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A Forania de Nossa Senhora da Guia, da Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, que compreende as paróquias de Nossa Senhora da Guia (Araguapaz), Nossa Senhora do Rosário (Aruanã), Nossa Senhora da Penha (Faina) e Santa Luzia (Matrinchã) esteve reunida na noite de Sábado (24) para celebrar a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. A celebração que reuniu caravanas das quatro paróquias marcou também o encerramento do Ano Nacional do Laicato.

Jornada Diocesana dos Jovens

O primeiro momento do encontro foi a acolhida da “Cruz dos Jovens”, símbolo da Jornada dos Jovens que acontece todos os anos na diocese. No próximo ano a Forania Nossa Senhora da Guia assumiu a missão de acolher os jovens de todas as paróquias da diocese na cidade de Matrinchã, que estará celebrando 25 anos de instalação.

Missa de Cristo Rei

A Santa Missa foi presidida pelo vigário da Forania e pároco de Araguapaz, padre Renato Oliveira e concelebrada pelos padres Alexandre, João Paulo e Ricardo Campos e marcou também o encerramento do Ano do Laicato. Na homilia, padre Renato destacou a importância da vivência cristã a partir do batismo, lembrando que o leigo na Igreja não é alguém que está por fora do assunto, mas aquele que assume a missão e envio de Cristo na construção do Reino de Deus. Durante a celebração foram enviados 40 novos ministros leigos da Palavra e da Eucaristia.

Cristo é Show

Aproveitando a festa litúrgica, a Renovação Carismática Católica realizou o XII Cristo é Show que contou com a presença da Missão Restaurar, de Goiânia. À frente da Missão Restaurar, o jovem Tiáliton Silva conduziu um momento animado de show e em seguida teve início a Adoração Eucarística que encerrou o evento.

Fonte: Pascom/Diocese de Rubiataba-Mozarlândia

Domingo, 02 Dezembro 2018 16:33

Papa: "Advento, tempo de vigiar e orar"

No encontro dominical com os fiéis, Francisco indicou estas atitudes, recomendadas por Jesus como o caminho, neste início de Advento, para “sairmos de um modo de vida resignado e habitual e alimentar esperanças e sonhos para um novo futuro, com a vinda de Deus”.

Vigiar e orar: o Papa Francisco indicou estas atitudes, recomendadas por Jesus e expressas no Evangelho de Lucas, como o caminho, neste início de Advento, para “sairmos de um modo de vida resignado e habitual e alimentar esperanças e sonhos para um novo futuro, com a vinda de Deus”.

Falando de sua sacada na Praça São Pedro neste primeiro domingo de Advento (02/12), diante de milhares de pessoas, o Pontífice iniciou sua reflexão lembrando que no Advento, não vivemos apenas a espera do Natal; pois "Natal não é somente pensar no que possso comprar".

O Evangelho deste domingo nos adverte contra a opressão de um estilo de vida egocêntrico e dos ritmos convulsivos de nosso cotidiano

“O Advento nos convida a um compromisso de vigilância, a olhar para fora de nós mesmos, ampliando nossa mente e nosso coração para nos abrirmos às necessidades de nossos irmãos e ao desejo de um novo mundo. É o desejo de tantos povos martirizados pela fome, pela injustiça e pela guerra; é o desejo dos pobres, dos mais frágeis e abandonados", frisou o Papa.

“ Este tempo é apropriado para abrir nossos corações, para nos questionarmos concretamente sobre como e para quem dedicamos nossas vidas ”

A segunda atitude para viver bem o tempo da espera pelo Senhor é a oração: trata-se de levantar e rezar, voltando nossos pensamentos e nossos corações para Jesus que está para vir.

Mas qual é o horizonte da nossa espera em oração?
Como o profeta Jeremias, que fala ao povo severamente sofrido pelo exílio e que teme perder sua identidade, nós cristãos também corremos o risco de nos mundanizar e até mesmo "paganizar" o estilo cristão. Por isso, precisamos da Palavra de Deus.

“Que a Virgem Maria, mulher da espera e da oração, nos ajude a fortalecer nossa esperança nas promessas de seu Filho Jesus, para nos fazer sentir que, através das aflições da história, Deus permanece fiel e utiliza também os erros humanos para nos demonstrar sua misericórdia”.

Fonte: Vatican News

O dia 1º de dezembro marca a celebração do Dia Mundial de Luta contra a Aids (Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida). Para muitos, como A.B., 51, que há 10 anos descobriu-se com um diagnóstico positivo para o HIV, a data tem um significado especial. Segundo ela, ser HIV positivo não significa mais que a vida acabou. Trata-se apenas de uma vírgula que pede mais atenção e cuidado com a própria vida e com vida das pessoas com quem se relaciona.

Contudo, apesar de hoje o diagnóstico positivo não ser mais sinônimo de morte, não deixa de ser um momento difícil como relata A.B. “Ao receber o resultado positivo, a gente se sente como se o mundo desabasse na nossa cabeça”, afirma. Foi graças ao trabalho que desenvolve a Pastoral da Aids, presente em 80 dioceses de 17 regionais da Igreja no Brasil com cerca de 3 mil agentes, que A.B retomou a confiança em si e a coragem para seguir a vida. “Ao chegar aqui, no grupo de apoio, da pastoral você encontra força para caminhar, percebe que sua vida não está acabada, simplesmente tem que ter mais cuidado e atenção, tomando a medicação”, compartilha.

A Pastoral da Aids, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, se soma ao esforço de organizações da sociedade e do governo brasileiro para reduzir os índices de infecção e para oferecer apoio e cuidado com a realização, este ano, da campanha cujo tema é: “Aids tem tratamento – quem ama cuida e se cuida”. Esta campanha, segundo o padre Mauro Sergio Marçal, assessor nacional da Pastoral da Aids, vai incentivar ao tratamento e sua adesão, como importante estratégia para a prevenção da epidemia e o autocuidado às pessoas que já vivem com HIV/Aids, gerando bem estar e vida com qualidade.

A campanha parte da constatação de que o tratamento, quando seguido e mantido de forma adequada, leva à redução da carga viral, ou seja, à redução da quantidade de vírus circulante no organismo, impedindo que o HIV seja transmitido a outras pessoas. Além disso, promove grandes benefícios para o indivíduo que vive com o vírus: evita o colapso do sistema imunológico, previne doenças oportunistas e mantém o organismo saudável, impedindo o desenvolvimento da Aids, dando plenas condições para uma vida normal.

Padre Mauro Sergio reforça que assim como as campanhas anteriores que já trabalharam o incentivo ao diagnóstico precoce e busca pelo tratamento, a campanha deste ano também se inscreve na estratégia proposta pela Unaids de “testar e tratar”, tendo em vista a eliminação da epidemia da aids até o ano de 2030. A campanha pretende colaborar no alcance da meta 90-90-90. A meta Unaids pretende diagnosticar 90% das pessoas com HIV; vincular ao tratamento 90% das pessoas diagnosticadas e incentivar que 90% das pessoas em tratamento alcancem carga viral indetectável, através da adesão à medicação.

Boletim Epidemiológico – O “Boletim Epidemiológico HIV/Aids”, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS), publicado dia 27 de novembro registra que no Brasil, em 2017, foram diagnosticados 42.420 novos casos de HIV e 37.791 casos de aids, com uma taxa de detecção de 18,3/100.000 habitantes (2017), totalizando, no período de 1980 a junho de 2018, 982.129 casos de aids detectados no país.

Desde o ano de 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção de aids no Brasil, que passou de 21,7/100.000 habitantes (2012) para 18,3/100.000 habitantes em 2017, configurando um decréscimo de 15,7%; essa redução na taxa de detecção tem sido mais acentuada desde a recomendação do “tratamento para todos”, implementada em dezembro de 2013.

Na Igreja no Brasil, onde a Pastoral da Aids tem atuação de seus agentes, diversas ações estão planejadas. A Pastoral da Aids da Diocese de Nova Friburgo realiza uma Santa Missa pelo Dia Mundial de Luta Contra a Aids, que acontecerá em 30 de novembro, às 16h, na Catedral Diocesana São João Batista – em Nova Friburgo. Além da Celebração Eucarística, será realizada uma ação de informação e orientação para a população sobre a importância do teste de HIV. Os testes rápidos serão oferecidos gratuitamente no Posto de Saúde Silvio Henrique Braune, no Centro, nos seguintes dias: 26 e 28/11 – segunda e quarta-feira, de 13 às 16 horas; 27 e 29/11 – terça e quinta-feira, de 9 às 16 horas; e 30/11 – sexta-feira, de 8 às 12 horas.

A campanha da Pastoral da Aids, a ser realizada pelos agentes da Pastoral da Aids e de outras pastorais nas dioceses do todo o Brasil, a partir do dia primeiro de dezembro conta com cartazes e panfletos e foca em três grandes objetivos. O primeiro é lembrar a população brasileira que Aids não tem cara, por isso é tão importante o diagnóstico precoce: quanto antes souber, maior a possibilidade de preservação do estado de saúde. O segundo é destacar que não existe mais o “coquetel da aids” como era na década 90, hoje o tratamento é mais simples: menos comprimidos e doses, mais eficiência e praticidade. O terceiro é ressaltar que a Aids não tem mais “cara de morte”, pois é possível ter saúde e vida plena, mesmo vivendo com o vírus HIV. Mais informações: www.pastoralaids.org

Vídeo motivador da campanha

Fonte: CNBB Nacional

Com o tema “Expansão Urbana e Evangelização” e o lema “Empenhai-vos por anunciar o Evangelho” (Rm 15,20), a Diocese de Anápolis realizou nos dias 23 e 24 de novembro, sua Assembleia Diocesana. O evento aconteceu no Centro Pastoral São João Paulo II – Cúria Diocesana e contou com a presença de aproximadamente 200 pessoas, entre elas, sacerdotes, religiosos e leigos.

O bispo diocesano, Dom João Wilk, marcou presença no primeiro dia. Devido à fragilidade de sua saúde, ele estava ausente da diocese. Aos presentes ele falou sobre os desafios que se impõem à urbanização. Destacou ainda que é preciso “ler e perceber a urgência de atuar junto às periferias”. Dom João comentou também a criação de mais duas paróquias, em janeiro de 2019, com o intuito de alcançar àqueles que estão nas periferias.

Outro ponto tocado pelo bispo foi acerca da finalidade da Assembleia, que é incentivar a todos no serviço missionário. Para ele, é preciso abrir os olhos à realidade que nos é imposta. Dom João ainda disse que é preciso “começar uma missão constante, sentir que o povo precisa de Deus, embora não esteja sempre aberto”. Diante disso, segundo ele, “se faz necessário despertar uma sensibilidade evangélica e missionária, tanto para os sacerdotes como para os agentes de pastorais”.

Logo após a motivação do bispo, o vice-reitor do Seminário Maior Imaculado Coração de Maria, padre João Paulo Cardoso, abordou alguns aspectos do tema e lema da Assembleia Diocesana. Para ampliar a reflexão do tema “Expansão Urbana” foi apresentado um vídeo retratando os grandes centros urbanos.

Tema principal

Para o sábado, Dom Marcony Vinícius Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, aprofundou o tema “Expansão Urbana e Evangelização”, tema principal do evento. Em sua fala, o bispo pontuou que nos grandes centros urbanos, muitas vezes, a Igreja se torna um apêndice, “Jesus Cristo é algo que utilizo quando necessário”. Para ele, tal realidade deveria ser diferente, “eu tenho Cristo e por ele sou iluminado a viver todas as coisas”. Citando o papa Francisco, Dom Marcony assegurou que a fonte de toda a evangelização está no sair do autoreferencial, sair de si mesmo. “Não há quem tenha uma experiência de Cristo que guarde para si mesmo. Nós não podemos guardar Cristo pra nós mesmo. A Evangelização é um mandato, e somos felizes por poder anunciar o Cristo que recebemos”, disse Dom Marcony. “Se evangelizar é colocar Jesus no outro, nossa evangelização é consequência do nosso encontro com o Cristo”, completou.

Após a exposição de Dom Marcony, os participantes da Assembleia foram divididos em grupos de trabalhos (GT), os quais refletiram a evangelização nas diversas realidades paroquiais e elencaram ações pastorais que fomentem a missão e o anúncio de Cristo para toda a Diocese. Em seguida foi realizada uma plenária com as considerações levantadas nos grupos.

Quatro questões nortearam os trabalhos nos grupos 1) Quais ambientes / territórios que ainda não nos fazemos presentes? E o que nos impede de estar nesses espaços? 2) Qual espírito missionário predomina em nossas comunidades? 3) Colocamos demasiada preocupação no secundário esquecendo-nos do essencial (nossa Ação Missionária)? 4) O que temos de positivo e o que nos motiva nesta Assembleia a sermos uma Igreja Missionária? – Além da reflexão acerca das questões, foi pedido para cada grupo uma proposta prática para aplicação na Diocese, que foi apresentada em plenário por representantes de cada grupo.

Definições: ações pastorais

Como ações concretas dos grupos de trabalhos foram votadas as seguintes ações:

1) Preparação e formação dos leigos com o apoio dos padres, agindo em prol da evangelização dos que estão mais afastados. Aproximação das famílias em suas casas, fortalecendo quem já está presente na Igreja, sem sobrecarregar os membros;
2) Formações paroquiais inspiradas na Iniciação à vida Cristã, estimulando os integrantes das pastorais a atuarem com mais propriedade como Evangelizadores, zelando pela unidade paroquial;
3) Criar uma Pastoral de visitação, a partir daqueles que já estão integrando as pastorais; organizar encontros querigmáticos para um encontro com o Senhor;
4) Escola Diocesana de formação missionária; Missão nos distritos (interior fora da sede), visita às famílias, aos catequizandos, noivos; evidenciar a Semana da Família; Encontros Vocacionais nas cidades do interior.
Celebração de Envio
Depois das considerações finais, a Assembleia teve uma celebração de encerramento presidida pelo pároco da paróquia Nossa Senhora da Penha, em Jaraguá-GO, padre Edmilson Luiz de Almeida. Dom João Wilk também fez algumas considerações e logo após deu a bênção de envio a todos.

Fonte: Diocese de Anápolis

O bispo de Luziânia (GO), eleito recentemente presidente do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Waldemar Passini Dalbello, saudou os leigos e leigas por ocasião de seu dia celebrado no próximo domingo, 25 de novembro, dia de Cristo Rei. “Que se sintam felizes por serem membros da Igreja e convocados a continuar se dedicando à causa do Evangelho”, disse.

O religioso convidou os leigos a participarem da alegria de ser parte do corpo místico de Cristo que é a Igreja, de serem seus discípulos, missionários e missionárias atuando nas pastorais e mesmo no cotidiano da vida, no trabalho e no cuidado de suas famílias. Desta forma, destacou Dom Waldemar, estão vivendo o Evangelho, fazendo seu progresso espiritual e crescendo humanamente.

Dom Waldemar comunicou que após o processo de avaliação da caminha do Regional Centro-Oeste da CNBB, o foco do olhar do regional recairá sobre a preparação à 57ª Assembleia Geral da CNBB, a ser realizada em maio de 2018, ocasião em que serão atualizadas as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019 a 2023.

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É com grande pesar que o Regional Centro-Oeste da CNBB comunica o falecimento do bispo auxiliar emérito de Brasília (DF), Dom Francisco de Paula Victor.

Dom Francisco faleceu na manhã desta quarta-feira, 21 de novembro, em casa, decorrente de uma parada respiratória.

O bispo tinha 83 anos, recém completados, no dia 11 de novembro.

Informações sobre o velório serão passadas em breve pela Arquidiocese de Brasília.

Histórico

Francisco de Paula nasceu em 11 de novembro de 1935, na cidade de Paraisópolis, em Minas Gerais.

Ingressou na Congregação dos Irmãos Maristas, na cidade do Rio de Janeiro em 1957, onde fez seus votos perpétuos.

Recebeu a ordenação sacerdotal em 1º de dezembro de 1990, aos 55 anos, e a ordenação episcopal em 26 de outubro de 1996, aos 61 anos, pelas mãos do cardeal Dom José Freire Falcão, acolhendo o lema: “Humilibus Consentire “ – Solidário com os Humildes.

O bispo cumpriu a missão episcopal até o ano de 2011, quando completou 75 anos e apresentou carta de renúncia, como estabelece o Código de Direito Canônico. Na época, o papa Bento XVI aceitou o pedido.

Dom Francisco vivia na Casa do Clero, em Brasília, onde recebia cuidados especiais por conta das sequelas resultantes de um grave derrame cerebral, sofrido há 20 anos, que paralisou as funções motoras dele, além de prejudicar a fala.

 

Pedimos a Deus que seja o conforto aos familiares e amigos neste momento de dor.

Que Nossa Senhora Mãe receba dom Francisco na morada eterna.

 

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Pelo terceiro ano consecutivo, o Regional Centro-Oeste avaliou sua caminhada pastoral. Desta vez, o momento aconteceu no dia 16 de novembro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia. Irmão Diego Joaquim, coordenador regional da Pastoral da Comunicação (Pascom) e membro da Comissão Permanente de Avaliação (CPA), conduziu o momento apresentando a síntese das respostas de 12 dioceses e 17 pastorais, movimentos e organismos. Um dos pontos positivos, neste ano, foi a maior participação das dioceses e pastorais no processo. Em 2017 foram enviados 28 questionários e recebidas 19 respostas.

A síntese, a partir das respostas, destacou que diversas atividades foram realizadas em 2018, especialmente para a formação das lideranças pastorais. A respeito dos avanços implementados pelas pastorais no regional, considerando as cinco urgências presentes nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), as respostas destacaram que há no regional uma busca pela missão permanente e pelo maior alcance da ação das pastorais para todas as dioceses.

Dom Marcony Vinícius, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, elogiou a avaliação anual e a dedicação da Comissão Permanente de Avaliação em realizar o trabalho. Ele, disse, no entanto, que é necessário ter cuidado com alguns erros do passado, para que a avalição anual possa ter mais eficácia. “É uma avaliação do que foi feito nas dioceses e não no regional. Mesmo que tenha sido feita uma caminhada em determinada diocese, o que fica são atividades pontuais das dioceses. Minha sugestão é que não tendo ano temático, nosso regional realize dois grandes eventos nos próximos quatro anos para serem vividos por todas as igrejas particulares”.

Padre Newton, da Diocese de São Luís de Montes Belos, comentou que o Congresso Regional da Pastoral Familiar, realizado em setembro, foi direcionado aos agentes da Pastoral Familiar e ressaltou que deveria ter sido focado também nas famílias. O sacerdote informou que na Diocese de São Luís foi realizada a XV Romaria Diocesana, no mês de agosto, evento inteiramente dedicado ao Ano do Laicato. “Foi um momento forte, inclusive de homenagem aos leigos falecidos que trabalharam em nossa diocese”.

Para o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Silva Arantes, a realização do Congresso Regional da Pastoral Familiar alcançou seus objetivos, já que a proposta era atingir os agentes da pastoral para que depois, os participantes pudessem diluir as conclusões em suas dioceses de origem. “Nossa proposta foi dar o recado para que os agentes possam depois diluir o conteúdo em sua própria diocese. Essa referência é importante”, afirmou.

Padre Francisco Agamenilton, coordenador de pastoral na Diocese de Uruaçu, fez suas considerações sobre a avaliação. “Destaco como positivo porque tivemos maior envolvimento das dioceses, pastorais e organismos pelo número de respostas que chegaram à equipe de avaliação permanente. Isso demonstra mais envolvimento dos vários organismos do regional. Outro aspecto é que a avaliação serve para a gente constatar a situação e tomar providências, iniciativas para avançar naquilo que precisa ser corrigido. Um aspecto que apareceu foi o convite forte à unidade, à pastoral de conjunto. Isso é muito importante”, comentou o coordenador. “A avaliação da nossa caminhada é sempre muito importante e a nossa reunião vem somar com esse momento de olhar para dentro e ver nossas ações, o que fizemos, a realidade vivida em nosso regional a partir das atividades realizadas. É o momento também de parar, ver o que foi feito e projetar o próximo ano”, disse a coordenadora regional do Conselho Missionário Regional (Comire), Luciana Lopes.

O novo presidente do regional, Dom Waldemar Passini Dalbello, declarou que o Conser e a Reunião de Avaliação e Planejamento do Regional Centro-Oeste foram um momento forte na vida desta porção do povo de Deus que animou a Igreja de Jesus Cristo. “Nós elaboramos um programa para realizarmos neste quadriênio apoiando-nos nas DGAE e neste ano de 2018 nos detivemos com um olhar carinhoso e ações pastorais sobre a família e a Pastoral Familiar. Nosso regional está animado, vivo e com grandes perspectivas para o futuro. Somos um conjunto de 12 dioceses que estão irmanadas em promover a ação evangelizadora e o cuidado pastoral em nossas comunidades indo ao encontro daqueles que estão chegando”.

Processo avaliativo
O processo se dá a partir da ação evangelização da Igreja nesta região, com dados da realidade partilhados pelas dioceses, pastorais, organismos e movimentos, bem como dos projetos pastorais. Um questionário é enviado às lideranças das dioceses, pastorais, movimentos e organismos. A análise e síntese das respostas, é elaborada pela Comissão Permanente de Avaliação, que apresenta ao plenário no Encontro Anual de Avaliação.

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) e os compromissos de evangelização escolhidos pelo Regional Centro-Oeste, na última Assembleia do Povo de Deus, em 2015, são a referência do processo avaliativo. O envio do questionário par as lideranças das dioceses, pastorais, movimentos e organismos.

Agenda 2019
9/02 (dia inteiro) – 1º Encontro de Coordenadores Diocesanos de Pastorais e Organismos – sede do Regional Centro-Oeste

1º a 4 de abril – 1ª Reunião do Conselho Episcopal Regional (Conser) – Rubiataba, na Diocese de Rubiataba-Mozarlândia

10/08 (dia inteiro) – 2º Encontro de Coordenadores Diocesanos de Pastorais e Organismos – sede do Regional Centro-Oeste

14 a 17/10 – 2ª Reunião do Conselho Episcopal Regional (Conser) – na sede do Regional Centro-Oeste

17 a 19/10 – Assembleia do Povo de Deus, CPDF, em Goiânia

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA O II DIA MUNDIAL DOS POBRES

XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(18 DE NOVEMBRO DE 2018)

«Este pobre clama e o Senhor o escuta»

1. «Este pobre clama e o Senhor o escuta» (Sal 34, 7). Façamos também nossas estas palavras do Salmista, quando nos vemos confrontados com as mais variadas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs, que nos habituamos a designar com o termo genérico de «pobres». O autor de tais palavras não é alheio a esta condição; antes pelo contrário, experimenta diretamente a pobreza e, todavia, transforma-a num cântico de louvor e agradecimento ao Senhor. Hoje, este Salmo permite-nos também a nós, rodeados por tantas formas de pobreza, compreender quem são os verdadeiros pobres para os quais somos chamados a dirigir o olhar a fim de escutar o seu clamor e reconhecer as suas necessidades.

Nele se diz, antes de mais nada, que o Senhor escuta os pobres que clamam por Ele e é bom para quantos, de coração dilacerado pela tristeza, a solidão e a exclusão, n’Ele procuram refúgio. Escuta todos os que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de levantar o olhar para o Alto a fim de receber luz e conforto. Escuta os que se veem perseguidos em nome duma falsa justiça, oprimidos por políticas indignas deste nome e intimidados pela violência; e contudo sabem que têm em Deus o seu Salvador. O primeiro elemento que sobressai nesta oração é o sentimento de abandono e confiança num Pai que escuta e acolhe. Sintonizados com estas palavras, podemos compreender mais profundamente aquilo que Jesus proclamou com a bem-aventurança «felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3).

Entretanto devido ao caráter único desta experiência, sob muitos aspetos imerecida e impossível de se expressar plenamente, sente-se o desejo de a comunicar a outros, a começar pelos que são – como o Salmista – pobres, rejeitados e marginalizados. De facto, ninguém se pode sentir excluído do amor do Pai, sobretudo num mundo onde frequentemente se eleva a riqueza ao nível de primeiro objetivo e faz com que as pessoas se fechem em si mesmas.

2. O Salmo carateriza a atitude do pobre e a sua relação com Deus, por meio de três verbos. O primeiro: «clamar». A condição de pobreza não se esgota numa palavra, mas torna-se um brado que atravessa os céus e chega a Deus. Que exprime o brado dos pobres senão o seu sofrimento e solidão, a sua desilusão e esperança? Podemos interrogar-nos: como é possível que este brado, que sobe à presença de Deus, não consiga chegar aos nossos ouvidos e nos deixe indiferentes e impassíveis? Num Dia como este, somos chamados a fazer um sério exame de consciência para compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres.

Necessitamos da escuta silenciosa para reconhecer a sua voz. Se nós falarmos demasiado, não conseguiremos escutá-los a eles. Muitas vezes, temo que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, visem mais comprazer-nos a nós mesmos do que acolher verdadeiramente o clamor do pobre. Se assim for, na hora em que os pobres fazem ouvir o seu brado, a reação não é coerente, não é capaz de sintonizar com a condição deles. Vive-se tão encurralado numa cultura do indivíduo obrigado a olhar-se ao espelho e a cuidar exageradamente de si mesmo, que se considera suficiente um gesto de altruísmo para ficar satisfeito, sem se comprometer diretamente.

3. Um segundo verbo é «responder». O Salmista diz que o Senhor não só escuta o clamor do pobre, mas também responde. A sua resposta – como atesta toda a história da salvação – é uma intervenção cheia de amor na condição do pobre. Foi assim, quando Abraão expressara a Deus o seu desejo de possuir uma descendência, apesar de ele e a esposa Sara, já idosos, não terem filhos (cf.Gn 15, 1-6). O mesmo aconteceu quando Moisés, do fogo duma sarça que ardia sem se consumir, recebeu a revelação do nome divino e a missão de fazer sair o povo do Egito (cf. Ex 3, 1-15). E esta resposta confirmou-se ao longo de todo o caminho do povo pelo deserto: tanto quando sentia os apertos da fome e da sede (cf. Ex 16, 1-16; 17, 1-7), como quando caía na miséria pior, ou seja, na infidelidade à aliança e na idolatria (cf. Ex 32, 1-14).

A resposta de Deus ao pobre é sempre uma intervenção salvadora para cuidar das feridas da alma e do corpo, repor a justiça e ajudar a retomar a vida com dignidade. A resposta de Deus é também um apelo para que toda a pessoa que acredita n’Ele possa, dentro dos limites humanos, fazer o mesmo. O Dia Mundial dos Pobres pretende ser uma pequena resposta, dirigida pela Igreja inteira dispersa por todo o mundo, aos pobres de todo o género e de todo o lugar a fim de não pensarem que o seu clamor caíra em saco roto. Provavelmente, é como uma gota de água no deserto da pobreza; e contudo pode ser um sinal de solidariedade para quantos passam necessidade a fim de sentirem a presença ativa dum irmão ou duma irmã. Não é de um ato de delegação que os pobres precisam, mas do envolvimento pessoal de quantos escutam o seu brado. A solicitude dos crentes não pode limitar-se a uma forma de assistência – embora necessária e providencial num primeiro momento –, mas requer aquela «atenção amiga» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 199) que aprecia o outro como pessoa e procura o seu bem.

4. O terceiro verbo é «libertar». O pobre da Bíblia vive com a certeza de que Deus intervém em seu favor para lhe devolver dignidade. A pobreza não é procurada, mas criada pelo egoísmo, a soberba, a avidez e a injustiça: males tão antigos como o homem, mas sempre pecados são, acabando enredados neles tantos inocentes com dramáticas consequências sociais. A ação libertadora do Senhor é um ato de salvação em prol de quantos Lhe manifestaram a sua aflição e angústia. As amarras da pobreza são quebradas pelo poder da intervenção de Deus. Muitos Salmos narram e celebram esta história da salvação, que se verifica na vida pessoal do pobre: «Ele não desprezou nem desdenhou a aflição do pobre, nem desviou dele a sua face; mas ouviu-o, quando Lhe pediu socorro» (Sal 22, 25). Poder contemplar a face de Deus é sinal da sua amizade, da sua proximidade, da sua salvação. «Viste a minha miséria e conheceste a angústia da minha alma; (…) deste aos meus pés um caminho espaçoso» (Sal 31, 8b.9). Dar ao pobre um «caminho espaçoso» equivale a libertá-lo da «armadilha do caçador» (cf. Sal 91, 3), a tirá-lo da armadilha montada no seu caminho, para poder caminhar sem impedimentos e olhar serenamente a vida. A salvação de Deus toma a forma duma mão estendida ao pobre, que oferece acolhimento, protege e permite sentir a amizade de que necessita. É a partir desta proximidade concreta e palpável que tem início um genuíno percurso de libertação: «Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo» (Evangelii gaudium, 187).

5. Não cessa de comover-me o caso – referido pelo evangelista Marcos (cf. 10, 46-52) – de Bartimeu, na pessoa de quem vejo identificados tantos pobres. O cego Bartimeu era um mendigo, que «estava sentado à beira do caminho» (10, 46); tendo ouvido dizer que ia a passar Jesus, «começou a gritar» e a invocar o «Filho de David» para que tivesse piedade dele (cf. 10, 47). «Muitos repreendiam-no para o fazer calar, mas ele gritava cada vez mais» (10, 48). O Filho de Deus escutou o seu brado e «perguntou-lhe: “Que queres que te faça?” “Mestre, que eu veja!” – respondeu o cego» (10, 51). Esta página do Evangelho torna visível aquilo que o Salmo anunciava como promessa. Bartimeu é um pobre que se encontra desprovido de capacidades fundamentais, como o ver e o poder trabalhar. Também hoje não faltam percursos que levam a formas de precariedade. A falta de meios basilares de subsistência, a marginalização quando já não se está na plenitude das próprias forças laborais, as diversas formas de escravidão social, apesar dos progressos realizados pela humanidade… Como Bartimeu, quantos pobres há hoje à beira da estrada e procuram um significado para a sua condição! Quantos se interrogam acerca dos motivos por que chegaram ao fundo deste abismo e sobre o modo como sair dele! Esperam que alguém se aproxime deles, dizendo: «Coragem, levanta-te que Ele chama-te» (10, 49).

Com frequência, infelizmente, verifica-se o contrário: as vozes que se ouvem são de repreensão e convite a estar calados e a sofrer. São vozes desafinadas, muitas vezes regidas por uma fobia para com os pobres, considerados como pessoas não apenas indigentes, mas também portadoras de insegurança, instabilidade, extravio dos costumes da vida diária e, consequentemente, pessoas que devem ser repelidas e mantidas ao longe. Tende-se a criar distância entre nós e eles, não nos dando conta de que, assim, acabamos distantes do Senhor Jesus, que não os afasta mas chama-os a Si e consola-os. Como soam apropriadas a este caso as palavras do profeta relativas ao estilo de vida do crente: «libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus» (Is 58, 6-7). Este modo de agir faz com que o pecado seja perdoado (cf. 1 Ped 4, 8), a justiça percorra a sua estrada e, quando formos nós a clamar pelo Senhor, Ele nos responda dizendo: Aqui estou! (cf. Is 58, 9).

6. Os primeiros habilitados a reconhecer a presença de Deus e a dar testemunho da sua proximidade à própria vida são os pobres. Deus permanece fiel à sua promessa e, mesmo na escuridão da noite, não deixa faltar o calor do seu amor e da sua consolação. Contudo, para superar a opressiva condição de pobreza, é necessário aperceber-se da presença de irmãos e irmãs que se ocupem deles e que, abrindo a porta do coração e da vida, lhes façam sentir benvindos como amigos e familiares. Somente deste modo podemos descobrir «a força salvífica das suas vidas» e «colocá-los no centro do caminho da Igreja» (Evangelii gaudium, 198).

Neste Dia Mundial, somos convidados a tornar concretas as palavras do Salmo: «Os pobres comerão e serão saciados» (Sal 22, 27). Sabemos que no templo de Jerusalém, depois do rito do sacrifício, tinha lugar o banquete. Esta foi uma experiência que, no ano passado, enriqueceu a celebração do primeiro Dia Mundial dos Pobres, em muitas dioceses. Muitos encontraram o calor duma casa, a alegria duma refeição festiva e a solidariedade de quantos quiseram compartilhar a mesa de forma simples e fraterna. Gostaria que, também neste ano e para o futuro, este Dia fosse celebrado sob o signo da alegria pela reencontrada capacidade de estar juntos. Rezar juntos em comunidade e compartilhar a refeição no dia de domingo é uma experiência que nos leva de volta à primitiva comunidade cristã, que o evangelista Lucas descreve em toda a sua originalidade e simplicidade: «Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações. (…) Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um» (At 2, 42.44-45).

7. Inúmeras são as iniciativas que a comunidade cristã empreende para dar um sinal de proximidade e alívio às muitas formas de pobreza que estão diante dos nossos olhos. Muitas vezes, a colaboração com outras realidades, que se movem impelidas não pela fé mas pela solidariedade humana, consegue prestar uma ajuda que, sozinhos, não poderíamos realizar. O facto de reconhecer que, no mundo imenso da pobreza, a nossa própria intervenção é limitada, frágil e insuficiente leva a estender as mãos aos outros, para que a mútua colaboração possa alcançar o objetivo de maneira mais eficaz. Somos movidos pela fé e pelo imperativo da caridade, mas sabemos reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade que se propõem, em parte, os mesmos objetivos; desde que não transcuremos aquilo que nos é próprio, ou seja, conduzir todos a Deus e à santidade. Uma resposta adequada e plenamente evangélica, que podemos realizar, é o diálogo entre as diversas experiências e a humildade de prestar a nossa colaboração, sem qualquer espécie de protagonismo.

À vista dos pobres, não se perca tempo a lutar pela primazia da intervenção, mas reconheçamos humildemente que é o Espírito quem suscita gestos que sejam sinal da resposta e da proximidade de Deus. Quando encontramos o modo para nos aproximar dos pobres, saibamos que a primazia compete a Ele que abriu os nossos olhos e o nosso coração à conversão. Não é de protagonismo que os pobres têm necessidade, mas de amor que sabe esconder-se e esquecer o bem realizado. Os verdadeiros protagonistas são o Senhor e os pobres. Quem se coloca ao serviço é instrumento nas mãos de Deus, para fazer reconhecer a sua presença e a sua salvação. Recorda-o São Paulo quando escreve aos cristãos de Corinto, que competiam entre eles a propósito dos carismas procurando os mais prestigiosos: «Não pode o olho dizer à mão: “Não tenho necessidade de ti”; nem tão pouco a cabeça dizer aos pés: “Não tenho necessidade de vós”» (1 Cor 12, 21). Depois, o Apóstolo faz uma consideração importante, observando que os membros do corpo que parecem mais fracos são os mais necessários (cf. 12, 22) e, «aqueles que parecem ser os menos honrosos do corpo, a esses rodeamos de maior honra e, aqueles que são menos decentes, nós os tratamos com mais decoro; os que são decentes, não têm necessidade disso» (12, 23-24). Ao mesmo tempo que dá um ensinamento fundamental sobre os carismas, Paulo educa também a comunidade para a conduta evangélica com os seus membros mais fracos e necessitados. Longe dos discípulos de Cristo sentimentos de desprezo e de pietismo para com eles; antes, são chamados a honrá-los, a dar-lhes a precedência, convictos de que eles são uma presença real de Jesus no meio de nós. «Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40).

8. Por isto se compreende quão distante esteja o nosso modo de viver do modo de viver do mundo, que louva, segue e imita aqueles que têm poder e riqueza, enquanto marginaliza os pobres considerando-os um descarte e uma vergonha. As palavras do Apóstolo são um convite a dar plenitude evangélica à solidariedade com os membros mais fracos e menos dotados do corpo de Cristo: «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26). Na mesma linha, nos exorta ele na Carta aos Romanos: «Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. Preocupai-vos em andar de acordo uns com os outros; não vos preocupeis com as grandezas, mas entregai-vos ao que é humilde» (12, 15-16). Esta é a vocação do discípulo de Cristo; o ideal para o qual se deve tender constantemente é assimilar cada vez mais em nós «os mesmos sentimentos, que estão em Cristo Jesus» (Flp 2, 5).

9. Uma palavra de esperança torna-se o epílogo natural para onde nos encaminha a fé. Muitas vezes, são precisamente os pobres que põem em crise a nossa indiferença, filha duma visão da vida, demasiado imanente e ligada ao presente. O clamor do pobre é também um brado de esperança com que manifesta a certeza de ser libertado; esperança fundada no amor de Deus, que não abandona quem a Ele se entrega (cf. Rm 8, 31-39). Santa Teresa de Ávila deixara escrito no seu Caminho de Perfeição: «A pobreza é um bem que encerra em si todos os bens do mundo; assegura-nos um grande domínio; quero dizer que nos torna senhores de todos os bens terrenos, uma vez que nos leva a desprezá-los» (2, 5). Na medida em que somos capazes de discernir o verdadeiro bem é que nos tornamos ricos diante de Deus e sábios diante de nós mesmos e dos outros. É mesmo assim: na medida em que se consegue dar à riqueza o seu justo e verdadeiro significado, cresce-se em humanidade e torna-se capaz de partilha.

10. Convido os irmãos bispos, os sacerdotes e de modo particular os diáconos, a quem foram impostas as mãos para o serviço dos pobres (cf. At 6, 1-7), juntamente com as pessoas consagradas e tantos leigos e leigas que, nas paróquias, associações e movimentos, tornam palpável a resposta da Igreja ao clamor dos pobres, a viver este Dia Mundial como um momento privilegiado de nova evangelização. Os pobres evangelizam-nos, ajudando-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair em saco roto esta oportunidade de graça. Neste dia, sintamo-nos todos devedores para com eles, a fim de que, estendendo reciprocamente as mãos uns para os outros, se realize o encontro salvífico que sustenta a fé, torna concreta a caridade e habilita a esperança a prosseguir segura no caminho rumo ao Senhor que vem.

Vaticano, na Memória litúrgica de Santo António de Lisboa, 13 de junho de 2018.

Francisco

Bispos e reitores, formadores, diretores espirituais de seminários e coordenadores de pastorais, participaram durante todo o dia 15 de novembro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia, da formação sobre o valor da direção espiritual na formação dos seminaristas e também no trabalho com os sacerdotes na Pastoral Presbiteral. O tema foi ministrado pelo padre Otávio Vaz, diretor espiritual do Seminário de Teologia da Arquidiocese de Curitiba (PR). A formação foi uma promoção do Regional Centro-Oeste da CNBB.

Em sua fala, o sacerdote comentou que direção espiritual é um tema de imprescindível importância na vida dos seminaristas e padres. “Continuamente, eles precisam de ajuda, de aproximar-se de Deus e os diretores espirituais têm essa grande função de ajudar, de ser um metre, um pai espiritual que possa colaborar tanto na vida do jovem que está em processo de formação, quanto do padre que já exerce o ministério”, explicou.

Durante sua apresentação, padre Otávio apresentou um conteúdo diversificado em sua maioria preparado por ele, ao longo de sua experiência como diretor espiritual. Destacou que o cuidado com a espiritualidade é fundamental antes mesmo do ingresso do jovem no seminário. “A realidade atual exige de nós maior atenção aos projetos de formação dos seminários, pois os jovens são vítimas da influência negativa da cultura pós-moderna”, afirmou citando o Documento de Aparecida (nº 318). O “bombardeio” de informações que atingem os jovens na atualidade, segundo o sacerdote, é um dos grandes responsáveis pela fragilização da espiritualidade. “A cultura pós-moderna traz consigo a fragmentação da personalidade, a incapacidade de assumir compromissos definitivos, a ausência de maturidade humana, o enfraquecimento da identidade espiritual, entre outros, que dificultam o processo de formação de autênticos discípulos missionários”.

A proposta da formação, conforme explanou padre Otávio, foi “ajudar a redescobrir o valor da direção espiritual na vida dos sacerdotes e dos seminaristas, como modo eficaz de auxílio neste caminho de santidade e como elemento de grande importância para o contínuo processo de renovação espiritual da Igreja”. Fazendo uma analogia, o palestrante explicou qual é a função da direção espiritual. “A direção espiritual não é como uma UTI, mas como uma academia. Você deve se fortalecer com essa prática e, mesmo que você esteja nas últimas precisando de uma UTI, o objetivo é fortalecer cada vez mais do mesmo modo que em um processo de musculação”.

Os participantes da formação puderam manifestar seus pensamentos a respeito da temática apresentada e questionar padre Otávio sobre suas colocações, transformando o momento em um espaço de aprendizado para todos que participaram. “Eu disse antes de começar a formação que queria sair transformado de Goiânia e isso aconteceu, pois houve boa recepção, bom diálogo, trocamos ideias, informações, nomes de livros, artigos. Foi um trabalho bem interessante com esse pessoal que eu encontrei aqui”, afirmou padre Otávio Vaz.

Após a formação, o presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Waldemar Passini Dalbello, agradeceu padre Otávio pela disponibilidade e pelo material de qualidade que apresentou. “Muito obrigado por ter se disponibilizado a vir nos presentar com esta bela formação adquirida com todo o seu esforço e ‘doutorado’ em direção espiritual. Tenha certeza que foi muito válida sua participação conosco e tudo o que colhemos será muito bem utilizado nas dioceses”, disse o bispo.

As atividades do dia foram encerradas com alguns encaminhamentos da Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e a Oração Final no fim do dia.

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Regional elege nova presidência e encaminha iniciativas pastorais

Esta quarta-feira (14) foi marcada por muitas mudanças no Regional Centro-Oeste da CNBB. A primeira delas foi anunciada pelo arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, Cardeal Dom Sergio da Rocha, que comunicou aos bispos a nomeação de Dom Messias dos Reis Silveira para a Diocese de Teófilo Otoni (MG), após quase 12 anos que ele conduzia a Diocese de Uruaçu, no norte goiano.

“Nós queremos agradecer muito a Dom Messias por estes 12 anos na Diocese de Uruaçu e por estar conosco como presidente do Regional Centro-Oeste. Ele é nomeado para a Diocese de Teófilo Otoni (MG), generosamente atendendo a uma necessidade da Igreja. Pedimos que rezem por ele e, assim como vocês, nós queremos estar muito próximos dele para que tenha a força necessária na nova missão. Hoje, a própria liturgia colocou de maneira providencial esse Salmo 22 (23): quem vai conduzir a Igreja é Jesus contando com um pastor dedicado como Dom Messias. Nós, com certeza, vamos acompanhá-lo com nossa oração, amizade e gratidão”, afirmou o cardeal, logo após a missa que ele presidiu no segundo dia da Reunião do Conselho Episcopal Regional (Conser), que começou no dia 13 e encerra nesta sexta-feira (16).

Em seguida, Dom Messias agradeceu a Deus pela missão confiada a ele na Diocese de Uruaçu. “Foi onde eu aprendi a ser bispo com o povo, com os padres e aqui com os senhores bispos. Aceitei de braços abertos a nova missão e vamos seguir em frente”, declarou. Os bispos presentes o aplaudiram e congratularam com ele. Dom Messias deixou a reunião para presidir a Santa Missa em Uruaçu, na qual anunciou aos diocesanos a sua nomeação.

Nova presidência
A eleição da presidência do regional foi feita ainda na manhã do dia 14. A nova presidência é formada pelo bispo de Luziânia, Dom Waldemar Passini Dalbello (presidente); Dom Adair José Guimarães, bispo de Rubiataba-Mozarlândia (vice-presidente); Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar de Goiânia (secretário). O vice-presidente da gestão (2015-2019) Dom João Wilk, bispo de Anápolis, renunciou ao seu cargo por estar com a saúde fragilizada. A nova formação conduzirá o regional até a 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que acontecerá de 1 a 10 de maio, em Aparecida (SP). Lá haverá nova eleição da presidência da CNBB Nacional e dos 18 regionais.

Pauta
O dia seguiu com a discussão de diversos temas, entre eles a apresentação da proposta da Arquidiocese de Goiânia ligada à Pastoral da Sobriedade, de exapandir a atuação de maneira preventiva junto aos toxicodependentes a partir do trabalho de diversas frentes como Pastoral da Saúde, Amor Exigente, fazendas de recuperação e outras iniciativas. “A proposta é que nós colaboremos, sobretudo, com a atividade da catequese com crianças e adolescentes de modo sistemático, propositivo, formando as crianças e capacitando os agentes das fazendas e casas chamadas de recuperação que estão sob nossos cuidados”, comentou em entrevista Dom Waldemar.

Outro tema discutido foi apresentado por Dom Levi e pelo coordenador do Mestrado em Direito Canônico – Extensão Goiânia, padre Cristiano Faria dos Santos. A proposta, porém, é de um curso de extensão universitária em direito matrimonial canônico e Pastoral Familiar. Alguns elementos, condições e tempo de duração já estão propostos, mas serão avaliados. A expectativa é que comece no segundo semestre de 2019. Estão trabalhando juntos para que a formação aconteça, o Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, a PUC Goiás e a Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste. “A ideia é capacitar agentes da Pastoral Familiar, advogados e pessoas próximas à área de família que se habilitem à chamada pastoral judiciária, que atua no acompanhamento de casais em crise para que superem as dificuldades e também entrem naquele campo dos chamados casos especiais da Pastoral Familiar”, explicou o presidente do regional.

No fim da manhã, os bispos revisaram o calendário do Regional Centro-Oeste para o próximo ano e acertaram todas as datas do Conser, do CEP e da Assembleia do Regional, que deverá ocorrer no mês de outubro. À tarde, Dom Sergio da Rocha falou sobre o Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, que aconteceu de 3 a 28 de outubro, no Vaticano. Ele foi o relator geral do evento. Os bispos, depois, se reuniram reservadamente e concluíram as atividades do dia com a Oração das Vésperas.

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