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No próximo dia 1 de setembro, a Arquidiocese de Goiânia realiza o Mutirão Arquidiocesano de Comunicação, em preparação ao Mutirão Brasileiro de Comunicação que será sediado no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia, com o tema “Comunicação, responsabilidade, democracia e responsabilidade social”.

Já o Muticom Arquidiocese tem como tema “Criatividade, Eficácia e Missão do Leigo na Igreja”, e acontecerá das 8h às 18h. O evento é especialmente voltado aos agentes de Pastoral da Comunicação, comunicadores católicos, grupos em fase de implantação da Pascom em suas paróquias e comunidade, párocos e administradores paroquiais e todos aqueles que se interessam por comunicação. A programação do dia será dividida em três momentos: conferências pela manhã; seis workshops na parte da tarde; Mesa Redonda.

O encerramento se dará com a Santa Missa. Saiba mais, clique aqui

A manhã do dia 2 de maio foi uma data histórica para a Igreja Católica no Regio­nal Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal). É que o so­nho dos bispos desta porção do povo de Deus se concretizou com a aber­tura solene do Curso de Mestrado em Direito Canônico oferecido pelo Instituto Superior de Direito Canôni­co de Goiânia, que pertence à Asso­ciação Dom Antônio Ribeiro de Oli­veira. A formação é uma extensão do curso oferecido pelo Pontifício Ins­tituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, braço da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma no Brasil.

A primeira turma começou suas aulas no dia 30 de abril e concluiu o primeiro módulo no dia 4 de maio. A abertura do curso teve a honra de ter a presença de Vossa Eminência, o arcebispo do Rio de Janeiro, Carde­al Dom Orani João Tempesta, que também é chanceler do Pontifício Instituto de Direito Canônico do Rio de Janeiro. A oferta do curso é uma resposta da Igreja no Centro-Oeste à Carta Apostólica em forma de Motu Proprio, Mitis Iudex Dominus Iesus (O Senhor Jesus, Juiz Clemente), do papa Francisco, Sobre a reforma do pro­cesso canônico para as causas de decla­ração de nulidade do matrimônio no Có­digo de Direito Canônico. Na prática, o Santo Padre fez um esforço, por meio dessa carta, de motivar as dioceses a dar celeridade aos processos e as­sim amenizar o sofrimento de tantas pessoas que aguardam a resolução de sua situação matrimonial, embora ele tenha deixado completamente a salvo o princípio da indissolubilida­de do vínculo matrimonial.

Dom Orani, ao falar sobre o curso, disse que estendê-lo a Goiânia é uma alegria porque responde ao cuidado do papa com a misericórdia de Deus na vida das pessoas. À primeira tur­ma, que começa com 34 alunos, o cardeal desejou êxito nos estudos e perseverança para que concluam o Mestrado. O purpurado citou ainda textos de São João Paulo II e de Bento XVI, trazendo uma reflexão bastante pertinente e esclarecedora sobre os objetivos do estudo do Direito Canô­nico. “São João Paulo afirma, quanto ao Direito Canônico, que o objetivo do Código não é de forma alguma substituir a lida da Igreja, ou dos fiéis, a fé, a graça, os carismas, nem muito menos a caridade, pelo contrário, sua fidelidade antes é uma ordem que dá primazia ao amor, à graça, e aos carismas, e facilite, ao mesmo tempo, o desenvolvimento orgânico da vida, seja da sociedade eclesial e de cada um dos seus membros”, disse.

O arcebispo do Rio citou ainda um texto de sua autoria, do ano de 2016, proferido na abertura do 3º Simpósio Internacional de Direito Canônico, em que ele explica a mis­são dos canonistas. “Aqueles que re­cebem da Igreja a responsabilidade do Direito Canônico são chamados a ser testemunhas infatigáveis da justiça superior no mundo, caracte­rizado pela injustiça e violência, pela corrupção e indiferentismo a tantos valores fundamentais à vida humana e tornam-se preciosos colaboradores na atividade pastoral da misericór­dia eclesial na missão de evangelizar e santificar”.

Para Salvação das Almas

O bispo auxiliar de Goiânia e diretor-presidente da Associação Dom Antônio Ribeiro de Olivei­ra, Dom Levi Bonatto, também comentou sobre os objetivos do curso instalado, logo após dar boas-vindas à primeira turma que se fez presente no ato solene de abertura. “Vocês, alunos deste curso, já se perguntaram sobre a finalidade do Direito Canônico? A resposta está no último Cânon do Código: ele está para salvação das almas e, por consequência, essa também é a missão das Câ­maras e Tribunais Eclesiásticos. Lembrem-se: por trás de um pro­cesso existem almas que precisam estar tranquilas e determinadas a seguir adiante em suas vidas”. O arcebispo de Goiânia, Dom Wa­shington Cruz, por sua vez, tam­bém falou da alegria da Arquidio­cese em sediar uma formação tão importante para a Igreja. “Essa é uma iniciativa que não pode ter­minar nunca. Temos que formar pessoas para trabalhar nos tribu­nais eclesiásticos e para isso preci­samos nos esforçar nesse sentido. Quem sabe futuramente teremos o Doutorado”.

O arcebispo do Rio citou ainda um texto de sua autoria, do ano de 2016, proferido na abertura do 3º Simpósio Internacional de Direito Canônico, em que ele explica a mis­são dos canonistas. “Aqueles que re­cebem da Igreja a responsabilidade do Direito Canônico são chamados a ser testemunhas infatigáveis da justiça superior no mundo, caracte­rizado pela injustiça e violência, pela corrupção e indiferentismo a tantos valores fundamentais à vida humana e tornam-se preciosos colaboradores na atividade pastoral da misericór­dia eclesial na missão de evangelizar e santificar”.

Titulação

O bispo auxiliar de Goiânia e diretor-presidente da Associação Dom Antônio Ribeiro de Olivei­ra, Dom Levi Bonatto, também comentou sobre os objetivos do curso instalado, logo após dar boas-vindas à primeira turma que se fez presente no ato solene de abertura. “Vocês, alunos deste curso, já se perguntaram sobre a finalidade do Direito Canônico? A resposta está no último Cânon do Código: ele está para salvação das almas e, por consequência, essa também é a missão das Câ­maras e Tribunais Eclesiásticos. Lembrem-se: por trás de um pro­cesso existem almas que precisam estar tranquilas e determinadas a seguir adiante em suas vidas”. O arcebispo de Goiânia, Dom Wa­shington Cruz, por sua vez, tam­bém falou da alegria da Arquidio­cese em sediar uma formação tão importante para a Igreja. “Essa é uma iniciativa que não pode ter­minar nunca. Temos que formar pessoas para trabalhar nos tribu­nais eclesiásticos e para isso preci­samos nos esforçar nesse sentido. Quem sabe futuramente teremos o Doutorado”.

Fúlvio Costa. Fotos: Rudger Remígio

A Arquidiocese de Goiânia realiza, no dia 2 de maio próximo, às 10h30, ato solene de abertura das atividades da Associação Dom Antônio Ribeiro e do Mestrado em Direito Canônico que será ministrado em Goiânia, graças ao convênio celebrado com o Pontifício Instituto de Direito Canônico do Rio de Janeiro / Pontifícia Universidade Gregoriana.

O cardeal Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, procederá à solene abertura do primeiro período letivo do mestrado. Em seguida, às 11h30, será celebrada Missa em Ação de Graças. O local é o Centro de Pastoral Dom Fernando - Av. Anápolis, 2020 - Jardim das Aroeiras, Goiânia - GO.

Com duração de três anos, o curso terá as aulas ministradas em módulos semanais. Após sua conclusão, o diploma de Mestre em Direito Canônico será emitido pelo Pontifício Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro / Pontifícia Universidade Gregoriana. Mais informações com o padre Cristiano Faria dos Santos (coordenador do mestrado), Ir. Delma Mesquita, RC (secretária), por meio dos seguintes telefones: (62) 3567-9060 (período da manhã) ou (62) 3208-1063 (período da tarde), bem como pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Fonte: Arquidiocese de Goiânia. Foto: Canção Nova


Nesta segunda-feira (6) a Arquidiocese de Goiânia celebrou a missa de 7º dia ao seu arcebispo emérito Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. A celebração foi presidida pelo arcebispo Dom Washington Cruz, e concelebrada pelos bispos auxiliares, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Arantes, e pelo bispo coadjutor da Diocese de Luziânia (GO), Dom Waldemar Passini Dalbello, além de vários padres, na Catedral Nossa Senhora Auxiliadora.

As leituras da missa exortaram para o amor pelo próximo que todos precisam cultivar (Lv 19,1-2.11-18 e Mt 25,31-46). Dom Washington, durante sua homilia, refletiu sobre esse amor. “A primeira leitura nos aponta uma medida forte, amar o próximo como a nós mesmos. O Evangelho nos motiva de uma forma ainda mais séria: todas às vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeste; todas as vezes que não fizeste isso a um dos pequeninos, foi a mim que não fizeste!”, comentou.

O arcebispo também se referiu a Dom Antonio, que sempre cultivou a opção preferencial pelos pobres, durante todo o seu ministério episcopal. “A justiça social, o amor aos pobres, o santuário do irmão eram objeto constante das pregações de Dom Antonio. A voz dele se calou com a morte, mas outras se levantarão, porque a voz de Jesus, da qual ele era fiel tradutor, jamais se calará”, afirmou.

Ao fim da celebração foi lida a carta enviada pelo secretário de Estado de Sua Santidade o papa Francisco, o cardeal Pietro Parolin, na qual o Santo Padre exprime suas sentidas condolências pela passagem de Dom Antonio e concede benção especial a toda a família e aos fiéis da Arquidiocese de Goiânia, que participaram das celebrações das exéquias do emérito.

Sueli Barros, 60 anos, coordenadora do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi) na época em que Dom Antonio era arcebispo, veio à Catedral prestar suas homenagens. Entrevistada, ela se emocionou ao comentar o pastoreio dele. “Além de nosso arcebispo e pastor, ele foi um pai para nós. Um pai maternal que nos abria os braços e dava apoio com tudo. Ele sempre estava presente participando, dando apoio, nos abençoando com aquela presença amorosa, de pai mesmo. Ele foi um irmão, um pai, um amigo”.

Fotos: Rudger Remígio/Colaboração: Marcos Paulo Mota - Vicariato para a Comunicação - Arquidiocese de Goiânia

Uma extensa programação, digna de grande universidade, permeou os cinco dias da 8ª Semana Acadêmica do Curso de Teologia da PUC Goiás e de Filosofia, do Instituto Santa Cruz, que neste ano teve como tema “O amor nas dimensões pessoal, comunitária e social”, e aconteceu de 17 a 21 de outubro, no auditório menor do Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF). Ao todo foram feitas seis conferências, proferidas por mestres e doutores nos temas propostos; 20 comunicações, ou seja, aprofundamentos em estudos feitos pelos seminaristas e acadêmicos em Filosofia e Teologia; e uma mesa redonda.

Na primeira e segunda noites, o doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, padre Francisco Agamenilton Damascena, da Diocese de Uruaçu (GO), fez conferência sobre O Personalismo de Karol Wojtyla (São João Paulo II), na primeira noite, e sobre o Rumo ao Pluralismo Personalista, na segunda. De acordo com ele, o personalismo de Karol Wojtyla é objetivo porque está fundado na experiência integral da pessoa humana, da qual nunca se afasta em suas reflexões. Na família, por exemplo, a contribuição dessa percepção na vivência do amor tem reflexo “na mútua compreensão dos membros de um lar” e, para ela ser completa, diz ele, “é preciso considerar os aspectos externos e interiores das pessoas”. No amor matrimonial, por exemplo, “os esposos viverão mais harmonicamente à medida que forem capazes de reconhecer e dizer um para o outro: ‘você é um bem’”. Como consequência, concluiu, “nascem atitudes acolhedoras, de cuidado, promoção, respeito e veneração um pelo outro”, destacou.

Irmã Rita Batista, ICJ, mestre em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, apresentou duas conferências: uma sobre A mulher e a sociedade à luz do personalismo de Karol Wojtyla e Corpo e transcendência na Teologia do Corpo de São João Paulo II. Na última conferência, a religiosa destacou que o corpo é lugar da expressão e do amor. “Estamos caminhando para a era do incorporal”, disse ela enfatizando que as relações virtuais estão assumindo o lugar das relações físicas. Em São João Paulo II, segundo ela, “o corpo humano é a chave hermenêutica para entender a pessoa humana”.

Amor na família

“O amor é algo belo, profundo, desejado, mas não é perfeito”, disse em sua conferência o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Arantes, cujo tema foi “A misericórdia e os ‘casos especiais’: Reflexões acerca do cap. VIII da Amoris Laetitia”. O bispo destacou que o amor às vezes dói e às vezes faz doer, tanto o amor desordenado como a falta de amor verdadeiro. É aí que entra a misericórdia pastoral. “Tratar situações especiais e difíceis, essa é a pastoral apresentada na Bíblia, que não indica o pastor como uma profissão apenas. Não. O pastor mostra quem Deus é e o que fez. Maus pastores não fazem um bom pastor. Ser pastor é ser presença e ação de Deus na história, por isso não há nada mais santo porque é o jeito de ser de Deus. Na Bíblia, bom pastor é Deus e assim deve ser a Igreja e seu povo”. Dom Moacir ressaltou que a Igreja deve ter cuidado com os reducionismos acerca dos casos especiais divulgados principalmente pela grande imprensa como o matrimônio sem Sacramento e os casais em segunda união, apenas. “E as famílias diversas? A misericórdia precisa chegar a todas as situações. Precisamos cuidar, acompanhar de modo personalizado, porque cada caso é um caso”, pontuou.

Na última noite, dia 21 de outubro, o reitor do Seminário Maior Interdiocesano São João Maria Vianney e mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, padre Dilmo Franco Campos, do Clero da Diocese de Formosa (GO), fechou a 8ª Semana Acadêmica com a conferência Moral conjugal à luz da relação Cristo-Igreja. Partindo da leitura de Efésios 5,22-33, em que o amor do homem para com a esposa deve ser como o de Cristo com a Igreja, padre Dilmo afirmou que o amor conjugal deve ter três pilares principais: na beleza, no intelecto e na fé. “Os dois primeiros um dia acabam e só pela fé a união entre homem e mulher pode ser elevada à dignidade de Sacramento”, disse. O amor, conforme o conferencista, encontra seu lugar na entrega total entre homem e mulher a partir da amizade, pois só ela acolhe o outro incondicionalmente.

Balanço

O maior e melhor resultado da 8ª Semana Acadêmica, na visão do diretor acadêmico do Instituto Santa Cruz, padre David Pereira de Jesus, é ter alcançado as pessoas de fora do convívio da sala de aula, de modo especial os leigos. Um balanço final do evento deu conta de que cerca de 240 pessoas participaram diariamente das atividades. “Diferente das edições passadas, neste ano conseguimos fazer com que os leigos das nossas comunidades pudessem vir até nós participar da atividade acadêmica”, disse. Outro crescimento foi com a divulgação da Semana nos meios de comunicação tradicionais e nas redes sociais. Sobre o tema proposto, ele também afirmou ter alcançado os objetivos. “Os conferencistas e os comunicadores conseguiram levar ao público a mensagem que deveriam. Vimos na face de todos a satisfação”, declarou.

Fonte: Jornal Encontro Semanal/Vicariato para a Comunicação da Arquidiocese de Goiânia


Durante a 3ª edição da Jornada da Cidadania, evento promovido pela Arquidiocese de Goiânia e PUC Goiás, que aconteceu de 23 a 25 de maio, no Centro de Convenções dessa universidade (câmpus II), o Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) marcou presença pela primeira vez com estandes na Feira da Solidariedade. “Nós, da Pastoral da Aids regional e o Grupo AAVE (Aids: apoio, vida e esperança) participamos da jornada com a missão de distribuir material e encorajar o diagnóstico precoce. A Prefeitura de Aparecida de Goiânia esteve presente também realizando o teste rápido e os usuários do Grupo AAVE venderam produtos de artesanato”, comentou a coordenadora regional da pastoral, irmã Margaret Hosty. Junto com o regional também esteve presente a Pastoral Familiar oferecendo ao público principalmente materiais formativos.

Além dos estandes, o regional promoveu no segundo dia da jornada, o Encontro de Formação Voluntários da Misericórdia, que levou aos participantes reflexões, orações e cantos para a vivência da misericórdia nas comunidades. As pistas de como viver o Ano Santo nas linhas de frente da ação pastoral e no seio familiar foram orientadas por frei Luiz Turra, OFMCap, autor do livro “Felizes os misericordiosos”, publicado pelas Paulinas.

Pastoral da Sobriedade

Também participou pela primeira vez da Jornada da Cidadania, a Pastoral da Sobriedade, que na Feira da Solidariedade aproveitou para divulgar sua atuação. Segundo o coordenador regional, Nilson Almeida, a presença naquele evento marcou o nascimento da pastoral na Arquidiocese de Goiânia. “Fazia bastante tempo que precisávamos estar presentes na sede do regional e agora conseguimos graças à abertura pastoral que encontramos nesta Igreja particular”, afirmou.

Está na coordenação da Pastoral da Sobriedade Arquidiocesana, padre Paulo Barbosa, da Paróquia São José, de Aparecida de Goiânia. “Começamos o trabalho visitando pontos de acolhimento e queremos atingir toda a Arquidiocese e, para isso, contamos com o apoio de todas as comunidades”, disse. Mais informações podem ser obtidas no Secretariado Arquidiocesano para a Ação Evangelizadora.

 

 

 

Publicado em Notícias
Terça, 03 Mai 2016 17:20

Sal da terra. Luz do mundo

 

Com essas duas metáforas, o próprio Cristo, Senhor da Igreja, olhando para seus discípulos e para a multidão que O seguia, apontou e permanece apontando qual deve ser a vocação mais fundamental e essencial dos que d’Ele desejam ser seguidores. O sal não deve ser insosso. Se o for, será lançado fora e pisado pelos homens. Uma luz não se coloca sob uma mesa, mas no alto da sala, para que ilumine todos os que naquele ambiente estejam. Assim também são os discípulos de Jesus.

A Igreja no Brasil, sobretudo após o tempo conciliar, sempre teve em especial estima e acompanhou com zelo apostólico o caminhar vocacional dos cristãos leigos e leigas. A eles dedicou-se a Exortação Apostólica Christifidelis Laici, antecedida por uma sequência rica de sessões de estudos em todas as dioceses e amplamente difundida após sua publicação. Após esse documento, a CNBB apresentou estudos sobre o tema e aprovou um documento oficial na 37ª Assembleia Geral de 1999, com o título “Missão e Ministério dos Cristãos Leigos e Leigas”. Um novo vigor se viu em todo o Brasil, impulsionado pelo ardor missionário do Conselho Nacional do Laicato e pelos Conselhos de Leigos das dioceses, no sentido de aprofundar, estimular, orientar, criar novo ânimo pastoral para o ministério próprio dos leigos de ser sal e luz em meio às adversidades das várias realidades onde se fazem presentes.

Recentemente, a CNBB aprovou outro documento oficial sobre o laicato, na 54ª Assembleia Geral do Bispos. Ali a Igreja no Brasil oferece sólidas referências para o aprofundamento acerca da missão dos leigos e leigas em seu vasto campo de atuação. Peço aos leigos de nossa Arquidiocese que aprofundem o estudo sobre o Documento e encontrem, nele, as razões eclesiais mais profundas para encararem, com ardor missionário sempre renovado, os vários desafios que a pregação do Evangelho e o testemunho da fé cristã lhes colocam como critérios no seguimento de Jesus Cristo.

A Igreja e, nela, os leigos, está inserida em meio às dramáticas realidades do mundo para ser sinal de salvação. Assim, o leigo responde à sua vocação própria dentro dessa realidade e não atua como mero braço da hierarquia, como já foi concebido tempos atrás. Com vocação e dignidade próprias, com a autonomia própria, o leigo assume a sua responsabilidade sociopolítica sem dispensar a sua natureza eclesial, mas sendo um sujeito eclesial que realiza no seu fazer cotidiano o tríplice múnus de Jesus Cristo Sacerdote, Rei e Pastor. Nesse sentido, cresce a consciência de que o leigo não apenas pertence à Igreja ou a ela está associado, mas que ele próprio é a Igreja de Jesus Cristo vivo e operante dentro das realidades de missão onde se faz presente. Isto importa numa responsabilidade imensa. Vocação e missão devem ser definidas dentro de um profundo diálogo com os pastores da Igreja e afinadas com a firme consciência de que a atuação dos leigos dentro dos vários mundos das profissões, das associações da vida pública, dentro dos mais complexos sistemas de organizações sociais ou até mesmo e de forma mais basilar, dentro da família, deve se dar conforme a graça assinalada no Batismo.

Sejam Sal da terra e Luz do mundo. Como Maria, mãe das vocações, levem Jesus Cristo e as exigências da salvação a todos os lugares onde se fizerem presentes. Deus os abençoe em todos os passos.

 

Dom Washington Cruz

Arcebispo de Goiânia

Publicado em Artigos dos Bispos

 

De 23 a 25 de maio, é realizada a terceira edição da Jornada da Cidadania, no Centro de Convenções da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). O lançamento do evento aconteceu nesta terça-feira (26) no auditório da Cúria Metropolitana da Arquidiocese de Goiânia, e teve a participação de diversas autoridades, entre elas o vice-governador de Goiás, José Eliton Júnior; representantes da Prefeitura de Goiânia e Aparecida; da Câmara Municipal de Goiânia; o reitor da PUC-GO, Prof. Wolmir Amado, pró-reitores e professores; o arcebispo Dom Washington Cruz e o bispo auxiliar, Dom Levi Bonatto, além de padres, diáconos e a comunidade em geral.

Entre as novidades do evento, que reúne a Feira da Solidariedade, a Semana de Cultura e Cidadania, a Semana do Folclore e os Jogos Universitários, está a Estação das Profissões. Trata-se de um espaço de recepção e visita dirigida dos alunos do ensino médio aos cursos de graduação oferecidos pela universidade, com o objetivo de auxiliá-los na escolha profissional. Ao declarar lançada a Jornada, Dom Washington justificou o sentido do evento. “Não é uma iniciativa filantrópica, mas o aprendizado da partilha de tudo aquilo que vem de Deus”. Ele lembrou ainda do amor do papa Paulo VI pela Igreja e pela humanidade, para dizer que o mundo necessita hoje de “amor” – e a jornada é isso, pontuou – “sinal profético do amor de Jesus Cristo misericordioso que se espalha por toda a cidade e pelas famílias”.

“Estamos em tempos de fome, de guerra, de instabilidade política, tempos de tristeza, de desesperança. Isso, no mundo inteiro, são fatos que nos mostram o quanto temos que aprender para a humanidade dar conta da sua tarefa e nós damos exemplo pequeno ao mundo com a Jornada da Cidadania, mas grandioso diante das nossas possibilidades”, declarou a pró-reitora de extensão e apoio estudantil da PUC e coordenadora geral da jornada, Prof.ª Dr.ª Márcia de Alencar Santana. “Para além do discurso, o que importa mesmo é a ação que fundamenta e materializa as palavras porque um discurso sem ação é letra morta”, completou.

O coordenador da Feira da Solidariedade, padre Max Costa, comentou o surgimento do evento, em 2004, sob inspiração do Dom Washington Cruz, com o desejo de continuar a causa da solidariedade e da fraternidade cristã nas várias realidades. “A fé nos pede uma caridade concreta que faz parte da missão originária da Igreja diante de um povo marcado com tantos sinais de morte e inúmeras formas de exclusão. E nesse evento, unidos com todos os grupos e associações, temos como importante missão defender, cuidar e promover a vida em todas as suas expressões”.

Sementes pela transformação social

Para o vice-governador de Goiás, José Eliton, graduado em direito pela antiga Universidade Católica de Goiás, a Jornada da Cidadania é hoje a evolução das atividades de extensão que há 30 anos aconteciam nas periferias de Goiânia, em que os estudantes se dirigiam às comunidades para prestar assistência social nas mais diversas áreas do conhecimento. “Aquela semente se transformou e essas ações de hoje representam tijolos para a construção de uma sociedade mais justa”, afirmou. O reitor prof. Wolmir Amado, em entrevista a este semanário, comentou que a jornada foi inspirada em evento semelhante realizado há décadas no Rio de Janeiro. Ele ressaltou, no entanto, que a experiência de Goiânia, possibilitou o amadurecimento de um evento que é mais completo e original, no sentido de agregar os segmentos Igreja/Universidade. “Resultado de 12 anos de experiência, a Jornada da Cidadania começa a se consolidar com iniciativas locais, parcerias que se renovam juntamente com atores e sujeitos que participam e somam a cada ano”. O professor destacou dois aspectos (evolutivo e quantitativo) que fazem a jornada crescer. “No ano passado, tivemos 35 obras sociais presentes e este ano teremos 65, praticamente dobramos a presença das ações que são a face caritativa da Igreja de Goiânia que tem importante atuação na sociedade”. O outro aspecto, segundo o reitor, se dá com os casamentos comunitários. “Nasceu com o curso de Direito, em que os alunos começaram montando processos de casamentos civis e em 2009, com a conclusão das obras da Paróquia Universitária São João Evangelista, passou a ser religioso com efeito civil”, refletindo assim mais uma aglutinação do social com o religioso. Para o prof. Wolmir, a principal mensagem da Jornada, cujo nome deriva da Jornada Mundial da Juventude realizada em 2013, é a “dimensão solidária, da doação do tempo, dos talentos, que transformam e tornam o mundo mais fraterno e reflete uma pequena luz que ajuda a iluminar a vida das pessoas”. Em 2015, a jornada alcançou 320 mil atendimentos nas diversas ações sociais e a expectativa é que esse número chegue a 400 mil este ano.

Serviços e parceiros

Os serviços serão disponibilizados nas áreas Jurídica, de Saúde, da Criança, Empreendedorismo e Negócios, Vida e Natureza e profissões, entre outras. São parceiros nesta edição, Governo de Goiás, Prefeituras de Goiânia, de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Bela Vista de Goiás; Sebrae, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Organização das Voluntárias de Goiás, INSS, entre outros.

 

 

 

 

 

Fonte: Arquidiocese de Goiânia

Quinta, 10 Março 2016 19:26

Relação entre Justiça e Misericórdia

 

Em um primeiro momento pode-se pensar que estes dois conceitos justiça e misericórdia são contrários e incompatíveis. Mas não é assim, se os consideramos e os valorizamos desde a revelação bíblica e dentro do marco da fé cristã. Certamente a justiça é entendida também em muitos textos bíblicos como o fiel cumprimento da lei e como exigência de um comportamento humano em conformidade com os mandamentos dados por Deus (Sl 119,1-8). Porém diz o Papa que essa perspectiva, unilateralmente contemplada, teve e tem em todas as culturas o perigo de cair em um legalismo superficial, esquecendo ou relegando o sentido mais valioso e positivo da verdadeira justiça.

Com o fim de superar esse perigo legalista é preciso recordar que a aceitação primordial e mais original da justiça na Sagrada Escritura é a de ser um dom gratuito e um projeto salvífico de Deus em favor do homem. A justiça, com efeito, tem como objetivo principal a salvação e a felicidade humana, já que sua base e suporte fundamental é a aliança bíblica, através da qual se estabelece e sela uma relação e comunhão de misericórdia e de amor e o ser humano.

Neste contexto temos de situar aquela severa crítica de Jesus aos fariseus e mestres da lei: “Ai de vós que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Importava praticar essas coisas, mas sem omitir aquelas. Condutores cegos, que coais o mosquito e tragais o camelo!” (Mt 23, 23-24). “Não é estranho, diz o Papa Francisco, que Jesus tivesse sido rejeitado pelos fariseus e doutores defensores da lei pela lei já que eles punham só cargas sobre os ombros das pessoas, frustrando assim a misericórdia de Deus Pai”.

Diante de qualquer forma de legalismo, Jesus fez suas aquela palavras do profeta Oséias: “Eu quero misericórdia, não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos (Mt 9,13). A misericórdia foi, sem dúvida, a dimensão básica da atitude pessoal de Jesus e o princípio fundamental de sua missão. Desde uma visão autenticamente cristã a justiça e a misericórdia não são incompatíveis, mas se exigem e complementam mutuamente. Mostrar misericórdia não significa menosprezar a justiça, “Mas englobá-la e superá-la num evento superior”. A misericórdia e a justiça, estreitamente relacionadas e implicada entre si, tiveram sua plena e definitiva expressão e cumprimento na vida, morte e ressurreição de Jesus.

Insistindo na relação entre a misericórdia, a justiça e o perdão, quero concentrar-me nos números 20 e 21 da Bula “Misericordiae vultus”, apresentando algumas das reflexões contidas nelas. “A justiça é um conceito fundamental na sociedade civil quando, normalmente, se faz referência a uma ordem jurídica através da qual se aplica a lei”.

A lei e sua aplicação em justiça são fundamentais para o reto funcionamento da vida social, sempre que se trate de uma lei “justa”, de acordo com a dignidade das pessoas e seus direitos fundamentais. Neste sentido, administrar a justiça é aplicar corretamente a lei. A justiça humana se atém à lei. Mas as relações humanas são mais do que a lei, e o amor e a misericórdia a superam, não a anulando, mas indo “mais além”, o que o Papa Chama “ a superação da justiça em direção à misericórdia.

Nesse sentido, o Papa se fixa na reflexão que faz o livro do profeta Oseias: mesmo sendo “justo” que Deus castigue seu povo infiel, que lhe voltou as costas uma e outra vez, o mesmo Deus apela à sua misericórdia. Porque, afirma o Papa: “Se Deus Se detivesse na justiça, deixaria de ser Deus; seria como todos os homens que clamam pelo respeito da lei. A justiça por si só não é suficiente, e a experiência mostra que, limitando-se a apelar para ela, corre-se o risco de destruí-la. Por isso, Deus, com a misericórdia e o perdão, passa além da justiça. Isto não significa desvalorizar a justiça ou torná-la supérflua. Antes pelo contrário! Quem erra, deve descontar a pena; só que isto não é o fim, mas o início da conversão, porque se experimenta a ternura do perdão. Deus não rejeita a justiça. Ele a engloba e a supera num evento superior onde se experimenta o amor, que está na base de uma verdadeira justiça”.

É verdade que na Bíblia se fala, também, de “castigo” de Deus, porém se trata de um castigo sempre medicinal. O castigo não é a última palavra em Deus. Se nos afastarmos dele será por nossa obstinação, porque nos obstinamos em permanecer no mal. Porque o mal é real e é possível obstinar-se nele. De qualquer maneira, estamos aqui diante do mistério de Deus, que nunca podemos decifrar completamente com nossos esquemas humanos. Permanece a grande afirmação da carta de São João: “Deus é amor” (1Jo 4,8), e o convite de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36), que, se colocamos junto ao que encontramos em Mateus, “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48) nos sugerem que a perfeição de Deus é sua misericórdia e a ela Ele nos convida imitar. Essa mensagem do amor misericordioso de Deus não nos deve levar a tomar nossa relação com Ele de forma leviana (se é bom e perdoa, para que esforçar-se tanto?), mas, ao contrário, a responder com uma vida de amor ao amor de Deus, ao Amor que é Deus. O temor pelo castigo é um estádio imperfeito (às vezes, quiçá, pedagogicamente necessário, porque os humanos somos assim). Entretanto a perfeição está no amor. “No amor não há temor; antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor” (1Jo 4,18).

 

Dom Washington Cruz, CP

Arcebispo de Goiânia

Publicado em Artigos dos Bispos

 

Na terceira semana da Quaresma, a Lectio Divina realizada na noite do dia 27 de fevereiro, na Paróquia São João Evangelista, o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Levi Bonatto, refletiu sobre as parábolas da Figueira (Lc 13,1-9) e dos Talentos (Mt 25,14-30). “As duas parábolas nos levam ao tesouro do céu que é para aqueles que doam suas vidas por causa do Reino”, justificou. Sobre a primeira parábola, Dom Levi explicou que se aplica a cada um de nós. O vinhateiro representa Jesus que intercede, pede para colocar adubo na figueira e, caso continue infrutífera, o dono da vinha poderá cortá-la. “Cada um de nós é como a figueira. Se não trabalhamos, ocupamos inutilmente a terra, por isso devemos sempre fazer o exame de consciência e dar frutos nos lugares onde estamos”, disse.

Uma forma de dar frutos, segundo Dom Levi, é se reconhecer pecador, colocar a nossa pequenez diante de Deus. A outra é combatendo a ineficácia. “Nossas vidas dão frutos quando servimos, esse é o primeiro ponto a ser considerado; o segundo, é crescer na intimidade com Deus, buscando o rosto de Cristo; o terceiro, procurar dar frutos no trabalho”. Sobre esta última, ele citou 1Cor 15,58, “Assim, irmãos bem-amados, sede firmes, inabaláveis, fazei incessantes progressos na obra do Senhor, ciente de que a vossa fadiga não é vã no Senhor”. E completou, destacando as características para dar frutos no trabalho: “procurar sempre desenvolver um trabalho intenso, constante e ordenado e arriscar. Quem não se lança faz menos do que Deus pede enquanto o tempo passa”, sublinhou se referindo também à Parábola dos talentos. “O servo não fez jus à predição do seu senhor, não quis complicar a sua vida. Muitas vezes nós também corremos esse risco de não querer complicar a vida e acabamos nos acomodando. O segredo para frutificar é acreditar e perseverar no amor”.

Neste sábado (5), Dom Levi orienta mais uma Lectio Divina, com o tema "Filho Pródigo".

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