durante o encontro houve também missas, momentos de oração, reflexão, plenárias, trabalhos em grupos, partilhas de experiências. A assessoria ficou por conta da irmã Maria Aparecida Barbosa, da Congregação Imaculado Coração de Maria. As reflexões foram iluminadas pela Bula de Proclamação Misericordiae Vultus, do Jubileu Extraordinário da Misericórdia e pelos documentos do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, entre eles, o “Caminhos para a ação evangelizadora da catequese nas dioceses”.

 

 

 

O Centro Cultural Missionário de Brasília (CCM) e a Rede Ecumênica Latino Americana de Missiólogos e Missiólogas (RELAMI), promovem em Brasília, o 5º Simpósio de Missiologia. Este ano, o tema do evento que abriu na noite deste domingo, 13, se concentra na figura do papa: “Francisco, timoneiro da esperança - para uma missão a serviço do mundo de hoje e amanhã”.

Ao completar três anos de pontificado franciscano de um papa jesuíta, os participantes do Simpósio, pretendem fazer um balanço das orientações e visões missiológicas para possíveis caminhos de recepção e atuação.

O Simpósio que se estende até quinta-feira, 17, reúne no CCM em Brasília mais de 50 docentes, teólogos, pesquisadores, representantes de instituições missionárias, agentes de pastoral de todo o Brasil.

“Com a eleição do papa Francisco, assistimos o renascimento dos anseios e das perspectivas do Concílio Vaticano II. Posturas e propostas esquecidas ou até rejeitadas, agora são estimuladas e acolhidas com esperança” explicou o padre Estêvão Raschietti, secretário executivo do CCM, na abertura do evento. “Para os missiólogos e os organismos missionários, o papa Francisco é o timoneiro de uma Igreja em saída”, complementou.

Segundo o teólogo, assessor do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), padre Paulo Suess, não deveríamos apenas aplaudir o papa Francisco, mas também questionar sobre a capacidade da Igreja em aplicar seus recursos. “Estamos felizes com os pronunciamentos e gestos do papa, mas isso não dispensa que nós missiólogos pensemos no problema que isso cria: o papa representa a esperança, mas a instituição que ele representa nem sempre mostra isso. Nós também devemos ter a coragem de fazer cobranças e perceber as ambivalências para fortalecer a caminhada olhando para o futuro”, alertou Suess.

Para Irmã Fátima Kapp da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), “os missiólogos e missiólogas têm a tarefa de olhar para o futuro e ajudar a nossa Igreja a caminhar”.

Ao saudar a organização do Simpósio, dom Esmeraldo Barreto de Farias, presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e bispo auxiliar de São Luís (MA) recordou que, “olhar o papa Francisco, estudar seus escritos é ver nele uma testemunha do Evangelho, testemunha de Jesus Cristo. A testemunha da fé não é testemunha de si mesmo, mas daquele que chama e envia. O centro não é a pessoa, mas Jesus Cristo”, destacou o bispo.

 

O diretor das POM, padre Camilo Pauletti, também saudou os participantes do encontro. “Francisco está retomando o Evangelho e querendo que as ações e atitudes de Jesus sejam de toda a Igreja”, afirmou.

A programação do Simpósio inclui conferências, debates, grupo de estudo, testemunhos missionários, apresentações de iniciativas e publicações.

Histórico

Os Simpósios de Missiologia realizados pela Relami e pelo CCM tiveram como temas de reflexão:

1º Simpósio (São Paulo, 18 a 22 de maio de 1999) Os confins do mundo no meio de nós. A missão e os desafios do mundo globalizado.

2º Simpósio (Brasília, 25 de fevereiro a 1 de março de 2013) Teologia para uma missão pós-conciliar a partir da América Latina hoje. Repensar e relançar com fidelidade e audácia o serviço da missiologia.

3º Simpósio (Brasília, 24 a 28 de fevereiro de 2014) Palavra e Missão: nós e os outros Identidade, alteridade, universalidade na Bíblia.

4º Simpósio (Brasília, 23 a 27 de fevereiro de 2015) 50 anos do Decreto Ad Gentes. Por uma nova presença da Igreja no meio dos povos na reciprocidade da missão.

Fonte: POM

 


Avaliar a caminhada dos Conselhos Missionários Regionais e Diocesanos (Comires e Comidis) e fortalecer seu protagonismo na animação e cooperação missionária na Igreja local. Com esse objetivo foi realizada nos dias 11 a 13, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília, a 33ª Assembleia Anual do Conselho Missionário Nacional (Comina). O encontro reuniu 50 pessoas entre bispos, coordenadores dos Conselhos Missionários Regionais (Comires) e representantes de organismos missionários de todo o Brasil.

Segundo padre Sidnei Marco Dornelas, assessor da Comissão para a Ação Missionária da CNBB e secretário executivo do Comina, “um encontro como esse, com pessoas que articulam as forças missionárias em todo país é uma ótima oportunidade para sondar os anseios das comunidades nesse momento em que falar de missão está na moda”. O padre Sidnei, que coordenou os trabalhos da Assembleia, ressalta ainda que, “todos sentem a necessidade de articular as novas forças missionárias como as missões populares, a infância missionária e os jovens para a missão além-fronteiras”.
Nesse sentido, o documento de Estudo 108 da CNBB sobre “Missão e Cooperação Missionária”, elaborado pelo Comina no ano passado, traz orientações claras para a articulação das várias forças de animação da Igreja no Brasil.

Dom Esmeraldo Barreto de Farias, presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB e bispo auxiliar de São Luís (MA), agradeceu a participação dos leigos e leigas, religiosos e religiosas, bispos referenciais para a missão, presbíteros, diácono e seminarista. “Essa representatividade é muito importante para uma maior integração na vivência da missão”, avalia o bispo.
O encontro teve como tema “Cuidar da nossa Casa para ser Igreja em saída” e foi apresentado pelo assessor teológico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o padre Paulo Suess, retomando a Encíclica Laudato si, do papa Francisco.

Dom Esmeraldo destaca que os impulsos missionários vindos dessa Encíclica nos ajudam a perceber o chamado para cuidar da Casa Comum que é o mundo também como o lugar onde vivemos. “Precisamos redescobrir a missão que Deus nos dá a partir desse lugar”. Por isso, “somos chamados a ir ao encontro das pessoas nessas realidades que são tão exigentes”. O bispo sublinha ainda, a partilha feita pelos regionais com suas realizações e desafios. “Sentimos um apelo para aprimorar o trabalho dos Comires, incentivar os Comidis e ajudar a criar ou fortalecer os Conselhos Missionários Paroquiais (Comipas). Tudo isso, sem deixar de lado os seminaristas na preparação de missionários presbíteros para assumir a missão da Igreja”.

Pela primeira vez os seminaristas tiveram um membro dos Conselhos Missionários de Seminaristas (Comises), na Assembleia. Coube a João Luiz da Silva, da Arquidiocese de Mariana (MG), representar a Comissão Nacional dos Comises, uma realidade que vem crescendo em todo o Brasil. João Luiz recordou os impulsos vindos do 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas realizado no ano passado e a importância do envolvimento dos futuros presbíteros na missão.

A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) foi representada pela sua presidente, a Irmã Maria Inês Vieira, a Irmã Maria de Fátima Kapp, do setor Missão e a Irmã Vanderléia Corrêa de Mello, que esta segunda-feira, 14, partiu para o Haiti onde vai reforçar a Equipe Intercongregacional. Realizado em comunhão com a CNBB, esse Projeto é um sinal do envolvimento do Brasil com a missão além-fronteiras.
Entre outras iniciativas, no caminho de preparação para o 5º Congresso Missionário Americano (CAM 5), o Brasil deverá realizar o seu 4º Congresso Missionário Nacional, com o objetivo de incentivar a missão ad gentes. O evento está marcado para acontecer nos dias 7 a 10 de setembro de 2017, em Recife (PE). O diretor das POM, padre Camilo Pauletti, apresentou o tema do CAM 5: “A alegria do evangelho, coração da missão profética, fonte de reconciliação e comunhão”. Estão previstas também, muitas ações nos regionais e dioceses.

Ao presidir a missa, no 5º domingo da Quaresma, dom Oderil José Magri, bispo de Chapecó (SC), fez um apelo para manter acesa a chama da missão e recordou que “a missão se faz com os pés dos que partem, com os joelhos dos que rezam e com as mãos dos que ajudam”. Animar esse espírito é um dos objetivos do Comina.

Ao redor da Cruz da Missão, um dos símbolos do CAM 5, os participantes da Assembleia encerraram os trabalhos com um momento de oração quando renovaram seu compromisso de seguir trabalhando por uma Igreja em saída.

A próxima Assembleia do Comina deverá acontecer no mês de março de 2017.

Fonte: POM

VEJA TODAS AS FOTOS

 

 

 

Nos dias 12 a 14 de fevereiro, a Diocese de Anápolis acolheu a Formação para casais diocesanos, setoriais e diretores espirituais do Encontro de Casais com Cristo (ECC) do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal). O evento, que acontece uma vez por ano, teve diversas palestras.

O bispo referencial para a Comissão Pastoral Vida e a Família, do regional, e bispo de Anápolis, Dom João Wilk, tratou das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). “Esse documento traz orientações da Igreja no Brasil para que a nossa pastoral seja mais orgânica e multiforme. Esse momento é oportuno para falar sobre isso porque essas pessoas devem multiplicar nas paróquias aquilo que a Igreja respira”, disse o bispo. Isso é importante, segundo ele, porque nem sempre o pensamento da Igreja consegue chegar ao conhecimento de todos os fiéis nas comunidades.

Participou também do evento o diretor espiritual do ECC no regional e bispo da Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, Dom Adair José Guimarães, que deu palestra sobre “Virtudes”. “O ECC é um modelo de pastoral familiar que ajuda os casais a descobrir o sentido do matrimônio e a crescer e se santificar por meio desse Sacramento”, disse. Houve ainda no encontro palestra sobre liderança, com a psicóloga Consuelo e o seu esposo Almir e sobre Como preparar palestras, com o padre Jacob, de Anápolis.

Matrimônio

Outro momento importante do evento aconteceu durante as perguntas feitas pelos participantes, de modo especial sobre o tema nulidade matrimonial. Dom João Wilk procurou dar respostas misericordiosas. “Foi a oportunidade que tivemos de lembrar que os casais em segunda união são filhos de Deus também, objetos da misericórdia de Deus, que merecem todo o cuidado pastoral. Mas é preciso dizer que a verdade é a melhor caridade. Na questão da participação na comunhão eucarística deve estar claro para eles que não podem comungar”, comentou o bispo sobre uma de suas respostas.

Outra resposta importante foi especificamente sobre a validade matrimonial. “Acontece com bastante frequência de o casamento celebrado não ter todos os elementos para que seja válido e a Igreja analisa e depois declara se esse casamento foi nulo ou não. A Igreja não anula os casamentos. Mesmo se não deu certo, a Igreja não tem poder, autoridade, para dizer que não existiu. O que ela faz é analisar os elementos de forma ampliada e profunda. O matrimônio só não existe se não tiver havido todos os elementos válidos para a sua consumação”, declarou.

 

 


Nos próximos meses de abril, maio e junho, a Diocese de Uruaçu promove no Centro de Treinamento de Lideranças (CTL) na cidade de Uruaçu, a 3ª edição da Escola Diocesana de Comunicação. Trata-se de um estilo pedagógico criado para capacitar leigos e leigas interessados em conhecer e atuar como agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom).

Os alunos da escola passam por capacitação técnica com o objetivo de dar visibilidade às paróquias por meio dos meios de comunicação de massa e assessorar os padres na elaboração de projetos paroquiais de divulgação de eventos, encontros, missas e as mais diversas atividades eclesiais. Estarão aptos ainda a promover o serviço de interlocução entre a realidade paroquial e diocesana. “É preciso levar a alegria do Evangelho a todas as pessoas e a nossa diocese oferece por meio dessa escola, comunicadores do evangelho, da graça e da alegria de Cristo para todas as pessoas”, declarou o bispo diocesano e presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom Messias dos Reis Silveira, sobre a escola.

Nesta terceira edição da escola, haverá cinco módulos formativos específicos nos fins de semana, com abordagem teórica e prática da comunicação nas mídias. Juntos, os módulos terão carga horária de 35h/aula. Os alunos receberão no fim do curso o certificado de extensão cultural emitido pela Faculdade Serra da Mesa (FASEM).

Inscrições e investimento

Os interessados podem se inscrever pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo hotsite do evento: www.edc.diocesedeuruacu.com.br. Cada módulo custa R$ 100,00 por aluno. Está incluso o material didático e as refeições: café da manhã, almoço, lanche e jantar.

Módulos

Rádio: Locução e Produção de programas – (09 e 10 de Abril)
Fotografia e Cobertura de eventos – (23 e 24 de Abril)
Mídias Digitais e planejamento estratégico – (21 e 22 de Maio)
Produção de texto: Impresso e digital – (18 e 19 de Junho)
Visita técnica a um sistema de comunicação

Palestrantes


A escola conta com palestrantes que são referência nos módulos abordados e possuem larga experiência no âmbito da Comunicação Católica.

Silvonei José Protz: Doutor em Comunicação. Professor universitário e jornalista (Rádio Vaticano).

Padre Delton Filho: Fundador da Comunidade Coração Fiel. Vice-Coordenador da Pascom do Regional Centro-Oeste da CNBB.

Nigéria Luciana Pedrosa: Fotógrafa, graduada em Fotografia e Imagem.

Mariella S. de Oliveira Costa: Jornalista, doutoranda, professora, pesquisadora e colunista do portal Canção Nova.

Missionários e Colaboradores da Comunidade Coração Fiel: Sistema de Comunicação Coração Fiel. www.coracaofiel.com.br

 

 

MENSAGEM DA CNBB SOBRE O COMBATE AO AEDES AEGYPTI

 

“Tu me restauraste a saúde e me deixaste viver” (Is 38,16b)

O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2016, conclama toda a Igreja no Brasil a continuar e intensificar a mobilização no combate ao mosquito aedes aegyti, transmissor da dengue, do vírus zika e do chikungunya. Com um grande mutirão, que envolva todos os setores da sociedade, seremos capazes de vencer estas doenças que atingem, sem distinção, toda a população brasileira.

Merece atenção especial o vírus zika por sua provável ligação com a microcefalia, embora isso não tenha sido provado cientificamente. A gravidade da situação levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a microcefalia e o vírus zika emergência internacional. O estado de alerta, contudo, não deve nos levar ao pânico, como se estivéssemos diante de uma situação invencível, apesar de sua extrema gravidade. Tampouco justifica defender o aborto para os casos de microcefalia como, lamentavelmente, propõem determinados grupos que se organizam para levar a questão ao Supremo Tribunal Federal num total desrespeito ao dom da vida.

Seja garantida, com urgência, a assistência aos atingidos por estas enfermidades, sobretudo às crianças que nascem com microcefalia e suas famílias. A saúde, dom e direito de todos, deve ser assegurada, em primeiro lugar, pelos gestores públicos. A eles cabe implementar políticas que apontem para um sistema de saúde pública com qualidade e universal. Nesse sentido, a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano contribui muito ao trazer à tona a vergonhosa realidade do saneamento básico no Brasil. Sem uma eficaz política nacional de saneamento básico, fica comprometido todo esforço de combate ao aedes aegypti.

O compromisso de cada cidadão também é indispensável na tarefa de erradicar este mal que desafia nossas instituições. O princípio de tudo é a educação e a corresponsabilidade. Por isso, exortamos as lideranças de nossas comunidades eclesiais a organizarem ações e a se somarem às iniciativas que visem colocar fim a esta situação. As ações de competência do poder público sejam exigidas e acompanhadas. Nas celebrações, reuniões e encontros, sejam dadas orientações claras e objetivas que ajudem as pessoas a tomarem consciência da gravidade da situação e da melhor forma de combater as doenças e seu transmissor. Com o esforço de todos, a vitória não nos faltará.

Deus, em sua infinita misericórdia, faça a saúde se difundir sobre a terra (cf. Eclo 38,8). Nossa Senhora Aparecida, mãe e padroeira do Brasil, ajude-nos em nosso evangélico compromisso de promoção e defesa da vida.

Brasília, 4 de fevereiro de 2016

 

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília-DF

Presidente da CNBB

 

Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia- BA

Vice-presidente da CNBB

 

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília-DF

Secretário Geral da CNBB

No texto, os bispos recordam a necessidade de buscar o exercício do diálogo e do respeito

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta quinta-feira, 10, durante coletiva de imprensa, nota sobre o momento atual do Brasil aprovada pelo Conselho Permanente, reunido de 8 a 10 deste mês, na sede da Conferência, em Brasília.

Na nota, a CNBB manifestou preocupações diante do momento atual vivido pelo país. "Vivemos uma profunda crise política, econômica e institucional que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de toda a sociedade".

Ainda no texto, a Conferência recordou a necessidade de buscar, sempre, o exercício do diálogo e do respeito. "Conclamamos a todos que zelem pela paz em suas atividades e em seus pronunciamentos. Cada pessoa é convocada a buscar soluções para as dificuldades que enfrentamos. Somos chamados ao diálogo para construir um país justo e fraterno", declara em nota.

Confira a íntegra do texto:

 

NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO ATUAL DO BRASIL

 

“O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz” (Tg 3,18)

Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 8 a 10 de março de 2016, manifestamos preocupações diante do grave momento pelo qual passa o país e, por isso, queremos dizer uma palavra de discernimento. Como afirma o Papa Francisco, “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião a uma intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).

Vivemos uma profunda crise política, econômica e institucional que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de toda a sociedade. A busca de respostas pede discernimento, com serenidade e responsabilidade. Importante se faz reafirmar que qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se desvia do caminho da justiça.

A superação da crise passa pela recusa sistemática de toda e qualquer corrupção, pelo incremento do desenvolvimento sustentável e pelo diálogo que resulte num compromisso entre os responsáveis pela administração dos poderes do Estado e a sociedade. É inadmissível alimentar a crise econômica com a atual crise política. O Congresso Nacional e os partidos políticos têm o dever ético de favorecer e fortificar a governabilidade.

As suspeitas de corrupção devem ser rigorosamente apuradas e julgadas pelas instâncias competentes. Isso garante a transparência e retoma o clima de credibilidade nacional. Reconhecemos a importância das investigações e seus desdobramentos. Também as instituições formadoras de opinião da sociedade têm papel importante na retomada do desenvolvimento, da justiça e da paz social.

O momento atual não é de acirrar ânimos. A situação exige o exercício do diálogo à exaustão. As manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. Devem ser pacíficas, com o respeito às pessoas e instituições. É fundamental garantir o Estado democrático de direito.

Conclamamos a todos que zelem pela paz em suas atividades e em seus pronunciamentos. Cada pessoa é convocada a buscar soluções para as dificuldades que enfrentamos. Somos chamados ao diálogo para construir um país justo e fraterno.

Inspirem-nos, nesta hora, as palavras do Apóstolo Paulo: “trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende o mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2 Cor 13,11).

Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, continue intercedendo pela nossa nação!

Brasília, 10 de março de 2016.

 

 

Dom Sergio da Rocha 

Arcebispo de Brasília-DF 

Presidente da CNBB

 

 Dom Murilo S. R. Krieger

 Arcebispo de S. Salvador da Bahia-BA

Vice-Presidente da CNBB

 

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília-DF

Secretário-Geral da CNBB

 

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