Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta segunda-feira, 30 de abril, a “Mensagem aos Trabalhadores e Trabalhadoras” por ocasião da celebração do Dia do Trabalhador neste 1º de maio. No documento, a entidade saúda os(as) trabalhadores do Brasil e, baseada na Doutrina Social e no Magistério da Igreja, lembra que o “trabalho constitui uma dimensão fundamental da existência do ser humano sobre a terra’.
A mensagem, conclama os católicos e todas as pessoas de boa vontade a vencerem a tentação da indiferença e da omissão e a colocar-se decididamente ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras, assumindo a defesa de seus direitos e de suas justas reivindicações. Leia a íntegra do documento abaixo:
MENSAGEM DA CNBB AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS
1º DE MAIO DE 2018
“O clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso” (Tg 5,4)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB, fiel à sua missão profética, iluminada pela Palavra de Deus e pela Doutrina Social da Igreja, saúda os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil que celebram o seu dia neste 1º de Maio. “Convencida de que o trabalho constitui uma dimensão fundamental da existência do ser humano sobre a terra” (Laborem Exercens, 4), a Igreja coloca-se ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras em sua luta por justiça e dignidade, sobretudo, neste momento de prolongada crise vivida pelo Brasil.
O trabalho não é mercadoria, mas um modo de expressão direta da pessoa humana (cf. Mater et Magistra, 18) que, por meio dele, “deve procurar o pão quotidiano e contribuir para o progresso contínuo das ciências e da técnica, e sobretudo para a incessante elevação cultural e moral da sociedade, na qual vive em comunidade com os próprios irmãos” (Laborem Exercens, Intr.).
Além disso, recorda-nos o Papa Francisco, o trabalho humano é participação na criação que continua todos os dias, inclusive, graças às mãos, à mente e ao coração dos trabalhadores: “Na terra, há poucas alegrias maiores do que as que sentimos ao trabalhar, assim como há poucas dores maiores do que as do trabalho, quando ele explora, esmaga, humilha e mata” (Gênova, 2017). Com tão grande dignidade, o trabalho humano não pode ser governado por uma economia voltada exclusivamente para o lucro, sacrificando a vida e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Ao Estado compete cuidar para que as relações de trabalho se deem na justiça e na equidade (cf. Mater et Magistra, 21). A solução para a crise, que abate o País, não pode provocar a perda de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Nos projetos políticos e reformas, o bem comum, especialmente dos mais pobres, e a soberania nacional devem estar acima dos interesses particulares, políticos ou econômicos.
Conforme temos insistido em nossos pronunciamentos, solidários com os movimentos sociais, especialmente com as organizações de trabalhadores e trabalhadoras que sofrem com as injustiças, com o desemprego e com as precárias condições de trabalho, reafirmamos seu papel indispensável para o avanço da democracia, apoiamos suas justas reivindicações e os incentivamos a contribuir, em clima de diálogo amplo e manifestações pacíficas, para a edificação da justiça, da fraternidade e da paz no mundo do trabalho, sendo “sal da terra e luz do mundo”, segundo a Palavra de Jesus.
Neste 1º de maio, mais uma vez, conclamamos os católicos e todas as pessoas de boa vontade a vencerem a tentação da indiferença e da omissão, colocando-se decididamente ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras, assumindo a defesa de seus direitos e de suas justas reivindicações.
O Senhor nosso Deus, que “ama a justiça e o direito” (Sl 32,5), nos conceda a graça de construirmos juntos um país verdadeiramente justo e democrático.
São José Operário, cuja memória hoje celebramos, nos acompanhe com seu exemplo e intercessão.
Brasília-DF, 30 de abril de 2018
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB
Dom Murilo S. Ramos Krieger
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
Neste domingo (29), o vice-coordenador da Pastoral Vocacional do Regional Centro-Oeste da CNBB, padre Paulo Henrique, da Diocese de Anápolis, esteve na Diocese de Rubiataba-Mozarlândia, conduzindo uma formação. O encontro, que começou com a Santa Missa, às 7h, aconteceu na Catedral Nossa Senhora da Glória, em Rubiataba. “Na oportunidade da formação teve início a primeira Equipe de Pastoral Vocacional (EVP) na diocese”, disse o padre Paulo Henrique.
Durante todo o dia ele desenvolveu diversos temas, como: diálogo sobre liberdade de Deus e liberdade humana, que fundamenta a vocação; como tornar cada paróquia uma comunidade vocacional em que a pastoral vocacional seja de fato a pastoral de todas as vocações, mas também a vocação de toda pastoral.
Em sua explanação, o formador também destacou aos participantes que é fundamental haver a integração com outras pastorais paroquiais. “Tudo deve estar em sintonia com a clareza de que esse trabalho deve ser feito sob a perspectiva vocacional, isto é, Deus ama e por isso tem um plano de amor para cada pessoa que vem ao nosso encontro e, a partir disso, revela a nossa vocação”, afirmou.
Em seguida, o padre também fez sugestões de atividades e propostas que podem ser desenvolvidas por uma EVP. Por fim, ele falou sobre a espiritualidade do animador vocacional, os fundamentos bíblicos, o que ele deve fazer, como deve ser o trabalho, o desafio da formação, da educação de fé e das dinâmicas vocacionais. “A proposta é que a coordenação regional da Pastoral Vocacional ajude as dioceses na implementação de novas EVPs e a articulação do trabalho em todas as dioceses. No segundo semestre do ano passado visitamos a Diocese de Goiás, agora Rubiataba, e em setembro será a vez da Diocese de Itumbiara”, concluiu.
Participaram ainda da formação, mons. Vanildo, pároco da Catedral de Rubiataba, e padre Divino Eterno, vigário; e irmã Edeltrudes.
A Arquidiocese de Goiânia realiza, no dia 2 de maio próximo, às 10h30, ato solene de abertura das atividades da Associação Dom Antônio Ribeiro e do Mestrado em Direito Canônico que será ministrado em Goiânia, graças ao convênio celebrado com o Pontifício Instituto de Direito Canônico do Rio de Janeiro / Pontifícia Universidade Gregoriana.
O cardeal Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, procederá à solene abertura do primeiro período letivo do mestrado. Em seguida, às 11h30, será celebrada Missa em Ação de Graças. O local é o Centro de Pastoral Dom Fernando - Av. Anápolis, 2020 - Jardim das Aroeiras, Goiânia - GO.
Com duração de três anos, o curso terá as aulas ministradas em módulos semanais. Após sua conclusão, o diploma de Mestre em Direito Canônico será emitido pelo Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro / Pontifícia Universidade Gregoriana. Mais informações com o padre Cristiano Faria dos Santos (coordenador do mestrado), Ir. Delma Mesquita, RC (secretária), por meio dos seguintes telefones: (62) 3567-9060 (período da manhã) ou (62) 3208-1063 (período da tarde), bem como pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Fonte: Arquidiocese de Goiânia. Foto: Canção Nova
Em clima de verdadeira alegria e entusiasmo próprios dos jovens e adolescentes missionários é que a Juventude Missionária (JM), da capela São Luiz Gonzaga, da Paróquia S. João Batista, do Gama (DF) acolheu cerca de 200 jovens, nos dias 20 a 23 de abril, no 12º Encontro Regional de Jovens e Adolescentes Missionários (ERJAM), vindos de nove dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal): Arquidiocese de Brasília, Arquidiocese de Goiânia, Diocese de Anápolis, Diocese de Formosa, Diocese de Ipameri, Diocese de Jataí, Diocese de Luziânia, Diocese de São Luís de Montes Belos e Diocese de Uruaçu.
Os participantes foram acolhidos, no dia 20, no auditório da paróquia. Ali receberam os kits do encontro e, com a ajuda do assessor nacional da Pontifícia Obra da propagação da Fé, padre Badacer Neto, refletiram sobre o protagonismo missionário frente às diversas formas de violência. À noite, jovens, adolescentes e assessores participaram da Caminhada dos Mártires que seguiu até a capela São Luiz Gonzaga, para participarem da missa de abertura do 12º ERJAM.
No sábado, logo após a Santa Missa, houve um testemunho sobre uma situação de violência vivida e sofrida na dimensão familiar. E divididos em dois grupos, adolescentes e jovens visitaram duas entidades: Casa André, onde são atendidos jovens toxicodependentes, e a Casa Menino Jesus, lugar de passagem que atende crianças vindas de diversos lugares do Brasil para fazer tratamento em Brasília.
Foram feitas ainda visitas missionárias às famílias da paróquia. Foi uma experiência partilhada pelos grupos ao retornarem da atividade. Na Noite Cultural, atividade tradicional promovida nos encontros das Pontifícias Obras Missionárias (POM), cada diocese apresentou um ato referente ao tema trabalhado no ERJAM: “Adolescentes e jovens missionários superam a violência buscando a justiça”. Foi uma noite de confraternização e muita alegria.
Na Paróquia São Sebastião, já no domingo, os participantes do ERJAM tiveram um momento para pedir paz e em seguida foi feita a avaliação do encontro. A missa de envio foi presidida pelo bispo auxiliar de Brasília, Dom Marcony Vinícius, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, que foi concelebrada pelo padre Badacer e pelo diretor nacional das POM, padre Maurício Jardim. Em sua homilia, Dom Marcony dirigiu palavras aos adolescentes e jovens, destacando a importância do encontro pessoal com Jesus. Esta atitude, segundo ele, nos anima e fortalece para anunciar o Cristo ressuscitado.
O 12º ERJAM foi concluído na comunidade São Luiz Gonzaga. Ali anunciada a Diocese de Jataí (GO), como sede do 13º Encontro Regional de Jovens e Adolescentes Missionários, em 2020. Em sinal de gratidão e comunhão com todos os jovens e adolescentes do Regional Centro-Oeste, padre Maurício deu a bênção a todos os participantes que se comprometeram de se encontrar daqui a dois anos, no sul do estado de Goiás.
"Sem amor, a Igreja não vai para frente, a Igreja não respira. Sem o amor, não cresce, se transforma numa instituição vazia, de aparências, de gestos sem fecundidade", disse Francisco na missa matutina.
Alessandro Di Bussolo – Cidade do Vaticano
Jesus nos ensina o amor com a Eucaristia; nos ensina o serviço com o lava-pés; e nos diz que um servo jamais está acima do seu senhor. Estes três elementos são o fundamento da Igreja. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de quinta-feira (26/04) na capela da Casa Santa Marta. O Pontífice comentou o Evangelho do dia, no qual João refere as palavras de Jesus depois do lava-pés.
Na Última Ceia, explicou o Papa, Jesus se despede dos discípulos com um discurso longo e belo e “faz dois gestos que são instituições”. Dois gestos para os discípulos e para a Igreja que virá, “que são o fundamento, por assim dizer, da sua doutrina”. Jesus “dá de comer o seu corpo e de beber o seu sangue”, isto é, institui a Eucaristia, e faz o lava-pés. “Desses gestos nascem os dois mandamentos – explicou Francisco – que farão crescer a Igreja se formos fiéis”.
Amor sem limites
O primeiro é o mandamento do amor: não somente “amar o próximo como a si mesmo”, mas um passo a mais: “amar o próximo como eu os amei”.
“ O amor sem limites. Sem isto, a Igreja não vai para frente, a Igreja não respira. Sem o amor, não cresce, se transforma numa instituição vazia, de aparências, de gestos sem fecundidade. Ir ao seu corpo: Jesus diz como devemos amar, até o fim. ”
Depois, o segundo novo mandamento, que nasce do lava-pés: “servir uns aos outros”, lavar os pés uns aos outros, como eu os lavei. Dois novos mandamentos e uma única advertência: “vocês podem servir, mas enviados por mim. Não estão acima de mim.
Humildade simples e verdadeira
De fato, Jesus esclarece: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou”. Assim é a humildade simples e verdadeira, não a humildade fingida.
A consciência de que Ele é maior do que todos nós, e nós somos servos, e não podemos ultrapassar Jesus, não podemos usar Jesus. Ele é o Senhor, não nós. Este é o testamento do Senhor. Ele se dá de comer e beber e nos diz: amem-se assim. Lava os pés e nos diz: sirvam assim, mas estejam atentos, um servo jamais é maior que aquele que o enviou, do senhor. São palavras e gestos contundentes: é o fundamento da Igreja. Se formos avante com essas três coisas, nunca vamos errar.
Os mártires e os muitos santos, prosseguiu o Papa, foram avante assim: “com esta consciência de ser servos”.
Subordinação
E depois Jesus insere outra advertência: “Eu conheço aqueles que escolhi” e diz: “Mas sei que um de vocês me trairá”. Por isso, Francisco conclui convidando todos, num momento de silêncio, a deixar-se olhar pelo Senhor:
“ É deixar que o olhar de Jesus entre em mim. Sentiremos tantas coisas: sentiremos amor, sentiremos talvez nada... ficaremos bloqueados ali, sentiremos vergonha. Mas deixar sempre que o olhar de Jesus venha. O mesmo olhar com o qual olhava, naquela noite, os seus na ceia. Senhor conhece, sabe tudo. ”
Amor até o fim, finalizou o Papa, serviço, e “vamos usar uma palavra um pouco militar, mas que é útil: subordinação, isto é, Ele é o maior, eu sou servo, ninguém pode passar na sua frente”.
Fonte: Vatican News
Nos próximos dias 23 a 25 de maio, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Regional Goiânia, realiza no Instituto São Francisco de Assis, no Setor Coimbra, o Seminário 50 anos de Medellin. O evento tem o objetivo de celebrar os 50 anos da segunda Conferência Episcopal Latino-Americana, realizada em Medellin, na Colômbia. Tem ainda a intenção de fazer memória da relevância deste acontecimento na história da Igreja que contribuiu de forma decisiva para a consolidação da identidade da Igreja Latino-Americana.
O seminário terá diversas assessorias do padre Oscar Beozzo, durante os três dias, entre elas, uma que vai abordar o tema, “O significado e a importância de Medellin para a Igreja e a sociedade latino-americana”. No dia 24, às 7h, o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Silva Arantes presidirá a Santa Missa. No mesmo dia, no período da noite, será pré-lançado o filme sobre Dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás, falecido em 2014. O fotógrafo Douglas Mansul, por sua vez, irá fazer também no dia 24, uma exposição fotográfica sobre Dom Pedro Casaldáliga, intitulada 90 anos de profecia.
Informações ou inscrições pelo telefone (62) 3224-6075 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Na sexta-feira (20), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concluiu sua 56ª Assembleia Geral, que aconteceu em Aparecida (SP). Neste ano, o encontro teve como tema central, “Diretrizes para a formação dos presbíteros” e outros temas prioritários, como o texto sobre novas comunidades, Estatutos da CNBB, Pensando o Brasil: Estado laico, Ano do Laicato, Sínodo da Pan-Amazônia e indicações para as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) que serão renovadas em 2019.
Nesta Assembleia ficou evidente a unidade dos bispos e esse foi um destaque que o presidente da Conferência, Cardeal Dom Sergio da Rocha, enfatizou no início e no fim do encontro. “Necessitamos caminhar unidos para enfrentar os desafios. No mundo marcado por tantas divisões de conflitos, o testemunho de comunhão se torna ainda mais necessário”, disse ele na missa de abertura da Assembleia. Na missa conclusiva, Dom Sergio declarou que os bispos saem dessa “Assembleia e desta Eucaristia revigorados na fé, fortalecidos na unidade e dispostos a caminhar com redobrado empenho ao encontro dos pobres que esperam pela boa nova de Jesus Cristo, dos aflitos que necessitam ser consolados, dos cegos que anseiam pela recuperação da vista e das vítimas de violência que buscam a justiça e a paz”.
O bispo de Uruaçu e presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom Messias dos Reis Silveira, em entrevista, deu destaque também à unidade dos bispos nesta Assembleia. “Ao contrário do que muitos imaginavam que seria esta Assembleia, tudo ocorreu com tranquilidade e espírito de unidade. A CNBB tem sofrido muitos ataques nos últimos tempos, mas as perseguições à Igreja sempre existiram e ela continua animada a prosseguir”, afirmou. Ele também comentou que muitos comentários vindos de fora da Igreja, são feitas por pessoas que não conhecem a essência da fraternidade e o significado da caminhada pastoral. “Os bispos – sucessores dos apóstolos – se organizam em conferências em todos os países a pedido do Concílio Vaticano II e, a nossa fraternidade sacramental, poucos entendem, por isso fazem críticas”.
Ainda sobre a dimensão da unidade dos bispos, Dom Messias disse que é importante que as pessoas vivam o Evangelho, para poderem entender o sentido comunitário da Igreja. “É importante viver o amor de Cristo. Muitos se colocam como juízes, que atiram pedras, às vezes falta aquela experiência bonita, profunda, de Cristo em suas vidas. Isso nos ajuda e motiva a evangelizar, a continuar a falar a partir de Cristo sobre fé, esperança e amor. Saímos daqui felizes e cheios de esperança”, concluiu.
Conclusões da 56ª AG
Um dos documentos mais esperados da 56ª Assembleia Geral da CNBB foi a mensagem sobre as eleições deste ano de 2018, divulgada na tarde do dia 19, pela presidência da Conferência. Nela, os bispos reconhecem que “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador”. A apresentação da mensagem foi feita por Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil. Ele atendeu a imprensa, numa entrevista coletiva. Na companhia dele estava o Cardeal Dom Sergio da Rocha e o arcebispo de Porto Alegre (RS), Dom Jaime Spengler.
Intitulada “Eleições 2018: compromisso e esperança“, a mensagem da 56ª assembleia geral da CNBB ao povo brasileiro tem 11 breves parágrafos.
No último dia da 56ª Assembleia Geral, a CNBB divulgou que as “Diretrizes para a formação dos presbíteros” foi aprovada e deverá ser agora enviada agora para aprovação final da Santa Sé. Após esse processo o documento da coleção azul será divulgado e publicado para orientar a formação dos novos padres no Brasil. Ainda no último dia, Dom Murilo Krieger leu as mensagens da Conferência ao povo de Deus. O documento registra a comunhão do episcopado brasileiro com o papa Francisco e destaca a necessidade de promover o diálogo respeitoso para estimular a comunhão na fé em tempo de politização e polarizações nas redes sociais. A mensagem retoma a natureza e a missão da entidade na sociedade brasileira.
Assessoria de Comunicação do Regional Centro-Oeste com CNBB Nacional. Fotos: CNBB Nacional
A presidência da CNBB falou aos jornalistas reunidos na Coletiva de Imprensa da 56ª Assembleia Geral da entidade, na tarde do dia 19 de abril. Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Comissão do Tema Central da Assembleia falou sobre os próximos passos do documento sobre a formação de presbíteros aprovado na assembleia. O documento segundo para a aprovação final do Vaticano e, após esse passo, será publicado como um documento da CNBB que vai orientar a formação dos novos padres no Brasil.
Dom Murilo Krieger, vice-presidente, leu as mensagens da conferência ao povo de Deus. O documento registra a comunhão do episcopado brasileiro com o papa Francisco e destaca a necessidade de promover o diálogo respeitoso para estimular a comunhão na fé em tempo de politização e polarizações nas redes sociais. A mensagem retoma a natureza e a missão da entidade na sociedade brasileira. Confira, na sequência, a íntegra do documento que será enviado à todas as 277 circunscrições eclesiásticas do Brasil, incluindo arquidioceses, dioceses, prelazias, entre outras.
Leia a Mensagem:
MENSAGEM DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL AO POVO DE DEUS
O que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo (1Jo 1,3)
Em comunhão com o Papa Francisco, nós, Bispos membros da CNBB, reunidos na 56ª Assembleia Geral, em Aparecida – SP, agradecemos a Deus pelos 65 anos da CNBB, dom de Deus para a Igreja e para a sociedade brasileira. Convidamos os membros de nossas comunidades e todas as pessoas de boa vontade a se associarem à reflexão que fazemos sobre nossa missão e assumirem conosco o compromisso de percorrer este caminho de comunhão e serviço.
Vivemos um tempo de politização e polarizações que geram polêmicas pelas redes sociais e atingem a CNBB. Queremos promover o diálogo respeitoso, que estimule e faça crescer a nossa comunhão na fé, pois, só permanecendo unidos em Cristo podemos experimentar a alegria de ser discípulos missionários.
A Igreja fundada por Cristo é mistério de comunhão: “povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (São Cipriano). Como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (cf. Ef 5,25), assim devemos amá-la e por ela nos doar. Por isso, não é possível compreender a Igreja simplesmente a partir de categorias sociológicas, políticas e ideológicas, pois ela é, na história, o povo de Deus, o corpo de Cristo, e o templo do Espírito Santo.
Nós, Bispos da Igreja Católica, sucessores dos Apóstolos, estamos unidos entre nós por uma fraternidade sacramental e em comunhão com o sucessor de Pedro; isso nos constitui um colégio a serviço da Igreja (cf. Christus Dominus, 3). O nosso afeto colegial se concretiza também nas Conferências Episcopais, expressão da catolicidade e unidade da Igreja. O Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium, 23, atribui o surgimento das Conferências à Divina Providência e, no decreto Christus Dominus, 37, determina que sejam estabelecidas em todos os países em que está presente a Igreja.
Em sua missão evangelizadora, a CNBB vem servindo à sociedade brasileira, pautando sua atuação pelo Evangelho e pelo Magistério, particularmente pela Doutrina Social da Igreja. “A fé age pela caridade” (Gl 5,6); por isso, a Igreja, a partir de Jesus Cristo, que revela o mistério do homem, promove o humanismo integral e solidário em defesa da vida, desde a concepção até o fim natural. Igualmente, a opção preferencial pelos pobres é uma marca distintiva da história desta Conferência. O Papa Bento XVI afirmou que “a opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza”. É a partir de Jesus Cristo que a Igreja se dedica aos pobres e marginalizados, pois neles ela toca a própria carne sofredora de Cristo, como exorta o Papa Francisco.
A CNBB não se identifica com nenhuma ideologia ou partido político. As ideologias levam a dois erros nocivos: por um lado, transformar o cristianismo numa espécie de ONG, sem levar em conta a graça e a união interior com Cristo; por outro, viver entregue ao intimismo, suspeitando do compromisso social dos outros e considerando-o superficial e mundano (cf. Gaudete et Exsultate, n. 100-101).
Ao assumir posicionamentos pastorais em questões sociais, econômicas e políticas, a CNBB o faz por exigência do Evangelho. A Igreja reivindica sempre a liberdade, a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem (cf. Gaudium et Spes, 76). Isso nos compromete profeticamente. Não podemos nos calar quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada. Se, por este motivo, formos perseguidos, nos configuraremos a Jesus Cristo, vivendo a bem-aventurança da perseguição (Mt 5,11).
A Conferência Episcopal, como instituição colegiada, não pode ser responsabilizada por palavras ou ações isoladas que não estejam em sintonia com a fé da Igreja, sua liturgia e doutrina social, mesmo quando realizadas por eclesiásticos.
Neste Ano Nacional do Laicato, conclamamos todos os fiéis a viverem a integralidade da fé, na comunhão eclesial, construindo uma sociedade impregnada dos valores do Reino de Deus. Para isso, a liberdade de expressão e o diálogo responsável são indispensáveis. Devem, porém, ser pautados pela verdade, fortaleza, prudência, reverência e amor “para com aqueles que, em razão do seu cargo, representam a pessoa de Cristo” (LG 37). “Para discernir a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor” (Papa Francisco, Mensagem para o 52º dia Mundial das Comunicações de 2018).
Deste Santuário de Nossa Senhora Aparecida, invocamos, por sua materna intercessão, abundantes bênçãos divinas sobre todos.
Aparecida-SP, 19 de abril de 2018.
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília – DF
Presidente da CNBB
Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ
Arcebispo São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB
MAIS SOBRE A 56ª AG NO SITE DA CNBB. CLIQUE AQUI
Nesse fim de semana, dias 14 a 15 de abril, aconteceu em São Luís de Montes Belos, no Centro de Treinamento de Líderes (CTL), o encontro de espiritualidade para os membros da Pastoral da Sobriedade, em vista de fortalecer espiritualmente e, ao mesmo tempo, promover uma interação entre os agentes.
O momento de espiritualidade foi conduzido pelo padre Wallison Rodrigues, reitor do seminário menor Mãe da Santa Esperança, e assessorado pela equipe diocesana da Pastoral da Sobriedade (Ir. Ana, Sr. Daniel, e Sra. Thais). Nas pregações foi tratado sobre a importância que cada agente deve ter para com o outro, procurando estar atento, disponível e fazer-se cada vez mais próximo para acolhê-lo, a fim de que estes possam melhor conhecer e acompanhar os dependentes de suas comunidades.
Na avaliação da equipe diocesana e dos participantes, o encontro foi bastante positivo, conseguindo atingir as expectativas e objetivos traçados pela equipe, em proporcionar e conduzir os membros da pastoral a uma experiência maior e próxima com Deus.
O encontro contou com a participação de aproximadamente 55 pessoas, vindas das diversas paróquias da diocese. Iniciando-se no sábado após o almoço e encerrando-se no domingo com a celebração da Santa Missa. Está previsto que no segundo semestre aconteça outro encontro de espiritualidade, para dar continuidade ao que foi tratado nesse primeiro encontro.
Fonte: Assessoria de Comunicação/Diocese de São Luís de Montes Belos
Evento vai acontecer em diversas dioceses presentes no Regional Centro-Oeste da CNBB, isto é, no estado de Goiás e no Distrito Federal
Durante todo o dia 8 de abril, Domingo da Divina Misericórdia, 47 membros da Pastoral da Comunicação (Pascom), de oito municípios da Diocese de Luziânia, se reuniram no Centro Pastoral Caná, na cidade de Luziânia, para participar das diversas atividades realizadas naquela Igreja, entre elas palestras, oficinas e troca de experiências. Esse foi o primeiro de uma série de Mutirões de Comunicação Diocesanos, que acontecerão no Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), até o mês de outubro. O próximo, agendado para o dia 5 de maio, acontecerá na Arquidiocese de Brasília.
No Muticom Luziânia, o tema norteador do evento foi “Uso das redes sociais: um desafio para a Igreja”. Sobre isso, a secretária da Pascom no Regional Centro-Oeste e assessora de comunicação da Arquidiocese de Goiânia, Talita Salgado, abriu o evento realçando por que é importante estar presente nas redes sociais digitais. “É um espaço real, de experiência, parte integrante da vida cotidiana, um novo contexto existencial”. Mas, para isso, ela disse que é preciso conhecimento antes de abrir contas nas redes sociais de paróquia ou diocese, uma vez que a voz propagada ali é de toda a Igreja Católica. A espiritualidade, segundo a assessora, é outro fator agregador para o comunicador cristão. “Por se tratar de um trabalho em que tocamos os corações das pessoas, precisamos estar abastecidos da fonte que é o Cristo, estar próximos, promover o diálogo e o encontro pessoal. Ela indicou como fundamental a leitura da Mensagem de 2013, do papa Bento XVI, para as Comunicações. “Esta mensagem é voltada exclusivamente para a evangelização por meio das redes sociais”, sugeriu.
Mensagem do bispo Na abertura do evento, o bispo diocesano de Luziânia, Dom Waldemar Passini Dalbello, demonstrou entusiasmo com a realização do primeiro Muticom do Regional em Luziânia. Logo após a missa de abertura, na Catedral Nossa Senhora da Evangelização, ele deu boas-vindas aos participantes e explicou que a Pastoral da Comunicação, assim como as demais pastorais, é uma atividade que deriva de Pastor. “No caso da diocese, o bispo representa a figura do pastor, que é aquele que guia, que conduz e orienta. Claro que o bispo não consegue pastorear em todas as porções do povo de Deus, por isso se faz necessária e indispensável a atuação dos colaboradores por meio das pastorais. A Pascom, por exemplo, desenvolve a tarefa de comunhão, de informar para dentro, mas também para toda a sociedade, de abrir portas, reunir, integrar fiéis”.
Aos participantes do Muticom Luziânia, já em preparação à XI edição do Mutirão Nacional, que acontecerá em Goiânia, no mês de julho de 2019, foi explicado que os eventos diocesanos serão realizados até outubro deste ano. É uma motivação para se refletir sobre a comunicação que gera vida, que está a serviço do bem comum, que se dispõe a partilhar a verdade que tem como fonte o Evangelho. A primeira edição preparatória em Luziânia ainda contou com várias oficinas: uso do celular como ferramenta de comunicação; criação de arte; texto para redes sociais; e fotografia.
À luz do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, Documento 99 da CNBB, o coordenador regional da Pascom, irmão Diego Joaquim, explicou que “ser Pascom é atuar como eixo transversal de todas as pastorais da Igreja”. Em sua fala, ele fez um apanhado de vários documentos da Igreja sobre comunicação. A Pascom, disse ele, não é apenas uma atuação que tem por fim a produção de material comunicativo. “O agente da Pascom deve ser referência em comunicação para as outras pastorais, desenvolver comunicação nas paróquias a partir de quatro alicerces: “Formação; articulação; produção; e espiritualidade” (Diretório de Comunicação, no n. 249). “A comunicação que fazemos não é profissional, mas, sim, pastoral. Por isso, precisamos articular para servir a comunidade, submeter os projetos às outras pastorais”, completou. E onde atua a Pastoral da Comunicação? “Se existe comunidade, existe Pascom. Mesmo que a comunidade tenha apenas o mural de avisos, é preciso considerar todas as práticas comunicativas na comunidade”, justificou.
Após o encontro, Fábio Lopes, da Pascom de Cristalina (GO), município que integra da Diocese de Luziânia, disse que o Muticom o ajudará nos trabalhos pastorais em sua comunidade. “Eu participei da oficina de criação de arte e foi um aprendizado muito importante. Estamos implantando agora a Pascom em nossa paróquia e foi fundamental perceber que o campo de atuação dessa pastoral ultrapassa o tirar fotografias, produzir e publicar conteúdo. Muito mais do que está qualificado sobre ferramentas de comunicação, os agentes precisam ter compromisso com o Evangelho. É um instrumento de aproximação das pessoas”. O símbolo do Muticom, ao fim do encontro, foi entregue ao padre João, da Pascom da Arquidiocese de Brasília, Igreja particular que vai sediar o próximo Mutirão, no dia 5 de maio.
Muticom
Promovido desde 1998 pela Igreja no Brasil, o Muticom acontece a cada dois anos. Reflexão, diálogo, aprofundamento, troca de conhecimentos e análise crítica, a partir de estudos e práticas de comunicação no âmbito da Igreja e da sociedade, são algumas das propostas do Mutirão. É ainda denominado assim porque é uma construção coletiva em busca de um novo saber pela comunicação fundamental.
Agenda
Os Muticom que serão realizados até o mês de outubro, em várias dioceses do Regional Centro-Oeste, têm como público apenas os agentes da Pascom daquela Igreja particular que sediará o Mutirão. Portanto, deve-se esperar a sua realização na diocese em que se atua para participar.
MUTICOM 2018 (eventos diocesanos)
Arquidiocese de Brasília - 5 de maio (Feira Pascom)
Diocese de Anápolis - 12 de maio
Diocese de Goiás - 18 e 19 de agosto
Arquidiocese de Goiânia - 1º de setembro
Diocese de Uruaçu - 2 de setembro
Diocese de São Luís de Montes Belos - 15 de setembro
Diocese de Jataí - 16 de setembro
Diocese de Rubiataba-Mozarlândia - 19 a 21 de outubro
Jornada da Comunicação Regional (Rubiataba) - 19 a 21 de outubro
VEJA TODAS AS FOTOS, CLIQUE AQUI
Fotos: Rudger Remígio/Arquidiocese de Goiânia
© 2025 CNBB Centro-Oeste - Todos os direitos reservados
Rua 93, nº 139, Setor Sul, CEP 74.083-120 - Goiânia - GO - 62 3223-1854