No dia 3 de maio, Dom Eugênio Rixen, bispo da Diocese de Goiás, celebrou a missa de um ano do falecimento do bispo emérito daquela diocese, Dom Tomás Balduíno, na Catedral de Sant’Ana, mesmo local onde no ano passado as pessoas se despediram do bispo que se tornou símbolo da luta pelos direitos humanos, indígenas e dos pequenos agricultores. No início da celebração, todos cantaram “Onde Reina o amor, fraterno amor, Deus aí está”, letra que representa bem como Dom Tomás concretizou o Reino de amor, manifestando a presença de Deus nas causas sociais.
Durante a homilia, Dom Eugênio enfatizou as lutas assumidas por Dom Tomás ao longo de toda a sua vida. Disse que “os ideais defendidos pelo prelado continuam presentes e animados pelo mesmo Espírito que o acompanhou. Isso pode ser percebido através dos cantos da caminhada das opções da Diocese de Goiás”, declarou. Participaram da missa, representantes do Conselho Indigenista Missionário do Tocantins (CIMI – TO); da Comissão Pastoral da Terra Nacional e Regional (CPT), antigos amigos e pessoas que estiveram muito próximas de Dom Tomás nos seus últimos dias de vida.
No fim da celebração, o grupo do canto entoou uma canção composta por Pedro Munhoz chamada “Balduíno” com o refrão: “Um silêncio que se faz, Cai a tarde, bate o sino, Segue em frente, vai em paz, Para sempre, Balduíno” No túmulo de Dom Tomás, do lado esquerdo do altar, encontra-se o tronco que simboliza sua pessoa na tradição dos povos Krahô, confeccionado no ritual fúnebre realizado por esta tribo em 2014. Por fim, todos se reuniram diante desse túmulo e receberam a bênção de Deus invocada por Dom Eugênio.