Terça, 03 Setembro 2019 16:57

Ler a Bíblia é ouvir a Palavra de Deus

“A Palavra divina introduz cada um de nós no diálogo com o Senhor: o Deus que fala, ensina-nos como podemos falar com Ele” (Vebum Domini, Papa Bento XVI, nº 24)

Assim como os tempos litúrgicos (Advento, Natal, Páscoa) recordam e tornam presentes os mistérios da nossa fé, há também meses específicos para celebrar, no Tempo Comum, aspectos importantes da vida cristã como é o caso do mês da Bíblia em setembro; Vocações, em agosto; e Missões, em outubro. Setembro é o mês dedicado à Palavra de Deus, de modo especial, porque no dia 30 celebra-se a festa de São Jerônimo, Padroeiro dos Biblistas ou Exegetas, aqueles que procuram extrair do texto o que o autor quis dizer dentro do contexto em que vivia.

Coube a São Jerônimo traduzir os livros hebraicos e gregos para o latim, uma vez que este se tornou a língua oficial de Roma por volta do ano 300 d.C. A Igreja dedica um mês à Palavra de Deus, para conscientizar os cristãos sobre o seu valor e a vivência de fé. “O mês da Bíblia não é para fazer procissões solenes de entronização e deixar a Palavra no altar, enfeitada com velas e cores, e o povo ficar longe, observando, mas para nos aproximar, porque a Bíblia é elemento fundamental da nossa espiritualidade.

Esse mês especial também quer motivar para a prática diária da leitura do livro sagrado. As vocações devem ser animadas todos os dias, da mesma forma que o Evangelho também deve ser anunciado o ano inteiro.
Setembro é também um tempo propício para entender como deve ser usada a Palavra de Deus, por isso, as paróquias e comunidades devem se esforçar em aproximar, ao máximo, as pessoas do contato e da forma correta de manuseá-la.

A Bíblia não é um livro mágico em que serão encontradas fórmulas prontas. A leitura deve ser feita procurando entender o que Deus quer nos dizer hoje. E como fazer isso? Em um primeiro momento é importante começar pelo Novo Testamento porque os textos são de mais fácil assimilação que o Antigo, iniciando e retomando a leitura de onde parou. É fundamental também reconhecer o que a Igreja ensina, procurar compreender o que o autor vivia e quis dizer naquela determinada época, e colocar em prática os ensinamentos hoje.

Mês da Bíblia 2019
A proposta de estudo para este ano é a Primeira Carta de João com destaque para o lema “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4, 19).

Em um tempo que parece muito difícil dialogar, trocar experiências, entender o próximo, e até mesmo chamá-lo de meu irmão, a proposta do estudo da Primeira Carta de João é pertinente e por que não dizer indispensável para os dias atuais no Brasil. O presidente da citada Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, Dom José Antonio Peruzzo, deixou uma mensagem muito especial a respeito na apresentação do texto-base para o Mês da Bíblia 2019, “que o estudo da Primeira Carta de João mova-nos e comova-nos a diálogos fraternos e a convivências pacificadoras, amando-nos ‘uns aos outros’”.

O texto-base para o Mês da Bíblia, que pode ser adquirido nas livrarias católicas ou mesmo pelo site das Edições CNBB (www.edicoescnbb.com.br) destaca que há duas afirmações fundamentais sobre Deus na Primeira Carta de João. A primeira e: “Deus é luz” (1Jo 1,5), a segunda é: “Deus é amor” (1Jo 4,8.16). A primeira aparece no início da Carta, a segunda aparece no final, mas já foi sendo preparada desde o início do texto.



Bispo referencial

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