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Há um mês falecia o arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. Em memória a este que foi um dos precursores da Igreja no Regional Centro-Oeste, os bispos de Goiás e do Distrito Federal, reunidos no Conselho Episcopal Regional (Conser), prestaram suas homenagens ao irmão no episcopado. “Toda a trajetória de Dom Antonio é fruto da família, celeiro de vocações”, destacou em sua homilia o presidente da celebração, o bispo de Anápolis e vice-presidente do regional, Dom João Wilk.

Dom João comentou a história do irmão no episcopado, que começou no Seminário Santa Cruz, quando esta casa ainda tinha suas instalações em Silvânia (GO), época em que era bispo de Goiás, Dom Emanuel Gomes de Oliveira. Lembrou também o episcopado de Dom Antonio ao lado do primeiro arcebispo de Goiânia, Dom Fernando Gomes dos Santos. “Nosso querido Dom Antonio imprimiu a marca profunda do Concílio Vaticano II na Igreja do Centro-Oeste, nos transmitindo a visão positiva deste grande acontecimento eclesial”, disse. Ainda conforme ele, marcou a pastoral de Dom Antonio, “a Igreja comunidade, povo de Deus”, bem como sua passagem pelas dioceses de Goiás e Itumbiara, como administrador, e pela Diocese de Ipameri, como bispo diocesano, de 1975 a 1985.

Algumas impressões pessoais sobre o homenageado também foram expressas por Dom João Wilk. “Dom Antonio suscitava o entusiasmo nas comunidades e tinha sua base toda centrada na palavra de Deus. Exercia a caridade com o povo e os padres. Certa vez, aqui na sede do regional, falava sobre a relação com os padres e comentava que nunca suspendeu um sacerdote de suas funções. Aquilo me deixou curioso, mas depois fui refletir a respeito e entendi que essa atitude extrema deve ser o último remédio porque é uma decisão que causa muito sofrimento ao bispo e ao padre e Dom Antonio era assim, tinha uma consideração muito forte pelo sacerdócio e um valor profundo à pessoa humana”.

O vice-presidente do regional também comentou que o arcebispo emérito de Goiânia era um homem de oração, inteligente e discreto, incapaz de se colocar em evidência, sempre atento a tudo e corajoso nos tempos difíceis. Em algumas oportunidades tinha dificuldades com a classe política, mas era muito dedicado à unidade da Igreja. “Era um pastor de pregações simples, mas profundas. Em uma Assembleia Geral da CNBB, certa vez, ele explicava o significado da imagem do Divino Pai Eterno. Foi uma fala tão profunda que despertou até em mim a devoção. Ele era ainda o banco de dados do regional e da história eclesial de Goiás”, disse.

Dom João Wilk comentou também ter perguntado ao irmão se ele estava escrevendo suas memórias, mas Dom Antonio respondeu que tentava e não conseguia. Mas disse que falava e uma secretária transcrevia. Os dois bispos estiveram juntos, pela última vez, em janeiro, por ocasião do falecimento de uma irmã de Dom Antonio, religiosa salesiana que vivia em Anápolis. Sobre o falecimento do arcebispo emérito, Dom João disse ter recebido a notícia em uma celebração. “Eu rezava uma missa e senti o peso da notícia como se sente o peso da morte de um irmão, de um familiar querido. Peço a Deus que Dom Antonio interceda por nós para que saibamos transmitir o mesmo amor que ele cultivou pela Igreja”, completou.

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Publicado em CNBB


Nesta segunda-feira (6) a Arquidiocese de Goiânia celebrou a missa de 7º dia ao seu arcebispo emérito Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. A celebração foi presidida pelo arcebispo Dom Washington Cruz, e concelebrada pelos bispos auxiliares, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Arantes, e pelo bispo coadjutor da Diocese de Luziânia (GO), Dom Waldemar Passini Dalbello, além de vários padres, na Catedral Nossa Senhora Auxiliadora.

As leituras da missa exortaram para o amor pelo próximo que todos precisam cultivar (Lv 19,1-2.11-18 e Mt 25,31-46). Dom Washington, durante sua homilia, refletiu sobre esse amor. “A primeira leitura nos aponta uma medida forte, amar o próximo como a nós mesmos. O Evangelho nos motiva de uma forma ainda mais séria: todas às vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeste; todas as vezes que não fizeste isso a um dos pequeninos, foi a mim que não fizeste!”, comentou.

O arcebispo também se referiu a Dom Antonio, que sempre cultivou a opção preferencial pelos pobres, durante todo o seu ministério episcopal. “A justiça social, o amor aos pobres, o santuário do irmão eram objeto constante das pregações de Dom Antonio. A voz dele se calou com a morte, mas outras se levantarão, porque a voz de Jesus, da qual ele era fiel tradutor, jamais se calará”, afirmou.

Ao fim da celebração foi lida a carta enviada pelo secretário de Estado de Sua Santidade o papa Francisco, o cardeal Pietro Parolin, na qual o Santo Padre exprime suas sentidas condolências pela passagem de Dom Antonio e concede benção especial a toda a família e aos fiéis da Arquidiocese de Goiânia, que participaram das celebrações das exéquias do emérito.

Sueli Barros, 60 anos, coordenadora do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi) na época em que Dom Antonio era arcebispo, veio à Catedral prestar suas homenagens. Entrevistada, ela se emocionou ao comentar o pastoreio dele. “Além de nosso arcebispo e pastor, ele foi um pai para nós. Um pai maternal que nos abria os braços e dava apoio com tudo. Ele sempre estava presente participando, dando apoio, nos abençoando com aquela presença amorosa, de pai mesmo. Ele foi um irmão, um pai, um amigo”.

Fotos: Rudger Remígio/Colaboração: Marcos Paulo Mota - Vicariato para a Comunicação - Arquidiocese de Goiânia

Nos dias 1º e 2 de março, diversos bispos do Regional Centro-Oeste estiveram na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Auxiliadora, para rezar, se despedir e celebrar missas pelo arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, 90 anos, que faleceu no dia 28 de fevereiro, após sofrer um infarto. Durante esses dias, alguns bispos foram entrevistados e deixaram sua homenagem mensagem final ao irmão no episcopado, para que seu legado continue a frutificar sobre a sociedade e no seio da Igreja.

Dom Washington Cruz – arcebispo de Goiânia

Dom Antonio vai deixar um vazio na vida da Igreja. Ele carregava na mente e no coração toda a história de Goiás, desde 1800 até nossos dias. Dom Antonio estudou e viveu bem toda a sua vida aqui. Conhece não só a vida religiosa, mas também a vida política, social, do estado, portanto, esse será o vazio, mas que será preenchido no céu. Dom Antonio representou para nós um pai e um pastor. À medida que ia passando os anos, ia amadurecendo e passando essa paternidade espiritual que não era só para o povo, mas era para os bispos, os padres, os religiosos, religiosas. Ele era um bom pai. Não era vovô, porque ele também era capaz de dizer palavras fortes.

Dom Levi Bonatto – bispo auxiliar de Goiânia

A Igreja vai sentir o vazio, a dor e a fragilidade por perder um filho tão nobre como Dom Antonio Ribeiro de Oliveira. Mas essa dor será compensada porque ele será recebido no céu por Nossa Senhora. Para mim foi marcante, nos dois anos de convivência com Dom Antonio, vê-lo sempre rezando sozinho, aos pés do Santíssimo, na Capela de sua casa, pelas necessidades da Igreja, povo de Deus. De fato ele foi um homem de oração.

Dom José Silva Chaves – bispo emérito de Uruaçu-GO

Dom Antonio foi um grande bispo dedicado ao povo de Deus. Homem de firmeza na exposição do Evangelho, que deixou a sua marca indelével aqui em Goiás. Nós, Igreja, temos um grande sentimento por perdermos um grande colega, um grande amigo, e vamos dizer também: um grande pastor zeloso.

Dom Messias dos Reis Silveira – presidente do regional e bispo diocesano de Uruaçu

Dom Antonio Ribeiro foi um bispo de grande importância para o nosso regional. Ele participou do Concílio Vaticano II, de toda aquela reflexão que com certeza trouxe muito conhecimento e experiência para o Regional Centro-Oeste. Aqui ele exerceu o seu ministério com grande zelo. Dom Antonio é conhecido por ser o bispo da conciliação e isso é muito importante nos tempos atuais em que temos tantos desentendimentos e tantas intrigas. No episcopado, sentimos que ele foi muito querido e respeitado pelos bispos. Não há muito tempo, ele esteve lá na sede do regional presidindo uma missa para nós em que falava da importância da relação do bispo com o clero e do clero com as pessoas. Ele dizia que assim como não pode existir os galhos da árvore sem o tronco, também não pode existir o tronco sem os galhos para que os frutos possam aparecer. Nisso percebemos que a comunhão norteava a sua mentalidade e o seu ministério. Ele foi, sem dúvida alguma, um homem da comunhão. Hoje agradecemos a Deus por ter enviado este homem tão bom, tão santo, para o nosso regional, para a Igreja no Brasil, especialmente onde ele viveu boa parte de sua missão e terminou na Arquidiocese de Goiânia, portanto, agradecemos a Deus por ter enviado este dom tão especial aqui para o nosso meio. Hoje é o dia de colocar a semente na terra. Jesus disse que se o grão de trigo não cair e não morrer ele permanecerá só um grão de trigo, mas se morrer produzirá muitos frutos. Como Dom Antonio termina sua vida, ele agora desaparece do nosso meio, mas os frutos continuarão a aparecer. Ele evangelizou muito durante a sua vida, mas continuará também evangelizando após sua morte através de suas obras, das palavras e mensagens deixadas entre nós.

Dom Adair José Guimarães – bispo de Rubiataba-Mozarlândia-GO

Dom Antonio é um ícone da história da Igreja de Goiás e do Centro-Oeste. A sua partida deste mundo deixa para nós uma lacuna, um vazio muito grande porque ele incorporou e internalizou toda a história da Igreja. Das mãos dele, da mente dele, do coração dele, brotaram muitos projetos de ajuda, melhoria da Igreja no Regional Centro-Oeste, inclusive a criação de novas dioceses. Foi um homem escolhido para o episcopado ainda jovem, com 35 anos de idade e por isso teve uma folha extensa de serviços pastorais prestados à Igreja do Centro-Oeste. Dom Antonio deixa um legado muito grande do seu testemunho como um pastor, homem goiano, de linguagem goiana, jeitão goiano que soube também alcançar o coração desse povo e realizou um grande trabalho como bispo, como sacerdote e por isso, para nós, é uma grande perda. Com certeza vai ser uma recorrência permanente da parte da Igreja no Centro-Oeste para buscar nos seus ensinamentos que ficaram, no seu testemunho dado, elementos vigorosos para a continuidade da missão evangelizadora da Igreja. A Dom Antonio nossa imorredoura gratidão pelo seu testemunho de pai e pastor, de bispo, sacerdote, irmão que carinhosamente sempre estendeu as mãos para ajudar as pessoas e a Igreja e rezemos pelo descanso eterno de sua bondosa alma, que ele seja associado na glória dos santos e dos anjos para interceder por nós e por toda nossa Igreja.

Dom Guilherme Antônio Werlang – bispo de Ipameri-GO

Nosso sentimento é difícil de expressar. De um modo, sentimos a dor, o vazio, a perda, porque ele irá fazer falta para todos nós. Porque Dom Antonio, junto com Dom Gilberto Pereira Lopes, são as duas colunas mestras sobre as quais foi construída e edificada a Diocese de Ipameri, em suas duas primeiras décadas. De outro, é um sentimento de louvor a Deus, de ação de graças por tudo aquilo que Dom Antonio viveu e testemunhou com sua fé autêntica, firme, e por tudo que fez pelos mais pobres, na defesa pela justiça, então nós temos esse sentimento duplo, da falta. Mas é um sentimento também de esperança porque nós acreditamos nesse Evangelho que ele anunciou, que ele pregou, de que Jesus é a ressurreição e a vida. De que na casa do Pai existem muitas moradas e nós podemos dizer com certeza que ele já se encontra junto de Deus. Podemos rezar por ele, em sufrágio de sua alma, mas com certeza também podemos pedir pela sua intercessão por esta sua Igreja que está presente no Centro-Oeste, inclusive no Regional Norte 3 (Tocantins e norte de Goiás) que na época em que ele foi presidente do nosso regional, ainda fazia parte do Centro-Oeste. Ele é também um dos poucos padres conciliares que ainda tínhamos vivos. Tudo isso se mistura neste momento, mas nós, como Diocese de Ipameri, e certamente como Arquidiocese de Goiânia, e como Regional Centro-Oeste, entregamos a Deus aquele que de Deus nós recebemos como pastor que nos conduziu. Só podemos louvar e bendizer o Senhor tantas maravilhas que ele fez por meio de um dos mais humildes servos. Dom Antonio é sem dúvida uma das maiores personalidades já nascidas no Centro-Oeste brasileiro. É uma das luzes que brilham mais fortes e essa luz haverá de continuar a brilhar porque seu testemunho continuará vivo entre nós.

Bispos que participaram da missa das exéquias de Dom Antonio

Dom Messias dos Reis Silveira, bispo diocesano de Uruaçu
e presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB
Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia
Dom Moacir Silva Arantes, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia
Dom André de Witte, bispo diocesano de Rui Barbosa, na Bahia
Dom Antônio Fernando Brochini, bispo diocesano de Itumbiara
Dom Carmelo Scampa, bispo diocesano de São Luís de Montes Belos
Dom Eugênio Lambert Adrian Rixen, bispo diocesano de Goiás
Dom Guilherme Antônio Werlang, bispo diocesano de Ipameri
Dom João Wilk, bispo diocesano de Anápolis
Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília
Dom Valdir Mamede, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília
Dom Adair José Guimarães, bispo diocesano de Rubiataba-Mozarlândia

 

Ele será velado nesta Quarta-feira de Cinzas e sepultado na manhã do dia seguinte, na Catedral, ao lado de Dom Emanuel Gomes de Oliveira, único arcebispo de Goiás e de Dom Fernando Gomes dos Santos, primeiro arcebispo de Goiânia

Faleceu na tarde desta terça-feira (28), o arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, 90 anos. Segundo informações do pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Catedral), mons. Daniel Lagni, Dom Antonio foi para a casa de parentes e amigos no Setor Goiânia 2, no domingo (26), após a missa das 10h, passar o feriado de carnaval e, por volta das 16h desta terça-feira (28), ele teve um infarto fulminante. O Corpo de Bombeiros foi chamado, tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu e veio a óbito. Segundo mons. Daniel, Dom Antonio já havia tido um infarto na semana passada. O retorno dele à Casa Mater Salute, onde morava, no Setor Central, estava previsto para esta Quarta-feira de Cinzas.

Por telefone, Dom Washington Cruz manifestou seu pesar pelo falecimento do irmão no episcopado. “Recebi a notícia com o coração apertado. Dom Antonio era uma relíquia, uma memória viva da Igreja em Goiás. Quantas vezes pedíamos para ele escrever a história da nossa Igreja, pois guardava tudo com uma lucidez incomparável”, afirmou. Dom Washington também disse estar confiante na Páscoa de Dom Antonio. “Confiamo-lo à misericórdia de Deus e que sua alma descanse em paz. Esperamos a ressurreição e sabemos que ele já se encontra no coração de Deus. Dom Antonio morreu bem preparado. Nós agradecemos os grandes serviços prestados por ele à Igreja no Brasil, no Centro-Oeste, e, de modo especial nesta Arquidiocese como arcebispo”.

Ainda nesta terça-feira (28), à meia noite, está prevista uma missa a ser presidida pelo arcebispo e concelebrada pelos bispos auxiliares na Catedral Metropolitana. As celebrações seguem, de hora em hora, nesta Quarta-feira de Cinzas. Dom Washington Cruz também preside missa às 19h desta quarta-feira, por ocasião do lançamento da Campanha da Fraternidade. A missa de corpo presente, às 9h de quinta-feira, também será presidida pelo arcebispo. Logo após haverá uma procissão e os restos mortais serão sepultados aos pés de Nossa Senhora Auxiliadora, na cripta da Catedral.

Dados biográficos

Nascimento: 10 de junho de 1926.
Local: Orizona-GO
Filiação: José Ribeiro de Oliveira e Luiza Marcelina de Castro

Ordenação presbiteral: 2 de abril de 1949
Local: Mariana-MG

Nomeação episcopal: 25 de agosto de 1961
Ord. episcopal: 29 de outubro de 1961
Local: Goiânia

Data da renúncia: 8 de maio de 2002.

Estudos
Filosofia – Seminário Central, Ipiranga, São Paulo-SP (1943-1944);
Teologia – Seminário São José, Mariana-MG (1945-1948)

Atividades antes do episcopado: Secretário da Faculdade de Filoso¬fia, Ciências e Letras de Goiânia-GO (1949); reitor e professor do Seminário Santa Cruz, Silvânia-GO (1950-1955); vigário de Orizona-GO, professor no colégio local (1955-1957); pároco da Catedral de Goiânia (1957-1961); vigário geral da Arquidiocese de Goiânia (1958-1961).

Atividades como bispo: Bispo auxiliar de Goiânia (1961-1976); administrador apostólico de Goiás-GO (1966-1967); administrador apostólico de Itumbiara-GO (1972-1973); membro da Comissão Representativa da CNBB; membro da Comissão Episcopal para Traduções de Textos Litúrgicos; membro do Conselho Estadual de Educação de Goiás; Padre Conciliar (1962-1965); bispo de Ipameri (1976-1986); membro do Conselho Fiscal da CNBB (2 mandatos); presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB (1976/1980 a 1983 e 1989 a 1991); arcebispo de Goiânia (1986 a 2002). Escritos de sua autoria Semana Santa sem padre, Diocese de Ipameri-GO; Carta Pastoral sobre eleições, Ipameri-GO; artigos e cartas circulares, Goiânia; pronunciamentos vários, Goiânia e Ipameri.

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Fúlvio Costa

 

 

 

 

 

 

 

Não há necessidade de muito trabalho para encontrar belas histórias sobre o arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, 90 anos, dos quais 55 de episcopado, celebrados na manhã do dia 30 de outubro, na Catedral Nossa Senhora Auxiliadora. Alcides Giolo, 75, e Eurídes Alves Giolo, 70, casaram-se na Catedral em 1964, sob as bênçãos de Dom Antonio. Mas a curiosidade na história dos dois é revelada quando Alcides conta que já morou, ainda solteiro, com o arcebispo emérito, na Rua 19. A futura esposa, órfã de pai e mãe encontrou em Dom Antonio a figura do pai que acolhe o filho em qualquer situação. “Eu era muito jovem, sem experiência, órfã, e Dom Antonio foi o pai que me orientou para o casamento”, conta Eurídes, com os olhos lacrimejando. Hoje, com 52 anos de casados, eles são pais de Zenis Alves Giolo, 51 anos. Alcides, por sua vez, define Dom Antonio em poucas palavras: “Um pastor muito presente, muito amigo e que gosta de ajudar as pessoas. E como gostar de ajudar!”.

Antes do início da missa em ação de graças pelos seus 55 anos de episcopado, o Encontro Semanal tentou entrevistar Dom Antonio e recebeu dele a seguinte resposta: “Preciso me confessar primeiro”. De fato, foi o que ele fez. Aproveitou o suave fundo musical do Hino da Jornada Mundial da Juventude 2016, “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão a misericórdia”, para pedir perdão a Deus pelas suas faltas. Logo depois, disse que aquela celebração acontecia com um único objetivo: “Render graças a Nosso Senhor por essa vida longa e esse tempo bastante alongado de episcopado”. Ele aproveitou ainda para pedir perdão a Deus mais uma vez pelas suas “falhas, fraquezas e ambições”.

A homilia da missa coube ao arcebispo Dom Washington Cruz, que fez uma bela reflexão sobre o significado do tempo. Na perspectiva da mitologia grega (Chronos), segundo ele, o tempo é implacável, devorador, mas também mistério divino. “O deus Chronos é esse ímpeto de controlar e determinar o tempo”, disse. O arcebispo também explicou que outra expressão para tempo, na tradição grega, é Kairós, “o momento certo, a oportunidade, a medida certa, a plenitude da realização”. Declarou que na visão cristã deixou de ser apenas um bem raro, que as pessoas têm de aproveitar da melhor forma, para passar a ser uma oportunidade em que se reúnem para o encontro com Deus”. Por fim, justificou porque fez aquela reflexão: “Prezado irmão Dom Antonio, é com esta moldura e com essa compreensão espiritual sobre o significado do tempo que desejamos celebrar os 55 anos de sua ordenação episcopal”. Agradeceu ao aniversariante pela oportunidade de fazer a homilia em missa tão especial e disse que o tempo do emérito tornou-se o tempo de graça de Deus ao seu povo, sempre muito bem semeado.

Dom Antonio foi bispo de Ipameri (GO), de 1976 a 1986, e arcebispo de Goiânia, de 1986 a 2002. Seu lema episcopal é “Para que todos sejam um”.

Fonte: Jornal Encontro Semanal/Vicariato para a Comunicação da Arquidiocese de Goiânia

 

 

O lema episcopal “Para que todos sejam um”, do querido arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, ressoou nos dias 10 a 12 de junho, por ocasião das celebrações dos seus 90 anos de vida. Atendendo ao pedido do nosso arcebispo Dom Washington Cruz, a data foi celebrada em três grandes momentos. A Reunião Mensal de Pastoral, que normalmente aborda mais de um tema, desta vez homenageou o emérito.

Naquela ocasião, Dom Washington lembrou os inúmeros mártires do início da Igreja, que deram suas vidas pela causa do Evangelho. Pontuou que o episcopado de Dom Antonio foi marcado pelo sofrimento, pelas injustiças, que muitas vezes só Deus sabia o que se passava em seu coração que suportava tudo por amor a Cristo. O bispo emérito de Uruaçu, Dom José Chaves, também deixou sua homenagem a Dom Antonio. Todas as palavras do bispo de Uruaçu foram voltadas para o ministério episcopal. “O bispo é essencialmente um missionário, encarregado da expansão do reino de Cristo: reino da luz, reino da fé, reino do amor”, disse.

Um dos pontos altos da Reunião Mensal foi a apresentação do vídeo produzido pelo Vicariato para a Comunicação (Vicom) que mostra fotos da trajetória do arcebispo emérito, relembra momentos no seminário e com sua família e apresenta “Dom Antonio por ele mesmo”, por meio de uma entrevista.

Coroou a reunião, o lançamento do livro “Dom Antonio Ribeiro de Oliveira – 90 anos”, edição da Divisão de Comunicação da PUC Goiás e organização do Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central (IPEHBC). Além da biografia, de autoria do historiador Antônio César Caldas Pinheiro, a publicação traz os discursos de Dom Antonio em momentos marcantes de sua trajetória episcopal.




Missas

Duas missas em ação de graças marcaram as celebrações pelos 90 anos de Dom Antonio. A primeira, no dia 10, foi celebrada na Catedral Metropolitana, igreja em que foi pároco por quatro anos. Durante a homilia, Dom Washington Cruz agradeceu pelas graças que Deus concede a todos, à Igreja, a cada fiel em particular e ao emérito pelo episcopado “Para que todos sejam um”, o qual disse ter sido uma inspiração divina, pois a Igreja deseja corresponder ao desejo de unidade de Cristo. Ele ainda agradeceu a presença de Dom Antonio na Arquidiocese, como grande anunciador do Evangelho. Ao fim da Santa Missa, ele recebeu homenagem da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), entregue pelo deputado estadual Bruno Peixoto. E em meio aos últimos fogos de artifício que riscaram o céu, festejando a data, Dom Antonio disse que seu grande sentimento era de gratidão, por chegar a essa idade cercado de tanto carinho, que isso o enchia de alegria. Ele ainda recebeu os cumprimentos de todos os presentes que desejaram prestar-lhe homenagens.


A celebração festiva contou também com a presença do bispo auxiliar de Goiânia, Dom Levi Bonatto, e de bispos de outras dioceses: Dom Afonso Fioreze, Diocese de Luziânia; Dom Waldemar Passini Dalbello, bispo coadjutor da Diocese de Luziânia; Dom João Wilk, Diocese de Anápolis; Dom Eugênio Rixen, Diocese de Goiás e Dom José da Silva Chaves, bispo emérito da Diocese de Uruaçu. Grande parte do clero da Arquidiocese de Goiânia, religiosos e religiosas, autoridades políticas, o reitor da PUC Goiás, Prof. Wolmir Amado, e outros representantes da instituição, além dos fiéis leigos, também estiveram presentes.

Em Trindade, Dom Antonio presidiu missa na manhã do domingo (12), no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Refletiu sobre o Evangelho de Lucas 7,36-8,3, em que Jesus perdoa os pecados da mulher pecadora porque ela mostrou muito amor ao filho de Deus. “A Igreja está no mundo para continuar a missão de Jesus”, enfatizou em sua homilia. Para isso, continuou o arcebispo emérito, “Jesus deixou o Sacramento da Confissão para que os pecados sejam perdoados e, neste Ano da Misericórdia, somos chamados ao arrependimento de coração”. Por fim, ele rendeu graças ao Divino Pai Eterno pelos seus 90 anos. “Não vou me cansar de agradecer pelo meu ministério sacerdotal a serviço do povo cristão. Por isso, me dirijo ao coração de cada um pedindo que me ajudem a agradecer o dom da vida, o meu sacerdócio e o meu episcopado para que pela misericórdia do Pai Eterno eu possa chegar ao caminho da salvação”.

Após a celebração, o reitor do Santuário-Basílica, padre Edinísio Pereira agradeceu a Deus por celebrar os 90 anos de Dom Antonio e lembrou as palavras motivadoras do aniversariante sobre sua juventude para as coisas de Deus, apesar da calvície e cabelos brancos. Também presente ali, o governador de Goiás, Marconi Perillo, agradeceu por poder compartilhar em Trindade a vida do emérito de Goiânia, “homem tão importante para a capital, Goiás, Ipameri e Orizona”. “Que Deus o abençoe e continue lhe dando saúde”, concluiu. Logo depois um café da manhã foi oferecido pelos Missionários Redentoristas aos amigos e familiares do aniversariante.

Por Fúlvio Costa e Talita Salgado
Fotos: Caio Cézar

Reportagem completa na edição 109, de 19 de junho de 2016, do Jornal Encontro Semanal.

Sexta, 10 Junho 2016 19:48

Obrigado, Dom Antonio

 

“Typous tou Patrós”. Com essa expressão Santo Inácio de Antioquia define a essência da plenitude do ministério ordenado que o bispo exerce: a imagem viva de Deus Pai. Como reza a liturgia da Igreja: “Pastor Eterno, vós não abandonais o rebanho, mas o guardais constantemente pela proteção dos Apóstolos”.

E assim a Igreja é conduzida pelos mesmos pastores que pusestes à sua _ ente como representantes do Vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor Nosso” (MR, Prefácio dos Apóstolos, I)C om essa ação de graças a Deus, por Cristo, Pastor e Mestre, é que, como corpo místico do Ressuscitado, a Igreja se alegra com a celebração da vida e da longevidade de seus pastores sagrados. Porque dentro da vocação e da missão de cada um deles, vê-se realizar concretamente o sentido profético de suas vidas segundo o querer de Deus: “Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fi z profeta das nações. Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão eu te farei tremer na presença deles” (Jr 1.4-5).

Assim revelou-se a trajetória de Dom Antonio, primeiro bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia e seu segundo arcebispo. Nascido em 10 de junho de 1926, completa agora seus 90 anos de vida. Dotado de uma lucidez que impressiona, Dom Antonio armazena uma memória rica de tantos e tantos acontecimentos que marcaram sua vida e ministério. E de tantos quanto os cercaram ao longo de sua história.

Como bispo auxiliar, aqui esteve nos duros anos do regime militar, cooperando com Dom Fernando no pastoreio da Arquidiocese. Daqui, foi escolhido pelo papa Paulo VI para assumir os encargos de administração das Dioceses de Goiás e de Ipameri. Em 1985, com o falecimento de Dom Fernando Gomes dos Santos, São João Paulo II o nomeia arcebispo de Goiânia. Aqui permaneceu presidindo a unidade da Igreja até a renúncia pronunciada em 8 de maio de 2002.

Tanto no primeiro período que aqui esteve, como na função arquiepiscopal no segundo período, o profetismo foi algo marcante na vida de Dom Antonio. Imensos eram os desafios sociais e pastorais que o segundo arcebispo da nossa Arquidiocese teve de assumir. O pastoreio de Dom Antonio fez-se sentir de modo profético nas duras realidades vividas pelo nosso povo nas periferias da grande Goiânia e nas realidades sofridas das cidades do interior que compõem nossa Arquidiocese.

Uma grande identidade marca o pastoreio de Dom Antonio que enternece a todos os que até hoje o escutam falar: sua participação como padre conciliar. O Concílio Vaticano II teve e tem em Dom Antonio um vigoroso e profundo propagador. Além da história das sessões conciliares das quais tomou parte e que as traz vivas na memória, a eclesiologia do Vaticano II assinala de modo profundo o senso de Igreja que nosso arcebispo emérito traz em seu coração. Certamente, o coração de Dom Antonio se alegrou ao celebrar o cinquentenário do conjunto dos documentos conciliares que tanto marcaram seu modo de viver a fé eclesial, de assumir seu sacerdócio e de exercer o rico ministério episcopal do qual foi revestido no dia 29 de outubro de 1961, em nossa Catedral.

A Igreja Arquidiocesana, ao celebrar os 90 anos de vida de Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, agradece com júbilo a Deus pela rica presença e contribuição pastoral e teológica para a caminhada da Arquidiocese.
Não obstante suas atuais limitações de saúde, Dom Antonio continua deixando o testemunho da perseverança no ministério, do entusiasmo em meio às dificuldades naturais que o tempo traz para a vitalidade física. Seu vigor espiritual permanece estimulando a tantos a responderem também com vigoroso “sim” ao chamado vocacional que Cristo Sacerdote continua a pronunciar em toda a Igreja para que outros jovens também respondam com vigor e entusiasmo à vocação sacerdotal para a qual foram assinalados.

Especial devoto de Nossa Senhora Auxiliadora, o nosso arcebispo emérito traz em seu coração de pastor um carinho profundo à Mãe do Salvador. Com ela, celebrando o aniversário de Dom Antonio e rogando a Deus contínua proteção sobre sua vida, podemos também cantar as alegrias que o Senhor fez em nosso meio.

Feliz Aniversário, Dom Antonio. Possa o Senhor, a cada dia, renovar-lhe as forças e conceder-lhe sempre a alegria do ministério de serviço à unidade do povo cristão.

 

Dom Washington Cruz

Arcebispo de Goiânia

Publicado em Artigos dos Bispos

 

A Arquidiocese de Goiânia convida toda sua Igreja a prestigiar, nos próximos dias 10, 11 e 12, as atividades comemorativas dos 90 anos de Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, cuja história de vida se entrelaça com a história da Arquidiocese, Igreja particular em que foi arcebispo por 16 anos (1986-2002) e do Regional Centro-Oeste da CNBB, no qual foi presidente de 1976/1980 a 1983 e 1989 a 1991.

"Pedimos que nossas paróquias e comunidades celebrem também por Dom Antonio, para juntos darmos graças pelos dons da vida e do sacerdócio do arcebispo emérito da nossa Arquidiocese", conclama Dom Washington Cruz, arcebispo metropolitano.

Programação
Dia 10 - Missa solene na Catedral de Goiânia, às 19h
Dia 11 - Reunião Mensal de Pastoral comemorativa, das 8h às 12h
Dia 12 - Missa solene no Santuário-Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, às 8h

Perfil
Leia a última edição do jornal Encontro Semanal, que é comemorativa dos 90 anos de Dom Antonio, conta um pouco da trajetória do segundo arcebispo de Goiânia, sucessor de Dom Fernando Gomes dos Santos. Registra depoimentos de pessoas que têm por ele grande apreço, admiração e gratidão.

Encontro Semanal
Com essa edição especial (impressa e online), o jornal completa 2 anos de existência no âmbito do Vicariato para a Comunicação. Fúlvio Costa é o jornalista responsável, que tem a colaboração da equipe do Vicom na reportagem, cobertura fotográfica, diagramação, revisão e divulgação. O consultor teológico é o padre Warlen Maxwell e, a cada número, diferentes colaboradores assinam artigos informativos e formativos.

Cronologia

Nascimento: 10 de junho de 1926 – Local: Orizona-GO
Filiação: José Ribeiro de Oliveira e Luiza Marcelina de Castro
Ordenação presbiteral: 2 de abril de 1949 – Local: Mariana-MG
Nomeação Episcopal: 25 de agosto de 1961
Ordenação Episcopal: 29 de outubro de 1961 – Local: Goiânia
Data da renúncia: 8 de maio de 2002.

Estudos: Filosofia - Seminário Central, Ipiranga, São Paulo-SP (1943-1944)
Teologia: Seminário São José, Mariana-MG (1945-1948)

Atividades antes do episcopado

Secretário da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Goiânia-GO (1949); reitor e professor do Seminário Santa Cruz, Silvânia-GO (1950-1955); vigário de Orizona-GO, professor no colégio local (1955-1957); pároco da Catedral de Goiânia (1957-1961); vigário geral da Arquidiocese de Goiânia (1958-1961).

Atividades como bispo

Bispo auxiliar de Goiânia (1961-1976); administrador apostólico de Goiás-GO (1966-1967); administrador apostólico de Itumbiara-GO (1972-1973); membro da Comissão Representativa da CNBB; membro da Comissão Episcopal para Traduções de Textos Litúrgicos; membro do Conselho Estadual de Educação de Goiás; Padre Conciliar (1962-1965); bispo de Ipameri (1976-1986); membro do Conselho Fiscal da CNBB (2 mandatos); presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB (1976/1980 a 1983 e 1989 a 1991); arcebispo de Goiânia (1986 a 2002).

Escritos de sua autoria

Semana Santa sem padre, Diocese de Ipameri-GO; Carta Pastoral sobre eleições, Ipameri-GO; artigos e cartas circulares, Goiânia; pronunciamentos vários, Goiânia e Ipameri.

Lema episcopal: Ut unum Sint (Para que sejam um).

LEIA A EDIÇÃO ESPECIAL DO JORNAL

Veja fotos da missa em ação de graças pelos 54 anos de vida episcopal do Dom Antonio celebrados em 2014

Informações: Vicariato para a Arquidiocese de Goiânia

Do alto dos seus 89 anos de vida, o arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, presidiu a missa em ação de graças pelos 54 anos de sua vida episcopal. A celebração aconteceu na Catedral Metropolitana Nossa Auxiliadora, foi concelebrada por diversos sacerdotes e contou com a participação de religiosos, leigos e autoridades públicas.

Em sua homilia, Dom Antonio se emocionou ao relembrar os dias que antecederam a sua ordenação presbiteral. E contou a todos o sentido de sua doação ao sacerdócio. “No retiro de três dias antes da minha ordenação presbiteral, eu levei um caderno para escrever, mas acabei não escrevendo nada, de tão emocionado que eu estava. Mas na última noite, sozinho no quarto, rezando, eu pensei ‘amanhã eu serei padre’ e escrevi: Jesus, fazei com que aquele que me encontrar, encontre a vós. Não sou padre para mim, não sou padre para qualquer homenagem de grandeza a alguém”.

Dom Antonio também lembrou que foi bispo auxiliar de Goiânia por 14 anos, bispo diocesano de Ipameri (GO) por 10 anos e Arcebispo de Goiânia por 16 anos e que deixou a gestão episcopal há 13. E declarou que continua com o mesmo pensamento de quando se preparava para ser padre. “Continuo padre com o mesmo pedido a Jesus: quem me encontrar, não fique em mim, mas encontre Jesus”. Ao final de sua fala, ele agradeceu a presença e o carinho de todos.

Homenagem

Por ocasião da data, o pároco da Paróquia Santo Antônio de Pádua, no Setor Negrão de Lima, na capital, padre Alaor Rodrigues de Aguiar, publicou o livro “Memórias históricas de Dom Antonio Ribeiro de Oliveira – Homem de oração e comunhão, de fé e de atitudes”. A obra foi distribuída após a missa. O sacerdote ainda aproveitou a ocasião para tecer algumas palavras ao arcebispo. “O emérito da Igreja particular de Goiânia conhecia cada uma das comunidades da Arquidiocese, sabia o nome de quase todas as pessoas que estavam à frente das pequenas comunidades nas periferias geográficas e humanas. Sua palavra era indutiva. Ele ficava alegre e sofria com pessoas de carne e ossos. Via e sentia de perto as alegrias, as esperanças, as tristezas e angústias das pessoas, das comunidades e de cada grupo aos quais ele mantinha atentos os ouvidos e o coração”.

Vários amigos do Dom Antonio participaram da celebração. Getúlio Vitorino, 65 anos, destacou o trabalho social desenvolvido pelo arcebispo. “Convivi com ele nas Pastorais Sociais e eu lembro com muita alegria o seu empenho em ajudar os mais necessitados, procurando sempre trazer as pessoas para participarem normalmente da sociedade”. Genoveva de Freitas, 65 anos, também trabalhou com o arcebispo na articulação das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). “Aprendi com ele a incentivar e valorizar os leigos, priorizar a vivência comunitária para que a experiência de solidariedade e de partilha acontecesse no dia a dia”. Já Augusta Santos Antunes de Oliveira, 69 anos, destacou dois compromissos do Dom Antonio na Arquidiocese. “Um foi com os pobres e a transformação social e o outro o apoio aos leigos e às mulheres na Igreja de Goiânia”.

Atividades como bispo

Como bispo, foi auxiliar de Goiânia de 1961 a 1976; administrador apostólico de Goiás, de 1966 a 1967; administrador apostólico de Itumbiara de 1972 a 1973; membro da Comissão representativa da CNBB; membro Comissão Episcopal para Traduções de Textos Litúrgicos; membro do Conselho Estadual de Educação de Goiás; Padre Conciliar de 1962 a 1965; bispo de Ipameri de 1976 a 1986; membro do Conselho Fiscal da CNBB por dois mandatos; presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, de 1987 a 1991, na época composta pelos Estados de Goiás e Tocantins e pelo Distrito Federal e por fim, arcebispo de Goiânia de 1986 a 2002. É autor do livro Semana Santa sem Padre, que escreveu na diocese de Ipameri e Carta Pastoral sobre Eleições, além de pronunciamentos e cartas circulares diversas. Seu lema episcopal é “Para que todos sejam um”.

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