Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
No próximo dia 16 de julho, às 20h, a Pastoral Familiar da Diocese de Anápolis realizará uma live pelo instagram sobre o tema “Relacionamento familiar nas redes sociais e o mundo atual”. O momento será conduzido pelo padre Crispim Guimarães dos Santos, assessor nacional Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e secretário executivo nacional da Pastoral Familiar. Participará ainda o padre Thiago Monteiro, diretor espiritual da Pastoral Familiar na Diocese de Anápolis. A live poderá ser acompanhada pelo instagram @pastoralfamiliaranapolis
Para o coordenador da Pastoral Familiar no Regional, Roberto Cirino, as Igrejas particulares no Brasil têm se reinventado por meio do clero e religiosas, pastorais, movimentos e serviços, para que o projeto de Evangelização, Promoção da Família, da Dignidade Humana e defesa da vida continue de forma efetiva. “A Maneira encontrada para chegar na casa de muitas famílias foi utilizar os meios de comunicações realizando lives, Momentos de Orações, Mensagens de otimismo, Reflexões Bíblicas e de Fé. O Regional Centro-Oeste, através das 12 Dioceses que o compõe, tem se articulado para continuar, mesmo à distância, este Projeto de Amor e de Evangelização”, sublinhou.
Outra live já foi realizada pela Pastoral Familiar, que neste tempo de pandemia aposta na formação remota. Com o tema “A vivência da santidade em família”, foi realizada no último dia 8 de julho, com a participação de Ítalo Fasanella, da Comunidade Sagrada Família, de São Paulo. O momento foi realizado pela Pastoral Familiar da Arquidiocese de Brasília.
Neste período de pandemia que teve início em meados do mês de março, a Pastoral da Aids do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) continua desenvolvendo diversas ações de solidariedade.
Para atender as necessidades das pessoas vivendo e convivendo com HIV/Aids, o Grupo AAVE (Aids: apoio, vida, esperança) na Arquidiocese de Goiânia, continua ajudando estas pessoas, desde abril com entrega de máscaras, kits de higiene e cestas básicas. Segundo a coordenadora regional da Pastoral da Aids, irmã Elenice, os atendimentos psicológicos são oferecidos três vezes por semana, o jurídico duas vezes, a terapia de grupo duas vezes e a espiritualidade acontece três vezes por semana, de forma on-line. Em abril, o Grupo AAVE distribuiu 55 cestas, 200 máscaras e 3.500 reais em espécie. No mês seguinte foram distribuídos 80 quilos de fubá, 60 cestas e 4.900 reais em espécie. No mês de junho distribuiu 64 cestas e macarrão, 10 kits higiene e 4.900 reais em espécie.
A Dioceses de Anápolis acompanhou 30 pessoas internas na Casa Bethânia e distribuiu 100 quilos de alimentos em abril, maio e junho. Prestou também atendimento psicológico e terapia de grupos e individual aos assistidos. A Diocese de Jataí, por sua vez, desenvolveu atendimento psicológico e espiritual e criou um grupo de whatsapp para dar suporte às pessoas com HIV. “Essa iniciativa tem por objetivo o envio de mensagens diárias para diminuir a ansiedade e fortalecer a espiritualidade neste momento de isolamento social”, explicou irmã Elenice. Na Diocese de Jataí foi realizada ainda a entrega de máscaras e cestas para 30 pessoas, bem como de material de artesanato.
A Pastoral da Aids agradece a todas as organizações, paróquias e amigos pelas doações de alimentos e contribuições de dinheiro em espécie.
Comunicação
Desde o início da pandemia, a Pastoral da Aids também tem realizado suas reuniões e celebrações de forma virtual, conforme a coordenadora regional. “Realizamos a vigília pelos mortos de Aids com a missa on-line e momentos de oração da dezena do terço em casa. No âmbito nacional foi criada a rede de Carinho e Fé da Pastoral da Aids, pelas plataformas facebook, Youtube, whatsapp. Realizamos ainda momentos de oração ao vivo, com meditações e mensagens de paz e esperança”, afirmou.
Vivendo a dignidade de povo sacerdotal conferida pelo batismo, as famílias brasileiras são chamadas a celebrar em seus lares o Dia do Senhor. Neste domingo, 12 de julho, a Igreja celebra o 14º Domingo do Tempo Comum e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, oferece mais uma vez o roteiro “Celebrar em família”.
No centro da celebração da Palavra está a parábola do Semeador, extraída do Evangelho de Mateus 13, 1-23:
[…] “A semente que caiu em boa terra é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”, ensina Jesus no Evangelho do próximo domingo.
Neste contexto de pandemia, o roteiro pode ser uma valiosa opção para continuar em comunhão com a Igreja, principalmente às pessoas impossibilitadas por motivo de saúde ou idade, ou porque pertencem ao denominado ‘grupo de risco’, que devem ainda abster-se de participar das celebrações comunitárias dominicais, nos locais em que as missas já retornaram.
O roteiro desta semana também tem uma prece especial pelo fim da pandemia. A Comissão para a Liturgia da CNBB oferece no material uma litania, também conhecida como ladainha, que ajudará as famílias em suas súplicas.
BAIXE O ROTEIRO DA CELEBRAÇÃO EM FAMÍLIA DO 14º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Fonte: CNBB Nacional
Neste ano de 2020, em que a Devoção ao Divino Pai Eterno completa 180 anos, por causa da pandemia que assola o mundo, não tivemos a grande Romaria ao Santuário-Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO). De 26 de junho a 6 de julho, a TV Pai Eterno, a Rádio Difusora Pai Eterno, a Rede Vale e a Rede Vida transmitiram, em dois horários, celebrações ao vivo, direto do Santuário-Basílica, sem a participação física dos fiéis. Milhares de romeiros, em todo o país, participaram de suas casas.
No dia 26 de junho, Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia, presidiu a primeira novena, abrindo assim as celebrações solenes. O presidente da celebração iniciou sua reflexão saudando os fiéis que participaram de suas casas: “Meus irmãos e minhas irmãs, de todo o Brasil, apesar dessa igreja vazia, estamos todos presentes no coração do Pai Eterno”.
“Todos os anos, nesta época, o povo de todo Brasil, principalmente do Centro-Oeste, está acostumado a peregrinar para este glorioso santuário. Homens e mulheres de todas as idades e condições vêm caminhando para agradecer e também pedir graças e bênçãos ao Pai Eterno; famílias inteiras armam suas tendas para que possam contemplar o rosto misericordioso do Pai Eterno”, lembrou o arcebispo.
No segundo dia da novena em honra ao Pai Eterno, a Novena e a Santa Missa foram presididas por Dom Moacir Silva Arantes, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, que falou sobre o amor do Pai Eterno por nós: “O seu nome era Jesus de Nazaré, que, por amor, veio para nos salvar e que também, por amor, espera que nós vamos até ele. Não com a perfeição da nossa vida, mas com a nossa fé e com a esperança de que seu amor nos alcança no que somos. Nós, queridos irmãos e irmãs, devemos ter a certeza de que esse amor nos cura, nos salva e nos liberta”.
Dom Levi Bonatto presidiu o quinto dia da novena na capital da fé do Brasil e, olhando para o santuário vazio, fez a pergunta que ele mesmo respondeu: “Onde estão os romeiros que certamente iriam encher este santuário como fazem todos os anos? Certamente estão em suas casas, cuidando-se por causa da pandemia, olhando para este santuário vazio, desolados como nós. Mas o verdadeiro romeiro faz a sua peregrinação com o coração no Pai Eterno, esteja ele onde estiver”.
A novena contou ainda com a presença do bispo auxiliar de Anápolis, Dom Dilmo Franco de Campos, que presidiu o terceiro dia da novena, e também com Dom Lindomar Rocha Mota, bispo de São Luís de Montes Belos, além dos padres redentoristas.
Fonte: Vicariato para a Comunicação - Arquidiocese de Goiânia - Redação - Marcos Paulo Mota
O mês de julho é dedicado à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. São João Batista apresentou Jesus ao mundo dizendo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação.
São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe 1,19).
O Papa Bento XIV (1740-1748) ordenou a Missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus, que foi estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX (1846-1878). São Gaspar de Búfalo propagou fortemente essa devoção, tendo a aprovação da Santa Sé. Ele foi o fundador da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue (CPPS), em 1815. São Gaspar nasceu, em Roma, aos 6 de janeiro de 1786.
O Papa São João Paulo II, em sua Carta Apostólica Angelus Domini, repetiu o que São João XXIII disse sobre o valor infinito do Sangue de Cristo, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”.
Valor infinito
O Sangue de Cristo representa a Sua vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça Divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. “Isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados” (Mt 26, 28).
Em cada Santa Missa, a Igreja renova, presentifica, atualiza e eterniza esse sacrifício expiatório pela redenção da humanidade. Em média, quatro vezes por segundo essa oferta divina sobe ao céu em todo o mundo, nas Missas.
O Catecismo da Igreja ensina que “nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de oferecer-se em sacrifício por todos” (n. 616); para isso, era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer esse sacrifício; então, o Verbo Divino dignou-se a assumir a nossa natureza humana para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.
Assim, o Sangue do Senhor nos libertou do pecado, da morte eterna e da escravidão do demônio. São Paulo diz: “Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,9). Por Seu Sangue, Cristo nos reconciliou com Deus: “Por seu intermédio, reconciliou consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus” (Cl 1,20).
Com o Seu Sangue, Cristo nos resgatou, fez de nós um povo Seu: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue” (At 20,29). “Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário eterno, em virtude do Sangue de Jesus” (Hb 10,19).
“Cantavam um cântico novo, dizendo: ‘Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça’.” (Ap 5,9)
Remissão dos pecados
Hoje, esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar, pela fé. Somos justificados por esse Sangue, ensina São Paulo: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9). “Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1,7).
Esse Sangue redentor está à nossa disposição também no sacramento da confissão. Pelo ministério da Igreja e dos sacerdotes, o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o Seu precioso Sangue. Infelizmente, muitos católicos ainda não entenderam a profundidade desse sacramento e fogem dele por falta de fé ou de humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na confissão e cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.
O Catecismo ensina que, pelo Sangue de Cristo, a Igreja pode perdoar qualquer pecado: “Não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. Não existe ninguém, por mais culpado que seja, que não deva esperar com segurança o seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero. Cristo, que morreu por todos os homens, quer que, em sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado” (cf. n. 982).
Esse Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do Sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor ” (1 Cor 10,16-27).
“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,53-56).
É pelo Sangue de Cristo que os santos e os mártires deram testemunho de sua fé e chegaram ao céu: “Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14).“Estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e de seu eloquente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12, 11).
É pelo Sangue derramado que Ele venceu e se tornou Rei e Senhor: “Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome é Verbo de Deus. Um nome está escrito sobre o seu manto: Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19,13-16).
Fonte: Professor Felipe Aquino/Canção Nova
Nos tempos atuais, onde a pandemia tem estado presente em nosso meio social, não podemos deixar de ressaltar que a Pastoral da Criança diocesana continua com suas atividades, trazendo em seu cerne o “desenvolvimento integral das crianças, promovendo, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político”.
(Artigo 2º do Estatuto).
Ainda que vivamos tempos difíceis, tempos de isolamento e sofrimento, em que as mazelas humanas assolam o meio social, os membros da Pastoral da Criança realizam sua vocação, auxiliando crianças, gestantes e famílias de modo geral, buscando se conformar com o exercício da caridade que tanto nos pede nosso amado Deus. “Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição.”(Cl 3,14)
É importante sabermos que os membros e líderes da Pastoral da Criança trabalham para perpetuar os valores da missão cristã, de modo que o auxílio às famílias carentes seja de fato, a presença do próprio Cristo naqueles que sofrem.
O Trabalho é árduo, a simplicidade é grande, e o amor pelas coisas que Deus nos ensinou é ainda maior.
Ressaltamos ainda que todos os cuidados especiais estão sendo tomados, de modo que as famílias assistidas fiquem inteiramente preservadas do contato com os demais.
Rezemos pelos membros da Pastoral da Criança, pelos coordenadores, e acima de tudo pelas famílias assistidas, para que a graça de Deus seja sempre o consolo e a resposta diante de todas as necessidades.
Que Cristo nos abençoe, e que Nossa Mãe Santíssima interceda por nós!
Bruno Assunção
"Como o Senhor transformou Simão em Pedro, assim chama a cada um para fazer de nós pedras vivas, com as quais construir uma Igreja e uma humanidade renovadas. Há sempre quem destrua a unidade e quem apague a profecia, mas o Senhor acredita em nós e pede-te: «Queres ser construtor de unidade? Queres ser profeta do meu céu na terra?» Deixemo-nos provocar por Jesus e ganhemos a coragem de Lhe dizer: «Sim, quero»!"
Homilia do Santo Padre
Eucaristia, com a bênção dos pálios,
na Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo
(Basílica de S. Pedro, 29 de junho de 2020)
Na festa dos dois Apóstolos desta cidade, gostaria de partilhar convosco duas palavras-chave: unidade e profecia.
Unidade. Celebramos conjuntamente duas figuras muito diferentes: Pedro era um pescador que passava os dias entre os remos e as redes; Paulo, um fariseu culto, que ensinava nas sinagogas. Quando saíram em missão, Pedro dirigiu-se aos judeus; Paulo, aos pagãos. E, quando se cruzaram os seus caminhos, discutiram animadamente, como Paulo não tem vergonha de contar numa carta (cf. Gal 2, 11-14). Enfim, eram duas pessoas muito diferentes, mas sentiam-se irmãos, como numa família unida onde muitas vezes se discute mas sem deixar de se amarem. Contudo a familiaridade, que os unia, não provinha de inclinações naturais, mas do Senhor. Ele não nos mandou agradar, mas amar. É Ele que nos une, sem nos uniformizar. Nos une nas diferenças.
A primeira Leitura de hoje leva-nos à fonte desta unidade. Narra que a Igreja, pouco depois de ter nascido, passava por uma fase crítica: Herodes não lhe dava paz, a perseguição era violenta, o apóstolo Tiago fora morto; e agora acabou preso o próprio Pedro. A comunidade parece decapitada; cada qual teme pela própria vida. Contudo, neste momento trágico, ninguém foge, ninguém pensa em salvar a pele, ninguém abandona os outros, mas todos rezam juntos. Da oração, tiram coragem; da oração, vem uma unidade mais forte do que qualquer ameaça. Diz o texto que, «enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava a Deus, instantemente, por ele» (At 12, 5). A unidade é um princípio que se ativa com a oração, porque a oração permite ao Espírito Santo intervir, abrir à esperança, encurtar as distâncias, manter-nos juntos nas dificuldades.
Notemos outra coisa: naqueles momentos dramáticos, ninguém se lamenta do mal, das perseguições, de Herodes. Ninguém insulta Herodes. E nós estamos muito habituados a insultar os responsáveis. É inútil, e até chato, que os cristãos percam tempo a lamentar-se do mundo, da sociedade, daquilo que está errado. As lamentações não mudam nada. Recordemo-nos de que as lamentações são a segunda porta fechada ao Espírito Santo, como disse a vocês no dia de Pentecostes: a primeira é o narcisismo, a segunda o desânimo, a terceira o pessimismo. O narcisismo te leva ao espelho, para se olhar continuamente; desânimo, as lamentações. O pessimismo, ao escuro, à escuridão. Essas três atitudes fecham a porta do Espírito Santo. Aqueles cristãos não culpavam, mas rezavam. Naquela comunidade, ninguém dizia: «Se Pedro tivesse sido mais cauteloso, não estaríamos nesta situação». Ninguém. Pedro, humanamente, tinha motivos para ser criticado; mas ninguém o criticava. Não murmuravam contra ele, mas rezavam por ele. Não falavam por trás, mas falavam com Deus. Hoje, podemos interrogar-nos: «Guardamos a nossa unidade com a oração, nossa unidade da Igreja? Rezamos uns pelos outros?» Que aconteceria se se rezasse mais e murmurasse menos, com a língua um pouco mais tranquila? Aquilo que aconteceu a Pedro na prisão: como então, muitas portas que separam, abrir-se-iam; muitas algemas que imobilizam, cairiam. E nós ficaríamos maravilhados como aquela jovem que vendo Pedro na porta, não conseguia abrir a porta, mas ia dentro, maravilhada de alegria em ver Pedro. Peçamos a graça de saber rezar uns pelos outros. São Paulo exortava os cristãos a rezar por todos, mas em primeiro lugar por quem governa (cf. 1 Tim 2, 1-3). Mas este governante é ...", e os qualificadores são muitos: eu não os direi, porque este não é o momento nem o lugar para dizer os qualificadores que são ouvidos contra os governantes. Mas, que Deus os julgue: mas rezemos pelos governantes. Vamos rezar. Eles precisam de oração. É uma tarefa que o Senhor nos confia. Temo-la cumprido? Ou limitamo-nos a falar, insultar e basta? Quando rezamos, Deus espera que nos lembremos também de quem não pensa como nós, de quem nos bateu a porta na cara, das pessoas a quem nos custa perdoar. Só a oração desata as algemas, como a Pedro; só a oração deixa livre o caminho para a unidade.
Neste dia, benzem-se os pálios que serão entregues ao Decano do Colégio Cardinalício e aos Arcebispos Metropolitas nomeados no decorrer do último ano. O pálio recorda a unidade entre as ovelhas e o Pastor que, como Jesus, carrega a ovelha aos ombros e nunca mais a larga. Além disso, segundo uma bela tradição, hoje unimo-nos de maneira especial ao Patriarcado Ecuménico de Constantinopla. Pedro e André eram irmãos; e entre nós, quando é possível, trocamos uma visita fraterna nas respetivas festas; não tanto por gentileza, mas para caminhar juntos rumo à meta que o Senhor nos indica: a unidade plena. Hoje, eles não conseguiram vir por causa do coronavírus, mas quando desci para venerar os restos mortais de Pedro, sentia no coração ao meu lado meu amado irmão Bartolomeu. Eles estão aqui, conosco.
A segunda palavra: profecia. Unidade e profecia. Os nossos Apóstolos foram provocados por Jesus. Pedro ouviu-O perguntar-lhe: «Tu, quem dizes que Eu sou?» (cf. Mt 16, 15). Naquele momento, compreendeu que, ao Senhor, não Lhe interessam as opiniões gerais, mas a opção pessoal de O seguir. Também a vida de Paulo mudou depois duma provocação de Jesus: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» (At 9, 4). O Senhor abalou-o dentro: mais do que fazê-lo cair por terra no caminho de Damasco, derrubou a sua presunção de homem religioso e bom. Assim um Saulo altivo tornou-se Paulo. Paulo que significa «pequeno». A estas provocações, a estas inversões da vida seguem as profecias: «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja» (Mt 16, 18); e a Paulo: «É instrumento da minha escolha, para levar o meu nome perante os pagãos» (At 9, 15). Assim, a profecia nasce quando nos deixamos provocar por Deus: não quando gerimos a própria tranquilidade, mantendo tudo sob controle. Não nasce de meus pensamentos, não nasce de meu coração coração. Nasce se nós nos deixamos provocar por Deus. Quando o Evangelho inverte as certezas, brota a profecia. Só quem se abre às surpresas de Deus é que se torna profeta. Vemo-lo em Pedro e Paulo, profetas que enxergam mais além: Pedro é o primeiro a proclamar que Jesus é «o Messias, o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16); Paulo antecipa a conclusão da sua vida: «Já me aguarda a merecida coroa, que me entregará, naquele dia, o Senhor» (2 Tim 4, 8).
Hoje precisamos de profecia, de verdadeira profecia: não discursos que prometem o impossível, mas testemunhos de que o Evangelho é possível. Não são necessárias manifestações miraculosas. Me dói quando ouço "mas, queremos uma Igreja profética"... Bem. O que fazes para que a Igreja seja profética? Queremos a profecia. É preciso vidas que manifestam o milagre do amor de Deus. Não potência, mas coerência; não palavras, mas oração; não proclamações, mas serviço. Tu queres uma Igreja profética? Comece a servir, fique calado. Não teoria, mas testemunho. Precisamos não de ser ricos, mas de amar os pobres; não de ganhar para nós, mas de nos gastarmos pelos outros; não do consenso do mundo, o de estar bem com todos. Costumamos dizer: “estar bem com Deus e com o diabo”...estar bem com todos. Não. Isso não é profecia. Mas precisamos da alegria pelo mundo que virá; não de projetos pastorais, estes projetos que parecem ter a própria eficiência, como se fossem sacramentos, projetos pastorais eficientes: não; mas precisamos de pastores que ofereçam a vida: de enamorados de Deus. Foi assim, como enamorados, que Pedro e Paulo anunciaram Jesus. Pedro, antes de ser colocado na cruz, não pensa em si mesmo, mas no seu Senhor e, considerando-se indigno de morrer como Ele, pede para ser crucificado de cabeça para baixo. Paulo está para ser decapitado e pensa só em dar a vida, escrevendo que quer ser «oferecido como sacrifício» (2 Tim 4, 6). Esta é a profecia. Não palavras. E esta é profecia, a profecia que muda a história.
Amados irmãos e irmãs, Jesus profetizou a Pedro: «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja». Existe, também para nós, uma profecia semelhante; encontra-se no último livro da Bíblia, quando Jesus promete às suas testemunhas fiéis «uma pedra branca», na qual «estará gravado um novo nome» (Ap 2, 17). Como o Senhor transformou Simão em Pedro, assim chama a cada um para fazer de nós pedras vivas, com as quais construir uma Igreja e uma humanidade renovadas. Há sempre quem destrua a unidade e quem apague a profecia, mas o Senhor acredita em nós e pede-te: «Tu, tu, tu, tu: queres ser construtor de unidade? Queres ser profeta do meu céu na terra?» Irmãos e irmãs, deixemo-nos provocar por Jesus e ganhemos a coragem de Lhe dizer: «Sim, quero»!
Fonte: Vatican News
No sábado, dia 20 de junho, a Pastoral Vocacional do Regional Centro-Oeste e as coordenações diocesanas, realizaram uma reunião virtual, com o objetivo de refletir sobre como desenvolver animação vocacional neste tempo de pandemia.
Segundo o coordenador regional da Pastoral, padre Paulo Henrique, cada diocese compartilhou o trabalho que tem feito, o acompanhamento personalizado realizado com os vocacionados que já estavam caminhando no seu discernimento. O grupo também conversou sobre o Mês Vocacional de agosto. “Pensamos algumas iniciativas que podem ser feitas e sobre o documento conclusivo do IV Congresso Vocacional do Brasil, que pode nos ajudar neste sentido", afirmou. Além dessas partilhas, a pastoral pensou em como dinamizar as equipes de animação vocacional nas paróquias mesmo neste tempo de distanciamento social.
Participaram representantes de quase todas as dioceses. Das 12, apenas duas não participaram.
O bispo referencial da Pastoral Vocacional no Regional Centro-Oeste é Dom José Aparecido Gonçalves, administrador arquidiocesano de Brasília.
Nesta quinta-feira, 25 de junho, às 15h, a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta em uma live o “Novo Diretório para a Catequese” nas redes sociais (@cnbbnacional), que será lançado pelo Vaticano.
Para conversar sobre esse documento, os assessores da comissão, padre Jânison de Sá e a irmã Izabel Patuzzo, participaram de uma roda de conversa com o arcebispo de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-catequética, Dom José Antônio Peruzzo.
O documento é redigido pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização (CPPNE). De acordo com o Vaticano, a publicação de um Diretório para a Catequese representa um acontecimento feliz para a vida da Igreja.
“Com efeito, pode constituir um desafio positivo para todos os que se dedicam ao grande empenho da catequese, uma vez que permite experimentar a dinâmica do movimento catequético que sempre teve uma presença significativa na vida da comunidade cristã. O Diretório para Catequese é um documento da Santa Sé disponível a toda a Igreja”, destaca o texto.
Segundo o Vatican News, o presidente do Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização, dom Rino Fisichella, disse na coletiva de apresentação do documento que “É urgente realizar uma ‘conversão pastoral’ a fim de liberar a catequese de certos laços que a impedem de ser eficaz”.
Dom Rino Fisichella disse ainda na coletiva que “Na era digital, vinte anos podem ser comparados, sem exageros, a pelo menos meio século”. E completou dizendo que o documento nasceu da necessidade de levar em consideração “com grande realismo o novo que está surgindo, com a tentativa de propor uma leitura que envolvesse a catequese”.
Segundo Fisichella, “é urgente realizar uma ‘conversão pastoral’ a fim de liberar a catequese de certos laços que a impedem de ser eficaz”. É por esta razão que o Diretório apresenta “não apenas os problemas inerentes à cultura digital, mas também sugere caminhos para serem tomados para que a catequese se torne uma proposta que encontre o interlocutor capaz de compreendê-la e ver sua adequação com seu próprio mundo”, disse.
Fonte: CNBB Nacional
A Arquidiocese de Goiânia começa a apresentar, neste mês de junho, o Projeto SOMOS UM, uma iniciativa com essência solidária, a afim de destacar o trabalho já desenvolvido pela Igreja em Goiânia e, a partir da proximidade, do diálogo e do espírito de comunhão com toda a sociedade, potencializar as ações, causando impacto positivo sobre todos os envolvidos, pelo bem comum.
O foco é suscitar o cuidado e a responsabilidade com o outro, a partir do relacionamento entre as pessoas.
A base do projeto consolida-se na consciência social espiritual e no cuidado com a vida em todas as suas instâncias, de forma permanente e, especialmente, neste difícil período de pandemia, no aprendizado e na criatividade no período pós-pandemia.
Por que SOMOS UM?
O nome SOMOS UM foi inspirado no trecho bíblico “Que todos sejam um só” (Jo 17,21), salientado no Momento Extraordinário de Oração do papa Francisco pelo _ m da pandemia do coronavírus, no dia 27 de março de 2020, na Praça São Pedro. O papa destacou que “Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: “Que todos sejam um só”.
O nome também reforça a identidade da Arquidiocese de Goiânia de que somos muitos membros, mas um só corpo. SOMOS UM abarca o sentido da unidade das relações tanto internamente quanto com a sociedade em geral. Também compreende perfeitamente a essência das ações sociais, comunicacionais, formativas e de desenvolvimento espiritual propostas pelo projeto.
O lema “Evangelizar é cuidar!” é uma resposta sempre renovada da Igreja a outro chamado do papa que, na mesma ocasião, destaca “Chama-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo ... É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros.” A evangelização se dá nesta cultura do encontro de uma Igreja em saída, próxima à realidade das pessoas, perseverante e incansável na promoção da vida e na construção do bem, um bem que é para todos!
Conhecendo os Objetivos
1-Fortalecer a visibilidade do projeto;
2-Trabalhar a imagem da Igreja, a partir do projeto, reforçando a confiabilidade e o trabalho contínuo, principalmente em momentos de crise;
3-Fortalecer a relação com entidades públicas e sociedade civil, além do setor privado;
4-Atender, fortalecer e ampliar a comunicação interna;
5-Produzir peças, publicações e materiais de suporte gráficos e/ou digitais;
6-Divulgar amplamente todas as informações, atividades e pesquisas do projeto;
7-Promover a circulação transparente de informações e ações entre entidades envolvidas e os meios de comunicação em geral;
8-Auxiliar na aproximação e melhora do fluxo de informações entre os envolvidos de forma interna e externamente;
9-Assegurar que os bene ciados estejam cientes do projeto e das ações;
10-Despertar atitudes em relação às propostas do projeto;
11-Consolidar consciência da permanência das ações em torno dos eixos;
12-Fortalecer a relação, o compromisso e a correlação entre as paróquias e a Cúria;
13-Fortalecer a unidade, a proximidade e a formação do clero diante dos desafios e realidades pastorais da Igreja, em especial a pertença à Igreja particular de Goiânia.
Como Acontecerá
Com inspiração na Trindade Santa que conduz a Igreja, o Projeto SOMOS UM é composto por três eixos que nortearão as ações: espiritual propostas pelo projeto.
Os eixos serão trabalhados dentro de três instâncias: formação dos padres, lideranças e diáconos. As diversas ações que englobam o projeto serão apresentadas e realizadas em etapas, constantemente avaliadas e constituídas através de um trabalho conjunto de todas as paróquias da nossa arquidiocese e junto à sociedade.
Quem Participa e para quem é esse Projeto?
Como o próprio nome já sugere, SOMOS UM é um chamado para participação de todos, juntos somos um em busca do bem para todos. Toda a realização do projeto depende do “abraço” e do sentimento de pertença de cada pessoa.
Destacamos, aqui, o público com um envolvimento mais direto no sentido da organização e para o qual nesta primeira etapa já estão previstas ações:
Interno
1-Clero
2-Pascons
3-Lideranças e coordenadores de pastorais de todas as paróquias
4-Funcionários da Cúria Metropolitana
Externo
1-Pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente neste momento de pandemia, seja no campo social ou espiritual
2-Entidades parceiras
3-Meios de comunicação em geral
Como Acompanhar e Conhecer Mais?
A divulgação das ações e iniciativas será feita pelos meios de comunicação da Arquidiocese de Goiânia, e toda semana, com uma coluna no Jornal Encontro Semanal trará as novidades e apresentará cada uma das iniciativas, com todas as indicações de como participar.
Coordenação Pastoral
"A Arquidiocese de Goiânia, em sintonia com as necessidades que não são apenas da pandemia, mas da nossa realidade social, vem com este projeto dar continuidade a uma obra que a Igreja já realiza. A obra de evangelizar as pessoas, mas também de cuidar delas. Por isso, para nós, evangelizar é cuidar!
E evangelizar não é apenas dar a Palavra e a doutrina, é também oferecer aquilo que as pessoas necessitam para que elas possam ter a realização da sua capacidade de ser pessoa, viver com dignidade. Por isso, o nosso projeto, que está sendo lançado, inspira-se na palavra de Jesus: “Dai-lhes, vós mesmos de comer” (Mt 14-16) e se inspira na palavra da Igreja do Brasil “É tempo de cuidar!”.
Queremos, então, divulgar as ações de cuidado da Arquidiocese de Goiânia para que elas motivem ainda mais outros fiéis a participar, motivem os sacerdotes, consagrados, leigos a terem consciência de que se o nosso povo tem uma necessidade material, nós temos também uma responsabilidade de formar uma grande rede de solidariedade, para atender os mais necessitados em todos os momentos, mas sobretudo neste momento de pandemia." Dom Moacir Silva Arantes - Bispo auxiliar e coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Goiânia
Fonte: Arquidiocese de Goiânia - Redação: Talita Salgado
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