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“A equipe vocacional paroquial: identidade e missão” foi o tema do Encontro da Pastoral Vocacional do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), que aconteceu nos dias 23 a 25 de setembro, no auditório João Paulo II, da Cúria Diocesana de Anápolis.

O encontro foi aberto pelo reitor do Seminário Menor Cristo Redentor, padre Danilo Malta, da Diocese de Anápolis, com o tema “A identidade vocacional da paróquia e a equipe vocacional paroquial”, que tratou do desenvolvimento da Pastoral Vocacional nas paróquias. O presidente nacional da Pastoral Vocacional, padre Elias Aparecido da Silva, da Diocese de Uruaçu, refletiu o tema “Construir a cultura vocacional: nossa maior missão”. Além de outras palestras, foram elaborados vários momentos de partilha entres os agentes de pastoral, que favoreceu o aprofundamento dos temas e serviu como motivação para o trabalho vocacional nas diversas paróquias.

Para os participantes, o encontro foi uma oportunidade formativa, que possibilitou o crescimento, a partilha e a troca de experiências. O evento serviu ainda para sinalizar a importância da Pastoral Vocacional nas paróquias. A Diocese de Anápolis se une em oração à Pastoral Vocacional do regional, na esperança de colher muitos frutos vocacionais.

O evento que aconteceu no Auditório João Paulo II, na Cúria diocesana, contou com a presença do bispo auxiliar de Brasília e referencial para pastoral vocacional do Regional, Dom José Aparecido; do presidente Nacional da Pastoral Vocacional, padre Elias Aparecido da Silva, e de vários sacerdotes, religiosos e religiosas, seminaristas e comunidades de vida.

 

Assessoria de Comunicação da Pastoral Vocacional

Os 65 anos de vida do bispo diocesano de Anápolis (GO) e vice-presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), Dom João Wilk, foram celebrados no Seminário Maior Imaculado Coração de Maria, no dia 19 de setembro. Participaram padres, religiosos, seminaristas, funcionários da Cúria e diversos convidados. Os parabéns foram cantados na futura Capela do Seminário, ainda em construção.

A Missa foi rezada em memória da Impressão das Chagas de São Francisco de Assis, festa celebrada no dia (17), por toda a família franciscana. Padre Eli Ferreira Gomes, pároco da Catedral do Senhor Bom Jesus, foi quem fez a homilia, na qual comentou a impressão das chagas em São Francisco no Monte Alverne, e também ressaltou a importância de Dom João na diocese.

Ao término da missa, todos participaram de um almoço festivo, servido pelo Seminário. O Regional Centro-Oeste e a Diocese de Anápolis rezam e agradecem a Deus pela a vida de Dom João, doada ao serviço desta porção do Povo de Deus em Goiás. Ele nasceu no dia 18 de setembro de 1951, na Polônia. É Frade Menor Capuchinho Conventual. Entre suas atividades episcopais, já foi bispo de Formosa (1998-2004); responsável pela Pastoral da Comunicação no regional; membro do Conselho Fiscal da CNBB e da Comissão da Campanha para a Evangelização. Seu lema episcopal é “Para que o Amor seja amado”.

Reunida em assembleia no dia 17, a Diocese de Itumbiara atualizou as suas urgências pastorais a partir das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). Participaram o bispo diocesano, Dom Antônio Fernando Brochini, o Clero, religiosos, seminaristas e leigos representando todas as comunidades, pastorais e movimentos. “Renovamos a convicção que ‘somos Igreja em caminhada’, dando um decisivo passo no processo de elaboração do 6º Plano de Pastoral de nossa Diocese, considerando as cinco urgências da ação evangelizadora”, sublinhou o bispo. A última Assembleia Diocesana de Pastoral havia acontecido em 2003.

O objetivo geral aprovado pela diocese foi evangelizar a partir de Jesus Cristo na força do Espírito Santo como discípulos e missionários, alimentados pela palavra de Deus e pela Eucaristia. Os trabalhos foram conduzidos pelo padre Irandes, coordenador de Pastoral; padre Luís Fernando, da Liturgia; padre Eder, do Clero de Jaboticabal (SP), que foi o a assessor da Assembleia, e o bispo Dom Fernando Brochini.

O Plano Diocesano será entregue ainda este ano, provavelmente na Missa em Ação de Graças pelos 50 anos da Diocese de Itumbiara que acontecerá no dia 11 de dezembro.


Abaixo, as urgências pastorais da diocese


1- Igreja em estado permanente de Missão

1ª Urgência: O despertar e aprofundar a consciência missionária de cada batizado.
2ª Urgência: Criar o setor missionário da diocese.
3ª Melhorar a comunicação entre as paroquias e a diocese, a partir da Pastoral da Comunicação (Pascom).

2- Igreja: casa de iniciação à vida cristã


1ª Urgência: Criar um diretório Catequético Diocesano
2ª Urgência: Preparar as catequistas da diocese para assumir a catequese em estilo catecumenal
3ª Urgência: Conscientizar os cristãos para a necessidade da formação na fé.

3- Igreja: Lugar de animação bíblica da vida e da pastoral

1ª Urgência: Recriar a escola da fé nas regiões pastorais da diocese.
2ª Urgência: Investir na formação espiritual, catequética e bíblica dos leigos
3ª Urgência: Incentivar a Lectio Divina

4 – Igreja: Comunidade de Comunidade

1ª Urgência: Incentivar nas comunidades, movimentos e pastorais o sentido de pertença e de comunhão à paróquia e a diocese.
2ª Urgência: Destacar o trabalho e o cuidado com as vocações ao ministério ordenado e à vida consagrada e para os ministérios leigos.
3ª Urgência: Criar pequenas comunidades nos setores.

5 – Igreja: Igreja a serviço da vida plena para todos.

1ª Urgência: Ter cuidado com nossa casa comum, favorecendo a sustentabilidade do nosso meio ambiente.
2ª Urgência: Passar de uma visão assistencialista aos pobres para a ação de promover verdadeiramente a vida do pobre pelas pastorais sociais.
3ª Urgência: Suscitar, formar e valorizar as pastorais sociais.

 

Iluminados por esta real necessidade de formação permanente que, conforme o Diretório para o Ministério e Vida dos Presbíteros, “é exigência que nasce e se desenvolve a partir da recepção do Sacramento da Ordem, é destinada a assimilar progressivamente, e em termos cada vez mais amplos e profundos, toda a vida e ação do presbítero”, o Clero da Diocese de Uruaçu e o bispo diocesano Dom Messias dos Reis Silveira, estiveram reunidos para a Atualização Teológica anual, que aconteceu nos dias 19 a 22 de Setembro, no Centro de Treinamento de Líderes (CTL), em Uruaçu.

Frei Alberto Beckhäuser, OFM, assessorou durante esses dias de profunda formação e partilha, tendo como tema: “Teologia e espiritualidade do rito da missa”. Partindo do magistério da Igreja e passando pelas mais diversas experiências, foram dias de crescimento e aprofundamento neste tema essencial para a vida do presbítero.

Renovados pela certeza do chamado, cada sacerdote retorna à suas comunidades e missão, revigorados para celebrar mais intensamente o Santo Sacrifício, por si e por todo povo de Deus, lembrando-se da exortação do Apóstolo Paulo: “Por este motivo, recordo-te que reavives o dom que recebeste mediante a imposição das minhas mãos”. (2Tm 1,6).

Assessoria de Comunicação - Pastoral Presbiteral - Diocese de Uruaçu

A Paróquia de Nossa Senhora da Glória, da sede diocesana de Rubiataba (Diocese de Rubiataba-Mozarlândia) e o Grupo de Oração Jovem realizaram o 26º Força Para Viver. O encontro realizado nos dias 16 a 18 de setembro contou com a participação de mais de 500 jovens das mais diversas paróquias da diocese.

Este ano, em sintonia com o Ano Santo da Misericórdia, os jovens foram convidados a adentrar ao coração misericordioso do Pai com o Lema: “O Acolheu num abraço de pai”. O cantor católico Eugênio Jorge foi um dos pregadores do encontro e conduziu o momento de efusão do Espírito Santo.



A Solene celebração Eucarística presidida pelo pároco da Catedral, monsenhor Vanildo, marcou a abertura do encontro. Ele acolheu os jovens participantes destacando a beleza destes 26 anos de evangelização do “Força para Viver”, que começou com os pais de muitos jovens que hoje continuam essa experiência. No domingo (18) o bispo diocesano e referencial para a juventude no Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), Dom Adair José Guimarães, presidiu a Santa Missa e pregou sobre os males da corrupção espiritual que afasta o coração da juventude dos planos de Deus.

Paralelamente ao “Força para Viver” aconteceu também o encontro de despertar vocacional para o sacerdócio. Reunidos com o bispo, os jovens tiveram a oportunidade de conhecer e aprofundar o sentido da vocação sacerdotal.

A experiência do encontro continua agora nos grupos de oração nas diversas paróquias da diocese. Em Rubiataba, o Grupo de Oração Jovem Força para Viver acontece todos os sábados, às 19h30, no Salão Paroquial da Catedral.

Fonte: Diocese de Rubiataba-Mozarlândia

 

Quinta, 22 Setembro 2016 19:18

Bíblia: tesouro sempre novo

Uma tradição pastoral já consagrada, aqui no Brasil, dá ao mês de setembro um grande relevo ao santo livro da Bíblia. Isto porque, no dia 30 deste mês, comemora-se São Jerônimo, sacerdote e doutor da Igreja, que traduziu dos originais para o latim quase todos os livros sagrados. Dentre os colaboradores do papa São Dâmaso foi um dos teólogos mais preparados e conceituados.

Após a tradução dos Setenta – tradução da bíblia hebraica feita por 72 representantes de diversos grupos de Israel – muitas divergências dogmáticas surgiram, a ponto de se fazer necessária uma nova tradução latina da Palavra de Deus. O papa Dâmaso, em 384 D.C., confiou então a São Jerônimo a tarefa de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo Testamento.

Na Bíblia, encontramos abundantemente o Plano, o desígnio salvífico de Deus para toda a humanidade. O evangelista João termina o seu Evangelho afirmando de forma hiperbólica: “Há muitas coisas que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seriam escritos” (Jo 21,25).

A transmissão da revelação divina é universal, destinada a todos os homens e mulheres, em todas as línguas e culturas, para todos os contextos. Porque “Deus quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Por isso, é necessário que Cristo seja anunciado a todos os homens, segundo o seu próprio mandamento: “Ide, pois, a todas as nações. Fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos” (Mt 28,19).

A Bíblia nos aproxima de Deus. Há quem a leia como um cientista que busca as verdades acerca do homem, da sociedade e de Deus. A Bíblia não é uma tese científica. Nela não encontraremos esboçadas razões de natureza pragmática. A Bíblia é o resultante de uma expressão literária da fé de um povo. Todo o conteúdo da revelação que ali está expressa é também linguagem da cultura. E da cultura de uma sociedade localizada num lugar específico (na região do Oriente Médio), num tempo específico (aproximadamente entre 1.000 anos antes de Cristo e 100 anos depois de seu nascimento). E também mediada pelas experiências individuais daqueles através de quem Deus falou, seja por meio dos profetas, dos evangelistas ou dos apóstolos. Portanto, para compreendermos a Bíblia em sua inteireza, é necessário que tenhamos boas informações acerca das culturas de dentro das quais os livros foram escritos. E absorver o que é essencial nas narrativas contidas nos livros sagrados.

Espera-se que este mês da Bíblia seja um tempo oportuno para que todos encontremos em suas páginas uma consequente orientação para o tempo presente. Afinal, a Bíblia é um rico tesouro de fé transmitida de geração em geração. Sua riqueza é infinita e sua atualidade é fascinante. É o próprio Deus quem nos fala.

Dom Washington Cruz

Arcebispo de Goiânia

 

 

Mais de 300 jovens se reuniram entre os dias 9 e 11 de setembro na cidade de Itaguari (GO) para participar do Fórum da Juventude do Cerrado, atividade realizada pela Pastoral da Juventude (PJ) da Diocese de Goiás com o apoio de várias entidades parceiras, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT Regional Goiás), Centro de Estudos Bíblicos (Cebi Goiás), Cajueiro, Universidade Estadual de Goiás (UEG), Adveniat e PJ Regional Centro-Oeste.

O Fórum, motivado pelas reflexões da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, discutiu o tema “Juventude, Vida e Cuidado no Chão do Cerrado” e a iluminação bíblica “Vou criar novo céu e nova terra” (Is 65, 17), em mesas de debate e oficinas como agroecologia, fotografia e penteado afro.

Festa dos Povos do Cerrado

Além das discussões, o Fórum da Juventude do Cerrado também promoveu, na noite de sábado, uma grande festa com as manifestações artísticas e culturais cerradeiras. Apresentações da tradicional Folia de Santos Reis, catira, fiadeiras e moda de viola resgataram a identidade dos povos do Cerrado e os espetáculos dos artistas do Circo Laheto encantaram o público presente com acrobacias e números em pernas de pau.

DNJ e Dia do Cerrado

No dia 11 de setembro, que marca o Dia Nacional do Cerrado, também foi celebrado o Dia Nacional da Juventude com uma grande caminhada que deu início à Celebração Eucarística, terminando numa chácara próxima à cidade onde aconteceram as atividades principais. Após a Missa, foi servido o tradicional almoço da culinária da Folia, acompanhado de diversas apresentações culturais preparadas pelos próprios jovens.

Encerrado o Fórum da Juventude do Cerrado, na mística do envio, cada jovem recebeu uma muda de árvore nativa do Cerrado, como símbolo do compromisso com a vida e o cuidado com esse bioma natural e cultural.

Além de jovens da Diocese de Goiás, estiveram presentes representantes das Arquidioceses de Goiânia e Brasília, e das Dioceses de São Luís de Montes Belos, Itumbiara e Anápolis.

Informações e fotos: Pastoral da Juventude/Diocese de Goiás

Veja as fotos

 

Entre os dias 9 e 18 de setembro foi realizado o tradicional encontro de formação para novos bispos no Vaticano, promovido pela Congregação dos Bispos e a Congregação para Igrejas Orientais. O curso reuniu cerca de 170 bispos de todo mundo, nomeados entre 2015 e primeiro semestre de 2016. Dos 17 brasileiros nomeados está Dom Moacir Silva Arantes, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, nomeado em 11 de maio deste ano.

Na última sexta-feira (16) os novos bispos se reuniram com papa Francisco que se disse “feliz por estar diante daqueles que foram ‘pescados’ pelo coração de Deus para guiar o seu Povo Santo”. “Sim” – disse o papa –, “Deus os precede no seu amoroso conhecimento”. Ele os “pescou” com o anzol da sua surpreendente misericórdia. Suas redes foram misteriosamente apertando e vocês não puderam fazer mais nada a não ser deixarem-se capturar. Eu sei que ainda um calafrio atravessa vocês quando pensam no seu chamado que veio na voz da Igreja, Sua Esposa. Vocês não são os primeiros a sentirem essa emoção. Aconteceu também com Moisés, que acreditava estar sozinho no deserto e se descobriu, ao invés, encontrado e atraído por Deus que lhe confiou o seu Nome, não para ele, mas para o seu povo. Hoje continua a subir a Deus o grito de dor do seu povo, e saibam que desta vez é o nome de vocês que o Pai quis pronunciar.

Caminho de Deus

Também os Apóstolos, disse o Santo Padre sentiram esse calafrio quando, revelados “os pensamentos de seus corações”, com fadiga descobriram o acesso ao secreto caminho de Deus, que habita nos pequenos e se esconde de quem é autossuficiente. Não se envergonhem das vezes em que também vocês tocaram levemente este distanciamento dos pensamentos de Deus.

É muito bonito, continuou o pontífice, deixar-se traspassar pelo conhecimento amoroso de Deus. É consolador saber que Ele verdadeiramente sabe quem somos e não se perturba com a nossa pequenez. Tantos hoje colocam máscaras e se escondem. Gostam de construir personagens e inventar perfis. Tornam-se escravos dos míseros recursos que recolhem e aos quais se agarram como se fosse suficiente para comprar o amor que não tem preço. Não suportam a emoção de saber serem conhecidos por Alguém que é maior e não despreza a nossa pequenez, é mais Santo e não culpa as nossas fraquezas, é realmente bom e não se escandaliza com as nossas feridas. Não seja assim para vocês:
deixem que este calafrio percorra vocês, não o remova e não o silencie.

Reconciliação

O papa convidou os novos bispos que no próximo domingo irão passar a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia a viver intensamente uma pessoal experiência de gratidão, de reconciliação, de entrega total, sem reservas, da própria vida ao Pastor dos Pastores. “A maior riqueza que vocês podem levar de Roma no início de seu ministério episcopal – disse Francisco -, é a consciência da misericórdia com a qual vocês foram olhados e chamados”. Recordou ainda que eles são bispos da Igreja, partícipes de um único Episcopado, membros de um indivisível Colégio.

O Santo Padre disse ainda aos novos bispos que eles peçam a Deus, que é rico de misericórdia, o segredo para tornar pastoral a sua misericórdia nas suas dioceses. “Não tenham medo de propor a Misericórdia como síntese daquilo que Deus oferece ao mundo, porque nada maior pode o coração do homem aspirar”.

Misericórdia

Para que a Misericórdia, no ministério episcopal, seja tangível, são necessárias – segundo indicou o papa – alguns requisitos.

O primeiro é que os bispos sejam capazes de encantar e atrair; mas sem seduzir o coração dos homens a eles mesmos, pois o mundo está cansado de ‘encantadores mentirosos’. As pessoas reconhecem os narcisistas, manipuladores, defensores de seus interesses.

A segunda recomendação de Francisco é que os bispos devem ser capazes de ‘iniciar aqueles que lhes foram confiados’ no abismo do amor.

“Sua única perspectiva seja ver seus fiéis em sua unicidade, fazendo de tudo para chegar até eles e não poupar nenhum esforço para recuperá-los. Pensem na emergência educativa, na transmissão de conteúdos e valores, no analfabetismo afetivo, nos caminhos vocacionais, no discernimento nas famílias, na busca da paz. Tudo isso requer iniciação e percursos guiados com perseverança, paciência e constância, que são os sinais que distinguem o bom pastor de um mercenário”.

Vocações

O pontífice aconselha ainda aos novos bispos a manterem a sua intimidade com Deus e a cuidarem com atenção especial das estruturas de iniciação das Igrejas, especialmente dos seminários. “Não se deixem tentar pelos números e a quantidade das vocações, mas procurem a qualidade; não privem os seminaristas da firme e carinhosa paternidade; cresçam-nos até que se sintam ‘tranquilos como crianças nos braços de suas mães’; livres de acatar o desejo de Deus, mesmo quando não lhes parece doce como estar no ventre materno”.

Enfim, o papa apontou uma última consideração para tornar pastoral a Misericórdia: o verbo ‘acompanhar’. “Acompanhar primeiramente, e com paciência e solicitude, o clero; tentando reavivar nos sacerdotes a consciência que Cristo é a ‘sua parte e fonte de herança’”.

Famílias

“Acompanhar também, com prudência e responsabilidade, o acolhimento de candidatos à incardinação em suas Igrejas. A relação entre uma Igreja local e seus sacerdotes é incindível, não se aceita o ‘clero vagante’, que transita de um lugar para outro”.

Enfim, o acompanhamento de todas as famílias, principalmente as mais feridas, sem ‘passar além’ de suas fragilidades. “Aproximem-se sem medo, façam-lhes companhia no discernimento e com empatia”.

O discurso aos novos bispos se encerrou com a bênção do papa, pai e irmão. “Pedirei a Deus que caminhe com vocês”, concluiu Francisco.

Regional com Rádio Vaticano

 

Quinta, 22 Setembro 2016 17:40

Pastoral da Educação promove Retiro

Com o tema “Encontros com o Ressuscitado”, a Pastoral da Educação promove no próximo dia 22 de outubro, o Retiro para coordenadores, agentes de pastoral, pais e professores. O encontro será na Fazenda Sardinha, próxima ao trevo de Pirenópolis, pela rodovia Geraldo de Pina (GO 338).

A assessoria ficará por conta do bispo auxiliar de Goiânia e referencial para a Pastoral da Educação, Dom Levi Bonatto. A programação começa com o café da manhã, às 8h. O tema começa a ser trabalhado às 8h30 e o almoço será servido ao meio dia. Os participantes retomam as reflexões sobre o tema central às 13h30. A Santa Missa será às 15h e o lanche às 16h.

Não há taxa de inscrição ou participação. Os interessados pagarão apenas pela condução. Mais informações com o coordenador da pastoral, Valdivino José Ferreira: 99925-5015 ou pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

 

 

Prezados irmãos e irmãs!

Ouvimos o Evangelho da vocação de Mateus. Mateus era um “publicano”, ou seja, um cobrador de impostos em nome do império romano, e por isso era considerado pecador público. Mas Jesus chama-o para o seguir e para se tornar seu discípulo. Mateus aceita e convida-o para jantar na sua casa juntamente com os discípulos. Então, começa um debate entre os fariseus e os discípulos de Jesus, porque estes compartilham a mesa com os publicanos e os pecadores. “Mas tu não podes ir à casa desta gente!”, diziam eles. Com efeito, Jesus não os afasta mas, pelo contrário, frequenta as suas casas e senta-se ao seu lado; isto significa que também eles podem tornar-se seus discípulos. E é igualmente verdade que ser cristãos não nos torna impecáveis. Como o publicano Mateus, cada um de nós confia na graça do Senhor, não obstante os próprios pecados. Todos nós somos pecadores, todos cometemos pecados. Chamando Mateus, Jesus mostra aos pecadores que não tem em consideração o passado deles, nem a sua condição social, nem sequer as convenções exteriores mas, ao contrário, abre-lhes um novo futuro. Certa vez ouvi um bonito ditado: “Não há santo sem passado, nem pecador sem futuro”. É isto que Jesus faz. Não há santo sem passado, nem pecador sem futuro. É suficiente responder ao convite com o coração humilde e sincero. A Igreja não é uma comunidade de pessoas perfeitas, mas de discípulos a caminho, que seguem o Senhor, porque se reconhecem pecadores e necessitados do seu perdão. Por conseguinte, a vida cristã é escola de humildade que nos abre à graça.

Esse comportamento não é compreendido por quantos têm a presunção de se julgar “justos”, de achar que são melhores que os outros. Soberba e orgulho não nos permitem reconhecer-nos necessitados de salvação, aliás, impedem-nos de ver o rosto misericordioso de Deus e de agir com misericórdia. Elas são um muro. A soberba e o orgulho são um muro que impedem a relação com Deus. E, no entanto, a missão de Jesus é precisamente esta: vir à procura de cada um de nós, para curar as nossas feridas e para nos chamar a segui-lo com amor. Di-lo claramente: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (v. 12). Jesus apresenta-se como um bom médico! Anuncia o Reino de Deus, e os sinais da sua vinda são evidentes: Ele cura das doenças, liberta do medo, da morte e do demônio. Diante de Jesus, nenhum pecador deve ser excluído ‒ nenhum pecador deve ser excluído! – porque o poder purificador de Deus não conhece enfermidades que não possam ser curadas; e isto deve dar-nos confiança e abrir o nosso coração ao Senhor, a fim de que venha e nos cure. Chamando os pecadores à sua mesa, Ele cura-os restabelecendo-os naquela vocação que eles julgavam perdida e que os fariseus tinham esquecido: a de convidados para o banquete de Deus. Segundo a profecia de Isaías: “O Senhor dos exércitos preparou para todos os povos, nesse monte, um banquete de carnes gordas, um festim de vinhos velhos, de carnes gordas, de vinhos velhos purificados... E naquele dia dirão: eis o nosso Deus, do qual esperamos a nossa libertação. Congratulemo-nos, rejubilemo-nos pelo seu socorro” (25, 6-9).


Palavra e Eucaristia nos revigoram

Se os fariseus veem nos convidados somente pecadores e se recusam a sentar-se ao seu lado, Jesus ao contrário recorda-lhes que também aqueles são comensais de Deus. Deste modo, sentar-se à mesa com Jesus significa ser por Ele transformado e salvo. Na comunidade cristã, a mesa de Jesus é dupla: há a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia (cf. Dei Verbum, 21). São esses os remédios com que o Médico Divino nos cura e nos alimenta. Com o primeiro ‒ a Palavra – Ele revela-se e convida-nos a um diálogo entre amigos. Jesus não tinha medo de dialogar com os pecadores, os publicanos, as prostitutas... Não, Ele não tinha receio: amava todos! A sua Palavra penetra-nos e, como um bisturi, age em profundidade para nos livrar do mal que se oculta na nossa vida. Às vezes essa Palavra é dolorosa porque incide sobre as hipocrisias, desmascara as falsas desculpas, revela as verdades escondidas; mas ao mesmo tempo ilumina e purifica, dá força e esperança, é um precioso reconstituinte no nosso caminho de fé. Por sua vez, a Eucaristia nutre-nos com a própria vida de Jesus e, com um remédio poderosíssimo, de modo misterioso renova continuamente a graça do nosso Batismo. Aproximando-nos da Eucaristia, nós alimentamo-nos com o Corpo e Sangue de Jesus; e, no entanto, entrando em nós, é Jesus que nos une ao seu Corpo!

Concluindo aquele diálogo com os fariseus, Jesus recorda-lhes uma palavra do profeta Oseias (6,6): “Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício” (Mt 9,13). Dirigindo-se ao povo de Israel, o profeta repreendia-o porque as preces que elevava eram palavras vazias e incoerentes. Não obstante a aliança de Deus e a misericórdia, o povo vivia frequentemente segundo uma religiosidade “de fachada”, sem viver em profundidade o mandamento do Senhor. Eis por que razão o profeta insiste: “Eu quero a misericórdia”, ou seja, a lealdade de um coração que reconhece os próprios pecados, que se arrepende e volta a ser fiel à aliança com Deus: “E não o sacrifício”: sem um coração arrependido, todas as obras religiosas são ineficazes! Jesus aplica esta frase profética também aos relacionamentos humanos: aqueles fariseus eram muito observantes na forma, mas não estavam dispostos a compartilhar a mesa com os publicanos e os pecadores; não reconheciam a possibilidade de um arrependimento e por isso de uma cura; não punham, em primeiro lugar, a misericórdia: embora fossem fiéis guardiões da Lei, demonstravam que não conheciam o Coração de Deus! É como se te oferecessem um pacote com um presente e tu, em vez de ir ver o dom, olhasses somente para o papel com o qual ele foi embrulhado: só as aparências, a forma, e não o núcleo da graça, do dom que é oferecido!

Caros irmãos e irmãs, todos nós somos convidados à mesa do Senhor. Façamos nosso o convite a sentar-nos ao seu lado, juntamente com os seus discípulos. Aprendamos a olhar com misericórdia e a reconhecer em cada um deles um nosso comensal. Somos todos discípulos necessitados de experimentar e viver a palavra consoladora de Jesus. Todos nós temos necessidade de nos alimentarmos da misericórdia de Deus, porque é dessa fonte que brota a nossa salvação. Obrigado!

Audiência Geral do papa Francisco. Praça São Pedro, 13 de abril de 2016

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Bispo referencial

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