cnbb

cnbb

As CEBs do Regional receberam o ícone que irá percorrer todas as dioceses do regional, em preparação ao 15º Intereclesial, que acontecerá de 18 a 23 de julho de 2023, na Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, no estado do Mato Grosso. Até lá, cada diocese que acolhe o ícone prepara a celebração de acordo com a sua realidade. O tema do Intereclesial em 2023 é “CEB's, Igreja em saída na busca de vida plena para todos e todas” e o lema “Vejam, eu vou criar um novo céu e uma nova terra”. (Is.65,17).

 

Devido à pandemia do coronavírus, as Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) presentes no Regional Centro-Oeste da CNBB, desenvolveram menos atividades em 2020, que nos demais anos. Abaixo elencamos as principais iniciativas realizadas ao longo do ano.


Janeiro
Reunião da Ampliada Nacional
Nos dias 23 a 26 foi realizada a Reunião da Ampliada Nacional das CEB’s, em Cuiabá (MT), com o tema “CEB’s: Igreja em saída na busca da vida plena para todos e todas”. Na ocasião foi realizado a análise de conjunturas e houve encaminhamentos práticos para o 15º Intereclesial.

Fevereiro
No dia 1º de fevereiro foi realizada a Reunião dos Coordenadores Diocesanos e Pastorais, em Goiânia.

Março
Reunião da Ampliada da CEB’s

Com a presença dos representantes das Arquidioceses de Goiânia e de Brasília e da Diocese de Ipameri, foi realizada no dia 14 de março, a Reunião da Ampliada Nacional das CEB’s. Durante o encontro houve estudo e partilha das dioceses, além de formação dos delegados e suplentes que deverão participar do 15º Intereclesial. O Regional Centro-Oeste ficou com 80 vagas.


Abril
As CEB’s realizaram, no dia 29, a Reunião em preparação a Romaria dos Mártires do Francisco Cavazzutti, em Mossâmedes, na Diocese de Goiás.

Junho
Foi realizada no dia 6, a Reunião virtual da Coordenação da Ampliada com o grupo do Secretariado do 15º Intereclesial. Na ocasião foi feita a consulta sobre a consulta sobre a mudança da data do 15º Intereclesial para o ano de 2023. Com a pandemia não seria possível realizar encontros de formação e estudo presenciais com os animadores nas bases. Durante a reunião foi feita a oração do 15º Intereclesial e apresentado o símbolo do evento. Ficou definido o dia 15 de cada mês como o dia das comunidades, em que seriam realizadas atividades (missas, terços, orações) com transmissão via rede sociais.


A Reunião Virtual da Coordenação da Ampliada com o Grupo de Formação aconteceu no dia 25 de junho. Na ocasião foram apresentadas as seguintes propostas pelo Grupo de Trabalho de Formação: subsídios para reflexão: cartilhas impressas e virtuais, fortalecimento dos círculos bíblicos e espiritualidades.


Julho
No 4 de julho houve o envio da Carta-consulta sobre a possibilidade do adiamento do 15º Intereclesial das CEB’s para o bispo referencial da Comissão do Laicato e para os Coordenadores das Dioceses de Ipameri, São Luís de Montes Belos, Goiás, Formosa e Luziânia e das Arquidioceses de Brasília e de Goiânia. Todos concordaram com a mudança de data do ano de 2022 para 2023. No dia 7 as CEB’s do Regional Centro-Oeste enviaram um e-mail para o Secretariado do 15º Intereclesial se posicionando de forma favorável com a mudança de data.

Agosto
Depois de ouvir os 18 Regionais da CNBB, o bispo de Rondonópolis–Guiratinga, Dom Juventino Kestering, a Coordenação da Ampliada e Secretariado do 15º Intereclesial, se reuniu no dia 15 de agosto e definiu a nova data do evento: 18 a 22 de julho 2023.

Celebrando a Vocação dos Leigos e Catequistas, no dia 19 houve a gravação do Terço da Esperança e Solidariedade, promovido pela CNBB, na Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade.

Setembro
Foi realizada a produção do vídeo sobre as CEB’s e seu compromisso com os excluídos. As Comunidades Eclesiais de Base também tiveram presença na live do Grito dos Excluídos de Goiânia.

Outubro
No dia 24 de outubro aconteceu a Reunião da Coordenação da Ampliada e Secretariado do 15º Intereclesial. O grupo discutiu e refletiu sobre o texto-base e o símbolo do Intereclesial, a Carta-mensagem. Foi pauta do encontro ainda, o Dia D das Comunidades. Sobre isso, foi sugerido que cada regional assumisse um dia com a participação das paróquias, comunidades e que as CEB’s continuem desenvolvendo sua missão de ir ao encontro das pessoas. Houve ainda o planejamento da Reunião da Ampliada Nacional para 2021.


Novembro
Foi realizada uma consulta com os coordenadores das dioceses e arquidioceses se as CEB’s deveriam realizar a Reunião da Ampliada do Regional. Após ouvir os coordenadores definiu-se que a reunião não seria realizada. A reunião estava agendada para o dia 14 de novembro. Diante o momento em que estamos vivendo, o cuidado com a vida vem em primeiro lugar. Ponderou-se que era véspera das eleições municipais e que o isolamento social deveria ser mantido. A reunião do dia 14 de novembro de 2020 foi transferida para 7 de fevereiro de 2021. Para o próximo ano ainda não há nenhuma atividade regional programada. As Comunidades Eclesiais de Base planejam visitar, na medida do possível, as dioceses que tiveram nomeação de novos bispos, a fim de apresentar a Comissão Regional das CEB’s e construir um diálogo fraterno.

 

Tomou posse no dia 24 de julho o novo Casal coordenador do Encontro de Casais com Cristo (ECC) no Regional Centro-Oeste: Alexandre e Iracilda. A eleição aconteceu durante o XVI Congresso da Região Centro-Oeste. O novo casal coordenador assume o mandato de 2021 a 2025 juntamente com o diretor espiritual Dom Dilmo Franco de Campos, bispo auxiliar de Anápolis (GO).

Teve início na noite desta segunda-feira, 24 de outubro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) em Goiânia, a última reunião do CONSER (Conselho Episcopal Regional). A Santa Missa presidida pelo bispo de Formosa (GO) e vice-presidente do Regional, Dom Adair Guimarães, marcou o início do evento, que segue até sexta-feira, 28 de outubro. Logo depois tem início a Avaliação Anual de Pastoral, que acontece nos dias 28 e 29 e reúne além dos bispos, os coordenadores de pastorais, movimentos e organismos.

Entrevistado, Dom Francisco Agamenilton, bispo de Rubiataba-Mozarlândia e secretário do regional, destacou os temas que serão refletidos nestes dias. “Nós bispos iremos nos dedicar a refletir sobre o Ano Vocacional que está aí para ser aberto no próximo mês, mas também vamos retomar o tema da animação bíblica da vida e pastoral e o ministério do catequista, então basicamente, esses são os temas que nós debruçaremos e que são temas que pedem mais reflexão, compreensão e dedicação nos próximos meses e no próximo ano principalmente por ser o Ano Vocacional”.

Com relação a Avaliação Anual de Pastoral, que há dois anos não acontece de forma presencial, o secretário disse que os bispos retomarão o tema das Comunidades Eclesiais Missionárias, assumidas como prioridade pastoral na última XX Assembleia Eclesial do Regional, realizada em 2019. “Vai ser a alegria do encontro presencial e o tema também muito interessante que é a Comunidade Eclesial Missionária. Na última Assembleia Eclesial do Regional fizemos essa escolha pastoral pelas comunidades eclesiais missionárias, de implantá-las, fomentá-las e ao retomar esse tema é sinal de que nós não abandonamos aquilo que nós nos propomos. A pandemia atrapalhou muita coisa, mas ainda dá tempo de retomar até mesmo porque as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil continuam as mesmas e a tendência é que essa proposta permaneça, a comunidade eclesial missionária com os seus pilares, portanto, a gente se dedica neste fim de semana a refletir sobre isso. Será um encontro muito de formação para nos ajudar a compreender o que isso quer dizer e compreendendo amar mais, abrir o coração para implementar isso porque é a vida, o caminho que o Espírito tem apontado para nós neste tempo para a nossa Igreja”.

O CONSER reúne os bispos das 12 dioceses e o Ordinariado Militar do Brasil que compõem o Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal).

Na última quinta-feira, 20 de outubro, a coordenação regional da Pastoral Vocacional realizou uma reunião on-line com o objetivo de preparar a Santa Missa de abertura do 3º Ano Vocacional. O encontro virtual teve a presença dos membros da coordenação, bem como do bispo referencial da Pastoral Vocacional Regional, Dom Francisco Agamenilton, e do coordenador regional da PV, padre Paulo Henrique.

A abertura do 3º Ano Vocacional do Brasil será no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, no dia 26 de novembro, às 17h30.

O Ano Vocacional tem por objetivo “Promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus”.

Terça, 18 Outubro 2022 19:23

Deus escuta o grito por justiça

Continuamos acompanhando a caminhada de Jesus a Jerusalém. Enquanto caminha, Ele manifesta os valores do Reino, realiza sinais, ensina e renova a esperança dos seus discípulos. O texto deste domingo está localizado depois do discurso de Jesus sobre a vinda definitiva do Filho do Homem (Cf. Lc 17,20-37). São Lucas o redigiu por volta do ano 80, quando as comunidades cristãs sofriam hostilidades por parte dos judeus e dos pagãos e já vislumbravam as grandes perseguições que enfrentariam no final do primeiro século. Há uma ansiedade pela vinda rápida de Jesus, pela intervenção definitiva de Deus para salvar o seu povo.

Diante daquela ansiedade, Jesus conta a parábola do juiz iníquo e da viúva insistente no seu desejo de justiça. Ele ousa comparar, no bom sentido, um juiz que é lento em fazer justiça, a Deus, justo juiz. A intenção é ajudar o povo a não desanimar perante a aparente demora de Deus em atender às suas expectativas e anseios por vida. A parábola mostra a necessidade de perseverar na oração, de não desistir no esforço pela justiça do Reino de Deus, a confiar que Ele fará justiça aos que suplicam dia e noite.

Lucas destaca, na parábola contada por Jesus, dois personagens de uma cidade: um juiz e uma viúva. Eles são distintos em sua condição social: um tem a justiça nas mãos, é poderoso, mas usa mal o poder que possui; é arrogante, não teme a Deus e não respeita homem algum. Ele é surdo à voz de Deus e indiferente aos sofrimentos dos injustiçados. É uma descrição profundamente negativa daquele juiz. O outro personagem é uma viúva injustiçada, que simplesmente deseja justiça contra o seu adversário e que, durante muito tempo, não é atendida por aquele juiz (vv. 3-4).

As viúvas, na tradição bíblica, juntamente aos órfãos e os estrangeiros, eram as pessoas mais indefesas, mais pobres entre os pobres. Naquela sociedade machista, elas não contavam com a proteção do marido, e seus direitos eram ignorados por aqueles que deveriam fazer valer a lei, que ordenava não as maltratar e nem maltratar os órfãos (Cf. Ex 22,22; Dt 24,17). Segundo o teólogo alemão Joachim Jeremias, em Jerusalém, no tempo de Jesus, era assegurado às viúvas continuarem morando, durante a viuvez, na casa deixada pelo marido falecido e viver dos bens deixados por ele, mesmo que não houvesse um testamento para tal (Jerusalém no tempo de Jesus, p.189). Mesmo assim, seus direitos não eram respeitados. Elas não contavam com um defensor legal, ficavam à mercê dos juízes desonestos como o da parábola. Jesus acusa os Mestres da Lei de explorarem e roubarem a casa das viúvas (Cf. Lc 20,47), eles que deveriam zelar pelo cumprimento da Lei. Na nossa parábola, a própria viúva apresenta sua demanda ao juiz: provavelmente tratava-se da cobrança de dívida deixada pelo marido, com alguma hipoteca sobre a herança patrimonial (Cf. Rinaldo Fabris e Bruno Maggione, Os Evangelhos II, p. 175).

Lucas afirma que durante muito tempo o juiz se recusou a fazer justiça, não deu atenção ao pedido da viúva. Por fim, resolveu agir, não por respeito à justiça, mas por um motivo egoísta: para não continuar sendo importunado e evitar ser agredido por uma mulher desesperada por justiça (vv. 4-5). Em conclusão, a parábola afirma que se esse juiz injusto resolve fazer justiça por um motivo egoísta, e que Deus, justo juiz, em sua generosidade nunca permitirá que vença a injustiça, Ele fará justiça no momento certo. Ele é um juiz parcial, mas sua parcialidade é favorável aos mais pobres e indefesos, diferente da parcialidade dos juízes iníquos que favorecem os ricos e poderosos.

Nosso povo, em sua sede de justiça, tem dificuldade de acesso e nem sempre confia nas decisões do judiciário. Acha que a justiça humana tarda e falha demais. Resta confiar na justiça divina, mesmo que entenda também que ela tarda – mas não falha. Jesus ensina que a justiça divina é diferente da humana. Deus tem outros critérios para julgar. O homem vê a aparência, Deus vê o coração (Cf. 1Sm 16,7). É certo que a justiça divina leva a marca da misericórdia e que nunca falha; também não tarda, ocorre no momento certo, que cabe a Deus saber.

Como a viúva, somos convidados a perseverar na oração, a ser resilientes nas adversidades e insistentes na luta pela justiça do Reino de Deus. Nunca devemos entregar os pontos, desistir dos nossos legítimos ideais, abandonar as bandeiras de luta por um mundo mais justo e fraterno. Os pobres e injustiçados não devem deixar de gritar por justiça, mesmo que tantos ouvidos de algumas autoridades sejam moucos, mesmo que sejam zombados em seus gritos de dores. Se eles se calarem, as pedras gritarão por justiça (Cf. Lc 20,40). Não devemos ter pressa na nossa oração, pretender ter uma resposta rápida de Deus, contar o tempo que a Ele dedicamos. Num mundo pragmático, que vê o tempo como dinheiro, somos convidados a saber “perder tempo” com Deus. Quem ama sabe perder tempo com a pessoa amada. O amor está na dinâmica da gratuidade, e se não formos capazes de perder tempo, também não entraremos nessa dinâmica (Cf. Frei Beto, Mística e espiritualidade, p. 126).

Ao falar sobre a importância da oração para a nossa santidade, o papa Francisco destaca a súplica como expressão do coração que confia em Deus e sabe que sozinho não consegue. Ela manifesta o amor a Deus, mas também é expressão do amor ao próximo. Na nossa oração devemos apresentar a vida dos outros, suas angústias mais inquietantes e os seus melhores sonhos (Cf. Gaudete et Exsultate, n. 154). A parábola deste domingo é um convite a ser perseverante na oração, mas também um chamado a confiar na justiça divina aos que clamam confiantes. Ela questiona a qualidade da nossa oração, do que pedimos a Deus. Será que é um grito que se eleva aos céus pedindo justiça para os pobres? Ou um elenco com os nossos próprios desejos egoístas de bem-estar material e segurança humana? Na nossa oração somos sensíveis às dores e sofrimentos dos mais pobres, ou os ignoramos? Como a viúva, gritemos confiantes a Deus que faça justiça a todos os injustiçados do mundo.

+Dom Jeová Elias

Bispo Diocesano de Goiás

 

A Pastoral da Comunicação da Diocese de Anápolis, está promovendo o Encontro Diocesano da Pascom que acontecerá no domingo, dia 6 de novembro, das 7h ao 12h, no Auditório São João Paulo II da Cúria Diocesana. Com o tema: Unidade na Pascom: “Concertai vossas redes, para que ao lançá-las novamente contemplem as maravilhas do Senhor”, o encontro tem como objetivo reanimar os agentes da pastoral e partilhar ideias e experiências.

O evento é voltada para o coordenador e um agente da Pascom de cada Paróquia. Para participar é necessário fazer a inscrição através de um formulário (acesse aqui) até o dia 30 de outubro. Depois, a comissão organizadora fará o contato para pagamento da taxa de R$20,00 que inclui a alimentação. Durante o encontro está prevista a participação do bispo auxiliar diocesano Dom Dilmo Franco e do assessor espiritual da Pascom padre Paulo Henrique. A programação contará com roda de conversa, escuta e partilha.

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta terça-feira, 11 de outubro, na qual lamenta “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno” das eleições deste ano. Os bispos recordam que a manipulação religiosa desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no país.

Leia o pronunciamento na íntegra:

NOTA DA PRESIDÊNCIA

“Existe um tempo para cada coisa” (Ecl. 3,1)

Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.

A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.

Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário.

 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-presidente da CNBB

Dom Mário Antonio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

 

Nesta quarta-feira, dia 12 de outubro, a Diocese de São Luís de Montes Belos (GO) eleva o Santuário de Nossa Senhora Aparecida à dignidade de Santuário Diocesano, em missa a ser presidida por Dom Lindomar Rocha, bispo diocesano. O Santuário ainda está em construção, mas já tem em sua estrutura uma imagem de Nossa Senhora Aparecida com 27 metros de altura, uma capela que fica abaixo da imagem, sala de milagres, loja de artigos religiosos e um monumento em formato de terço em volta de toda a estrutura.

 

Fonte: Diocese de São Luís de Montes Belos-GO

 

Sexta, 07 Outubro 2022 02:07

Curando-se com a gratidão

Havia dez homens que vagueavam pelas terras hermas no tempo de Jesus. Eles tinham sido acometidos pela lepra em diferentes etapas da vida, e, desde então, não podiam se aproximar dos centros urbanos nem de outras pessoas.

Quando, absolutamente necessária, a sua passagem pelos lugares povoados, deveria ser precedida por um brado audível, descrevendo a sua condição. Assim, aqueles excluídos andavam gritando noite adentro: leproso... leproso!

Era o brado da impureza que os afastavam de todo contato humano, mesmo do mais fugaz de todos os contatos, o olhar. Olhar para eles era medonho, e muitos não queriam passar por aquela experiência. Corpos e membros deformados causavam náusea a todos. Tamanha miséria só podia ser resultado de pecados graves, razão pela qual ninguém lhe dispensava compaixão.

A providência, entretanto, escolheu àqueles homens para verem o Senhor. Eles não moravam em lugar nenhum. Jesus os encontrou entre a Samaria e Galileia, antes de um povoado (Lc 17,11).

As suas vidas proscritas não lhe impediram de acreditarem que o Senhor era capaz de curá-los, tanto que, ao saberem de sua passagem naquela região, começaram a gritar: Jesus, Mestre, tem piedade de nós.

Eles viviam juntos. Eram Samaritanos e Judeus que a doença tinha unido. Igualados pelo desterro, haviam se irmanados na sorte comum e na miséria. Não se sabe como conheciam Jesus, mas, na reserva última do coração que espera um milagre, Deus está sempre presente.

Ao pedido sincero, que espera misericórdia e cura, Jesus manda aqueles homens se apresentarem aos sacerdotes. São os sacerdotes que têm o poder de declarar quem está curado, mas não de curar eles mesmos!

Enquanto caminhavam para se apresentarem ficaram curados. A bondade e a força daquele que conheciam através dos milagres, operou sobre eles, e nove seguiram em frente. A preocupação desmensurada em prestar contas a quem não tem esse direito produz a ingratidão. Os nove seguiram adiante e foram reabilitados junto àqueles que antes os excluíam.

Entretanto, um deles voltou. Porque duplamente segregado pela doença e por sua condição de estrangeiro, sabia de não dever nada para os mestres da lei, mas sim ao homem que lhe tinha curado. Por isso voltou.

Ao vê-lo Jesus não pôde deixar de asseverar: “não foram dez os curados”, os outros por onde andam? Por onde andam os ingratos incapazes de perceber a quem devem reverenciar e dar glórias? A ingratidão acontece, principalmente, quando damos glória ao senhor errado, ao dinheiro e ao poder em nós mesmos. O coração ingrato jamais se cura. A sua auto reverência abre muitas outras feridas e provoca dor no ingrato.

Apenas um voltou. Um estrangeiro da Samaria convalesceu. E, porque convalescência, em sua origem, significa voltar para casa, ele voltou para a fonte de sua cura, não se afogou em seus próprios olhos, e mereceu de Jesus um segundo milagre, a salvação eterna.

A gratidão daquele homem o separou dos demais curados; o curou de dentro para fora, erradicando a sua condição de leproso e de estrangeiro, e o fez um morador da Cidade de Deus, nesta vida e na outra. A gratidão, portanto, é uma significativa fonte de cura.

Dom Lindomar Rocha Mota
Bispo de São Luís de Montes Belos (GO)

 

Página 10 de 174

AGENDA CNBB

Nenhum evento encontrado

© 2025 CNBB Centro-Oeste - Todos os direitos reservados

Rua 93, nº 139, Setor Sul, CEP 74.083-120 - Goiânia - GO - 62 3223-1854