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Os formadores de seminários presentes nas dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) se reuniram no dia 29 de outubro, no Seminário Diocesano São José, em Uruaçu (GO). O encontro teve a presença do bispo diocesano de Uruaçu e presidente do regional Dom Messias dos Reis Silveira e do Dom Waldemar Passini Dalbello, bispo referencial para a Organização dos Seminários e Institutos Filosóficos-Teológicos do Brasil (OSIB).

O tema trabalhado foi “Formação sobre reflexões e contribuições da psicologia para a formação”, que teve colaboração de Adriane Maria Roriz da Silva, leiga consagrada da Comunidade Mel de Deus, de Luziânia, e irmã Maria Ilda, das Oblatas do Menino Jesus. “Este encontro é sempre um momento importante de partilha entre os formadores dos seminários do nosso regional. É ocasião de partilha das experiências e formação”, declarou após o evento, o formador do Seminário São José, da Diocese de Uruaçu e coordenador da Pastoral Vocacional do Regional Centro-Oeste da CNBB, padre Elias Silva.

Avaliar as atividades realizadas em 2018 e planejar aquelas a serem desenvolvidas no próximo ano foram os objetivos da reunião realizada no dia 27 de outubro, na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB, pela coordenação da Pastoral Vocacional Regional.

O próximo ano será muito importante para a Pastoral Vocacional. É que acontecerá o 4º Congresso Vocacional do Brasil, a ser realizado em Goiânia. Em preparação ao evento, já está programado para os dias 29 a 31 de março, do próximo ano, o Pré-Congresso Vocacional Regional.

Segundo o coordenador regional da Pastoral Vocacional, padre Elias Silva, “o Pré-Congresso Vocacional Regional da Pastoral Vocacional tem como objetivo ressaltar o tema do discernimento que será o tema principal de reflexão. O Pré-Congresso Vocacional será ainda uma oportunidade de toda a Igreja do regional refletir sobre a urgência do discernimento vocacional na vida cristã, nos seus mais diversos âmbitos”, completou o coordenador.

A Diocese de Rubiataba-Mozarlândia acolheu, no dia 2 de outubro, a Pastoral Carcerária do Regional Centro-Oeste da CNBB, que reuniu os agentes locais para uma formação. O encontro aconteceu na cidade de Nova Crixás, que fica a 380 km de Goiânia, e que atualmente conta com 50 pessoas encarceradas.

O coordenador regional, padre Rafael, e os membros da pastoral, irmão Diego e irmã Alessandra, foram os responsáveis pela formação. Eles apresentaram os passos para a implantação da Pastoral Carcerária. A formação foi dividida em dois momentos: no primeiro foi dada uma visão geral do que é a Pastoral Carcerária: objetivos, mística, espiritualidade e aspectos legais que asseguram o direito da visita religiosa. No segundo momento foram orientados os passos necessários para o trabalho de visitas na unidade prisional. “Alegramo-nos por sermos pontes para que nossos irmãos e irmãs encarcerados sejam visitados e tenham seus apelos ouvidos por agentes da Pastoral Carcerária”, disse irmã Alessandra, sobre a experiência.

 

Reunidos entre os dias 23 e 24 de outubro na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF), os bispos que integram o Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da entidade emitiram uma Nota sobre o segundo turno das Eleições 2018. No documento, os bispos reforçam que as eleições são ocasião de exercício da democracia que requer dos candidatos propostas e projetos que apontem para a construção de uma sociedade em que reinem a justiça e a paz social. Os bispos exortam a que se deponham as armas de ódio e de vingança que têm gerado um clima de violência, estimulado por notícias falsas, discursos e posturas radicais, que colocam em risco as bases democráticas da sociedade brasileira. Abaixo, a íntegra do documento.

NOTA DA CNBB

Por ocasião do segundo turno das eleições de 2018

Jesus Cristo é a nossa paz! (cf. Ef 2,14)

O Brasil volta às urnas para eleger seu novo presidente e, em alguns Estados e no Distrito Federal, seu governador. Fiel à sua missão evangelizadora, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de seu Conselho Episcopal Pastoral (Consep), reunido em Brasília-DF, nos dias 23 e 24 de outubro, vem ratificar sua posição e orientações a respeito deste importante momento para o País.

Eleições são ocasião de exercício da democracia que requer dos candidatos propostas e projetos que apontem para a construção de uma sociedade em que reinem a justiça e a paz social. Cabe à população julgar, na liberdade de sua consciência, o projeto que melhor responda aos princípios do bem comum, da dignidade da pessoa humana, do combate à sonegação e à corrupção, do respeito às instituições do Estado democrático de direito e da observância da Constituição Federal.

Na missão de pastores e profetas, nós, bispos católicos, ao assumirmos posicionamentos pastorais em questões sociais, econômicas e políticas, o fazemos, não por ideologia, mas por exigência do Evangelho que nos manda amar e servir a todos, preferencialmente aos pobres. Por isso, “a Igreja reivindica sempre a liberdade, a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem (cf. Gaudium et Spes, 76). Não podemos nos calar quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada” (CNBB – Mensagem ao Povo de Deus – 19 de abril de 2018). Inúmeros são os testemunhos de bispos que, na história do país, se doaram e se doam no serviço da Igreja em favor de uma sociedade democrática, justa e fraterna.

A CNBB reafirma seu compromisso, sobretudo através do diálogo, de colaborar na busca do bem comum com as instituições sociais e aqueles que, respaldados pelo voto popular, forem eleitos para governar o País.

Exortamos a que se deponham armas de ódio e de vingança que têm gerado um clima de violência, estimulado por notícias falsas, discursos e posturas radicais, que colocam em risco as bases democráticas da sociedade brasileira. Toda atitude que incita à divisão, à discriminação, à intolerância e à violência, deve ser superada. Revistamo-nos, portanto, do amor e da reconciliação, e trilhemos o caminho da paz!

Por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, invocamos a bênção de Deus para o povo brasileiro.

Brasília-DF, 24 de outubro de 2018

Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador
Presidente da CNBB em exercício

Dom Guilherme Antônio Werlang
Bispo de Lajes
Vice-Presidente da CNBB em exercício

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

O dia 21 de setembro foi uma data muito especial para o curso de Mestrado em Direito Canônico – extensão Goiânia. Padre Damián Astigueta, delegado da Pontifícia Universidade Gregoriana para assuntos relacionados aos cursos de Mestrado em Direito Canônico, e mons. José Gomes, diretor do Pontifício Instituto de Direito Canônico do Rio de Janeiro, visitaram as dependências do Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), onde funciona o curso.

A comitiva foi acolhida pelo arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz; pelos bispos auxiliares, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes, e pelo coordenador do curso, padre Cristiano Faria dos Santos. Dom Levi, que é presidente da Associação Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, mantenedora do curso, acompanhou os padres, que conheceram a sala de aula, a biblioteca e o laboratório de informática.

Após o passeio, os padres tiveram um momento de conversa e conhecimento com a primeira turma do mestrado. Padre Damián abriu sua fala dizendo que estava muito feliz por estar ali com o grupo e que sua presença era motivada por um forte desejo de conhecer o curso oferecido em Goiânia. “Gostaria de escutá-los sobre o curso, sobre o horizonte que almejam, e sobre o que esperam do curso e onde querem chegar?”, questionou.

O diácono Fernando Valadão Machado, da Arquidiocese de Goiânia, comentou que o curso proporciona aos alunos um aprendizado que pode ser compartilhado com outros católicos no meio em que convive. “Eu sempre me preocupei em fazer uma ponte entre o conhecimento e as comunidades. Existe uma grande distância dos fiéis com o que seja Direito Canônico. A minha preocupação é mostrar de forma pastoral qual os objetivos desse conhecimento”, afirmou.

Padre Emerson Petroncio, da Diocese de Ipameri, também afirmou que espera colaborar com a Igreja, por meio do conhecimento que está adquirindo. “Espero poder corresponder à expectativa da minha diocese, também por meio do trabalho que pretendo colaborar, seja em tribunal ou na própria igreja particular que me designou para estudar”. A leiga Valéria Ramos, que trabalha com os processos do Tribunal da Arquidiocese de Goiânia, disse que está feliz estudando o mestrado, uma vez que a formação irá qualificar o seu trabalho. “Tenho a expectativa de servir melhor, pois a demanda é imensa e as pessoas sofrem muito. Sinto-me feliz em poder colaborar para que esse sofrimento seja amenizado, conforme o papa Francisco quis ao fazer as reformas”, disse.

Mons. José Gomes, do Instituto de Direito Canônico do Rio de Janeiro concluiu dizendo que a formação depende da unidade entre alunos e professores. Enfatizou que esse mestrado é muito necessário no Brasil e que o objetivo é de formar profissionais para atuarem nos tribunais e câmaras eclesiásticas, mas ressaltou que, além disso, o passo mais largo é formar um corpo acadêmico para continuar formando futuros profissionais. Já padre Damián afirmou que na Região Centro-Oeste há mestres e doutores que proporcionam aos alunos uma base sólida ao conhecimento acadêmico, sobretudo em direito canônico. Disse ainda esperar que esta formação suscite novas vocações nos estudantes. “Nós também desejamos que nossos alunos sejam nossos futuros professores”, declarou.

 

No fim de semana, dia 20 de outubro, a Pastoral da Educação do Regional Centro-Oeste da CNBB, realizou formação para educadores na Diocese de Itumbiara. O objetivo do encontro foi formar um grupo naquela igreja particular que seja multiplicador dos trabalhos desenvolvidos pela pastoral. “Nós estamos aqui para propagar a Pastoral da Educação. Por isso, trazemos elementos de irradiação para que vocês levem adiante e se multipliquem pela diocese. Este pequeno grupo já é um início”, motivou em sua fala o bispo auxiliar de Goiânia e referencial para a Pastoral da Educação no Regional, Dom Levi Bonatto.

Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, assina Nota Conjunta com outras entidades repudiando as ações de violência dos últimos dias, reiterando compromisso com a preservação de um ambiente sociopolítico genuinamente ético, democrático, de diálogo, com liberdade de imprensa, exortando a renovação de respeito pela Constituição Federal, manifestando a defesa irrestrita e incondicional dos direitos fundamentais sociais e declarando, por fim, a sua compreensão de que não há desenvolvimento sem justiça e paz social.

Confira a Nota na íntegra:

NOTA CONJUNTA

As entidades signatárias abaixo nominadas, representativas da sociedade civil organizada, no campo do Direito e das instituições sociais, por seus respectivos Representantes, ao largo de quaisquer cores partidárias ou correntes ideológicas, considerando os inquietantes episódios descortinados nos últimos dias, nas ruas e nas redes sociais, ao ensejo do processo eleitoral, de agressões verbais e físicas – algumas fatais – em detrimento de indivíduos, minorias e grupos sociais, a revelar crescente desprestígio dos valores humanistas e democráticos que inspiram nossa Constituição cidadã, fiadores da convivência civilizada e do exercício da cidadania, vêm a público:

AFIRMAR o peremptório repúdio a toda manifestação de ódio, violência, intolerância, preconceito e desprezo aos direitos humanos, assacadas sob qualquer pretexto que seja, contra indivíduos ou grupos sociais, bem como a toda e qualquer incitação política, proposta legislativa ou de governo que venha a tolerá-las ou incentivá-las;

REITERAR a imperiosa necessidade de preservação de um ambiente sociopolítico genuinamente ético, democrático, de diálogo, com liberdade de imprensa, livre de constrangimentos e de autoritarismos, da corrupção endêmica, do fisiologismo político, do aparelhamento das instituições e da divulgação de falsas notícias como veículo de manipulação eleitoral, para que se garanta o livre debate de ideias e de concepções políticas divergentes, sempre lastreado em premissas fáticas verdadeiras;

EXORTAR todas as pessoas e instituições a que reafirmem, de modo explícito, contundente e inequívoco, o seu compromisso inflexível com a Constituição Federal de 1988, no seu texto vigente, recusando alternativas de ruptura e discursos de superação do atual espírito constitucional, ancorado nos signos da República, da democracia política e social e da efetividade dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais, com suas indissociáveis garantias institucionais;

MANIFESTAR a defesa irrestrita e incondicional dos direitos fundamentais sociais, inclusive os trabalhistas, e da imprescindibilidade das instituições que os preservam, nomeadamente a Magistratura do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, a Auditoria Fiscal do Trabalho e a advocacia trabalhista, todos cumpridores de históricos papéis na afirmação da democracia brasileira;

DECLARAR, por fim, a sua compreensão de que não há desenvolvimento sem justiça e paz social, como não há boa governança sem coerência constitucional, e tampouco pode haver Estado Democrático de Direito sem Estado Social com liberdades públicas.

Brasília (DF), 19 de outubro de 2018.

CLÁUDIO PACHECO PRATES LAMACHIA

Presidente do Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB)

GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO

Presidente da Associação Nacional
dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra)

LEONARDO ULRICH STEINER
Secretário-Geral da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB)

ÂNGELO FABIANO FARIAS DA COSTA

Presidente da Associação Nacional dos
Procuradores do Trabalho (ANPT)

CARLOS FERNANDO DA SILVA FILHO

Presidente do Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait)

ALESSANDRA CAMARANO MARTINS
Presidente da Associação Brasileira dos
Advogados Trabalhistas (Abrat)

MARIA JOSÉ BRAGA
Presidente da Federação Nacional dos
Jornalistas (Fenaj)

No próximo final de semana, dias 20 e 21 de outubro, a Igreja do Brasil realiza a Coleta Missionária durante as celebrações em todas as dioceses. As contribuições arrecadadas beneficiam centenas de projetos para milhares de pessoas ligadas a instituições mantidas nos países mais pobres do mundo.

O gesto, segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Cooperação Inter-eclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Esmeraldo Barreto de Farias, é feito para sensibilizar e dizer àqueles lugares que já tem uma evangelização mais fortalecida que não podem ficar contentes somente com o seu trabalho e seus passos. “A Coleta Missionária visa despertar esta sensibilidade e poder ajudar tantas regiões mais necessitadas de missionários e de recursos que a nossa como, por exemplo, a África, a Ásia, e algumas regiões da América Latina, como o Haiti”, reforçou dom Esmeraldo.

O Dia Mundial das Missões, realizado no penúltimo domingo do mês de outubro, este ano, dia 21, foi instituído pelo papa Pio XI em 1926, como um Dia de oração e ofertas em favor da evangelização dos povos. A inspiração vem do mandado de Jesus para anunciar a Boa Nova entre todas as nações. Além das ofertas, a Campanha Missionária nos convida a rezar e a refletir sobre a nossa missão no mundo.

Saiba como acontece a Coleta Missionária

No mês de outubro, em especial no Dia Mundial das Missões, as comunidades e paróquias recebem dos cristãos as ofertas por meio da Coleta para as missões. Essas ofertas são enviadas para as dioceses que recolhem toda a arrecadação de suas comunidades e paróquias.

A colaboração do Dia Mundial das Missões tem como finalidade a Evangelização, Animação e Cooperação Missionária. Desta coleta, 80% são destinados para auxiliar atualmente 1.050 dioceses pobres nos “territórios de missão” e diversos projetos na África, Ásia, Oceania e América Latina. Os outros 20% são para a ação missionária no Brasil.

Até o final do ano ou no máximo até o mês de fevereiro, as dioceses repassam o valor total das ofertas para a direção nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília (DF). No mês de março, a direção nacional das POM comunica a Congregação para a Propagação da Fé, em Roma, o valor arrecadado.

A direção nacional das POM repassa os valores para o Fundo Mundial de Caridade em Roma, e na Assembleia Geral, no mês de maio, avalia, aprova e destina os recursos para os Projetos nos cinco continentes. Os principais projetos são:
– Trabalhos de promoção humana, catequese e evangelização;
– Formação dos futuros sacerdotes e religiosos(as);
– Manutenção de missionários e igrejas em terras de missão;
– Meios de comunicação social e de transportes;
– Apoio e ajuda a centros de educação e saúde, casas de portadores de deficiências físicas;
– Construções de capelas, igrejas, seminários e hospitais;
– Casas para idosos, orfanatos, creches, centros de reeducação social e dependentes químicos;
– Subsídios de urgências em situações de desastres e calamidades públicas.

Por fim, os destinatários prestam contas do uso do dinheiro recebido com documentos e testemunhos de gratidão.

Fonte: POM

A Comissão Executiva do Conselho Missionário Regional (Comire) se reuniu na sede do Regional Centro-Oeste, em Goiânia, para avaliar sua caminhada no ano de 2018 e planejar as atividades que serão desenvolvidas ao longo de 2019. O bispo de Itumbiara (GO) e referencial para a dimensão missionária no regional, Dom Antônio Fernando Brochini, destacou que este ano foi proveitoso, muitas atividades foram realizadas e o regional está avançando. “Tivemos vários eventos, fizemos uma assembleia anual proveitosa no mês de setembro e o Regional marcou presença no Congresso Americano Missionário (CAM 5), que aconteceu na Bolívia. As Pontifícias Obras Missionárias (POM), também presentes em nosso regional por meio da Infância e Adolescência Missionária e da Juventude Missionária, também cresceram”, avaliou. Para 2019, o bispo espera maior unidade das dioceses e uma caminhada conjunta.

A coordenadora do Comire, Luciana Lopes, também fez avaliação positiva do ano de 2018. “O Regional está caminhando e crescendo em suas atividades missionárias. Estamos fazendo o convite a todas as dioceses, no sentido de ampliarmos a articulação, a formação, os encontros, a criação de novos grupos de Infância e Juventude Missionária e estamos percebendo um agir mais concreto por parte das igrejas particulares”, disse. Ela destacou que 2019 será um ano especial para a Igreja no Brasil, sobretudo para o Regional Centro-Oeste. “No ano que vai entrar nós vamos buscar a construção mais efetiva de ações do Comire que passa pela dimensão ampliada com os coordenadores, articulando a missão em cada diocese. Também temos a projeção de iniciativas para o Congresso Missionário Regional porque estaremos no Ano Missionário Extraordinário proposto pelo papa Francisco, com o tema “Batizados e enviados”’.

A expectativa é que em 2019, uma réplica da Cruz Missionária do CAM 5 peregrine por todas as dioceses do regional, como sinal de continuidade da missão permanente que se estabelece nesta porção da Igreja. “A cruz peregrina será um grande marcador de envio. Cada diocese deverá ficar um tempo com ela para a vivência e articulação missionária mais intensa, visto que estaremos no Ano Missionário Extraordinário e depois a cruz deverá voltar para o grande momento celebrativo do Ano Extraordinário”, comentou.

O Sínodo evidencia também a indignação dos jovens diante das injustiças, das discriminações sociais, dos escândalos, com o apelo a aumentar a presença feminina na Igreja e favorecer uma pastoral sensível à “igualdade de gênero”.

Realizou-se na tarde de quinta-feira (11/10) na Sala do Sínodo, no Vaticano, a décima Congregação Geral do Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens. Uma assembleia concentrada, à escuta, empática e em alguns momentos comovida, sobretudo quando os jovens tomaram a palavra, com aquele desejo de ser “luz verdadeira na escuridão”, agentes do Evangelho na esfera pública.

Na qualidade de auditores, provenientes de várias partes do mundo, ofereceram um instantâneo vivo da realidade deles chamando a atenção para o direito à paz e à estabilidade, muitas vezes dado por óbvio, mas do qual muitos são privados.

O drama dos jovens iraquianos
Foi significativo o testemunho de um iraquiano, convidando o Papa a visitar seu martirizado país onde os cristãos são uma minoria. Ele falou de uma realidade diária de ameaças, sequestros, assassinatos, fugas, como a dos 120 mil fiéis da Planície de Nínive sob a ameaça do autodenominado Estado Islâmico (EI). O grande temor é de que perdendo a confiança no futuro, um dia o Iraque possa esvaziar-se de cristãos.

Olhar para os jovens de todas as culturas
Entre os pronunciamentos dos bispos foi evidenciada a ameaça do fundamentalismo religioso e da corrupção que paira no horizonte de fé e esperança dos jovens. Como responder ao desejo de justiça inscrito no coração dos jovens?

Os prelados propõem investir sobretudo numa boa formação cristã e humana, mas dizem “não” a uma abordagem exclusivamente “ocidental”. Foi feito um convite a uma mudança cultural: é preciso uma maior atenção ao tema da migração, da pobreza e da perda das raízes culturais que aflige tantos jovens nos países do sul do mundo.

Deve-se haurir desses lugares também o alegre testemunho de fé: em alguns países africanos, por exemplo, a aspiração de um jovem à vida consagrada ou sacerdotal é uma alegria para a família e a sociedade.

Mais presença feminina, menos clericalismo
O Sínodo evidencia também a indignação dos jovens diante das injustiças, das discriminações sociais, dos escândalos, com o apelo a aumentar a presença feminina na Igreja e favorecer uma pastoral sensível à “igualdade de gênero”.

Foi observado que as mulheres podem contribuir para romper aqueles “círculos clericais fechados” que podem ter contribuído para o ocultamento dos abusos. Foi evocado o escotismo, que oferece um testemunho de abordagem aberta a todos, sem discriminação de sexo, raça ou religião. Na Sala do Sínodo foi também colocado o drama dos muitos migrantes considerados “irregulares”, com a recomendação à Igreja a ser voz dos mais vulneráveis.

Delegados fraternos: ecumenismo vivo
Por fim, na Sala do Sínodo, a intervenção dos delegados fraternos designados das respectivas Igrejas e Comunidades Eclesiais ainda não plenamente em comunhão com a Igreja Católica. Após a intervenção do diretor do Escritório Ecumênico Metodista, Rev. Tim Macquiban, que na manhã desta quinta-feira havia evidenciado o valor dos movimentos laicais, na parte da tarde outros seis expoentes de várias confissões cristãs tomaram a palavra.

Representando o Patriarcado Ecumênico, o metropolita dos “dardanéis” nos EUA, Nikitas Lulias, invocou uma nova onda de frescor, um novo sopro do Espírito que ajude os cristãos a apresentar a fé aos jovens sem fórmulas rígidas, no respeito pela verdade do Evangelho.

Por sua vez, o delegado da Igreja Ortodoxa Romena, o bispo Atanasio de Bogdania, evidenciou a necessidade de favorecer aos jovens, mediante oração e ascese, uma relação pessoal de amizade com Cristo em tempos caracterizados por “mestres improvisados que se autoproclamam detentores da verdade.

Em nome da Federação Luterana Mundial, a jovem alemã Julia Braband recordou que os jovens não são somente o futuro, mas o presente da Igreja. Por conseguinte, devem ser olhados nos olhos, ouvidos e feitos partícipes.

O representante valdense da Comunidade Mundial das Igrejas Reformadas, Marco Alfredo Fornerone, ressaltou a “surpreendente proximidade” com o Sínodo vivida durante estes dias no Vaticano, com o convite a “ousar verdadeiramente a abertura à escuta”, porque “a realidade é mais importante do que a ideia”, observou.

Uma jovem presença feminina, representando o Conselho Mundial de Igrejas, Martina Viktorie Kopecka, focou a atenção no chamado feito por Deus a todos os jovens a ser mediadores e pontes na convicção de que “todos somos filhos amados de Deus”.

Por fim, o bispo anglicano de Nairóbi, no Quênia, Joel Waweru Mwangi, manifestou apreço pela escuta dos jovens por parte da Igreja católica e do Papa. Os efeitos da destruição da família serão catastróficos como as mudanças climáticas, e como cristãos somos chamados a denunciá-los, advertiu.

A importância da família e dos formadores, raízes das quais como ramos de uma árvore os jovens necessitam para crescer, ressoou constantemente nos pronunciamentos dos padres sinodais.

Fonte: Vatican News

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