Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Amados irmãos e irmãs!
No passado mês de dezembro e na primeira parte de janeiro, celebramos o Tempo do Advento e depois o do Natal: um período do ano litúrgico que desperta a esperança no Povo de Deus. Esperar é uma necessidade primária do homem: esperar no futuro, acreditar na vida, o chamado “pensar positivo”. Mas é importante que essa esperança seja posta naquilo que pode deveras ajudar a viver e a dar sentido à nossa existência. É por isso que a Sagrada Escritura nos admoesta contra as falsas esperanças que o mundo nos apresenta, desmascarando a sua inutilidade e mostrando a sua insensatez. E faz isso de várias maneiras, mas sobretudo denunciando a falsidade dos ídolos nos quais o homem é continuamente tentado a pôr a sua confiança, fazendo deles objeto da sua esperança.
Em particular, os profetas e sábios insistem sobre isso, tocando um ponto nevrálgico do caminho de fé do crente. Porque fé significa confiar em Deus — quem tem fé, confia em Deus —, mas chega o momento em que, confrontando-se com as dificuldades da vida, o homem experimenta a fragilidade daquela confiança e sente a necessidade de certezas diversas, de seguranças tangíveis, concretas. Confio em Deus, mas a situação é um pouco crítica e eu preciso de uma certeza um pouco mais concreta. E está ali o perigo! Então somos tentados a procurar consolações até efêmeras, que parecem preencher o vazio da solidão e aliviar a fadiga do crer. E pensamos que as devemos encontrar na segurança que o dinheiro pode dar, nas alianças com os poderosos, na “mundanidade”, nas falsas ideologias. Por vezes procuramo-las num deus que se possa submeter aos nossos pedidos e magicamente intervir para mudar a realidade e torná-la como a queremos; um ídolo, precisamente, que como tal nada pode fazer, impotente e mentiroso. Mas nós gostamos dos ídolos, gostamos tanto!
Certa vez, em Buenos Aires, devia ir de uma igreja para outra, mil metros, mais ou menos. E fi-lo a pé. Há um parque no meio, e no parque havia pequenas mesinhas, mas muitas, tantas, onde estavam sentados os videntes. Estava cheio de gente, que fazia até a fila. Tu davas-lhe a mão e ele começava, mas, a conversa era sempre a mesma: há uma mulher na tua vida, há uma sombra que vem, mas tudo vai correr bem... E depois, pagavas. E isso te dá segurança? É a segurança de uma — permiti-me a palavra — de uma estupidez. Ir ao vidente ou à vidente que leem as cartas: isso é um ídolo! Isso é o ídolo, e quando nós lhes estamos tão afeiçoados: compramos falsas esperanças. Enquanto que na esperança da gratuidade, que Jesus Cristo nos trouxe, gratuitamente dando a vida por nós, por vezes não confiamos muito nela.
Um salmo cheio de sabedoria apresenta-nos de modo muito sugestivo a falsidade desses ídolos que o mundo oferece à nossa esperança e na qual os homens de todas as épocas são tentados a confiar. É o Salmo 115, que recita assim: “Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. / Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem. / Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram. / Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. / A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam!” (vv. 4-8).
Esperança no Senhor da vida
O salmista apresenta-nos, de maneira também um pouco irônica, a realidade absolutamente efêmera desses ídolos. E devemos compreender que não se trata só de representações feitas de metal ou de outro material, mas também das que são construídas com a nossa mente, quando confiamos em realidades limitadas que transformamos em absolutas, ou quando reduzimos Deus aos nossos esquemas e às nossas ideias de divindade; um deus que se parece conosco, compreensível, previsível, precisamente como os ídolos dos quais fala o Salmo. O homem, imagem de Deus, fabrica para si mesmo um deus à sua própria imagem, e é até uma imagem mal feita: não ouve, não age e sobretudo não pode falar. Mas, nós ficamos mais contentes por ir ter com os ídolos do que com o Senhor. Muitas vezes sentimo-nos mais felizes com a esperança efêmera que esse falso ídolo nos dá, do que com a grande esperança certa que dá o Senhor.
À esperança num Senhor da vida que com a sua Palavra criou o mundo e conduz as nossas existências, contrapõe-se à confiança em simulacros mudos. As ideologias com a sua pretensão de absoluto, as riquezas — e isso é um grande ídolo —, o poder e o sucesso, a vaidade, com a sua ilusão de eternidade e de onipotência, valores como a beleza física e a saúde, quando se tornam ídolos aos quais sacrificar tudo, são realidades que confundem a mente e o coração, e em vez de favorecer a vida conduzem à morte. É mau e faz mal à alma ouvir aquilo que uma vez, há anos, escutei, na Diocese de Buenos Aires: uma mulher bondosa, muito bonita, gabava-se da beleza, comentava, como se fosse natural: “Ah, sim, tive que abortar porque a minha figura é muito importante”. São esses os ídolos, e levam-te pelo caminho errado e não te dão a felicidade.
A mensagem do Salmo é muito clara: se pusermos a esperança nos ídolos, tornamo-nos como eles: imagens vazias com mãos que não tocam, pés que não caminham, lábios que não podem falar. Não temos mais nada a dizer, tornamo-nos incapazes de ajudar, de mudar as coisas, incapazes de sorrir, de nos doarmos, incapazes de amar. E também nós, homens de Igreja, corremos esse risco quando nos “mundanizamos”. É necessário permanecer no mundo, mas defender-se das ilusões do mundo, que são esses ídolos que mencionei.
Como prossegue o Salmo, é preciso confiar e esperar em Deus, e Deus concederá a bênção. Diz assim o Salmo: “Israel, confia no Senhor [...] / Casa de Aarão, confia no Senhor [...] / Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor [...] / O Senhor lembrou-se de nós; ele nos abençoará” (vv. 9.10.11.12).
O Senhor recorda-se sempre. Até nos maus momentos ele se recorda de nós. E essa é a nossa esperança. E a esperança não desilude. Nunca. Nunca. Os ídolos desiludem sempre: são fantasias, não são realidades.
Eis a maravilhosa realidade da esperança: se confiarmos no Senhor, tornamo-nos como Ele, a sua bênção transforma-nos em seus filhos, que partilham a sua vida. A esperança em Deus faz-nos entrar, por assim dizer, no raio de ação da sua recordação, da sua memória que nos bendiz e nos salva. E então pode brotar o aleluia, o louvor ao Deus vivo e verdadeiro, que por nós nasceu de Maria, morreu na cruz e ressuscitou na glória. E nesse Deus nós temos esperança, e esse Deus — que nunca é um ídolo — nunca desilude.
Audiência Geral. Praça São Pedro, 11 de janeiro de 2017
Caros irmãos e irmãs!
Na Sagrada Escritura, entre os profetas de Israel, sobressai uma figura um pouco singular, um profeta que procura subtrair-se à chamada do Senhor, rejeitando pôr-se ao serviço do plano divino de salvação. Trata-se do profeta Jonas, cuja história se narra num livrinho de apenas quatro capítulos, uma espécie de parábola portadora de um grande ensinamento, o da misericórdia de Deus que perdoa.
Jonas é um profeta “em saída” e também um profeta em fuga! É um profeta em saída, que Deus envia “para a periferia”, Nínive, para converter os habitantes daquela grande cidade. Mas para um israelita como Jonas, Nínive representava uma realidade insidiosa, o inimigo que punha em perigo a própria Jerusalém, e, portanto, devia ser destruída, certamente não salva. Por isso, quando Deus envia Jonas a pregar naquela cidade, o profeta que conhece a bondade do Senhor e o seu desejo de perdoar, procura subtrair-se à sua tarefa e foge.
Durante a sua fuga, o profeta entra em contato com alguns pagãos, os marinheiros da nau na qual tinha embarcado para se afastar de Deus e da sua missão. E foge para longe, porque Nínive estava situada na região do Iraque e ele foge para a Espanha, foge a sério. E é exatamente o comportamento daqueles homens pagãos, como depois será o dos habitantes de Nínive, que hoje nos permite refletir um pouco sobre a esperança que, diante do perigo e da morte, se exprime na oração.
Com efeito, durante a travessia do mar, abate-se uma tremenda tempestade e Jonas desce ao porão do navio, abandonando-se ao sono. Os marinheiros, ao contrário, vendo-se perdidos, “puseram-se a invocar cada qual o seu deus”: eram pagãos (Jn 1,5). O capitão do navio acorda Jonas, dizendo-lhe: “O que fazes, dormes? Levanta-te e invoca o teu Deus, para ver se porventura Ele se lembra de nós e nos livra da morte” (Jn 1,6).
Esperar no Deus da vida
A reação daqueles “pagãos” é a reação justa perante a morte, diante do perigo; porque é então que o homem faz uma experiência completa da sua fragilidade e da sua necessidade de salvação. O instintivo terror de morrer revela a necessidade de esperar no Deus da vida. “Para ver se porventura Ele se lembra de nós e nos livra da morte”: são as palavras da esperança que se tornam oração, aquela súplica cheia de angústia que se eleva dos lábios do homem diante de um iminente perigo de morte.
Com muita facilidade desprezamos a súplica a Deus na necessidade, como se fosse apenas uma oração interessada e por isso imperfeita. Mas Deus conhece a nossa debilidade, sabe que nos recordamos dele para pedir ajuda, e com o sorriso indulgente de um pai, Deus responde benignamente.
Quando Jonas, reconhecendo as suas responsabilidades, se deixa lançar ao mar para salvar os seus companheiros de viagem, a tempestade aplaca-se. A morte incumbente impeliu aqueles homens pagãos à oração, fez com que o profeta, não obstante tudo, vivesse a sua vocação ao serviço dos outros aceitando sacrificar-se por eles, e agora leva os sobreviventes ao reconhecimento do verdadeiro Senhor e ao louvor. Os marinheiros que, tomados pelo medo, tinham rezado dirigindo-se aos próprios deuses, agora com sincero temor do Senhor, reconhecem o verdadeiro Deus, oferecem sacrifícios e cumprem votos. A esperança que os tinha induzido a rezar para não morrer revela-se ainda mais poderosa e concretiza uma realidade que vai até além daquilo que eles esperavam: não só não perecem na tempestade, mas abrem-se ao reconhecimento do verdadeiro e único Senhor do céu e da terra.
Sucessivamente, também os habitantes de Nínive, diante da perspectiva de ser destruídos, rezarão impelidos pela esperança no perdão de Deus. Farão penitência, invocarão o Senhor e converter-se-ão a Ele, a começar pelo rei que, como o capitão do navio, dá voz à esperança dizendo: “Talvez Deus se arrependa [...] e não nos deixe perecer!” (Jn 3,9). Inclusive para eles, assim como para a tripulação na tempestade, ter enfrentado a morte e dela ter saído vivos guiou-os à verdade. Assim, sob a misericórdia divina, e ainda mais à luz do mistério pascal, a morte pode tornar-se, como foi para São Francisco de Assis, “nossa irmã morte”, e representar, para cada homem e para cada um de nós, a surpreendente ocasião de conhecer a esperança e de encontrar o Senhor. Que o Senhor nos leve a entender esse vínculo entre oração e esperança. A oração leva-te em frente na esperança, e quando a situação se torna obscura, é preciso rezar mais! E haverá mais esperança.
Obrigado!
Audiência Geral. Praça São Pedro, 18 de janeiro de 2017
O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, anunciou nesta quarta-feira, 23, que futuramente será publicado um livro com as conferências realizadas durante o Simpósio "O Dom do Celibato". Realizado desde o dia 21, na capital mineira, o Simpósio terminou nesta quarta. O arcebispo avaliou positivamente o encontro. “É importante que a sociedade compreenda o celibato como um dom”, comentou Dom Walmor.
O arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, também salientou a importância do encontro. Disse que o conceito de celibato é rico e exige, para sua melhor compreensão, uma abordagem interdisciplinar.
O arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, ressaltou que o celibato não deve ser compreendido como fardo. “É uma opção de vida que se faz, um dom”, explicou.
O Simpósio Nacional "O Dom do Celibato", realizado na PUC Minas, foi concluído com uma oração, presidida pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano, cardeal William Joseph Levada, que esteve presente nos três dias do encontro.
Tem início hoje, 1º e segue até domingo, 4, o 2º Encontro Nacional de Responsáveis Diocesanos e de Assessores da Juventude, em Vargem Grande Paulista (SP).
Organizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), este 2º Encontro visa estudar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), aprofundar o Documento 85 da CNBB “Evangelização da juventude - Desafios e perspectivas pastorais”, partilhar as realidades de evangelização das juventudes, explanar sobre os encaminhamentos da Jornada Mundial da Juventude 2013 e do projeto “Bote Fé”.
Participaram os bispos referenciais regionais da juventude, dos sacerdotes, religiosos (as) ou leigos (as) que assumem o ministério de assessoria dos diversos movimentos eclesiais, Novas Comunidades, Pastorais da Juventude e Congregações Religiosas.
O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da Conferência Nacional dos bispos do Brasil - CNBB, reunido nos dias 29 e 30 de novembro de 2011, vem manifestar sua preocupação com a possível aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de reforma do Código Florestal brasileiro. Já aprovado nas devidas Comissões do Senado Federal, o novo Código Florestal, tão necessário ao Brasil, embora tenha obtido avanços pontuais na Comissão do Meio Ambiente, como um capítulo específico para a agricultura familiar, ainda carece de correções.
O projeto, ao manter ocupações em áreas ilegalmente desmatadas (Artigos 68 e 69) e permitir a recuperação de apenas metade do mínimo necessário para proteger os rios e a biodiversidade (Artigos 61 e 62), condena regiões inteiras do país a conviver com rios agonizantes, nascentes sepultadas e espécies em extinção. Sob o pretexto de defender os interesses dos pequenos agricultores, esta proposta define regras que estenderão a anistia a quase todos os proprietários do país que desmataram ilegalmente.
O projeto fragiliza a proteção das florestas hoje conservadas, permitindo o aumento do desmatamento. Os manguezais estarão abertos à criação de camarão em larga escala, prejudicando os pescadores artesanais e os pequenos extrativistas. Os morros perderão sua proteção, sujeitados a novas ocupações agropecuárias que já se mostraram equivocadas. A floresta amazônica terá sua proteção diminuída, com suas imensas várzeas abertas a qualquer tipo de ocupação, prejudicando quem hoje as utiliza de forma sustentável. Permanecendo assim, privilegiará interesses de grupos específicos contrários ao bem comum.
Diferentemente do que vem sendo divulgado, este projeto não representa equilíbrio entre conservação e produção, mas uma clara opção por um modelo de desenvolvimento que desrespeita limites da ação humana.
A tão necessária proteção e a diferenciação mediante incentivos econômicos, que seriam direcionados a quem efetivamente protegeu as florestas, sobretudo aos agricultores familiares, entraram no texto como promessas vagas, sem indicativo concreto de que serão eficazes.
Insistimos que, no novo Código Florestal, haja equilíbrio entre justiça social, economia e ecologia, como uma forma de garantir e proteger as comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas e de defender os grupos que sabem produzir em interação e respeito com a natureza. O cuidado com a natureza significa o cuidado com o ser humano. É a atenção e o respeito com tudo aquilo que Deus fez e viu que era muito bom (cf. Gn 1,30).
O novo Código Florestal, para ser ético, deve garantir o cuidado com os biomas e a sobrevivência dos diferentes povos, além de preservar o bom uso da água e permitir o futuro saudável à humanidade e ao ecossistema.
Que o Senhor da vida nos ilumine para que as decisões a serem tomadas se voltem ao bem comum.
Brasília-DF, 30 de novembro de 2011
Nos próximos dias 9 a 12, Brasília vai sediar a etapa nacional da 2ª Conferência de Juventude. O encontro deve reunir milhares de jovens de todo o país para o debate e formulação sobre os direitos e as políticas públicas de juventude. Cerca de 2.500 jovens dos mais diversos movimentos e organizações juvenis participarão do encontro que tem como tema 'Juventude, Desenvolvimento e Efetivação de Direitos', e irá discutir temas como democracia, participação e desenvolvimento nacional, marcos legais e a articulação e integração das políticas públicas de juventude.
A Pastoral da Juventude (PJ), única representante da Igreja Católica no Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) e na Comissão Organizadora da Conferência, estará presente na etapa nacional, com uma das maiores delegações, e se comprometeu desde o início com o processo da conferência, ajudando na realização das etapas livres, virtual e eletivas em diversos estados e municípios.Em Santa Catarina, a jovem Joseanair Hermes, integrante da Comissão Organizadora da Conferência Estadual (COE) pela PJ, destaca o papel importante que a organização teve no processo: “Em Santa Catarina, compomos, PJ, a COE e fomos decisivos nos debates em todas as etapas: municipais, regionais e na estadual, onde estávamos com a maior delegação. Éramos 70 jovens nos propondo a construir uma política de qualidade, para o desenvolvimento pessoal, social e produtivo da juventude”. A PJ no estado elegeu 12 delegados para a etapa nacional.
A PJ, em conjunto com a Pastoral da Juventude Rural, Pastoral da Juventude Estudantil e Pastoral da Juventude do Meio Popular há anos reflete e debate em seus grupos de jovens e atividades, como o Dia Nacional da Juventude (DNJ), a temática das Políticas Públicas de Juventude no Brasil (PPJ’s). Uma caminhada consolidada por muita discussão das PPJ’s e defesa da vida da juventude, como a luta contra a redução da maioridade penal. Em 2008, as PJs lançaram a “Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens” para ecoar mais uma vez o direito da juventude viver. A Campanha, que se estende até os dias de hoje, denuncia as milhares de vida perdidas em decorrência da violência.
O padre Wander Torres da Costa, da diocese de Mariana (MG), e integrante da Comissão Nacional de Assessores da PJ, aponta a política como um caminho privilegiado para o serviço da justiça, uma forma sublime da caridade. Além disso, assinala a efetiva participação de várias lideranças da PJ no processo de construção da 2ª Conferência Nacional de Juventude, “na PJ se aprende que a construção do bem comum e a luta por uma sociedade justa e respeitosa das diferenças são valores fundamentais do Evangelho e da vida humana”, declara.
Alex Piero, conselheiro nacional de juventude e membro da Comissão Organizadora Nacional da Conferência Nacional, afirma que “a participação e mobilização da PJ no processo da conferência fez diferença para o debate das PPJs em todas as etapas da conferência. O ganho da contribuição da PJ nesse processo não é somente para o conjunto das PPJs, mas também para PJ e principalmente para a juventude”.
Os membros da Pastoral da Juventude concluem afirmando por que é importante participar do trabalho de efetivação de políticas para a vida da juventude. “Destacamos ainda que a defesa e a construção de políticas públicas para a juventude que defendam e consolidem os direitos da juventude é uma ação concreta da PJ no seguimento a Jesus e na construção do Reino de Deus e está em sintonia com a Igreja do Brasil e seus documentos. A grande motivação da PJ na colaboração com o processo da Conferência de Juventude e das PPJs é a vida da juventude. E é essa bandeira que a PJ levantará na etapa nacional da 2ª Conferência Nacional de Juventude e nos desdobramentos posteriores a este processo”.
Para saber a respeito da participação da PJ na Conferência Nacional de Juventude, acesse: conjuve.pj.org.br.
Dom José Luiz Majella Delgado, bispo de Jataí (GO) receberá, dia 12 de dezembro, Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil, que irá participar do Ano Jubilar em homenagem aos bispos Dom Germano Vega Campón e Dom Benedito Domingos Coscia. O Núncio Apostólico vai acompanhar uma peregrinação à cripta da Catedral Divino Espírito Santo, onde estão os túmulos dos bispos jubilares. Após o momento de oração, haverá a inauguração do Acervo diocesano do patrimônio histórico Dom Germano Vega Campón, localizado na Cúria Diocesana. A celebração eucarística presidida por Dom Lorenzo Baldisseri será às 19h30, na Catedral. Após a missa, haverá a inauguração dos bustos de Dom Germano e Dom Benedito na esplanada da igreja, diante de sua porta principal. O retorno do Núncio Apostólico a Brasília será no dia 13, às 9h15.
Contando com a colaboração de Maria Cecília Rover, assessora da Comissão Episcopal Pastoral para animação bíblico-catequética da CNBB, foi realizado em São Luis de Montes Belos (GO), um final de semana de capacitação para jovens sobre a Leitura Orante da Bíblia. A promoção foi do setor de juventude e da Escola Bíblica da diocese. O encontro aconteceu entre 09 e 11 de dezembro.
Os 66 participantes eram jovens de diversas expressões juvenis de todas as regiões pastorais da diocese, sendo muitos deles também participantes de pastorais, como Catequese, Liturgia, Pastoral da Sobriedade, Pastoral da Criança e movimentos. Alguns participantes adultos eram coordenadores de pastorais e movimentos.
Segundo os coordenadores Ir. Elfrida Prem, do setor Juventude, e Pe Dionivaldo Pires, da Escola Bíblica da diocese, o encontro ajudou a fortalecer o amor à Palavra, pela prática da Leitura Orante, especialmente no meio da juventude.
Segundo o jovem Maikon Naite Martins de Almeida, “o curso de capacitação proporciona uma nova ótica para rezar com a Palavra de Deus; também é um jeito mais fácil de ler a Palavra, vendo assim a possibilidade de trazer a Palavra ou o próprio Cristo para meu dia - a- dia”.
Em fevereiro, entre os dias 17 e 21, as forças missionárias concentradas nas dioceses e paróquias, os chamados Conselhos Missionários Diocesanos (Comidis) e Conselhos Missionários Paroquiais (Comipas) têm um encontro marcado no Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília. A formação é destinada a coordenadores e animadores desses conselhos.
“Os Encontros de Formação Missionária para coordenadores e animadores de Comidis e Comipas, são um momento único de animação, debate e troca de experiências em nível nacional, e têm por objetivo fortalecer a articulação dos organismos missionários, bem como fornecer instrumentos básicos para que a animação missionária aconteça em maneira eficaz em todas as dioceses e paróquias do país”, afirmou em carta às lideranças missionárias o presidente do Conselho Missionário Nacional (Comina) e da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Sérgio Braschi.
Com conteúdo programático destinado principalmente para coordenadores iniciantes nos Comidis e Comipas, a formação visa também levar o público-alvo a “aprender a ver a realidade do mundo além de nossas fronteiras; aprender a redescobrir, cultivar e assumir a dimensão universal da missão, como discípulos missionários sem fronteiras; aprender a articular Comidis e Comipas para uma animação missionária autêntica e eficaz e, por fim, a aprender a formar-nos numa espiritualidade da ação missionária (cf. DAp 284), com coração aberto a todas as culturas e a todas as verdades, cultivando a capacidade de contato humano e diálogo”, conforme prevê o Documento de Aparecida (DAp).
A formação é promovida pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), pelo CCM e pela Comissão Episcopal a Ação Missionária. As inscrições já podem ser efetuadas no site www.ccm.org.br. Mais informações pelo telefone (61) 3274.3009.
A Diocese de Itumbiara acolheu no dia 8 de janeiro, a coordenação da Pastoral da Aids do Regional Centro-Oeste, juntamente com a coordenadora da pastoral na Arquidiocese de Goiânia, Nilva Diolina de Jesus, para uma capacitação sobre agentes multiplicadores, durante o Workshop das Pastorais Sociais, organizado pelo vigário da Paróquia São Sebastião, padre Irandes Carlos. A formação contou com a presença de 12 pessoas e da coordenadora da pastoral na diocese, Ana Maria de Oliveira Marcório.
Durante a capacitação houve, como de costume, um momento místico para o início das atividades, no qual foi explicado o sentido da espiritualidade como base dos trabalhos junto às pessoas que vivem com o vírus HIV. “Pela espiritualidade percebemos que as pessoas são imagem e semelhança de Deus, por isso é muito importante”, ressaltou a coordenadora da Pastoral da Aids no regional, irmã Elenice Natal de Lima.
Os participantes também foram informados sobre a participação da pastoral em organizações não-governamentais e espaços de controle social, como exemplos os conselhos municipais, estaduais, iniciativa que garante políticas públicas e recursos que ajudam os portadores do vírus. A psicóloga do CTA, Leidiane Rezende Silva Andrade, relatou a situação da Aids e hepatites virais. Ela também falou sobre a epidemia hoje. Foi significante ainda a parceria com a equipe de saúde do município que realizou 41 testes rápidos no local. No fim do encontro, os participantes receberam o Guia do Agente da Pastoral e trabalharam em pequenos grupos de estudo. A capacitação foi concluída às 16h com avaliação e a foto oficial do grupo.
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