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“O Ateísmo – formas atuais e desafios à evangelização”. Com esse tema, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro realiza a 27ª edição do Curso anual para os bispos brasileiros, no Centro de Estudos e Formação do Sumaré, no Rio Comprido. Participam do curso 65 bispos, inclusive o secretário do Regional Centro-Oeste da CNBB e bispo auxiliar de Goiânia, Dom Levi Bonatto.

O curso conta com conferencistas e professores internacionais e nacionais, especialistas no tema, como o prelado do Opus Dei, monsenhor Fernando Ocáriz; o professor de Teologia Moral e sacerdote do Opus Dei, em Brasília, Rafael José Stanziona; o filósofo e vice-reitor da Universidade Católica de Milão, Prof. Dr. Francesco Botturi; e frei Francisco Patton, OFM, licenciado em Ciências da Comunicação, pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma, e Custódio da Terra Santa.

Dom Orani João Tempesta, cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, escreveu um artigo intitulado “Ateísmo hoje”, no qual ele ressalta que o tema é muito interessante e que ajudará os bispos, diante de um tempo de tantas contestações e dificuldades, a evangelizar, sobretudo nos grandes centros urbanos, diante de um sistema de comunicação que costuma interpretar as manifestações religiosas pejorativamente.

Segundo, Dom Levi, o curso é desenvolvido por meio de palestras durante o dia. O evento também é uma possibilidade de estudos, oração, descanso e lazer dos bispos.

 

 

 

Cerca de 150 delegados do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), foram enviados ao 14º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que começou nesta segunda-feira (23) e segue até o dia 27, em Londrina (PR). A missa de envio foi presidida pelo bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Silva Arantes, na Paróquia Bom Jesus, em Goiânia. A celebração deveria contar também com a participação dos representantes do Regional Norte 3 da CNBB (Tocantins), mas, por problemas no transporte durante a viagem, eles seguiram direto para Londrina.

Dom Moacir, que participa pela primeira vez do Intereclesial, pediu as bênçãos de Deus para que o evento seja proveitoso. Na celebração de envio, ele afirmou que o encontro nacional é um movimento dos diversos lugares para um único lugar, como também o é a nossa caminhada cristã. “O intereclesial é uma busca de estarmos juntos e juntos descobrirmos caminhos novos. Descobrir o que o Senhor inspira em cada um em vista do seu projeto”, afirmou.

Após a missa, o coordenador das CEBs no Regional Centro-Oeste, Antônio Pereira (Baiano), destacou o momento histórico e importante que é o Intereclesial e o significado do evento na vida da Igreja. “O Intereclesial é como o monte da Transfiguração, em que vemos o Senhor brilhar para todas as comunidades. É o retrato da Igreja presente no Concílio Vaticano II, no Decreto Ad Gentes e no Documento 105 da CNBB – Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo; é ainda o momento da Igreja em saída que tanto anuncia o papa Francisco”.

O 14º Intereclesial das CEBs reúne aproximadamente 2.750 delegados de todo o Brasil. Participam ainda do encontro 65 bispos, além de convidados da Itália, Alemanha, França e movimentos sociais do Brasil.

 

Logo após a última Reunião do Conselho Episcopal Regional (Conser), em 2017, realizada nos dias 21 a 23 de novembro, os bispos e os coordenadores de pastorais, movimentos e organismos, participaram de uma formação sobre o Documento 107 da CNBB, “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários”, com o bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), Dom Leomar Antônio Brustolin. Em sua apresentação, ele fez um apanhado sobre os quatro capítulos do documento. Conforme suas colocações, a iniciação à vida cristã é uma dinâmica que visa introduzir a pessoa na fé cristã, isto é, um caminho cujo objetivo é formar discípulos de Jesus Cristo. “O percurso desse processo integra os discípulos à Igreja de Cristo, à comunidade de fé, para que testemunhem o Cristo no mundo”, destacou.

Confira a entrevista

O que é a Iniciação à Vida Cristã?
É uma dinâmica que visa introduzir a pessoa na fé cristã, isto é, se uma pessoa que nunca conheceu a nossa fé desejasse seguir a Jesus Cristo, quais seriam os passos a serem percorridos para que essa pessoa entrasse na família de Jesus que é a Igreja? E participasse da alegria de ser discípulo de Jesus? Por isso, a iniciação à vida cristã é uma dinâmica que visa formar discípulos de Jesus Cristo para integrarem a sua Igreja, a sua comunidade de fé e assim testemunharem Cristo no mundo.

Não é suficiente evangelizar apenas nas salas de catequese?
Durante muito tempo tivemos uma catequese mais ligada à instrução do que a iniciação. Nós instruíamos mais. Teve seu valor tudo isso. Instruir significa memorizar, decorar, mostrar aspectos mais teóricos e importantes da fé: conhecimentos. Mas é preciso também aprender a rezar, celebrar, conviver, testemunhar. Quando a gente educa uma pessoa para a fé, não basta ela saber. Tem que viver, transformar a vida em atitudes, comportamentos e escolhas. Portanto, a iniciação à vida cristã é diferente de uma instrução cristã. A catequese que a maioria de nós participou estava mais ligada à instrução, mas agora nós queremos propor que catequistas e comunidades permitam a experiência da iniciação a alguém em um caminho. A ideia de caminho, processo, tudo aquilo que revela mais dinâmicas do que eventos é o que nós queremos insistir.

Quais os principais desafios da catequese hoje?
O primeiro é constatar o desafio da transmissão da fé às novas gerações. As famílias, as paróquias, os catequistas. Todos nós sabemos que precisamos contar com novos meios de comunicação, novos meios e linguagens, porque nem a linguagem está sendo fácil assimilar hoje. Diante de uma cultura cada vez mais plural, não necessariamente uma cultura cristã, anunciar Jesus Cristo e aderir a Jesus é um desafio não impossível, mas que certamente vai exigir mais esforços.

A internet é um caminho para a iniciação à vida cristã?
Pode ser um caminho, mas depende do que é comunicado. Comunicamos às vezes muitos aspectos da religiosidade que não é o coração da fé. Precisamos focar no mistério pascal e a partir disso desdobrar a comunicação porque eu entendo os meios de comunicação como um carro. Ele está à disposição, mas sou eu quem vou dirigi-lo para onde eu quero. Então não basta dizer que entrando nas redes sociais digitais estará tudo resolvido. Depende do que eu vou comunicar. É indispensável a nossa presença nelas. Mas o que eu vou comunicar? Como eu vou comunicar? E mais uma coisa: não existe comunicação da fé sem testemunhos, sem exemplo, sem vivência, só com boas mensagens. Nós já estamos cansados de receber diariamente mensagens de bom dia, boa tarde, pelo whatsapp, pelo Facebook, e até pelo e-mail. Muitas palavras que são comunicadas nesses espaços não tem o peso do que é dito. Tem duplo sentido. Pode ser um sentido positivo ou um sentido vazio. A fé supõe testemunho, exemplo, vivência e conteúdo bem focado para comunicar bem o que nós queremos. O desafio está em ser denso de forma sucinta e é muito mais difícil comunicar profundamente com menos palavras do que escrever muito para justificar um pensamento mais robusto, por isso o nosso desafio da linguagem é este: como aproveitar os novos meios para comunicar a densidade da fé cristã. Para chegarmos a isso nós ainda temos um caminho a percorrer.

Por que a iniciação à vida cristã renova a vida comunitária?
Porque nós precisamos revitalizar todas as paróquias e comunidades com seguidores de Jesus Cristo e não apenas adeptos de práticas religiosas. Renova a comunidade porque ela precisa ser sal da terra e luz do mundo. Não pode ser apenas seguidora de elementos soltos. Ela tem que fazer uma síntese de vida. Tem que trazer a felicidade e compromisso para as pessoas, tem que abraçar a cruz também porque a cruz não pode ser dispensada do caminho de quem segue Jesus, portanto, a revitalização da comunidade que vai ter crianças, jovens, adultos, idosos, depende da reiniciação à vida cristã. Iniciar os que estão chegando e reiniciar aqueles que já estão.

Por que os desafios da Igreja, da cultura, e da educação são semelhantes na época em que vivemos?
Porque não são desafios alheios à realidade que está aí. Não são desafios só da Igreja, da educação e da família. É o nosso tempo. Nós vivemos uma época fascinante. Mas surgiram situações novas que afetaram profundamente a antropologia, a sociologia e a psicologia das pessoas, ou seja, nós não podemos ignorar que essa realidade nos desafia como um todo, não só como Igreja, mas como família, escola, sociedade. Tudo está ligado. São novos tempos e nós não podemos ter medo deles, mas enfrentá-los.

Como a religião pode se sobressair em relação ao futebol e tantos outros aspectos que tomam conta da cabeça de nossos jovens?
A questão de fundo é onde está nossa identidade. O que me faz ser quem sou. O que me dá identidade cultural, pessoal. Para muitos, o único elemento que sobrou foi o time. Não é mais a religião, nem a família, nem a cultura. Por isso que nós não podemos prescindir, jogar fora, a questão do esporte que não deixa de ser positiva. O problema é se ela é a única agregadora de sentido. O meu sentido está em um elemento muito fora de mim porque tem a questão da transcendência. Por exemplo, quando eu tiver que enfrentar dor, sofrimento, morte. Onde vou encontrar referenciais? No time? E quando eu tiver que enfrentar uma crise, onde vou buscar referenciais? Eu acho que nós precisamos ensinar caminhos de transcendência. Caminhos que ensinem esse ser humano que está muito ligado a essa terra, ao momento histórico presente, não quer saber de futuro, nega o passado. Nós temos uma história, uma meta, um projeto. Quem nega a sua história está condenado a repetir os erros do passado.

A família continua a ser importante na transmissão da fé? A comunicação é importante para a transmissão da fé, mas sem o testemunho, o padre, a falta de encontro pessoal, não continuaria ser sem sentido?
Nós precisamos garantir uma personalização de tudo. A família também está despersonalizada por causa de um trabalho exaustivo, dessa mania das pessoas falarem mais pelo celular do que presencialmente, da dificuldade de convivência e, portanto a fé também entra nesse desafio. Eu acho que é indispensável que procuremos caminhos para aproximar as pessoas para que elas dialoguem e procurem o sustento do seu cotidiano porque a nossa fé não é abstrata. Pelo contrário, ela é muito concreta. O que está faltando mesmo é uma experiência de vivência de fé.

 

Após o encontro com os sacerdotes e consagrados, nesta terça-feira (16/01), o papa Francisco encontrou-se com os bispos do Chile na Sacristia da Catedral, em Santiago.

O Pontífice agradeceu as palavras a ele dirigidas pelo Presidente da Conferência Episcopal Chilena, dom Santiago Silva Retamales, e a seguir, saudou Dom Benardino Piñera Carvallo, que celebra, este ano, sessenta anos de episcopado. “É o bispo mais idoso do mundo, tanto na idade como nos anos de episcopado e viveu quatro sessões do Concílio Vaticano II. Maravilhosa memória vivente”, disse Francisco.
O papa recordou em seu discurso que, em breve, irá completar um ano da visita ad limina dos bispos chilenos ao Vaticano.

Papa encontra bispos chilenos

“Agora coube a mim visitá-los e fico feliz por este encontro acontecer logo depois do encontro com o «mundo consagrado», pois uma de nossas tarefas principais consiste precisamente em estar perto de nossas pessoas consagradas, dos nossos sacerdotes.”

“Se o pastor se dispersa, também as ovelhas se dispersarão e ficarão à mercê de qualquer lobo. Irmãos, a paternidade do bispo com os seus sacerdotes, com o seu presbitério! ”

“Uma paternidade que não é paternalismo nem abuso de autoridade. Eis um dom que vocês devem pedir: estar perto de seus padres, com o estilo de São José. Uma paternidade que ajuda a crescer e a desenvolver os carismas que o Espírito quis derramar em seus respectivos presbitérios.”

O papa retomou alguns pontos do encontro realizado em Roma, resumindo-os na frase: “a consciência de ser povo”.

“Um dos problemas, que enfrentam atualmente as nossas sociedades, é o sentimento de orfandade, ou seja, sentir que não pertencem a ninguém. Este sentir «pós-moderno» pode penetrar em nós e no nosso clero; então começamos a pensar que não pertencemos a ninguém, esquecemo-nos de que somos parte do santo povo fiel de Deus e que a Igreja não é, e nunca será, uma elite de pessoas consagradas, sacerdotes ou bispos.

“ Não poderemos sustentar a nossa vida, a nossa vocação ou ministério, sem esta consciência de ser povo. ”

Esquecermo-nos disso – como afirmei à Comissão para a América Latina – «comporta vários riscos e deformações na nossa experiência, quer pessoal quer comunitária, do ministério que a Igreja nos confiou».
A falta de consciência de pertencer ao Povo de Deus como servidores, e não como patrões, pode-nos levar a uma das tentações que mais danifica o dinamismo missionário, que somos chamados a promover: o clericalismo, que é uma caricatura da vocação recebida.”

Segundo o Papa, “a falta de consciência do fato que a missão é de toda a Igreja, e não do padre ou do bispo, limita o horizonte e – o que é pior – reduz todas as iniciativas que o Espírito pode suscitar no meio de nós. Digamos claramente: os leigos não são os nossos servos, nem os nossos empregados. Não precisam repetir, como «papagaios», o que dizemos.

«O clericalismo longe de dar impulso às diferentes contribuições e propostas, apaga pouco a pouco o fogo profético do qual a Igreja inteira é chamada a dar testemunho no coração de seus povos. O clericalismo esquece que a visibilidade e a sacramentalidade da Igreja pertencem a todo o povo de Deus e não só a poucos eleitos e iluminados»”.

Francisco convidou a vigiar “contra esta tentação, especialmente nos seminários e em todo o processo de formação. Os seminários devem pôr o acento no fato de que os futuros sacerdotes sejam capazes de servir o santo povo fiel de Deus, reconhecendo a diversidade de culturas e renunciando à tentação de toda forma de clericalismo”.

“O sacerdote é ministro de Jesus Cristo, o protagonista que Se torna presente em todo o povo de Deus. Os sacerdotes de amanhã devem formar-se olhando para o amanhã: o seu ministério se realizará num mundo secularizado, e isso exige, de nós pastores, discernir como prepará-los para realizar a sua missão nesse cenário concreto e não em nossos «mundos ou situações ideais».”

“Uma missão que se realiza em união fraterna com todo o povo de Deus. Lado a lado, impelindo e incentivando o laicato num clima de discernimento e sinodalidade, duas caraterísticas essenciais do sacerdote de amanhã.

“Não ao clericalismo e a mundos ideais, que só entram nos nossos esquemas, mas que não tocam a vida de ninguém”.

O Papa convidou a “rezar, pedir ao Espírito Santo o dom de sonhar e trabalhar por uma opção missionária e profética que seja capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um instrumento mais adequado para a evangelização do Chile do que para uma autopreservação eclesiástica”.
“Não tenhamos medo de nos despojar daquilo que nos afasta do mandato missionário”, concluiu o Pontífice

Fonte: Vatican News

Na missa celebrada na Casa Santa Marta, Francisco comentou a cura do leproso e do paralítico e afirmou que, como eles, devemos aprender a rezar com coragem e fé.
Cidade do Vaticano

Como é a oração no Evangelho daqueles que conseguem obter do Senhor aquilo que pedem? Desta pergunta, partiu a reflexão do Papa na homilia da missa celebrada na sexta-feira (12/01), na Casa Santa Marta.

A oração na fé e a partir da fé

O Evangelho de Marcos, tanto ontem como hoje, fala de duas curas: a do leproso e a do paralítico. Ambos rezam para obter a cura, ambos o fazem com fé: o leproso, destacou o Papa, desafia Jesus com coragem, dizendo: “Se queres, tens o poder de curar-me!”. E a resposta do Senhor é imediata: “Eu quero”. Portanto, tudo é possível para quem crê, como ensina o Evangelho”:

Sempre, quando nos aproximamos do Senhor para pedir algo, se deve partir da fé e fazê-lo na fé: “Eu tenho fé que tu podes cura-me, eu creio que tu podes fazer isto” e ter a coragem de desafiá-lo, como este leproso de ontem, este homem de hoje, este paralítico de hoje. A oração na fé.

Não rezamos como papagaios

O Evangelho nos leva portanto a interrogar-nos sobre nosso modo de rezar. Não o fazemos como “papagaios” e “sem interesse” naquilo que pedimos, mas ao contrário, sugere o Papa, suplicamos o Senhor que “ajude a nossa pouca fé” também diante das dificuldades.

De fato, são muitos os episódios do Evangelho em que aproximar-se do Senhor é difícil para quem se encontra em dificuldades e isso serve de exemplo para cada um de nós.

O paralitico, no Evangelho de hoje de Marcos, por exemplo, vem até mesmo baixado do teto para que sua maca chegue até o Senhor que está pregando entre a multidão. “A vontade leva a encontrar uma solução”, destacou Francisco, faz “ir além das dificuldades”:

Coragem para lutar e chegar ao Senhor. Coragem para ter fé, no início: “Se tu queres, tens o poder de curar-me. Se tu quiseres, eu creio”. E coragem para aproximar-me do Senhor, quando existem tantas dificuldades. Aquela coragem… Muitas vezes, é preciso paciência e saber esperar os tempos, mas não desistir, ir sempre em frente. Mas se eu com fé me aproximo do Senhor e digo: “Mas se queres, podes me dar esta graça” e depois mas… como a graça depois de três dias não veio, então uma outra coisa….e me esqueço. Coragem.

Se a oração não é corajosa, não é cristã

Santa Mônica, mãe de Agostinho, rezou e “chorou muito” pela conversão do seu filho e conseguiu obtê-la. Então, o Papa a coloca entre os tantos Santos que tiveram grande coragem em sua fé. Coragem “para desafiar o Senhor”, coragem para “acreditar”, mesmo que não se obtenha logo o que se pede, porque na “oração se joga tudo” e “se a oração não é corajosa, não é cristã”:

A oração cristã nasce da fé em Jesus e segue sempre com a fé, para além das dificuldades. Uma frase para trazê-la hoje no nosso coração nos ajudará, do nosso pai Abraão, a quem foi prometida a herança, isto é, ter um filho aos 100 anos. Diz o apóstolo Paulo: “Creiam” e com isto foi justificado. A fé e “se colocou em caminho”: fé e fazer de tudo para chegar àquela graça que estou pedindo. O Senhor nos disse: “Peçam e vos será dado”. Tomemos também esta Palavra e tenhamos confiança, mas sempre com fé e acreditando. Esta é a coragem que tem a oração cristã. Se uma oração não é corajosa, não é cristã.

Fonte: Vaticano News

O novo ano se inicia e com ele a esperança da renovação, da mudança e do protagonismo dos cristãos leigos e leigas, já que a Igreja no Brasil vivencia o Ano Nacional do Laicato, iniciado na festa de Cristo Rei, em novembro de 2017.

No programa Igreja no Brasil especial de fim de ano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que está no ar em todas as emissoras de TV de inspiração Católica, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência, dom Leonardo Steiner, deixa uma mensagem de Ano Novo e fala da esperança que a chegada de um novo ano traz. Segundo ele, a Igreja vive do amor do Pai, da proximidade do Filho, da iluminação do Espírito e, por isso, é uma Igreja esperançada.

“A Igreja sempre vive deste amor, desta proximidade, desta luz, e por isso, leva essa luz. Nós sempre temos esperança. Nós temos esperança de um mundo melhor, um Brasil melhor, mais ético, mais político, uma verdadeira política. Um Brasil muito mais próximo, que compreenda melhor os povos indígenas, os quilombolas, os ribeirinhos. Um Brasil que esteja atento às nossas favelas, atento aos pobres e que busque a superação da violência”, destacou.

Em 2018, a Campanha da Fraternidade da CNBB vai trabalhar a temática: “Fraternidade e superação da violência”. A proposta, além de mapear a violência, colocará também em evidência as iniciativas que existem para superá-la, bem como despertar novas propostas com esse objetivo.

Na entrevista, dom Leonardo citou a CF 2018 e disse que o Brasil vive um momento muito difícil, de extrema violência.

“Nós queremos como pessoas de esperança, como uma Igreja esperançada, trabalhar para superação da violência, mas também com o Ano do Laicato que estamos vivendo despertar todos os nossos irmãos leigos e leigas para assumirem a missão da Igreja. Como Igreja serem os anunciadores, como pessoas que ajudam na transformação da sociedade presentes em todos os âmbitos da nossa sociedade, mas ajudem também a superar a violência e criar uma fraternidade maior”, frisou.

Antes de encerrar, o secretário geral da CNBB, deixou uma mensagem de Feliz 2018.

“Todos nós esperamos muito de um ano novo, até sonhamos com um novo ano. Até, às vezes, dizemos: Ano Novo, vida nova. Mas o dia a dia da nossa vida não muda, o que pode mudar é, justamente, nós sermos pessoas transformadas em Cristo, sermos homens e mulheres que atuam mais ativamente na sociedade, que nós sejamos homens e mulheres que ajudem a superar a violência porque no primeiro dia do ano, nós celebramos o Dia Mundial da Paz e nós todos somos necessitados da paz e não apenas na paz que não existe violência, mas a paz como harmonia, a paz como compreensão, a paz como perdão, a paz como fraternidade. Que o ano de 2018 nos ajude a sermos melhores. Deus nos ajude durante o ano de 2018 a sermos homens e mulheres que querem o Brasil melhor e ajude a construir um Brasil melhor. Que o ano de 2018, onde nós teremos eleições, seja um momento em que nós marquemos a nossa presença e escolhamos homens e mulheres que ajudem a construir um Brasil melhor, um Brasil menos corrupto, um Brasil mais ético, um Brasil que realmente cuide de todos os cidadãos. Que Deus abençoe a todos. Um feliz e abençoado Ano de 2018”.

Na primeira Audiência Geral de 2018, o papa Francisco deu continuidade a sua série de catequeses sobre a Santa Missa, explicando o Ato Penitencial. “Sabemos por experiência que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros”.

Quem tem consciência de suas misérias e abaixa os olhos com humildade, sente sobre si o olhar misericordioso de Deus.

Dando continuidade a série de catequeses sobre a Santa Missa, o papa Francisco dedicou a reflexão da primeira Audiência Geral do ano de 2018 ao Ato Penitencial.

“Na sua sobriedade – disse Francisco aos cerca de sete mil fiéis presentes na Sala Paulo VI - ele favorece a atitude que deve ser assumida para celebrar dignamente os santos mistérios, ou seja, reconhecendo diante de Deus e dos irmãos os nossos pecados (...), pois todos somos pecadores”.

Mas para receber o perdão de Deus, devemos reconhecer nossos erros e pedir perdão, pois “o que o Senhor pode dar a quem já tem o coração cheio de si, do próprio sucesso?”, pergunta.

“Nada, porque o presunçoso é incapaz de receber perdão, saciado como é da sua presumível justiça”, respondeu o papa, citando a parábola do fariseu e do publicano, em que somente o segundo volta para casa perdoado.

“Sabemos por experiência - recorda - que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros”:
“Escutar em silêncio a voz da consciência permite reconhecer que os nossos pensamentos são distantes dos pensamentos divinos, que as nossas palavras e as nossas ações são muitas vezes mundanas, guiadas, isto é, por escolhas contrárias ao Evangelho.”
Por isto – explica o pontífice – no início da Missa “cumprimos comunitariamente o ato penitencial mediante uma fórmula de confissão geral, pronunciada na primeira pessoa do singular. Cada um confessa a Deus e aos irmãos que “pequei muitas vezes, em pensamentos e palavras, atos e omissões””:

“Sim, também em omissões, ou seja, ter deixado de fazer o bem que poderia ter feito. Muitas vezes nos sentimos muito bons porque – dizemos – “não fiz nenhum mal”. Na realidade, não basta não fazer mal ao próximo, é preciso escolher fazer o bem, aproveitando as ocasiões para dar um bom testemunho de que somos discípulos de Jesus”.

O papa explica que “confessar tanto a Deus como aos irmãos sermos pecadores” nos ajuda a compreender a “dimensão do pecado”, que “nos separa de Deus, nos divide também dos nossos irmãos, e vice-versa”:

“O pecado rompe: rompe a relação com Deus e rompe a relação com os irmãos, a relação na família, na sociedade, na comunidade. O pecado rompe sempre: separa, divide”.

“As palavras que dizemos com a boca são acompanhadas pelo gesto de bater no peito – fazemos assim - reconhecendo que pequei por minha culpa e não dos outros” diz Francisco, que observa:
“Acontece muitas vezes que, por medo ou vergonha, apontamos o dedo para acusar os outros. Custa admitir sermos culpados, mas nos faz bem confessá-lo com sinceridade. Mas confessar os próprios pecados”.
E o papa recordou então a história que um velho missionário costumava contar, de uma senhora que ao confessar-se, contava os erros do marido:

“Depois passou a contar os erros da sogra e depois os pecados dos vizinhos. Em determinado momento, o confessor disse a ela: “Mas senhora, me diga: acabou?” – “Não, sim, disse...” – “Muito bem: a senhora acabou com os pecados dos outros. Agora comece a dizer os seus...” Os próprios pecados...”
Após a confissão dos pecados – continuou o Santo Padre - suplicamos à Bem-aventurada Virgem Maria, aos Anjos e Santos que roguem ao Senhor por nós. Também aqui – enfatiza – “é preciosa a comunhão dos Santos, a intercessão destes amigos e modelos de vida que nos sustenta no caminho em direção à plena comunhão com Deus, quando o pecado será definitivamente aniquilado”.

Francisco explica então que além do “Confesso”, o “ato penitencial pode ser feito com outras fórmulas”, como “Piedade de nós, Senhor”, “Contra ti pecamos”, “Senhor mostra-nos a tua misericórdia/ e nos dê a tua salvação”:

“Especialmente no domingo se pode fazer a bênção e aspersão de água em memória do Batismo, que apaga todos os pecados. É também possível, como parte do Ato Penitencial, cantar o Kyrie eléison: com antiga expressão grega, aclamamos o Senhor – Kyrios – e imploramos a sua misericórdia”.

O papa Francisco recorda então “luminosos exemplos de figuras “penitentes” nas Sagradas Escrituras, que “caindo em si após terem cometido o pecado, encontram a coragem de tirar a máscara e abrir-se à graça que renova o coração”.
E cita o Rei Davi, o filho pródigo, São Pedro, Zaqueu, a Samaritana:
“Comparar-se com a fragilidade do barro do qual fomos formados é uma experiência que nos fortalece: nos coloca diante de nossas fraquezas, nos abre o coração para invocar a misericórdia divina que transforma e converte. E é isto o que fazemos no Ato Penitencial no início da Missa”.

 

Sexta, 22 Dezembro 2017 17:31

Sede do Regional Centro-Oeste em recesso

A partir do dia 22 de dezembro de 2017, a sede do Regional Centro-Oeste da CNBB entra em recesso para as festividades de Natal e Ano Novo. As atividades normais serão retomadas no dia 1 de janeiro, no horário habitual.

O regional deseja a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

OFÍCIO AOS BISPOS E COORDENADORES DE PASTORAIS

 

Na festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, 8 de dezembro, a Diocese de Ipameri, celebrou a Dedicação do Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Salete, em Caldas Novas. A celebração foi presidida pelo bispo diocesano e fundador do Santuário, Dom Guilherme Werlang. O templo, que já existe há 14 anos na cidade, só pode receber o Rito da Dedicação agora, com a colaboração dos benfeitores. É que o santuário continua a ser construído.

O Rito da Dedicação consiste em uma celebração que marca a vida do templo para o culto, para o serviço de Deus. Com essa celebração, a Igreja a Deus é dedicada em honra a um padroeiro, nesse caso a Nossa Senhora da Salette, com o objetivo de lembrar a misericordiosa aparição de Nossa Senhora, Mãe da Reconciliação, em La Salette, na França, no dia 19 de setembro de 1846. O Santuário é uma ação conjunta da Diocese de Ipameri, da Congregação dos Missionários Saletinos e da Congregação dos Missionários da Sagrada Família. Durante a celebração, o altar foi consagrado e todo o edifício marcado com as cruzes de consagração.

Uma multidão de fiéis presentes à solene cerimônia rezou, com intenso júbilo, pela graça deste Santuário que Deus, por sua Santa Mãe da Salette, concedeu à Diocese de Ipameri, à cidade de Caldas Novas, bem como a todo o Regional Centro-Oeste.

Participação

Estiveram presentes, o bispo de Itumbiara, Dom Antônio Fernando Brochini; o Reitor do Santuário, padre Daniel Aguirre Campos, MS; o Superior Provincial eleito dos Missionários de Nossa Senhora da Salette no Brasil, padre Ildefonso Salvadego, MS, o Superior Provincial da Província Meridional dos Missionários da Sagrada Família, padre Itacir Brassiani, MSF; o Superior Provincial dos Missionários da Sagrada Família da Província Oriental, padre Genivaldo Lopes Soares, MFS; e demais sacerdotes da Diocese de Ipameri, de religiosos e religiosas, autoridades civis e numerosos devotos e peregrinos de Nossa Senhora da Salette. Durante a celebração, Dom Guilherme agradeceu ao Senhor pela maravilhosa obra edificada no Centro-Oeste, e a todos os benfeitores e demais que doaram seu trabalho para a realização deste Centro de Peregrinação Mariana.

 

O grupo do Terço dos Homens, da Paróquia Nossa Senhora da Glória, de Rubiataba, realizou nos dias 24 a 26 de novembro, o XV Encontro de Homens, na Casa de Retiros Nossa Senhora Aparecida (Córrego Grande).

O encontro, que já acontece há 15 anos, teve público recorde, com quase 500 participantes, de diversas cidades da diocese e região. Seguindo a temática do Ano Vocacional Mariano, o evento refletiu sobre a experiência de ser discípulo de Cristo, a exemplo de Maria. Dom Adair José Guimarães, bispo Diocesano e frei Josué, da Comunidade Mel de Deus, de Brasília, também participaram.

As confissões foram um momento especial de reencontro com a misericórdia de Deus. Muitos participantes do encontro não se confessavam desde a juventude e, pela graça de Deus, vivenciaram a experiência sacramental. Outra experiência bonita foi a acolhida dos que deixaram a Igreja, abandonando o batismo e que agora voltaram. Dom Adair, durante a Santa Missa, realizou a renovação das promessas do Batismo, acolhendo novamente os que abandonaram a comunidade de fé.

Um dos momentos fortes foi a adoração ao Santíssimo Sacramento, na noite de sábado (26), que marcou também o momento de cura, sobretudo entre pais e filhos.

O Encontro de Homens acontece todos os anos, sempre no último fim de semana do mês de novembro, e é aberto a todos os homens que desejam viver a experiência do amor de Deus.

 

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