Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
A 19ª Assembleia do Povo de Deus, do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), evento que aconteceu em novembro do ano passado e reuniu arcebispos, bispos, coordenadores de pastorais, organismos, movimentos e representantes de congregações religiosos e dos seminários maiores, assumiu o compromisso comum de viver as seguintes propostas de ação para o triênio 2016-2018: Ano da Misericórdia, Ano Vocacional Mariano e Ano da Família.
Três meses depois, no último dia 13 de fevereiro, coordenadores diocesanos de pastorais, organismos e movimentos voltaram a se reunir na sede do regional em Goiânia, agora com a missão de propor encaminhamentos para a vivência prática dessas propostas nas dioceses. Na assembleia já havia sido priorizado para o Ano da Misericórdia, o atendimento de confissões na Quaresma e no Advento. Já na reunião de coordenadores, após uma manhã inteira de trabalho conjunto, pelo menos duas propostas foram colocadas em evidência. “Propomos aos bispos a realização de um encontro de formação dos padres, que são os missionários da misericórdia, sobre o atendimento de confissões e a teologia da misericórdia”, disse em entrevista o coordenador da Pastoral da Comunicação (Pascom), Irmão Diego Joaquim. A formação poderá ser realizada no próximo mês de abril.
Outra proposta também encaminhada aos bispos é a realização de um dia “D” de formação de voluntários da misericórdia e visibilidade das Obras de Misericórdia desenvolvidas nas dioceses “A partir de uma oferta da Arquidiocese de Goiânia, propomos aproveitar o espaço da Jornada da Cidadania (Feira da Solidariedade), que será realizada em maio para apresentar esse trabalho”, disse Irmão Diego. O regional teria um estande na feira onde as dioceses apresentariam suas obras sociais e no mesmo espaço da feira, realizaria uma formação e envio dos voluntários da misericórdia.
Para o coordenador do secretariado arquidiocesano de pastoral, da Arquidiocese de Goiânia, padre Rodrigo de Castro, as propostas significam a expressão da comunhão da Igreja no Regional Centro-Oeste. “Além de dar visibilidade às obras de misericórdia, as propostas realçam que vivemos a mesma experiência e em comunhão”. Da mesma forma, segundo ele, a formação para os padres sobre a misericórdia de Deus evidencia a beleza de uma igreja que caminha em conjunto. O coordenador de pastoral da Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, monsenhor José Modesto, enfatizou que as propostas tem única e exclusivamente o objetivo de levar a mensagem da misericórdia a toda a Igreja. “O Ano da Misericórdia proclamado pelo papa Francisco precisa chegar a todos e essas sugestões são um caminho que propomos para atingir com intensidade todas as dioceses e paróquias do Regional Centro-Oeste”, afirmou. As propostas para o Ano Vocacional Mariano (2017) e o Ano da Família (2018) deverão ser discutidos na próxima reunião dos coordenadores diocesanos de pastorais, organismos e movimentos, marcada para o dia 6 de agosto.
Pastoral do Turismo Religioso
Foi ainda apresentada na reunião pelo padre Daniel Aguirre Campos, da Diocese de Ipameri (GO), a Pastoral do Turismo Religioso. De acordo com ele, o trabalho dessa expressão se insere na pastoral ordinária e ao mesmo tempo em conjunto com outras pastorais. Sua missão é apoiar os turistas, como também pessoas que vivem das atividades turísticas. É destinada às cidades que têm santuários e as cidades turísticas de modo geral. “O trabalho dessa pastoral é estar presente na realidade do turismo apoiando projetos de desenvolvimento solidário, dando atenção aos trabalhos de turismo e às pessoas que são exploradas nesse campo de atuação com uma longa jornada de atividades, sempre com o nosso testemunho, atenção, participação, atento à preservação das identidades culturais locais, religiosas, assumindo o combate à prostituição e exploração sexual de crianças e adolescentes”, explicou aos presentes o padre Daniel.
No Brasil, a pastoral integra o Setor Mobilidade Humana, da Comissão Episcopal para a Caridade, Justiça e Paz, da CNBB, cujo presidente é o bispo de Ipameri, Dom Guilherme Werlang. No dia 23 de abril, a pastoral irá realizar o seu primeiro encontro na sede do regional, em Goiânia, que é aberto para padres, agentes das mais diversas pastorais e interessadas no tema. O encontro nacional está marcado para o dia 10 de novembro, em Caldas Novas (GO).
"Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24)
A Campanha da Fraternidade deste ano é ecumênica. Onde for possível, pode-se promover uma reunião com pessoas de outras Igrejas e mesmo com outras pessoas de boa vontade, sensíveis ao saneamento básico. Nas nossas comunidades há homens e mulheres preocupados com as nascentes, a preservação dos córregos, a limpeza dos rios, a poluição do ar e principalmente com os direitos e a dignidade do ser humano.
A Carta Encíclica do Papa Francisco “Laudato si” lembra que “os desertos exteriores se multiplicam no mundo, porque os desertos interiores se tornaram tão amplos” (nº 217). Não é possível cuidar da natureza se ao mesmo tempo a gente não cuida do ser humano.
A Campanha da Fraternidade nos propõe algumas pistas de ação que gostaria de lembrar:
• Conhecer a realidade de sua cidade e do seu bairro quanto ao saneamento básico;
• Participar de ações coletivas para melhorar esta realidade;
• Educar para a sustentabilidade, economizando água, separando o lixo, mantendo a quintal limpo...
• Lutar para que o saneamento básico seja realmente executado pelos poderes públicos;
• Fiscalizar as privatizações dos serviços de saneamento básico e denunciar a corrupção;
• Utilizar a água da chuva.
O Texto-Base da CFE diz ainda que “cuidar da Casa Comum é responsabilidade de todas as pessoas”. É por isso que somos desafiados a assumir esse compromisso de forma ecumênica. O cuidado com a Criação é parte integrante da justiça, da solidariedade e da fraternidade que Deus quer ver entre nós. É também um jeito de louvar e agradecer a Deus. “Unidos seremos mais eficientes, mais ouvidos, dando um testemunho mais forte e cuidando melhor do mundo e da família global que Deus nos ofereceu” (CFE nº 79).
Oxalá que esta Quaresma possa ajudar nossas comunidades a uma conversão real, não só individual, mas também comunitária. Ainda tem muita coisa a ser feita!
Boa Quaresma!
Dom Eugênio Rixen
Bispo de Goiás
O padre Luiz Aparecido Lauch, que foi coordenador do Conselho Missionário do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) de 2013 a 2015, e missionário por vários anos em Ipameri (GO), foi enviado para São Gabriel da Cachoeira (AM). A missa de envio, que aconteceu no dia 31 de janeiro, foi celebrada pelo arcebispo de Botucatu (SP), Dom Maurício Grotto de Camargo e concelebrada pelo próprio missionário.
Pertencente à Arquidiocese de Botucatu, padre Luiz vai em missão pelo Projeto Igrejas Irmãs dos regionais Sul 1 (São Paulo) e Norte 1 (Norte do Amazonas e Roraima) e ficará três anos em São Gabriel. “O envio solene de um membro de nosso presbitério, é motivo de grande alegria e estímulo para o cultivo do espírito missionário para todos nós: o povo de Deus, de nossas comunidades, os consagrados e consagradas, os seminaristas, os diáconos, os padres e o bispo”, salientou Dom Maurício. A partida para o Amazonas aconteceu no último dia 3 de fevereiro.
O arcebispo ressaltou “que esta celebração se dá dentro de um gesto concreto bem significativo no contexto do Ano Santo da Misericórdia. Esta é precedida, possibilitada pelo espírito e pela ação missionária. Sem abertura para o outro, sem saída de si, sem deixar a própria zona de conforto e segurança, sem arriscar-se, sem movimento de desinstalação, e motivado apenas pelo amor simples e gratuito, a misericórdia não germina, não prospera e não se realiza”.
Ele manifestou “profunda gratidão ao padre Lauch, por colocar-se misericordiosamente à disposição das necessidades de uma Igreja Irmã e ao Projeto Sul 1 - Norte 1, sem o qual dificilmente teríamos condições de realizar essa obra de misericórdia”. Ao final da cerimônia foi entregue ao padre uma cruz que pertencia a Dom Maurício, lembrando o compromisso com Cristo e a comunhão com a diocese que o envia.
O envio do padre Lauch brotou de um convite do arcebispo dom Mauricio, atendendo ao pedido de Dom Edson Damian, bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM). A diocese fica a 850 quilômetros de Manaus e faz fronteira com a Colômbia e a Venezuela, sob responsabilidade de Dom Edson, possui 23 etnias indígenas e 18 línguas faladas pelos povos locais. Na região, o trabalho missionário de catequese com os indígenas é feito com a enculturação do evangelho, iniciando a população local à vida cristã.
Confira, abaixo, a entrevista do padre Luiz à Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Botucatu antes do embarque para a Amazônia.
Quando e como surgiu a ideia de ser missionário?
Participei de vários encontros nacionais de presbíteros e havia sempre um apelo quanto à necessidade de padres para missões em várias regiões do Brasil e também na Amazônia. Passei então, a olhar com mais atenção a possibilidade de servir a Igreja além das fronteiras da diocese e coloquei-me à disposição do bispo para projetos missionários “Igrejas Irmãs”. Em 2012 fui enviado para a diocese de Ipameri-GO.
O que levou o senhor escolher o Projeto Missionário na Amazônia, especialmente São Gabriel da Cachoeira?
Penso que, se nos dispomos para a missão, nem sempre a escolhemos: a missão nos escolhe. Mesmo porque o chamado de Deus à missão é constante, seja local ou além-fronteiras. Como eu já estava há três anos numa missão em Ipameri, no estado de Goiás, enviado pela arquidiocese de Botucatu e já inscrito para um curso de formação missionária para a Amazônia no CCM, em Brasília, houve essa possibilidade. Foram necessários apenas alguns contatos entre os bispos para que o Projeto Missionário para a Amazônia começasse a entrar na minha vida.
Quais são as suas expectativas em relação à sua missão na diocese de São Gabriel da Cachoeira?
Pra mim a expectativa na missão é sempre de doação. Creio que posso pensar essa missão com algumas palavras: ir, vivenciar e testemunhar Cristo na caridade e na partilha.
Como o senhor vê a Missão, hoje, na Igreja?
Não existe Igreja “em Saída” sem Igreja local com a consciência de sua missão. Então, Igreja local também existe porque já está em saída “de si mesma” para o encontro com o outro: não se contenta, não se acomoda em si, mas lança-se no testemunho de Jesus Cristo, amando o próximo.
Para o senhor o que significa esse momento de partir para a Missão neste Jubileu da Misericórdia?
A misericórdia deve já ser constante na oração e na vida do cristão. A proposta do papa Francisco do Ano Santo da Misericórdia nos chama a um “despertar” para o presente valioso que é a misericórdia de Deus e convida à partilha desse presente com o irmão que caminha à margem do amor de Deus: é amado, mas não corresponde a esse amor por não compreendê-lo. O Ano da Misericórdia convida a uma doação maior do missionário, e constitui um valioso instrumento da Missão.
Com informações e fotos do Regional Sul 1
Na manhã de Quarta-feira de Cinzas (10), a Arquidiocese de Goiânia, abriu a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, cujo tema é “Casa comum, nossa responsabilidade”, e lema, “Quero ver a justiça brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5, 24). A campanha deste ano reflete e propõe ações concretas sobre o saneamento básico, direito fundamental previsto na Constituição Federal, que infelizmente ainda é um sonho distante de muitos brasileiros. O Brasil, em um conjunto de 220 países, amarga a 112ª colocação no ranking mundial de saneamento básico e o Centro-Oeste, mesmo fornecendo 45,9% do esgoto tratado, alcançando com isso o seu melhor desempenho no país, não atinge a metade da população com esse serviço.
O bispo auxiliar de Goiânia Dom Levi Bonatto destacou a importância da discussão do tema saneamento básico no mesmo momento em que o país combate as doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti. “Embora seja um tema voltado para o saneamento básico do país, este ano a CFE toca também na problemática da proliferação de doenças causadas pela falta desse importante serviço. A campanha é um gesto concreto para essa situação”.
A abertura da campanha na arquidiocese contou ainda com a palestra da professora do Departamento de enfermagem da PUC-GO e enfermeira da coordenação municipal de controle de infecção em serviços de saúde da vigilância de Goiânia, Elisangela Eurípedes Resende Guimarães, que elogiou a escolha do tema por parte do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC). “A criação de espaços de debates sobre saneamento básico, permite a reflexão sobre as práticas sociais e desencadeia na sociedade a mudança na forma de pensar e agir”. A professora também advertiu para a urgência de se estruturar na capital, políticas públicas de educação ambiental e sustentabilidade que provoquem mudanças no atual modelo de desenvolvimento marcado pelo caráter predatório e pelo reforço das desigualdades socioambientais.
Brasília
A solenidade foi presidida pelo bispo da Igreja Anglicana do Brasil e presidente do CONIC, dom Flávio Irala, e contou com a presença de diversas autoridades religiosas e civis: o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha; o ministro das Cidades, Gilberto Kassab; o diretor geral da Misereor, Monsenhor Pirmim Spiegel, entre outros.
Dom Flávio abriu o encontro expressando o contentamento pelo esforço e trabalho conjunto das Igrejas Cristãs em prol de um mesmo objetivo. “Expresso aqui a alegria de ter nesse conselho representantes de 5 Igrejas e das organizações religiosas que não são membros do CONIC, mas que aceitaram ajudar nessa mobilização da sociedade por esse direito urgente e necessário, que é o saneamento básico”, disse.
Para dom Sergio, a Campanha da Fraternidade vai além do âmbito da Igreja Católica ao trazer discussões e reflexões sobre assuntos que precisam de uma atenção especial, como é o caso da empreitada deste ano.
“Cada campanha quer nos ajudar a vivenciar a fraternidade no campo da vida ou da realidade social brasileira que necessite de mais atenção ou empenho, neste caso, queremos chamar a atenção para o cuidado com a nossa casa comum, sob o foco do saneamento básico”. Ele salientou também que, para a empreitada alcançar bons resultados, é preciso a participação de toda comunidade eclesial.
Marcou ainda o lançamento da CFE-2016, na Arquidiocese de Brasília, uma Celebração Ecumênica na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana, localizada na Asa Sul.
A Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 é organizada pelo CONIC que inclui as Igrejas Católica, Episcopal Anglicana, Evangélica Luterana, Sirian Ortodoxa de Antioquia e Presbiteriana Unida. Tem ainda neste ano a colaboração da Entidade da Igreja Católica Alemã - Misereor.
Com informações e fotos das Arquidioceses de Brasília e Goiânia
Expandir a Pastoral da Comunicação (Pascom) a todas as paróquias da diocese. Foi com esse objetivo que os agentes da Pascom de duas foranias da Diocese de Luziânia se reuniram no dia 31 de janeiro, para um momento de formação. Como fruto do encontro, foram formados mais cinco grupos, quatro para paróquias do município de Luziânia e um para a Cidade Ocidental.
O curso, organizado pela Pascom Diocesana, foi orientado pela coordenadora diocesana da pastoral, Shirlan Braz, que abordou a história da Pastoral da Comunicação, os desafios e metas a serem cumpridos. Houve ainda uma palestra sobre “As mídias na evangelização da Igreja”, proferida por Martinelly Flores (agente) e a jornalista Viviane Sena apresentou a estrutura do site da Diocese de Luziânia.
Para Flávia de Souza, agente da Pascom na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, o encontro foi um momento de aprofundar os conhecimentos sobre a Pastoral da Comunicação. “Antes de integrar uma pastoral é muito importante conhecer a missão que vamos desempenhar e isso aprendemos aqui”, disse. “Eu conhecia a Pascom, mas não imaginava que suas atividades fossem tão amplas. Participar da formação me preparou para servir melhor a Deus”, destacou Bruno Nunes, da Paróquia Santo Antônio, da Cidade Ocidental.
Informações e fotos da Pascom da Diocese de Luziânia
A Campanha da Fraternidade, neste ano, será ecumênica e terá dimensões internacionais, pois será realizada também na Alemanha através da Misereor, organização dos bispos católicos alemães para a cooperação e o desenvolvimento. Ela vai além de nossas fronteiras. Algumas religiões unidas saem em favor do meio ambiente. “A ONU reconhece o papel imprescindível das religiões para a promoção de mudança de valores no que diz respeito ao meio ambiente” (CF 2016 nº 18).
Esta campanha tem por objetivo assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e despertar para o empenho, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum.
O Papa Francisco na sua Encíclica “Laudato Si” chamou a humanidade para a grande responsabilidade de cuidar do meio ambiente, pois ele é a casa da vida. Caso não se cuide da natureza a vida sofrerá graves consequências. “Estamos vivendo um momento que podemos considerar crucial para a continuidade da vida no planeta Terra” (CF 2016 nº 30). É tempo de escolher viver, ou morrer.
É preciso entender o que significa o saneamento básico, trabalhar para que ele exista de forma concreta e que os recursos destinados a ele sejam realmente aplicados em seu favor. É bem provável que nem todas as pessoas saibam o seu significado e por isso vivem despreocupadas. Atitudes de desinteresse pela “Casa Comum” permitem que as comunidades fiquem vulneráveis às doenças decorrentes da ausência do saneamento.
“O saneamento básico inclui os serviços públicos de abastecimento de água, o manejo adequado dos esgotos sanitários, das águas pluviais, dos resíduos sólidos, o controle de reservatórios e dos agentes transmissores de doenças. Isso traz sensível melhoria na saúde e nas condições de vida de uma comunidade” (CF 2016 nº 32).
É imprescindível e até mesmo assegurado por lei que os Municípios elaborem seus Planos de Saneamento Básico em consonância com o Plano Nacional e assim a população tenha uma excelente organização no campo sanitário.
Durante o período forte de conversão que é a Quaresma, a Igreja ergue sua voz profética anunciando que a Justiça precisa ser praticada. A água e o meio ambiente precisam ser usados com responsabilidade. Oferecer o saneamento básico é uma questão justa e constante. “A justiça não pode ser comparada a um rio temporário, que só tem água na época das chuvas. A Justiça não pode interromper o seu fluxo. Não pode ser um regato que desaparece. Deve correr sempre.” (CF 2016 nº 133).
“As responsabilidades são coletivas, porém diferenciadas: o poder público tem a tarefa em realizar as obras de infraestrutura, implementar o Plano Municipal de Saneamento Básico, garantir a limpeza do espaço público e fazer a coleta seletiva do lixo. Nós temos a responsabilidade, enquanto cidadãos e cidadãs, de cuidarmos do espaço onde moramos, de não jogar lixo na rua, de zelar pelos bens e espaços coletivos. Essas atitudes poderão nos aproximar do sonho do profeta que é o de “Ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,25)” (CF 2016 nº 168).
Essa Campanha da Fraternidade ajude todos nós a crescermos na responsabilidade pelo cuidado de nossa “Casa Comum”.
Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo Diocesano de Uruaçu
Presidente do Regional Centro-Oeste
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) realizaram nos dias 29 e 31 de janeiro, a sua Ampliada Nacional, que aconteceu em Londrina (PR) e reuniu 70 participantes de todo o Brasil. Entre os presentes, o arcebispo de Londrina, Dom Orlando Brandes; o bispo referencial do Setor CEBs na Comissão para Laicato da CNBB, Dom Giovane Pereira de Melo e o bispo referencial das CEBs no Regional Sul 2 (Paraná), Dom Manoel João Francisco.
Diversos assuntos nortearam os dois dias de ampliada nacional, entre eles o 14º Intereclesial, que acontecerá nos dias 23 a 27 de janeiro do próximo ano, com o tema “CEBs e os desafios no mundo urbano” e lema, “Eu vi e ouvi os clamores do meu povo e desci para libertá-lo” (Ex. 3, 7). A construção do Texto-Base do evento foi o ponto de partida dos debates. Segundo os organizadores, a partir do método ver, julgar e agir, se pretende elaborar um material de fácil compreensão que possa ajudar as lideranças das comunidades. Oito desafios foram destacados: moradia, mobilidade, violência, sustentabilidade, trabalho, saúde, educação e tecnologias. O objetivo é mostrar os desafios do mundo urbano, à luz da Bíblia e concretizados em experiências que mostram a realidade das CEBs no Brasil.
Foram abordadas também, ao longo do evento, a pesquisa sobre as CEBs no Brasil, o Projeto Memória e Caminhada, a composição da ampliada, a comunicação e o site da organização: www.cebsdobrasil.com.br. As orações, celebrações e troca de experiências também foram momentos importantes do encontro. “Esses momentos nos ajudaram a ver e ouvir os clamores do povo, a partilhar a vida das comunidades londrinenses e trazer para o nosso meio a vida e memória de tantos mártires que deram a vida pelo Reino”, comentou o coordenador das CEBs no Regional Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal), Antônio Pereira (Baiano).
Ainda durante a ampliada, os participantes foram enviados para diferentes comunidades da Arquidiocese de Londrina, atividade que possibilitou conhecer a realidade sócio-eclesial local e animar a caminhada de cada um. “Fomos impactados pela chacina acontecida nos dias da Ampliada em Londrina, sinal da violência que assola o mundo urbano. Também tentamos ser divulgadores entre o povo londrinense do Intereclesial e explicar o que isso pode significar para eles”, disse Baiano. Os participantes da ampliada também se debruçaram sobre a distribuição de vagas para o Encontro Latino-Americano a ser celebrado em setembro, no Paraguai.
Dom Nélio Domingos Zortea foi ordenado bispo, sob a imposição das mãos do arcebispo emérito da Arquidiocese de Cascavel (PR), Dom Lúcio Ignácio Baumgaertner, no último dia 30 de janeiro, na Catedral Nossa Senhora Aparecida, em Cascavel, onde foi pároco por quase dez anos.
A Diocese de Jataí, por meio de padres, religiosos e religiosas, diáconos, seminaristas e leigos de várias paróquias se fez presente e acolheu o seu novo pastor. Em coro, os representantes disseram a Dom Nélio: “vamos conosco para a Diocese de Jataí, nós te acolhemos com muito carinho”.
A Catedral estava lotada e a celebração de ordenação do novo bispo foi marcada por muita emoção, especialmente pela presença de familiares de Dom Nélio, amigos que acompanharam seu trabalho em Cascavel. O testemunho de um amigo do bispo e leigo atuante em Cascavel, fez com que os fiéis daquela arquidiocese recordassem muitos momentos de alegria e imensa dedicação de Dom Nélio em sua missão sacerdotal. As palavras de Dom Joaquim, administrador da Diocese de Jataí também ficaram marcadas, pois o mesmo mostrou calorosa e acolhedora, a alegria do povo da região sudoeste de Goiás, em poder contar com um novo pastor, um bispo que foi preparado por Deus para sair de um estado distante, o Paraná, para conviver e caminhar com um povo de outra região muito extensa em seu território e sedenta de um pastor para conduzir seus trabalhos pastorais.
Participaram ainda da solenidade o arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos; o arcebispo de Curitiba (PR), Dom José Antônio Peruzzo; o bispo emérito da Diocese de Jataí, Dom Aloísio Hilário de Pinho; e o administrador diocesano da Diocese de Jataí, Dom Joaquim Carlos Carvalho.
Dom Nélio Zortea foi nomeado pelo papa Francisco no dia 18 de novembro de 2015. Ele assume a Diocese de Jataí no próximo dia 13 de fevereiro, quando será acolhido em missa na Catedral presidida pelo arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz.
Com informações da Diocese de Jataí
No mês de janeiro, o arcebispo militar do Brasil, Dom Fernando Guimarães, foi condecorado pela Polícia militar do estado de São Paulo (PM-SP) com a Medalha Mérito da Diretoria Pessoal da corporação, por ocasião dos 128 anos de criação do Departamento de Pessoal da PM naquele estado.
A cerimônia contou com a presença do Comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel PM Ricardo Gambaroni, da chefa do Departamento de Pessoal, Coronela Cláudia, dentre outras autoridades militares.
Sobre a Medalha
Criada pelo Decreto Nº 54.909, de 13 de outubro de 2009, a Medalha “Mérito da Diretoria de Pessoal” da Polícia Militar do Estado de São Paulo, tem o objetivo de galardoar as personalidades civis e militares, bem como as instituições públicas e privadas, que tenham prestado relevantes serviços à Diretoria de Pessoal, à Polícia Militar e ao estado de São Paulo, contribuindo, dessa forma, para o desenvolvimento da administração de pessoal na Polícia Militar de São Paulo.
Com informações do Ordinariado Militar do Brasil
Fruto da parceria entre Pastoral Vocacional do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) e o Instituto de Pastoral Vocacional de São Paulo, aconteceu nos dias 28 a 31 de janeiro, no Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, em Brasília, o 1º módulo da Escola de Animadores Vocacionais, assessorado pelo padre José Sival, sacerdote rogacionista, especialista em Antropologia e Linguagem.
Durante a escola, os 45 participantes de diversas dioceses puderam aprofundar os estudos sobre a “Antropologia da Vocação”. Sival ressaltou a importância da visão integral do ser humano, aberto ao transcendente, como fundamento de um verdadeiro discernimento vocacional.
Para o coordenador do serviço de animação vocacional (SAV) do regional, padre Elias Aparecido, “foi um momento muito rico de conteúdo, vivências e espiritualidade em prol das vocações. Tivemos a participação de religiosas e religiosos de diversas congregações, seminaristas, leigos consagrados de institutos e novas comunidades, famílias e sacerdotes”.
O segundo módulo já tem data marcada. Acontecerá nos dias 21 a 24 de julho, com o tema “Teologia da Vocação”, e será aberto a todos os interessados, inclusive aqueles que não fizeram o primeiro módulo. Mais informações e reservas de vagas pelo telefone (62) 8604-3514 ou 9173-7421 e pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
© 2025 CNBB Centro-Oeste - Todos os direitos reservados
Rua 93, nº 139, Setor Sul, CEP 74.083-120 - Goiânia - GO - 62 3223-1854