Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
No mês de março, jornalistas de todo o país se encontraram na IX edição do Encontro de Jornalistas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O objetivo foi elaborar estratégias e instrumentos para aprimorar o trabalho de comunicação realizado no âmbito da CNBB, com seus regionais, as dioceses, as pastorais e os organismos da Igreja no Brasil.
O encontro contou com a assessoria internacional de Paulo Rocha, da Agência Ecclesia de Portugal. Em sua primeira fala, ele abordou o tema “O fato religioso como notícia”, em que explicou sobre critérios de noticiabilidade, ou seja, que determinam se um acontecimento ou um assunto são suscetíveis a se tornar notícia. Sobre esse assunto, ele provocou os participantes a estarem sempre em busca de material participativo, que dão visibilidade à vida da Igreja e de todo o povo de Deus. “A imprensa não é para servir à Igreja, mas o povo de Deus”, declarou, levando a entender que a comunicação que fazemos é um bem de toda a comunidade – clérigos, religiosos e leigos.
Mas o principal foco do evento foi a produção inicial do Guia de Comunicação Integrada para as assessorias de comunicação da CNBB Nacional, regionais, e para as dioceses de todo o Brasil. A tarefa coletiva resultou em um texto inicial que sofreu correções, ajustes e reelaborações, a partir de um primeiro material produzido pela Assessoria de Comunicação da CNBB.
Ainda durante o IX Encontro de Jornalistas da CNBB, houve plenária sobre Fake News e jornalismo de paz, com uma reflexão sobre a Mensagem do papa Francisco para o 52º Dia Mundial das Comunicações, a ser celebrado no próximo dia 13 de maio. Essa assessoria também ficou por conta de Paulo Rocha, que mencionou três aspectos cruciais: “prevenir notícias falsas; redescobrir a profissão do jornalista; comprometer cada pessoa na comunicação da verdade”. A Mensagem de Francisco tem como lema a passagem do Evangelho de João, “A verdade vos tornará livres” (8,32). Os participantes que se dividiram em grupos fizeram suas contribuições sobre o Guia de Comunicação Integrada.
Desafio da comunicação integrada
O assessor de comunicação da CNBB, padre Rafael Vieira, apresentou o modelo de comunicação integrada adotado pela Conferência dos Bispos, que, segundo ele, aderiu a conceitos motores da Secretaria de Comunicação da Santa Sé: o usuário em primeiro lugar; produção e distribuição em todos os momentos, lugares e dispositivos; sinergia e parceria; e multimídia: comunicação em texto, áudio, vídeo, gráficos, para redes sociais, rádio e TV. Ele também deu algumas dicas de expansão de público, interatividade, e, por fim, apresentou o novo portal da CNBB e propôs a articulação de uma rede de comunicação da Igreja no Brasil, a partir da construção coletiva da Agência CNBB de Comunicação. A jornalista e social mídia, Marina Amaral, por sua vez, apresentou um pouco de sua experiência nas redes sociais, atuando em grandes corporações no mercado. Partindo do princípio de que as redes sociais são um novo jeito de se comunicar, ela falou sobre o alcance da comunicação nesse ambiente, os meios usados pelos usuários para acessar as redes, e o que querem as pessoas que usam esses canais. Ela explicou como usar cada uma e ainda deu dicas. “Seja coerente e transparente, cuidado ao comentar, curtir e compartilhar outros posts e não fique preso em receitas, fórmulas e regras”, sugeriu.
Da Arquidiocese de Goiânia, participaram do encontro a coordenadora do Vicariato para a Comunicação (Vicom), a jornalista Eliane Borges; e o jornalista e editor deste jornal, Fúlvio Costa. “Foi uma rica experiência que vai somar em nosso trabalho e na busca pelo aprimoramento da comunicação que tem por objetivo a dimensão pastoral. É profícuo também a parceria e trabalho coletivo em prol da comunicação desta Igreja particular com toda a Igreja no Brasil que conseguimos estreitar durante o encontro”, avaliaram os dois, após o evento. Padre Rafael Vieira, ao fim do encontro, concedeu entrevista ao Encontro Semanal, avaliando positivamente o evento a partir de três pontos. “Primeiro, é importante nos alinharmos com o que tem sido esse fenômeno comunicativo que é o papa Francisco: simples, humilde, reformador. Segundo, conseguimos produzir um texto referencial, resultado de uma reflexão conjunta, que é o Guia de Comunicação Integrada. E, por fim, a convivência foi muito interessante. Embora nos reunamos apenas uma vez ao ano, para nós que servimos neste campo, é fundamental nos encontrarmos e contarmos nossas histórias uns aos outros. Isso hoje é mais comunicação do que qualquer outra coisa”, finalizou. Presidiu as missas de abertura e fechamento do encontro, o secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner.
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Durante a segunda coletiva de imprensa da 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta quinta-feira, 12 de abril, o arcebispo da arquidiocese São Sebastião do Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, divulgou uma carta a ser enviada para o Papa Francisco, levando saudações do episcopado e as temáticas que estão sendo trabalhadas durante a Assembleia Geral. O texto trata também da unidade do episcopado brasileiro com o sumo pontífice. Segundo o cardeal, a carta, aprovada em plenário, foi elaborada por uma comissão e representa a opinião de todos os bispos presentes em Aparecida (SP).
Em sua apresentação, o arcebispo do Rio de Janeiro ressaltou alguns assuntos citados na carta dando destaque ao tema central da Assembleia, ‘A Formação de Novos Presbíteros’, e a memória dos 40 anos da restauração da imagem de Nossa Senhora Aparecida, após um atentado que a deixou fragmentada. A carta, assinada pela presidência da CNBB, também lembra ainda a Exortação Apostólica do próprio Papa Francisco, “Gaudete et Exsultate”, sobre o chamado à santidade no mundo atual’, o Ano Nacional do Laicato e a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.
Leia a carta na íntegra:
CARTA AO PAPA FRANCISCO
Aparecida – SP, 11 de abril de 2018.
Querido Papa Francisco,
Ao iniciarmos a 56ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enviamos a Vossa Santidade nossa saudação e manifestação de comunhão.
Reunidos em Aparecida até o próximo dia 20, celebramos a Santa Missa diariamente no Santuário Nacional. Aqui nos recordamos, Santo Padre, de sua visita, seu carinho filial pela Mãe de Deus e nossa Mãe, bem como de suas intenções particulares.
Vivenciando o Ano do Laicato no Brasil, damos graças a Deus pela vida e missão dos fiéis leigos e leigas, e a eles manifestamos nossa profunda gratidão por serem autênticos “sujeitos na Igreja em saída a serviço do Reino”. Nesta Assembleia Geral nos dedicaremos, particularmente, ao tema da formação dos presbíteros da Igreja no Brasil, elaborando as diretrizes para formação no contexto atual, a partir da nova Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis.
Diante da pequena imagem da Virgem Aparecida, também fazemos memória dos 40 anos de sua restauração, após um atentado que a deixou fragmentada. Num período em que o Brasil passa por grave instabilidade política, econômica e social, que também atinge nossa vivência eclesial, queremos assumir ao lado de nosso povo as exigências deste momento que, cremos, também pode ser de profunda restauração. Sem ceder à perplexidade e à estagnação, sentimo-nos impulsionados a uma adesão mais intensa e criativa ao Evangelho de Jesus Cristo.
Reconhecemos a graça de participarmos da missão do Filho de Deus, que restaura em Si mesmo todas as coisas sob o impulso do Espírito Santo. Essa obra se desenvolve na história e conta com todos os filhos e filhas da Igreja, chamados à santidade, na diversidade das vocações. Agradecemos a Vossa Santidade pela Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual, assinada no dia 19 de março passado, na Solenidade de São José. Com essa Exortação, somos encorajados, como pastores, a percorrer o caminho das bem-aventuranças e a permanecer ao lado dos fiéis em sua busca quotidiana da santidade.
Com nossa gratidão, apresentamos-lhe nossa oração pelas grandes preocupações de Vossa Santidade em relação às necessidades da Igreja e aos sofrimentos de uma multidão de irmãos e irmãs, mergulhados nas situações de guerra, violência, perda de direitos, desemprego, miséria e fome em várias partes do mundo.
Santo Padre, que o mistério da Páscoa do Senhor, há pouco celebrado solenemente, possa sustentar sua alegre doação. Deus é jovem e o coração da Igreja é jovem! Que a luz da ressurreição o guie na preparação e realização do Sínodo sobre “os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Conte sempre com nossa oração e comunhão.
Que Nossa Senhora Aparecida seja Mãe próxima e interceda sempre por Vossa Santidade.
Pedimos-lhe que nos acompanhe com sua oração e solicitude paternal, e que conceda sua Bênção Apostólica a nós e a todo povo brasileiro.
Fonte: CNBB Nacional
“Alegrai e exultai” é o convite que o papa Francisco está fazendo a toda a Igreja para experimentar a alegria da santidade no dia a dia da vida. Desta forma também o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) cardeal Sergio da Rocha deu início à sua homilia na manhã desta quarta-feira (11) na missa de abertura da 56ª Assembleia Geral dos Bispos (AG). “Todos somos chamados a santidade nas diversas vocações e ministérios e felizes, bem-aventurados são os santos”, disse.
Durante a celebração de abertura, o cardeal Sérgio da Rocha, questionou: “Por que alegrar-se em meio a tantos desafios, por que alegra-se em meio a tantas situações de sofrimento?”. O próprio presidente enumerou as respostas: “Porque o senhor ressuscitou proclama a nossa Igreja porque a vida venceu a morte, o amor venceu o ódio, o perdão venceu a vingança, a esperança venceu o desânimo e a alegria venceu a tristeza. Por isso, nós nos alegramos porque unidos a Cristo e graças a Ele nós também podemos superar os desafios e caminhar numa vida nova.
O pastor destacou que são inúmeros os desafios para a missão da Igreja no mundo de hoje e na realidade brasileira. Conforme os Atos dos Apóstolos, as dificuldades não devem impedir o anúncio da palavra de Deus. Ao contrário exige ainda mais a proclamação firme, o testemunho fiel do Evangelho. “Ninguém pode aprisionar a palavra de Deus”, salientou
O Cardeal também falou da importância da oração de todos para o enfrentamento das dificuldades. “Para enfrentar desafios, nós necessitamos caminhar unidos. No mundo marcado por tantas divisões de conflitos, o testemunho de comunhão se torna ainda mais necessário”.
E finalizou sua reflexão, dizendo que os todos são chamados e desafiados a serem cristãos por inteiro, a viverem a santidade sendo fieis em todos os momentos, nas alegrias e nas dores. “Seja o nosso louvor Pascal manifestado com os lábios, com o coração e com a vida. Seja o nosso louvor Pascal acompanhado da busca da paz, jamais cedendo a tentação da agressividade, do ressentimento, da vingança em palavras ou atos”.
A Missa foi concelebrada pelos arcebispos de Salvador (BA) e vice-presidente da CNBB, dom Murilo Krieger, de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, e pelos bispos de Santo André (SP), dom Pedro Cipollini, de Lages (SC), dom Guilherme Werlang e o coadjudor de Montes Claros (MG), dom João Justino de Medeiros. Além do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d’Aniello.
A cobertura completa da 56ª AG pode ser conferida aqui no nosso portal e nas redes sociais da CNBB.
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Fonte: CNBB Nacional
O bispo de Uruaçu e presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom Messias dos Reis Silveira, em entrevista, explica o que é a Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil, que tem início nesta quarta-feira (11), em Aparecida (SP), e reúne mais de 400 bispos do país. Em sua 56ª edição, o evento vai aprofundar o caminho de formação dos presbíteros brasileiros. Ela enfatiza também que a Assembleia se trata do maior organismo de decisão da Igreja Católica no Brasil.
1 – O que é a Assembleia dos Bispos do Brasil? Quando e onde será? E quais os objetivos principais da Assembleia?
A 56ª Assembleia do Episcopado Nacional vai acontecer de 11 a 20 de abril, em Aparecida. Esta Assembleia reúne os bispos do Brasil e participam também os bispos eméritos e os assessores da CNBB. Trata-se de um momento em que a Igreja se reúne para tomar decisões. A Assembleia é o maior órgão de decisão da Igreja Católica no Brasil. E os objetivos desta Assembleia é ajudar na reflexão, na vivência do ser Igreja em nosso território nacional. Muitos assuntos são tratados ali tendo em vista a caminhada pastoral da Igreja no Brasil.
2 – Neste ano de 2018, qual será o tema central da Assembleia dos Bispos do Brasil?
Em cada Assembleia existe sempre um tema central e os prioritários. O tema central neste ano será sobre a formação sacerdotal, uma vez que o papa entregou a Ratio Fundamentalis e as conferências nacionais precisam fazer a atualização das suas diretrizes da formação presbiteral. Grande parte do tempo será dedicado a este tema da formação sacerdotal da qual surgirá um documento para orientar a formação da Igreja no Brasil.
3- Qual a expectativa do senhor em participar desta Assembleia?
A Assembleia é sempre um momento esperado por nós bispos. Eu também espero por este momento porque além de tratarmos dos variados assuntos que ali surgem, temos também a oportunidade de perceber a visibilidade do episcopado nacional. Muitos bispos já com experiências avançadas, experimentadas na cruz; outros iniciando, outros ainda nomeados mas não ainda ordenados e ali todos participam da Assembleia. Se trata então de um momento de convivência. Minha expectativa é grande no sentido de viver e de colher algumas coisas boas para trazer para nossas dioceses, animarmos nossa caminhada pastoral. Não se trata de um evento isolado, mas que vai repercutir na vida diocesana. Por isso, tenho boas expectativas em relação à Assembleia de 2018.
3 – Como as comunidades e paróquias podem participar deste momento eclesial?
As comunidades e paróquias podem e devem participar da Assembleia. Como? Especialmente por meio da oração. Lá recebemos notícias de mosteiros, seminários que estão rezando por nossa Assembleia e isso nos anima. Saber que estamos apoiados pelo coração do povo de Deus. Exorto as comunidades, as paróquias, as instituições, congregações, seminaristas a rezar por nós que lá estaremos por dez dias junto à imagem de Nossa Senhora Aparecida refletindo sobre a nossa Igreja no Brasil. Nos acompanhe por meio das orações e se informe sobre nosso encontro por meio dos muitos meios de comunicação que vão divulgando a Assembleia: portal da CNBB, e TVs Católicas que dão cobertura constantemente. Ao longo da Assembleia é possível ter contado sobre o que está acontecendo.
Fonte: Diocese de Uruaçu. Acesse o site: http://diocesedeuruacu.com.br/
Estamos no embalo do tempo pascal. Um sentimento de Páscoa deve ser vivido diariamente por todos que nos dirigimos à Galileia para encontrar Jesus. O tempo pascal nos recoloca nos caminhos do Senhor Ressuscitado. O Ressuscitado nos lembra o processo de libertação da vida. Ele traz no seu corpo as marcas da paixão. Para chegar à glória da ressurreição Jesus foi entregando a sua vida com confiança. Teve encontros libertadores com as pessoas. Falou de vida nova, reintegrou muita gente na sociedade, reconstruiu a vida. No final da sua missão nos presenteou com a Eucaristia e o sacerdócio.
Após a sua morte o Pai o ressuscitou. Ele foi se manifestando aos discípulos e a Igreja foi surgindo fortalecida pelo Espírito.
Na ressurreição, não apenas o túmulo abriu-se, mas o morto que estava dentro dele viveu e veio para fora. Creio que na noite da vigília pascal cada pessoa quis e até conseguiu abrir o túmulo da sua vida. Que bom que isso aconteceu. Mas, é preciso vir para fora.
O ser humano tem o costume de fabricar o seu próprio túmulo; cria as paredes que escondem o seu egoísmo, o seu orgulho, os seus vícios, a sua injustiça, os seus maus tratos e os seus ressentimentos. Há sempre uma tendência em querer ser sepultado a cada dia. É até mais cômodo estar sepultado, pois assim a visão do mundo fica encurtada. Este sepultamento é também chamado de alienação, de comodismo ou de fuga.
A Páscoa abriu o túmulo. Mas abrir o túmulo é muito pouco. Abrir sem renovar ou ressuscitar o que está dentro causa medo, nojo ou repulsa. É importante não apenas abrir e sair, mas sair ressuscitado, ou seja com novas esperanças. Ressurreição é processo contínuo na vida. Há sempre um desejo de voltar atrás. Há uma certa saudade da escravidão do pecado, dos vícios e da vida anterior. Não podemos ficar parados. Nascemos no caminho da ressurreição.
Neste tempo pascal o túmulo se torna lugar de saída. Esse termo tão usado ultimamente. Do túmulo sai Maria Madalena anunciando Cristo Ressuscitado, saem Pedro e João e principalmente saí Jesus que vem para fora. É preciso sairmos de nossos túmulos com um semblante de ressuscitado.
Para manter o processo de ressurreição é preciso orar em ritmo pascal. Orar é respirar na graça. Orar em ritmo pascal é estar sempre cuidando das feridas que emergem no processo de viver, é curar o relacionamento com Deus, com as pessoas, com a natureza e consigo mesmo. Orar em ritmo pascal é permitir ser presenteado com os sentimentos de Deus.
Orar sempre e de maneira pascal tende nos levar a viver com o coração em festa; se é bem verdade que somos caminhantes e experimentamos a dor, o pecado e a morte, também é certo que em Cristo vencemos tudo e seu amor há de durar sempre.
Até mesmo quando a dor, o cansaço, a tristeza, o pecado quiser desanimá-lo não pare de olhar, de confiar, de esperar. Continue buscando o Senhor, pois o encontro consolador virá. Santo Agostinho disse em forma orante: “Se quando tu me buscavas eu te fugia, agora que te busco como não vai acontecer o encontro?”
O tempo pascal é propício para orar na presença do Senhor ressuscitado que torna o homem novo. Não deixe de orar em ritmo pascal.
Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo de Uruaçu – GO
Presidente do Regional Centro Oeste – CNBB
Sob luz de velas e uma intensa chuva que caia em Goiânia, o governador do estado de Goiás por quatro mandatos, Marconi Perillo, se despediu do cargo, na noite de quinta-feira (5), aniversário da Primeira-dama, Valéria Perillo, em missa presidida pelo arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Auxiliadora. A missa foi concelebrada por vários bispos: Dom João Wilk (Anápolis); Dom Waldemar Passini (Luziânia); Dom Antônio Fernando Brochini (Itumbiara). Os bispos auxiliares de Goiânia, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes, também concelebraram.
Dom Washington, durante a homilia, lembrou aos presentes que a Igreja vive a Oitava da Páscoa, isto é, os oito primeiros dias após o Domingo de Páscoa, e que todos estavam ali, naquela celebração, por causa de Nosso Senhor Jesus Cristo. “É ele quem proclamamos”, declarou. “É por causa de sua vida, morte e ressurreição que nossa fé não é vã (1Cor 15,14), mas é a certeza da redenção do homem e do amor salvífico de Deus”.
Mensagem ao governador
Sobre o encerramento do mandato do governador Marconi Perillo, Dom Washington enfatizou que é um ciclo na política do estado de Goiás que se conclui, e disse que, quanto ao passado, “o nosso sentimento é de gratidão”. Em seus 31 anos residindo no estado, sendo 15 deles em São Luís de Montes Belos, onde exerceu seu ministério episcopal, e 16 em Goiânia, o arcebispo afirmou que presenciou muitas situações difíceis e dramáticas vividas pelo povo de Goiás, mas testemunhou também o avanço, a prosperidade e o crescimento do estado.
Agradecimentos
Após a missa, bastante emocionado, o governador tomou a palavra e agradeceu a Dom Washington por ter aceitado celebrar a missa que selou o encerramento do seu último mandato no governo de Goiás. “Eu comecei todos os meus governos aqui, nesta Catedral, em missas de ação de graças antes da posse, para agradecer a Deus pelas vitórias e oportunidades e pedir a ele sabedoria, que aumentasse a minha fé e me desse condições para que o bem fosse materializado. Ao ouvir as palavras de hoje, eu saio daqui mais fortalecido porque há o reconhecimento da nossa Igreja, pelo esforço que fizemos, o trabalho que realizamos, por todo o nosso amor ao povo e ao nosso estado. Eu sei que há muito a se fazer, mas fizemos bastante”. Marconi ainda se dirigiu a Dom Washington afirmando que foram inúmeras as vezes em que o arcebispo marcou audiências com ele, para tratar de assuntos pertinentes aos interesses da sociedade goiana, sobretudo os menos favorecidos. “Dom Washington não é omisso. Quantas vezes foi pedir pelos mais necessitados. Me procurou tantas vezes para servir ao próximo. Sou grato a ele por celebrar esta missa ao fim do meu quarto mandato e grato por reconhecer, em suas palavras, o meu trabalho. Continuem as orações pelo nosso país, por nosso estado, por mim e minha família. Tenho a certeza do dever cumprido. Combati o bom combate”, finalizou.
O tema da 56ª Assembleia Geral dos Bispos será “Diretrizes para a Formação de Presbíteros” refletido pelos cerca de 477 bispos católicos do Brasil que se realizará em Aparecida (SP) de 11 a 20 de abril deste ano.
De acordo com o Bispo Auxiliar de Brasília (DF) e Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, que será substituído nos trabalhos da Assembleia Geral deste ano por um secretário ad hoc, o objetivo dos bispos será o de atualizar as diretrizes em vigor, aprovadas em 2010, por ocasião da 48ª Assembleia Geral da CNBB. “Essa atualização é motivada especialmente pelo magistério do Papa Francisco e pela publicação pela Congregação para o Clero do documento, ‘O dom da vocação presbiteral’, que constitui a chamada Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis”.
O encontro vai tratar ainda de outras temáticas e de problemas emergentes da vida das pessoas e da sociedade sempre na perspectiva da evangelização.
A abertura oficial da 56ª Assembleia Geral acontecerá no dia 11 de abril, às 9h15 às 10h (aberta à imprensa), no Centro de Eventos padre Vítor Coelho de Almeida, no Santuário Nacional, onde acontece a maior parte dos trabalhos dos bispos. Os trabalhos dos bispos durante a assembleia começam com a missa diária no Santuário Nacional com laudes, sessões pela manhã e à tarde; no final de semana acontece o retiro dos bispos.
Saiba mais em: www.cnbb.org.br
É a renovação...
é o renascimento de Jesus que vem acender a esperança por dias melhores para toda a humanidade...
para entendermos melhor e com profundidade as razões do seu sacrifício...
É a fartura do amor, da compaixão, da solidariedade e do perdão para com o próximo.
Cristo ressuscitou!
“A Páscoa - a festa mais importante da fé cristã, pois é a festa da nossa salvação e do amor de Deus por nós – foi celebrada na Praça São Pedro com a Missa presidida pelo Papa Francisco.
A celebração no domingo de sol e 10°C, atraiu milhares de fiéis de todas as partes do mundo que vêm a Roma para festejar a Páscoa do Senhor e participar das celebrações da Semana Santa junto com o Santo Padre.
Doadas por floricultores holandeses - numa tradição que já dura 32 anos – 50 mil flores transformaram em um verdadeiro jardim o local da celebração.
O Evangelho do dia narra a descoberta de Maria Madalena, de Pedro e de João: o sepulcro está, vazio!
O Papa Francisco destaca dois aspectos desta passagem: o anúncio e a pressa.
O anúncio
Um anúncio que desde os primeiros tempos do cristianismo passou de boca em boca, transformando-se numa saudação: o Senhor ressuscitou!
As mulheres foram até lá ungir o corpo de Jesus e tiveram uma surpresa. “Os anúncios de Deus são sempre uma surpresa, porque o nosso Deus é o Deus das surpresas”, sublinhou Francisco.
E assim aconteceu “desde o início da história da salvação”, “sempre há uma surpresa após outra. Deus não sabe fazer um anúncio sem nos surpreender”.
E o que move o nosso coração, é justamente esta surpresa de Deus, que nos surpreende onde menos esperávamos.
A pressa
E ao depararem-se com esta surpresa, as mulheres vão apressadas contar o que viram. "As surpresas de Deus nos colocam logo em caminho, sem esperar." “Pedro e João correram", como “os pastores naquela noite de Belém”, como a samaritana:
“«Esta é uma novidade: encontrei um homem que me contou tudo o que fiz». E as pessoas sabiam as coisas que ela tinha feito. E essas pessoas correm, deixam o que estão fazendo, até mesmo a dona de casa deixa as batatas na panela - ela vai encontra-las queimadas - mas o importante é ir, correr, para ver aquela surpresa, esse anúncio”.
Ainda hoje acontece isto, disse o Papa. “Nos nossos bairros, nos povoados, quando algo extraordinário acontece, as pessoas correm para ver. Vão com pressa. André não perdeu tempo e apressou-se em ir a Pedro para lhe dizer: «Encontramos o Messias».“
As surpresas, as boas novas, devem ser dadas assim, “com pressa”, reiterou Francisco.
Paciência de Deus
E para quem não quer arriscar, e leva algum tempo - como Tomé, que quer tocar as chagas do Senhor para acreditar - “o Senhor é bom”, fica “esperando por ele com amor”, pois “o Senhor tem paciência com aqueles que não vão tão rápido”.
Neste o contexto, a pergunta do Papa Francisco a cada um de nós:
"Meu coração está aberto às surpresas de Deus, consigo ir com pressa ou sempre com aquela cantilena: «Mas amanhã verei, amanhã, amanhã ...? »”.
Assim, diante do anúncio, da surpresa, e do ir correndo, a pergunta: "E eu, hoje, nesta Páscoa de 2018. Eu, o que? Você o que?”.
Chamados a ser “testemunhas privilegiadas” da ressurreição de Cristo, os cristãos são convidados a renovar a fé no Ressuscitado. É a reflexão apresentada na mensagem de Páscoa do arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Murilo Sebastião Ramos Krieger.
Em sua reflexão, dom Murilo ressalta que a ressurreição de Cristo exige um ato de fé e que este evento fundamental da história cristã é a marca que Deus Pai colocou sobre a vida e a morte: “É o seu ‘Amém’, o seu ‘sim’. Obedecendo e assumindo a morte, Jesus disse sim ao Pai; ressuscitando-o, o Pai disse sim ao Filho, constituindo-o Senhor”.
O convite é à renovação da fé em Jesus Ressuscitado, cuja ressurreição é garantia de ressurreição para todos e de que a doação da vida à Igreja e seus desafios têm sentido.
Leia o texto na íntegra:
Mensagem de Páscoa:
Cristo Ressuscitou!
Jesus nos chamou para sermos testemunhas privilegiadas de sua ressurreição. Por isso, voltamos nosso olhar para a manhã da Páscoa e ouvimos como que dirigidas a nós as palavras que o Anjo falou às piedosas mulheres que tinham ido ao túmulo do Senhor: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou!” (Mc 16,6). Nosso anúncio da ressurreição torna-se tanto mais vivo quanto mais se aproximar dessas palavras, marcadas pela simplicidade: Ele ressuscitou!
A ressurreição de Cristo exige de nós um ato de fé. Sem esse ato, os primeiros que ouviram o anúncio da boca dos apóstolos não teriam se convertido, o mundo não teria se transformado e as comunidades não teriam se formado. Da fé na ressurreição de Cristo depende a nossa salvação. Celebrar a Páscoa é, pois, crer na ressurreição. Santo Agostinho nos lembra: “Não é grande coisa crer que Jesus morreu; também os pagãos o creem, também os condenados; todos o creem. Mas a coisa realmente grande é crer que ressuscitou. A fé dos cristãos é a ressurreição de Cristo”.
A ressurreição é a marca que o Pai colocou sobre a vida e a morte, as palavras e os feitos de Jesus. É o seu “Amém”, o seu “sim”. Obedecendo e assumindo a morte, Jesus disse sim ao Pai; ressuscitando-o, o Pai disse sim ao Filho, constituindo-o Senhor. A ressurreição de Cristo é, antes de tudo, o ato de infinita ternura com que o Pai, depois do sofrimento da Paixão, despertou seu Filho da morte mediante o Espírito Santo, e o constituiu Senhor. Ressuscitando o Seu Filho, Deus mostrou que aceitou o sacrifício de Jesus, que a sua obediência lhe fora agradável e que, portanto, nós poderemos nos salvar, desde que aceitemos seu Filho como Senhor.
Por isso, nesta Semana Santa de 2018, renovemos nossa fé em Jesus Ressuscitado. Sua ressurreição é garantia de que, um dia, nós ressuscitaremos; é garantia também de que a doação de nossa vida à Igreja, nossos trabalhos e cansaços, nosso esforço para levar o Evangelho a todos, as contrariedades que enfrentamos, as incompreensões e calúnias, tudo tem sentido. O que fazemos é acompanhado amorosamente pelo Pai. Não é esse um motivo especial para, nesta Semana, renovarmos nosso sim a Jesus que nos chamou?…
Fonte: CNBB Nacional
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