Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
A Diocese de Itumbiara realizou no dia 26 de março, Encontro de Formação Diocesano da Pastoral Familiar. O evento teve a presença de membros da Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste da CNBB e cerca de 70 agentes da pastoral da diocese. A formação aconteceu a pedido do padre Roger Evangelista Rodrigues, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Morrinhos e assessor eclesiástico diocesano da Pastoral Familiar, com o objetivo de implantar, reimplantar e reanimar os trabalhos da pastoral nas paróquias da diocese.
Durante a formação houve momentos de oração e acolhida por parte da paróquia anfitriã e um colóquio sobre a Visão Geral da Pastoral Familiar, realizada pelo casal Jaime e Salete, do Núcleo de Formação e Espiritualidade. O casal coordenador da pastoral no Regional Centro-Oeste, Roberto e Darciene, falaram sobre A Pastoral Familiar na Prática: acompanhar, discernir e integrar as famílias das comunidades no Pré-Matrimônio, no Pós-Matrimônio e nos Casos Especiais.
O tema sobre A importância da formação dos agentes da Pastoral Familiar, também foi destaque no evento. O casal Jaime e Salete explicou como os agentes podem se preparar através do INAPAF (Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar) com sede em Brasília. Trata-se de uma escola criada para promover a formação geral de agentes para a Pastoral Familiar e para outras Pastorais, o Ensino Religioso e demais campos de evangelização. Promove também a vivência de valores humanos e cristãos em família e em sociedade.
Vocação
O encontro também teve espaço para reflexões sobre a dimensão vocacional. Irmã Aline Maria Braga, secretária da Pastoral Vocacional no Regional Centro-Oeste, falou sobre Vocação e Família. Ela ressaltou que todas as vocações: sacerdotais, religiosas, matrimoniais, leigas, iniciam no lar, na família e que, portanto, neste Ano Vocacional, é de suma importância que a Pastoral Familiar esteja integrada às vocações. O encontro encerrou às 15h30, com a Missa e Bênção de Envio.
A Pastoral da Sobriedade do Regional Centro-Oeste irá realizar nos dias 16 a 18 de junho, na Comunidade de Vida Nova, em Uruaçu (GO), mais uma edição do Acampamento Life. O tema deste ano é “Que teus olhos vejam de frente e que tua vista perceba o que há diante de ti!” e o lema: Examina os caminhos onde colocas os pés e que sejam sempre retos! Pro 4,25-27.
O Acampamento Life é um carisma que surgiu após um seminário de prevenção realizado em 2015 em Goiânia com a espiritualidade da Pastoral da Sobriedade e a finalidade de atuar nas três linhas de prevenção (Primária, Secundária e Terciária). Esse carisma se desenvolve através de um encontro que tem uma programação variada: momentos de adoração, Pregações (12 Passos e outros relacionados à espiritualidade da Pastoral), Testemunhos relacionados à vivência do Programa de Vida Nova, peças teatrais, partilhas, pregações, etc.
Todas as famílias estão convidadas a participar deste acampamento para uma Vida Nova no Regional Centro-Oeste, em especial as que sofrem com as dependências de substâncias psicoativas, agentes da Pastoral, os acolhidos de Comunidades Terapêuticas, pastorais e movimentos da Igreja e todos os excluídos.
28 representantes de dez das 13 dioceses do Regional Centro-Oeste marcaram presença na I Ampliada Bíblico-Catequética realizada pela nos dias 24 a 26 de março, pela Pastoral Bíblico-Catequética Regional, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) em Goiânia. O tema de estudo foi “Ser, saber e saber fazer do catequista”, assessorado por Dom Eugênio Rixen, que é bispo emérito de Goiás e ex-bispo-referencial da Pastoral Bíblico-Catequética do Regional Centro-Oeste.
De acordo com o bispo, o encontro foi um momento de aprofundar os vários temas refletidos, bem como um espaço de convivência e celebração com os catequistas. “Foi muito bom, senti muita receptividade dos catequistas e tivemos não só aspectos teóricos, mas também fizemos exercícios práticos ligados aos vários temas propostas”, destacou.
Para a jovem catequista Késia Rylari Silva, da Paróquia Nossa Senhora da Guia, de Firminópolis, na Diocese de São Luís de Montes Belos, a Ampliada foi um momento de formação completa, mas também de uma experiência que proporcionou espiritualidade e intimidade com Deus.
Padre Augusto, coordenador diocesano da catequese da Diocese de São Luís dos Montes Belos, elogiou a organização do evento e o conteúdo apresentado por Dom Eugênio. “O encontro de fato nos levou ao mistério do encontro com Jesus a partir da temática trabalhada”, disse.
“A Ampliada foi um momento de parar as atividades do cotidiano para escutar e refletir sobre o nosso saber, o nosso ser e nosso celebrar”, afirmou Adelaidiana, representante da Paróquia Santa Bárbara, da Diocese de Itumbiara. O encontro, conforme disse a catequista, ajudou os participantes a reacender a alegria e o entusiasmo de colocar a vocação e os dons a serviço da catequese. “Foi muito enriquecedor participar desta formação. Só tenho de agradecer ao regional que nos preparou com tanto carinho esta formação e a gente volta para casa com ardor e ânimo renovado e abastecidos para cada vez mais revelar a face de Jesus aos nossos catequisandos a fim de conduzi-los na nossa caminhada que é conhecer e fazer este mergulho no mistério de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Além dos participantes das dioceses, a Ampliada também contou com a participação dos seminaristas do Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney. O seminarista da Arquidiocese de Goiânia, Lucas Rodrigues Lopes, disse que o encontro foi também um momento formativo para os seminaristas. “Foi um momento intenso de palestra, conferência, oração e de celebração. Momento em que os seminaristas também puderam beber desta fonte da catequese a partir do encontro e celebrações. Que Deus possa abençoar os nossos catequistas e conceder a nós a graça de sempre progredirmos no conhecimento e no anúncio desse Jesus Cristo que é o Nosso Senhor e Salvador”.
“Quero agradecer a todos que me acompanharam e fortaleceram durante esse caminho”, disse Dom João
A Diocese de Anápolis renderá graças a Deus pelos 25 anos de episcopado de seu bispo diocesano, Dom João Wilk. Em comemoração, um tríduo será realizado nos dias 12, 13 e 14 de abril, com uma Missa Jubilar no dia 15. As celebrações acontecerão nas Paróquias São Benedito, São Francisco de Assis, Santuário Santo Antônio e por fim na Catedral Bom Jesus. As festividades contarão com a presença de todos os padres da diocese, além de convidados especiais, movimentos e pastorais.
Todas as celebrações serão transmitidas ao vivo pelas redes sociais oficiais das respectivas paróquias (Instagram e YouTube). A Diocese de Anápolis transmitirá a Cerimônia Jubilar do dia 15.
Com a proximidade das comemorações do Jubileu, Dom João se mostrou feliz por celebrar este momento e ressaltou suas principais ações realizadas em todo âmbito diocesano. “Este ano Deus me deu a graça de celebrar 25 anos de meu episcopado. Passei por diversos momentos bons, como a construção da casa episcopal, a construção da Cúria Diocesana, reforma da Catedral, entre outros. Várias igrejas foram construídas e reformadas, diversos padres novos. Tínhamos 27 paróquias, hoje temos 60 paróquias”, contou.
Por fim, o bispo titular da diocese fez um convite, “aproximando a celebração solene, gostaria de agradecer a todos que me acompanharam e fortaleceram durante esse caminho. Quero convidar para que participem do Jubileu, que esta celebração seja uma grande ação de graças”, finalizou.
Programação
O tríduo se inicia no dia 12 de abril com Missa na Paróquia São Benedito, em Nerópolis, presidida pelo arcebispo de Goiânia, Dom João Justino. O tema será: “O sacerdócio Comum e ministerial”.
Dando sequência ao tríduo jubilar, será a vez da Paróquia São Francisco de Assis, em Anápolis, receber as comemorações no dia 13 de abril, às 19h30. Dom Mariano, bispo auxiliar da Diocese de Campo Grande, celebrará a Santa Missa, abordando o tema: “O Munus profético”.
Ampliando as festividades, o último dia de tríduo acontecerá no Santuário Santo Antônio, em Anápolis. Com o tema “Munus real”, Dom Waldemar, bispo de Luziânia e presidente do Regional Centro-Oeste, celebrará a Missa de encerramento, também às 19h30.
Por fim, a Solene Missa Jubilar no dia 15 de abril, ocorrerá na Catedral Bom Jesus, em Anápolis, às 10h da manhã, para que toda a diocese reunida possa louvar e agradecer pela a vocação e vida de Dom João.
Sobre Dom João
Dom Frei João Wilk, filho de José e Regina, nasceu no dia 18 de setembro de 1951 em Seroczyn (província Siedlce) na Polônia. Foi neste lugar que ele cresceu e desenvolveu, no seio da família e da comunidade paroquial, a vida religiosa, por meio da catequese, recepção dos sacramentos da Eucaristia, Reconciliação, Confirmação e já iniciava o serviço ao altar como coroinha.
No ano 1970, no Seminário Maior dos Frades Franciscanos Conventuais, em Cracóvia, iniciou o curso de Filosofia e Teologia. Logo após, ele foi enviado para estudar no Seraphicum – Pontifícia Faculdade de Teologia de São Boaventura, em Roma (Itália), onde concluiu o curso com o diploma de Bacharel em Teologia, aos 28 de junho de 1975.
Em 3 de outubro de 1974 emitiu os votos perpétuos na Basílica de São Francisco, em Assis, onde também foi ordenado sacerdote no dia 24 de junho de 1976. No dia 4 de abril de 1998, teve a graça de ser ordenado bispo pelo Papa João Paulo II. Em 2004 foi nomeado bispo de Anápolis, sendo o terceiro bispo da diocese. Em 14 de agosto de 2003, tomou posse canônica da Diocese de Anápolis, na presença do então Exmo. Núncio Apostólico no Brasil Dom Lourenço Baldisseri.
Jubileu de Prata Episcopal - 25 anos de episcopado de Dom João Wilk
Tríduo Jubilar
1° Dia
Data: 12/04/2023 (Quarta-feira)
Horário: 19h30
Local: Paróquia São Benedito, em Nerópolis - R. Goiânia, 503-561 - Parque das Américas, Nerópolis - GO, 75460-000
2° Dia
Data: 13/04/2023 (Quinta-feira)
Horário: 19h30
Local: Paróquia São Francisco de Assis, em Anápolis - Av. Dom Prudêncio, 360 - Jundiaí, Anápolis - GO, 75113-080
3° Dia
Data: 14/04/2023 (Sexta-feira)
Horário: 19h30
Local: Santuário Santo Antônio, em Anápolis - Av. Tiradentes - St. Central, Anápolis - GO, 75043-044
Santa Missa Jubilar
Data: 15/04/2023 (Sábado)
Horário: 10h
Local: Catedral Bom Jesus da Lapa - R. Gen. Joaquim Inácio, 68 - St. Central, Anápolis - GO
Fonte: Assessoria de Comunicação/Diocese de Anápolis - Foto: Danilo Ribeiro
O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 29 de março, Dom Nélio Domingos Zortea como o novo bispo da vacante Diocese de Cruz Alta (RS). Até o momento, Dom Nélio estava à frente do governo pastoral da Diocese de Jataí (GO).
A Diocese de Cruz Alta está vacante desde 22 de setembro de 2021, quando Dom Adelar Baruffi foi nomeado arcebispo de Cascavel (PR).
A Presidência da CNBB enviou saudação a Dom Nélio.
Biografia
Nascido em 1º de dezembro de 1963, em Iraí (RS), filho de Antônio Zortea (in memoriam) e Lúcia Pizzatto Zortea, Dom Nélio Domingos Zortea cursou Filosofia na Faculdade de Ciências Humanas Arnaldo Busatto, em Toledo (PR), e Teologia no Centro de Teologia Interdiocesano de Cascavel (PR). Ele também tem formação de extensão universitária em Psicologia da Educação na Faculdade de Filosofia Nossa Senhora Imaculada Conceição, em Viamão.
Ordenado sacerdote em 12 de outubro de 1995, ocupou diversos cargos na Arquidiocese de Cascavel, incluindo assistente para a formação no Seminário Menor São José, juiz auditor da Câmara Eclesiástica e reitor e ecônomo do Seminário São José. Ele também atuou como assessor dos Ministros Extraordinários da Comunhão, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e vigário geral.
Em 2005, Dom Nélio tornou-se pároco da Catedral Nossa Senhora Aparecida, em Cascavel, cargo que ocupou até 2015. Naquele ano, no dia 18 de novembro, ele foi nomeado pelo Papa Francisco bispo para a Diocese de Jataí, em Goiás.
A ordenação episcopal foi realizada no dia 30 de janeiro de 2016, em Cascavel. A posse foi no dia 13 de fevereiro do mesmo ano. Seu lema episcopal é “Segretatus in Evangelium Dei“, que significa “Escolhido para o Evangelho de Deus”.
Saudação da CNBB a Dom Nélio Domingos Zortea
Estimado irmão, Dom Nélio Domingos Zortea,
Recebemos com alegria a notícia de sua nomeação para a Diocese de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. Nossos votos são de frutuoso pastoreio nesta nova etapa de seu ministério episcopal.
Possa a Diocese de Cruz Alta contar com o mesmo dinamismo para o fortalecimento e capilarização da presença evangelizadora da Igreja em Comunidades Eclesiais Missionárias, assim como já tem feito em Jataí.
Na perspectiva desse caminho sinodal, seja renovado também o compromisso de construir uma Igreja decididamente sinodal, na comunhão, na participação e na missão.
Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil seja companhia e intercessora na missão.
Em Cristo,
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
1º Vice-presidente da CNBB
Dom Mário Antonio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
2º Vice-presidente da CNBB
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou, na manhã desta quarta-feira, 22 de março, o segundo dia de reunião, na sede da entidade, em Brasília (DF). Na pauta, temas como a análise de conjuntura eclesial e a preparação para a 60ª Assembleia Geral da CNBB. Ainda durante a manhã de hoje foi aprovado o envio de uma ajuda humanitária à comunidade tradicional do Maranhão atingida por uma série de atentados nos últimos dias.
Polarização na Igreja
A primeira atividade da reunião foi a apresentação da Análise de Conjuntura Eclesial, preparada pelo Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi (INAPAZ). Padre Geraldo De Mori, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, apresentou a primeira parte da análise de conjuntura Eclesial sobre a polarização na Igreja, propondo refletir sobre as ameaças à comunhão Eclesial no atual contexto sociopolítico e pastoral.
Ele situou o contexto da relação entre política e religião após o período de redemocratização do Brasil, com destaque ao uso religioso da política. Também pontuou os efeitos das manifestações populares de 2013 e a força dos influenciadores digitais também com discursos religiosos. Na Igreja Católica, a análise do INAPAZ observou grupos sensíveis às pautas de costumes, os quais se identificaram com esses discursos. “Tudo isso faz parte de um cenário mais amplo e ajuda a entender de onde surge a polarização na Igreja”, explicou padre De Mori.
No interno da Igreja, a análise tomou o contexto da recepção do Concílio Vaticano II, favorecido pelos grupos ligados à Ação Católica e contraposto por figuras e grupos que propunham um catolicismo mais devocional e piedoso, ressignificado mais tarde pelo pentecostalismo.
Da contraposição considerada frutífera entre os chamados “progressistas” e “conservadores”, a Igreja está num contexto em que grupos usam das mídias digitais para a “luta contra as tendências que ‘corromperam o catolicismo'” e para a promoção de um “tradicionalismo e imaginário da idade média” que ganharam importância e visibilidade nos últimos anos.
Os bispos refletiram sobre os pontos apresentados e fizeram indicações para os próximos trechos da análise que serão consolidados e discutidos pelo conjunto do episcopado.
60ª Assembleia Geral da CNBB
Marcada para o período entre 19 e 28 de abril, em Aparecida (SP), a 60ª Assembleia Geral da CNBB também ganhou destaque nesta manhã. O subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, apresentou as linhas gerais do encontro, como temas já inseridos na pauta e horários de sessões, missas e outras atividades.
Os bispos também discutiram sobre o Regimento Interno da CNBB, que deve ser aprovado após a confirmação pela Santa Sé do Novo Estatuto da Conferência. O texto já foi enviado aos bispos e será apreciado e aprovado na 60ª AG CNBB. O texto aprovado na assembleia já entrará em vigor, sem necessidade de encaminhar para aprovação da Santa Sé.
A reunião do Conselho Permanente também é oportunidade para que os bispos façam os testes no sistema de votação que será utilizado nas eleições da nova Presidência da CNBB e dos presidentes das Comissões Episcopais, bem como dos representantes da CNBB no Sínodo e no Conselho Episcopal Latino Americano (Celam).
Outros assuntos foram discutidos ao longo do dia Campanha Nacional de difusão do filme “A Carta”, informe sobre a racém criada diocese de Araguarina (TO), informes sobre Plano Trienal “Ao Seu Lado” e Jornada Mundial da Juventude, projeto de sustentabilidade do Colégio Pio Brasileiro, informe sobre o percurso brasileiro no Sínodo 2021-2024, o processo da adoção da 3ª tradução do Missal Romano na Igreja no Brasil após aprovação da Santa Sé e o estudo sobre vestes litúrgicas a partir das normas litúrgicas.
Ajuda humanitária
O bispo de Brejo (MA) e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora, dom José Valdeci Santos Mendes, partilhou com os demais membros do Conselho Permanente a situação vivida pela comunidade tradicional Baixão dos Rocha, no município de São Benedito do Rio Preto (MA), diocese de Brejo (MA). O conflito entre camponeses e empresas que reivindicam as terras da comunidade tradicional foi intensificado nos últimos anos e chegou ao ponto de homens armados incendiarem casas e expulsarem moradores. Dom Valdeci lamentou a “truculência que está acontecendo nas comunidades” e leu uma nota preparada pela diocese de Brejo.
Pela situação de vulnerabilidade das famílias, os membros do Conselho Permanente aprovaram o envio de 100 mil reais para apoiar as famílias.
Fonte: CNBB Nacional
O destaque que a Semana Santa recebe em nossa espiritualidade e em nossas atenções, já diz a importância que tem o Mistério Pascal na vida da Igreja. Ela começa com o Domingo dos Ramos e termina com a celebração da Ressureição. Destaque especial tem o tríduo, que é a Páscoa celebrada em três dias. O tríduo pascal começa com a Celebração da Santa Ceia, seguido da celebração da Paixão do Senhor na sexta feira; da Sepultura do Senhor no sábado santo e da Ressurreição do Senhor na Vigília e no dia de Páscoa.
Tudo isso faz parte da nossa bagagem catequética e espiritual e não precisamos de muitas informações adicionais. A grande semana é um modelo de como viver a Páscoa do Senhor todos os dias, sem nunca separar de forma ambígua a unidade do mistério, através de incentivos particulares a devoções pessoais ou culturais específicas de nossas regiões. O que mais podemos destacar da Semana Santa?
* Cristo se fez presença constante no meio de nós através da Eucaristia, "memorial" permanente da sua páscoa; se tornou presença contínua no meio dos seus; se fez alimento; se fez comunhão. A Eucaristia é o ponto mais alto e a fonte de toda a vida cristã. A celebração da Ceia do Senhor no dia de sua instituição adquire uma solenidade e importância ímpar e deveria animar e motivar diariamente o caminho da comunidade pascal que é a Igreja.
* Não menos provocativa é a celebração da Paixão que é a prova maior do amor que dá a vida; modelo de quem segue fielmente e até o sangue a vontade ao Pai e constantemente diz "se alguém quer me seguir carregue a sua cruz todos os dias e venha atrás de mim". A contemplação da Cruz é fundamental na vida do discípulo que quer chegar ao que Paulo dizia: "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim". O olhar contemplativo do Crucificado na sexta-feira santa é carregado de profundos sentimentos que não podem se enfraquecer pelo resto do ano litúrgico.
* Muito iluminadora é também a contemplação da Sepultura do Senhor. O sábado santo é o dia do grande silêncio, da espera, o dia que prepara o encontro com o Vivente. Recuperar a dimensão do silêncio cheio de esperança na sociedade tumultuada e barulhenta, dispersiva e superficial de hoje, é urgente para não correr o risco de focalizar o que não constrói e esquecer a dinâmica importante do "grão de trigo caído por terra: se não morrer continua sendo simplesmente um grão de trigo sem permitir ao futuro de acontecer.
* Enfim, a celebração da Ressurreição motiva definitivamente o sentido verdadeiro da vida, da história, da esperança.
Cristo ressuscita e se torna Luz do mundo; Palavra que ilumina a história; Água que regenera no Batismo, realizando desta forma a Páscoa na vida pessoal de cada um; Eucaristia como celebração de Cristo Cordeiro imolado e glorificado, nossa Páscoa.
Como é densa a Semana Santa! Por isso deve se tornar o ponto de referência para uma espiritualidade adulta pelo resto do ano. Que pena quando o Mistério dos Mistérios se torna exterioridade, rubrica litúrgica, realização de eventos nem sempre expressão da Páscoa do Senhor. Que pena quando se desvincula o mistério de suas fases interligadas e complementares, sublinhando aspectos secundários, embora importantes, mas que riscam de enfraquecer a beleza do dom de Deus.
A Pascoa é um grito de vitória, de Paz, de Alegria. A morte foi vencida e a perspectiva que está diante de nós é de eternidade feliz, se assim não for "seríamos os mais miseráveis entre os homens".
Dom Carmelo Scampa
Bispo emérito de São Luís de Montes Belos
A Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste realizou no dia 18 de março, formação na cidade de Goianésia, na Diocese de Uruaçu. Irmã Rita Batista, assessoria eclesiástica da pastoral no regional, falou sobre “O papel do agente de Pastoral Familiar inspirado na figura do Bom Pastor”. Já o casal coordenador, Roberto e Darciene falou sobre “A visão geral da Pastoral Familiar” e Como acompanhar, discernir e integrar as famílias na prática de acordo com a orientação da Igreja e os documentos oficiais. Houve ainda momentos de testemunhos e de perguntas e respostas.
A formação foi solicitada pelo casal Carleane e Helmo, coordenadores da Pastoral Familiar na Forania São Lucas da Diocese de Uruaçu. O evento teve a participação do padre Mauro Sérgio (diretor espiritual); do padre José Fábio (pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Goianésia), bem como o padre Gilson Jardene (responsável forânico); e cerca de 90 agentes da Pastoral Familiar.
Formação foi realizada pela Pastoral da Educação na noite do dia 16 de março
Na quinta-feira, dia 16 de março, a Pastoral da Educação do Regional Centro-Oeste realizou Live Formativa sobre a Campanha da Fraternidade 2023, cujo tema é “Fraternidade e Fome”. Realizada por meio da plataforma Zoom, a formação teve mediação do Dom João Justino, arcebispo de Goiânia e bispo referencial da Educação e Ensino Religioso Regional; do coordenador da Pastoral da Educação, Prof. Valdivino Ferreira; e palestra da Irmã Claudia Chesini, da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC).
Após a bênção inicial do Dom João Justino, Irmã Cláudia destacou em sua apresentação que no tempo quaresmal, a Igreja volta-se para situações existenciais do povo brasileiro com a realização da Campanha da Fraternidade. “A campanha é um desafio para todos nós católicos, mas também para todos os cidadãos, professores e professoras”, afirmou a religiosa. Ela lembrou que no ano passado, por exemplo, com a Campanha da Fraternidade sobre a educação, a sociedade refletiu sobre as lacunas da educação e encontrou uma série de desafios.
Neste ano, o desafio se faz presente novamente, agora sob a vertente da fome. Ela comentou uma fala do papa que aponta a fome como “tragédia e vergonha para a humidade”, pois afronta os princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja: destinação universal dos bens, dignidade integral da pessoa, primazia do bem comum. A CF, neste sentido, tem vários objetivos, conforme Irmã Cláudia. “Despertar o espírito comunitário e cristão na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade; renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação evangelizadora, em vista de uma sociedade justa e solidária”.
Fome de que?
Engana-se, contudo, quem pensa que a fome tratada pela Campanha da Fraternidade é apenas a fome de alimentos. Esse é a principal fome, mas a Irmã Cláudia apontou que a CF-2023 nos faz pensar também sobre a fome de relações justas, de cidadania, de beleza, de sentido e de transcendência. Com relação à fome de alimentos saudáveis e nutritivos, o panorama da fome no Brasil em 2022 aponta que apenas quatro em cada 10 domicílios conseguem manter acesso pleno à alimentação, ou seja, os outros seis lares se dividem, numa escala que vai dos que convivem com a possibilidade de não ter alimentos no futuro até aqueles nos quais as pessoas já passam fome. A fonte dos dados é a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN). As regiões mais afetadas no Brasil são: Norte (25,7%), e Nordeste (21%). A Região Centro-Oeste aparece abaixo da média nacional: (12,9%). Entre a população branca a insegurança alimentar está em 46,8% e entre os negros em 65%.
Irmã Cláudia apontou algumas das causas da fome no país: “comportamentos morais lastimáveis, fatores climáticos, estrutura fundiária, políticas agrícolas”. Ela citou, com dados do Texto-Base da CF-2023, um fator preocupante que está impregnado em nossa cultura: o desperdício. “39 mil toneladas de comida em condições de serem aproveitadas vão para o lixo diariamente em mercados, feiras, fábricas, restaurantes, quitandas, açougues e fazendas. O número leva em conta dados de vários setores: agricultura, indústria, varejo e serviços. Tamanha quantidade é suficiente para prover três refeições diárias para aproximadamente, 19 milhões de pessoas”. Para reverter esse triste quadro, muito tem sido feito por ONGS, Sociedade São Vicente de Paulo, Cáritas Brasileira, Pastoral da Criança, Fome Zero, Economia de Francisco e Clara. “Diante da fome todos são convidados a fazer alguma coisa. Não é para despedir a multidão. Somos chamados a uma proposta de ação pessoal e comunitária-social, sociopolítica; divulgar ações de superação da fome, aderir à Jornada Mundial dos Pobres proposta pelo papa Francisco, promover a Coleta Nacional da Solidariedade e ir ao encontro dos que tem fome”, sublinhou Irmã Cláudia. Um dos grandes desafios hoje, continuou, é o cuidado da casa comum para que todos possam se alimentar com dignidade, isso no contexto do 3º Ano Vocacional do Brasil e do processo sinodal.
A íntegra da live pode ser assistida neste link. Clique aqui
O Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos confirmou, nesta sexta-feira, 17 de março, a tradução brasileira da Terceira Edição Típica do Missal Romano. O texto aprovado pela Santa Sé foi entregue em dezembro pelo presidente e pelo o assessor da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, dom Edmar Peron e padre Leonardo Pinheiro.
O decreto que concede a confirmação à tradução brasileira foi endereçado ao arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo. O subsecretário do dicastério, monsenhor Aurelio García Macías, o entregou ao padre Leonardo Pinheiro (foto de capa).
“Esperamos que a nova edição do Missal Romano seja um novo estímulo para celebrar e vivenciar o sagrado mistério da Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do Senhor”, escreveu o prefeito, cardeal Arthur Roche.
No texto impresso do missal, será inserido o decreto de confirmação, conforme orientação do Dicastério. Com a inserção do decreto, o livro litúrgico será impresso e ficará disponível para as dioceses. Os prazo desse processo serão discutidos pelo episcopado durante a reunião do Conselho Permanente, na próxima semana, e na 60ª Assembleia Geral da CNBB, em abril.
Com a confirmação da aprovação, a Presidência da CNBB, por meio do secretário-geral, dom Joel Portella Amado, manifestou alegria e gratidão, recordando os que contribuíram para a tradução do missal no Brasil:
A Presidência da CNBB alegra-se pela confirmação da tradução brasileira da Terceira Edição Típica do Missal Romano e agrade: à Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (CETEL), pelo trabalho excelente feito nessas quase duas décadas; a quem não está na CETEL atualmente, mas trabalhou nesse período; à Comissão Episcopal para a Liturgia, nas pessoas de seu presidente, Dom Edmar Peron, e assessor, Padre Leonardo José Pinheiro, que cuidaram desse trabalho final; também aos bispos e peritos que deram sua contribuição ao longo dessas duas décadas e nessa aprovação final, ocorrida na 59ª Assembleia Geral Ordinária da CNBB; e ao Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, que recebeu a Presidência da CNBB no final do ano passado e acolhe nesses dias o Padre Leonardo, entregando a ele o documento de confirmação.
Missal Romano
O Missal Romano é um dos principais livros litúrgicos da Igreja Católica. Nele, estão as orações e orientações para a celebração das missas. Depois do Evangeliário, que contém os textos do Evangelho, é o livro mais importante nos ritos da Igreja.
“No missal, encontramos a nossa fé expressa em orações, por isso então o Missal Romano, do rito latino da Igreja Católica, contém todas as orações necessárias para a celebração da Missa”, explica o assessor da Comissão para a Liturgia da CNBB, padre Leonardo Pinheiro.
Fonte: CNBB Nacional
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