Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Os bispos conclamam as comunidades a se manifestarem publicamente em defesa da vida
Nesta quinta-feira, 01 de dezembro, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta nota oficial na qual reafirma a posição da Igreja de “defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”.
Os bispos reafirmam também “incondicional posição em defesa da vida humana, condenando toda e qualquer tentativa de liberação e descriminalização da prática do aborto. Conclamamos nossas comunidades a rezarem e a se manifestarem publicamente em defesa da vida humana, desde a sua concepção”.
Leia a Nota abaixo:
NOTA DA CNBB EM DEFESA DA VIDA
“Propus a vida e a morte; escolhe, pois, a vida ” (cf. Dt. 30,19)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, por meio de sua Presidência, manifesta sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural (cf. Constituição Federal, art. 1°, III; 3°, IV e 5°, caput).
A CNBB respeita e defende a autonomia dos Poderes da República. Reconhece a importância fundamental que o Supremo Tribunal Federal (STF) desempenha na guarda da Constituição da República, particularmente no momento difícil que atravessa a nação brasileira. Discorda, contudo, da forma com que o aborto foi tratado num julgamento de Habeas Corpus, no STF.
Reafirmamos nossa incondicional posição em defesa da vida humana, condenando toda e qualquer tentativa de liberação e descriminalização da prática do aborto.
Conclamamos nossas comunidades a rezarem e a se manifestarem publicamente em defesa da vida humana, desde a sua concepção.
Nossa Senhora, Mãe de Jesus e nossa Mãe, interceda por nós, particularmente pelos nascituros.
Brasília, 1º de dezembro de 2016
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília-DF
Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de São Salvador-BA
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília-DF
Secretário-Geral da CNBB
Os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), que se reuniram nos dias 14 a 19 de novembro, por ocasião das reuniões do Conselho Episcopal Regional (CONSER) e de avaliação e planejamento, divulgaram uma carta de amizade e gratidão os consagrados (religiosos e leigos) e aos ministros ordenados (diáconos e padres), na qual eles reafirmam a vocação especial que tem essas pessoas em cuidar daqueles que mais sofrem os dramas do nosso tempo.
No texto, os bispos destacam a atenção especial da Igreja às famílias, que nos últimos anos foi realçado, sobretudo, com a realização do Sínodo sobre a Família e a publicação da Exortação Apostólica do papa Francsico, Amoris Laetitia. “Redescubramos, irmãos e irmãs consagrados, irmãos presbíteros e diáconos, os caminhos da família”, diz um trecho. Eles pedem ainda que o apoio às famílias seja renovado, “sobretudo pela presença amiga e afetiva.”.
Com relação ao Ano Mariano Vocacional, compromisso assumido pelo regional na Assembleia do Povo de Deus, em setembro do ano passado, para ser vivido intensamente durante 2017, os bispos pedem “ousadia de propor a fraternidade evangélica e a maternidade espiritual às jovens de nossas comunidades”, no sentido de promover as vocações femininas em nossas Igrejas particulares.
Leia, abaixo, o texto na íntegra
Na manhã do último domingo (27) a Arquidiocese de Brasília recepcionou Dom Sergio da Rocha, criado cardeal pelo papa Francisco no dia 19 de novembro, em Roma. O novo cardeal brasileiro presidiu missa na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida com cerca de 2 mil pessoas presentes das mais diversas comunidades e paróquias da Arquidiocese.
Diversos bispos também participaram, como o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz e o bispo emérito de Floriano (PI), Dom Augusto Alves; os bispos auxiliares de Brasília, Dom José Aparecido, Dom Leonardo Ulrich Steiner e Dom Marcony Ferreira, além de padres, diáconos e seminaristas da Arquidiocese de Brasília. O bispo auxiliar Dom Valdir Mamede estava em Visita Pastoral Missionária, nas comunidades.
Antes da celebração, Dom Sergio foi homenageado com uma salva de palmas na Catedral. Diversas crianças, vestidas de ovelhas e guiadas por um pastor, se dirigiram até o altar para ficar perto do cardeal, enquanto ele ouvia as palavras de agradecimento e felicitação. Logo após a homenagem, o arcebispo recebeu de presente um novo Báculo, que para a Igreja representa o cajado que o pastor usa para conduzir o rebanho do Senhor.
“Recentemente aqui estive na nossa Catedral presidindo o encerramento do Ano Santo da Misericórdia que foi um momento especial que nossa Igreja esteve reunida para bendizer a Deus por tantos sinais que mostram o quanto Ele nos ama, que está conosco e nos conduz. E nós naquele momento ressaltamos que as portas da misericórdia continuavam abertas na Igreja. Hoje nós aqui estamos reunidos para bendizer a Deus mais uma vez por sua misericórdia”, disse, em tom de agradecimento, durante sua homilia.
Dom Sergio também falou sobre sua nova missão como cardeal. “Eu tenho dito em várias ocasiões que eu entendo que ser cardeal da Igreja é primeiramente um gesto de
bondade e confiança do papa Francisco, mas é acima de tudo, um gesto de misericórdia de Deus. Por isso estamos aqui nesta manhã dando continuidade àquele grande louvor pela misericórdia Divina”.
No fim da celebração, o bispo auxiliar Dom José Aparecido fez uma homenagem em nome de todo o Clero lendo um texto onde recordava momentos de convivência e pastoreio vividos com Dom Sergio. Dom Aparecido ressaltou a humildade e o grande amor que o cardeal tem pelo seu rebanho, sobretudo pelos mais pobres e flagelados.
Após a celebração, o arcebispo recebeu os cumprimentos dos fiéis.
Junto com Dom Sergio foram criados mais 16 cardeais, dos quais 13 eleitores, de 11 países diferentes. Com a escolha de Dom Sergio, o Brasil passa a ter onze cardeais, dos quais cinco com menos de 80 anos de idade, portanto, aptos a votar em eventual Conclave para a escolha de um novo papa: Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro; Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida; Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo e Dom João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília.
Informações e fotos: Arquidiocese de Brasília
Nos dias 11 a 13 de novembro, O Conselho Missionário Regional (Comire) realizou sua Assembleia, com o tema, “Missão e cooperação”. O encontro aconteceu na Casa das Irmãs de Jesus Crucificado, em Goiânia, e reuniu representantes de sete dioceses do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal).
Segundo a coordenação do Comire, a Assembleia foi um momento de reflexão e aprofundamento sobre a animação e cooperação missionária desenvolvidas nas dioceses. A assessoria ficou por conta do padre Sidney Marcos Dornelas, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB.
Durante sua exposição, que teve como instrumento de reflexão o Estudo 108 da CNBB, Missão e Cooperação Missionária: orientações para a animação missionária da Igreja no Brasil, Dornelas disse que o documento é um referencial importante para que todas as dioceses se conscientizem que a Igreja é chamada a ser missionária. O material destaca que a Igreja tem sua origem na missão, que se realiza com o objetivo de instaurar o Reino de Deus entre os povos, atualizando a prática de Jesus, seja pela proximidade e amizade com as pessoas em todos os ambientes, sem esquecer que a missão é obra de Deus que é o seu protagonista. Nos momentos de mística e de partilha de experiências da Assembleia, esse conteúdo foi realçado e fortalecido pelos participantes.
Os participantes da assembleia também puderam suas experiências e ardor missionário. “As iniciativas de animação e cooperação no território das Igrejas locais, assim como a abertura para a missão além-fronteiras, revelam os sinais de uma Igreja que busca estar em estado permanente de missão”, disse Thais Duarte, da Arquidiocese de Brasília. Conforme Denise Paixão, da Diocese de Uruaçu, as reflexões colaboraram para fortalecer sua caminhada.
A coordenadora interina do Comire, Luciana Santos, resumiu o sentimento de todos ao fim da assembleia. “Precisamos conhecer os trabalhos realizados em cada Igreja particular, fortalecer a unidade e acolher bem a todos”, declarou. “É fundamental a comunicação entre as dioceses e o repasse de atividades de animação missionária nas bases ao Comire, para que possamos fortalecer a unidade regional. Esta assembleia, por sua vez, veio trazer novo ânimo aos representantes de cada dioceses porque propôs linhas de ação em meio às dificuldades encontradas no dia a dia”, completou Thais Duarte.
Informações e fotos: Comire
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), reunido na sede da entidade, em Brasília (DF), nos dias 22 e 23 de novembro, aprovou a nota sobre a chamada "Reforma do Ensino Médio", apresentada pelo Governo Federal ao Congresso Nacional na forma de Medida Provisória. Para os bispos, são louváveis as iniciativas que busquem refletir, debater e aprimorar a realidade do ensino brasileiro, mas "assim como outras propostas recentes, também essa sofre os limites de uma busca apressada de solução". A entidade acredita que "questão tão nobre quanto a Educação não pode se limitar à reforma do Ensino Médio. Antes, requer amplo debate com a sociedade organizada, particularmente com o mundo da educação. É a melhor forma de legitimação para medidas tão fundamentais".
No texto, os bispos ressaltam que a educação deve formar integralmente o ser humano. "O foco das escolas não pode estar apenas em um saber tecnológico e instrumental", afirmam na nota.
Leia na íntegra:
NOTA DA CNBB SOBRE A “REFORMA DO ENSINO MÉDIO” – MP 746/16
“A fim de que os estudantes tenham esperança!”
(Papa Francisco, 14 de março de 2015)
O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 22 e 23 de novembro de 2016, manifesta inquietação face a Medida Provisória 746/16 que trata da reforma do Ensino Médio, em tramitação no Congresso Nacional.
Segundo o poder executivo, a MP 746/16 é uma proposta para a superação das reconhecidas fragilidades do Ensino Médio brasileiro. Sabe-se que o modelo atual, não prepara os estudantes para os desafios da contemporaneidade. Assim, são louváveis iniciativas que busquem refletir, debater e aprimorar essa realidade.
Contudo, assim como outras propostas recentes, também essa sofre os limites de uma busca apressada de solução. Questão tão nobre quanto a Educação não pode se limitar à reforma do Ensino Médio. Antes, requer amplo debate com a sociedade organizada, particularmente com o mundo da educação. É a melhor forma de legitimação para medidas tão fundamentais.
Toda a vez que um processo dessa grandeza ignora a sociedade civil como interlocutora, ele se desqualifica. É inadequado e abusivo que esse assunto seja tratado através de uma Medida Provisória.
A educação deve formar integralmente o ser humano. O foco das escolas não pode estar apenas em um saber tecnológico e instrumental. Há que se contemplar igualmente as dimensões ética, estética, religiosa, política e social. A escola é um dos ambientes educativos no qual se cresce e se aprende a viver. Ela não amplia apenas a dimensão intelectual, mas todas as dimensões do ser humano, na busca do sentido da vida. Afinal, que tipo de homem e de mulher essa Medida Provisória vislumbra?
Em um contexto de crise ética como o atual, é um contrassenso propor uma medida que intenta preparar para o mercado e não para a cidadania. Dizer que disciplinas como filosofia, sociologia, educação física, artes e música são opcionais na formação do ser humano é apostar em um modelo formativo tecnicista que favorece a lógica do mercado e não o desenvolvimento integral da pessoa e da sociedade.
Quando a sociedade não é ouvida ela se faz ouvir. No caso da MP 746/16, os estudantes reclamaram seu protagonismo. Os professores, já penalizados por baixos salários, também foram ignorados. Estes são sinais claros da surdez social das instâncias competentes.
Conclamamos a sociedade, particularmente os estudantes e suas famílias, a não se deixar vencer pelo clima de apatia e resignação. É fundamental a participação popular pacífica na busca de soluções, sempre respeitando a pessoa e o patrimônio público. A falta de criticidade com relação a essa questão trará sérias consequências para a vida democrática da sociedade.
Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda por nós.
Brasília, 23 de novembro de 2016.
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Presidente em Exercicio da CNBB
Dom Guilherme A. Werlang, MSF
Bispo de Ipamerí
Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade da Justiça e da Paz
Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
Na segunda parte da reunião anual de avaliação e planejamento da ação pastoral do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), que aconteceu no dia 18 de novembro, o coordenador da Pastoral Vocacional, padre Elias Aparecido, apresentou a proposta de vivência do Ano Vocacional Mariano, compromisso comum assumido pelo regional na Assembleia do Povo de Deus, realizada em setembro do ano passado, em Brazlândia (DF). O tema do Ano é “A exemplo de Maria, discípulos missionários” e o lema “Eis-me aqui, faça-se”.
Pela inspiração do Evangelho (Lc 1, 26-38) que narra o anúncio do nascimento de Jesus pelo anjo Gabriel a Nossa Senhora, em que ela responde: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38), padre Elias disse que o Ano Vocacional Mariano tem o objetivo de dar continuidade ao tripé de compromissos assumido pela Igreja em Goiás e no Distrito Federal. Ele deixou claro, em sua apresentação, que vocação e Maria tem tudo a ver. “A Pastoral Vocacional tem uma forte dimensão mariana que não se resume em apresentar a jovem Virgem de Nazaré como modelo de vocação, mas, sobretudo porque ela nos inspira na realização desta missão”, disse.
O coordenador da pastoral também explicou que “Maria é o melhor referencial para o serviço vocacional que é desenvolvido nas comunidades, porque ela é o símbolo da humanidade chamada à comunhão com Deus. Com ela também aprendemos que o chamado vocacional implica uma missão.”
Padre Elias citou a Constituição Dogmática Lumen Gentium (Luz dos Povos) para justificar a vocação de Maria como modelo para todos os cristãos. “A máxima realização da existência cristã como um viver trinitário nos é dada na Virgem de Nazaré, que através da sua fé e obediência à vontade de Deus, assim, como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus, é a discípula mais perfeita do Senhor” (LG 53). Ele se apoiou também no Documento de Aparecida (DAp). “E ainda, ela viveu completamente toda a peregrinação da fé como mãe de Cristo e depois dos discípulos, sem estar livre da incompreensão e da busca constante do projeto do Pai” (DAp 266).
Proposta
O ano temático regional não tem o objetivo de fazer um paralelo com o Ano Nacional Mariano proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, mas de acolhê-lo e acrescentar à sua vivência o sentido vocacional pelo exemplo de Maria. Já está agendado para o dia 7 de maio de 2017, o Congresso Vocacional Mariano, que acontecerá em Brasília. As dioceses deverão participar, se dirigindo nesse dia, à Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, que fica na Esplanada dos Ministérios, onde haverá uma vigília pelas vocações, procissão coma a Imagem de nossa Senhora Aparecida e estandes, em que as expressões vocacionais do Regional Centro-Oeste poderão apresentar as suas iniciativas pastorais ao público.
Após a apresentação do padre Elias, os participantes se reuniram em grupos e conversaram sobre como as Igrejas particulares podem viver o Ano Vocacional Mariano. Em uma breve exposição, logo depois das discussões, as lideranças apresentaram que é importante usar os meios de comunicação para a divulgação do Ano; criar a Pastoral Vocacional onde ainda não tem; criar a cultura vocacional em pastorais e movimentos; promover encontros, congressos e formações de lideranças sobre a dimensão vocacional; incentivar a formação de catequistas sobre a cultura vocacional; estimular a oração do Terço Vocacional; desenvolver folder sobre a temática para ser enviado às dioceses e pastorais.
A Reunião Anual de Avaliação e Planejamento terminou com uma missa no fim da manhã presidida pelo presidente interino do regional, Dom João Wilk, na qual ele ressaltou que os leigos são a força das pastorais da Igreja. O bispo afirmou também que o Ano Vocacional Mariano se justifica porque Maria está na alma do nosso povo e completou dizendo que o interesse pelas vocações vem ao encontro das necessidades e desafios da Igreja.
A próxima reunião de coordenadores de pastorais do regional está marcada para o dia 4 de fevereiro de 2017. A segunda para o dia 12 de agosto. E a Reunião anual de Avaliação para os dias 24 e 25 de novembro.
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Bispos e lideranças das dioceses avaliam caminhada do regional em 2016
No dia 17 de novembro aconteceu na Casa de Formação das Irmãs de Jesus Crucificado, a avaliação da caminhada pastoral do Regional Centro-Oeste da CNBB, no ano de 2016. Os bispos, sacerdotes e lideranças das diversas pastorais, movimentos e organismos que integram esta porção do Povo de Deus no coração do Brasil se uniram para fazer um diagnóstico do Ano da Misericórdia, um dos três compromissos assumidos pelo regional na Assembleia do Povo de Deus, realizada em setembro de 2015.
A Comissão Permanente de Avaliação, responsável direta pelo trabalho, é composta pelo presidente do regional, Dom Messias dos Reis Silveira; o secretário, Dom Levi Bonatto; o secretário-executivo, padre Eduardo Luiz de Rezende, e representantes da Pastoral Familiar, Pastoral da Aids, Pastoral da Comunicação, Pastoral Juvenil e do Ordinariado Militar do Brasil. Com base nas cinco urgências presentes nas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), a Comissão, com o auxílio dos participantes, avaliou como as urgências estão presentes nas ações desenvolvidas pelas pastorais, movimentos e organismos das dioceses ao longo dos últimos doze meses.
A síntese dessa questão, formulada pela comissão de avaliação com base nas respostas das lideranças deu conta de que há dificuldade de articulação entre as DGAE e as ações nas dioceses e pastorais. Há ainda grandes e boas iniciativas sendo realizadas, mas há dificuldade de desenvolver uma missão em comum. Com relação à pergunta, quais dessas urgências estão ausentes nas ações desenvolvidas, a síntese que aglutinou as respostas foi a seguinte: “Não há ausências, mas dificuldades. Agora estão sendo lançadas as sementes, em maior ou menor perspectiva. São dificuldades e desafios comuns em todas as dioceses, pastorais e movimentos”.
Para a pergunta, Que ações poderiam ser implementadas em resposta a cada uma das urgências no regional? As principais respostas foram as seguintes: formação de canonistas no regional; encontro com os bispos e oferta de suporte para as demais pastorais; curso de extensão para os agentes de pastoral, em parceria com a PUC Goiás; parceria com as pastorais afins e articulação de encontros com o mesmo público. A síntese dessa questão destacou que as ideias apresentadas são interessantes, mas ressaltou que o questionamento que se faz é de como implementá-las. Pontuou também que existem propostas já realizadas, mas que não têm encontrado adesão por parte das pastorais, movimentos e organismos das dioceses.
Por fim, a questão que pergunta se os objetivos da CNBB, pelas Diretrizes Gerais estão sendo alcançados, obteve 23 respostas, do total de 28 questionários enviados às lideranças de pastorais, movimentos e organismos nas dioceses. O resultado foi esta síntese: “Apesar do esforço, percebe-se uma dificuldade em sustentar a ação evangelizadora na espiritualidade missionária. Os frutos de nossas atividades estão aquém dos desafios que a missão nos apresenta. É preciso ter cuidado de utilizar os Sacramentos de forma correta na missão evangelizadora”.
Ano da Misericórdia
O compromisso de viver intensamente o Ano da Misericórdia, em 2016, também foi avaliado. No regional esse Jubileu foi desenvolvido com a intensificação do atendimento de confissões, com a realização de mutirões, especialmente no Advento e Quaresma. Foi também definida uma celebração especial no Dia da Misericórdia (2º Domingo da Páscoa) em todas as dioceses, além de atividades formativas oferecidas pelo regional aos leigos e aos sacerdotes. De acordo com as respostas, a formação para o Clero teve foco apenas na linha pastoral, faltou profundidade e houve baixa presença de padres das dioceses, cerca de 80 pessoas. A iniciativa para os leigos também teve baixa participação, com foco adaptado ao público presente: membros do Apostolado da Arquidiocese de Goiânia. Os líderes apontaram que o Ano da Misericórdia foi um período marcado por diversas atividades e que deveria ser um tempo de reflexão pastoral que permeia todas as atividades da Igreja. Líderes, padres e religiosas presentes no encontro de avaliação fizeram intervenções contrárias às respostas e também a favor.
No fim, se chegou ao consenso de que o Ano Santo da Misericórdia foi positivo. Dom João Wilk, presidente interino do Regional Centro-Oeste disse que foi um tempo oportuno, sobretudo para impulsionar e motivar a ação pastoral, ocasião também para a catequese sobre o purgatório, céu, inferno. Segundo ele, serviu também para aproximar as pessoas do Sacramento da Confissão e para introduzir as 24 horas para o Senhor, iniciativa que levou os padres a se colocarem à disposição das comunidades para o atendimento de confissões.
As atividades desse primeiro dia de avaliação e planejamento do regional foram encerradas com uma missa presidida pelo bispo diocesano de Rubiataba-Mozarlândia, Dom Adair José Guimarães.
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Bispos concluem última Reunião do Conselho Episcopal Regional do ano
Na manhã deste sábado, 19, o papa Francisco criou 17 novos cardeais da Igreja, dos quais 13 eleitores, de 11 países diferentes. Entre eles está o arcebispo de Brasília (DF), membro do Regional Centro-Oeste e presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha. Após a cerimônia, o novo purpurado brasileiro concedeu entrevista à Rádio Vaticano, na qual disse que o gesto do papa expressa seu amor pela Igreja no Brasil.
Dom Sergio também disse que espera colaborar com o papa, mesmo que de forma modesta com aquilo que estiver ao seu alcance. Questionado sobre o que significa ser cardeal, ele respondeu que se trata de um serviço para a Igreja. “Significa acima de tudo ser um servidor da Igreja, como o próprio papa tem insistido. Não se pode entender o cardinalato como uma espécie de honraria ou de privilégio – claro que é uma graça, que é um dom de Deus através da Igreja –, mas é um serviço a ser prestado de maneira humilde, generosa, na comunhão com o papa. Creio que nós temos a oportunidade de crescer ainda mais na unidade com o Santo Padre, de ajudar a própria Igreja no Brasil, que está sempre unida ao papa. Entendo que este seu gesto é acima de tudo um modo de ele valorizar, de expressar o seu amor pela Igreja no Brasil. Eu já disse a ele que o Brasil, o episcopado brasileiro, o povo brasileiro se sente amado por este gesto dele de nomear um cardeal brasileiro”.
O Regional Centro-Oeste parabeniza Dom Sergio e roga a Deus para que abençoe sua nova missão na Igreja.
Na manhã de quinta-feira (17) os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB concluíram a última Reunião do Conselho Episcopal Regional (CONSER) do ano. A semana foi marcada por diversas atividades, formações, comunicados, estudos e avaliações.
A primeira parte da reunião coube à Pastoral Carcerária apresentar ao episcopado os desafios que permeiam suas atividades. “Nosso principal desafio é ter mais pessoas disponíveis para esse serviço junto aos encarcerados”, afirmou o coordenador da pastoral na Arquidiocese de Goiânia, diácono Ramon Curado, que fez a exposição junto com a irmã Alessandra Santana, da coordenação regional. Os bispos avaliaram, logo depois, que se faz necessário as dioceses darem apoio à pastoral e estarem mais presentes levando o Cristo aos encarcerados.
O bispo auxiliar de Brasília, Dom José Aparecido Gonçalves, apresentou um texto na Reunião do CONSER, acerca do hábito eclesiástico e vestes litúrgicas, no qual pontuou alguns excessos no uso de trajes com forma e cores variadas para o exercício de funções nas celebrações. Amparado pelo Código de Direito Canônico, ele também comentou sobre o número demasiado de pessoas no presbitério durante as celebrações. Dom José ainda fez considerações sobre o uso do termo acólito para os coroinhas. “Precisamos salvaguardar a nobre simplicidade. Tudo que extrapola a simplicidade da nossa liturgia deveria ser revisto de tal modo que no presbitério, o centro da ação litúrgica seja o altar, a mesa do Pão e da Palavra”, disse em entrevista.
A respeito do uso do temo acólito para os coroinhas, ele explicou que trata-se de um desvio, porque acólito é um ministério constituído pela Igreja que não cabe atribuir a um leigo. Os bispos decidiram aprofundar os estudos sobre o tema. Para isso, uma comissão foi constituída por três bispos. Eles irão levar o assunto para discussão com a Pastoral de Liturgia do regional, a Comissão Regional de Presbíteros (CRP), professores de liturgia dos seminários e institutos e em julho do ano que vem irão apresentar uma posição para que o regional possa orientar a respeito. “A sobriedade quanto às vestes litúrgicas ajuda a destacar o que é sagrado”, ponderou Dom João.
Ano Santo da Misericórdia
O Jubileu Extraordinário da Misericórdia foi outro assunto explorado pelos bispos. Na plenária das discussões, cada um apresentou as experiências vividas em cada Igreja particular. Dom João Wilk, presidente em exercício do regional, disse que o Ano Santo foi observado pelos bispos como um importante tempo para a prática atitudes de misericórdia, quanto para a vivência espiritual no campo da devoção. “Muitas obras de misericórdia foram revitalizadas nas dioceses, novas iniciativas surgiram e foi também constatado que foi uma feliz ideia do Santo Padre privilegiar nossas comunidades com a abertura de Portas Santas da Misericórdia, para todos lucrarem indulgências plenárias e, sobretudo, foi um tempo oportuno de catequese sobre o purgatório, o céu, o inferno, o pecado. Os eventos realizados também neste ano foram muito importantes como as 24 horas para o Senhor que encheu nossas paróquias de pessoas em busca do Sacramento da Reconciliação”, disse o bispo de Anápolis.
Além dos temas em pauta, a reunião proporcionou também aos bispos momentos de confraternização, oração e celebração juntos e de troca de experiências sobre a ação pastoral nas diversas Igrejas particulares do regional. Foi também o último encontro deles no ano para a avaliação e planejamento das atividades da Igreja em Goiás e no Distrito Federal.
O CONSER reúne os bispos das 12 dioceses que compõem o Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal). A próxima reunião está marcada para os dias 27 a 30 de março de 2017.
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Bispos prestam homenagem a Dom Antonio Ribeiro
A reportagem completa sobre o último CONSER de 2016 estará disponível na Revista Uma Voz no Centro-Oeste, edição 2016
No último domingo (13), as duas Portas Santas da Misericórdia, abertas na Arquidiocese de Goiânia, foram fechadas. Milhares de fiéis participaram das duas celebrações, uma no Santuário Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Matriz de Campinas), presidida pelo arcebispo Dom Washington Cruz, e a outra na Paróquia Sagrada Família, na Vila Canaã, presidida pelo bispo auxiliar Dom Moacir Arantes.
Na liturgia deste 33º Domingo do Tempo Comum, o penúltimo antes do início do Advento, Tempo esse que traz como tema forte a esperança e confiança na chegada de Jesus menino, Dom Washington convidou todos a continuarem praticando as obras de misericórdia. Ele comentou a pergunta um dia feita a Santa Teresa de Calcutá: “O que pensa de Deus, quando vê este mundo cheio de injustiças, de solidão, de tragédias?”. Ela respondeu de imediato: “Só penso numa coisa: ir ao encontro de alguém, fazer algo de concreto, para que este mundo se torne melhor”. Após proferir essas palavras, o arcebispo disse que este deve ser o nosso compromisso como cristãos: “rezar e trabalhar, sempre, e sem desanimar, por um mundo melhor”.
No final da celebração, o arcebispo se dirigiu com o reitor do Santuário Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padre João Otávio Martins, e os concelebrantes até a Porta Santa e depois de um canto mariano fechou o símbolo máximo do Ano Santo.
Na outra celebração, na Paróquia Sagrada Família, Dom Moacir refletiu sobre a esperança na bondade e na misericórdia de Deus que olha para cada um de nós. “As Portas Santas vão fechar, mas as portas do coração devem estar abertas para os nossos irmãos; este tempo serviu para nos ensinar a sermos misericordiosos como o Pai do céu é misericordioso”.
Antes do fechamento da Porta Santa, o coordenador arquidiocesano para a ação evangelizadora e administrador da Paróquia Sagrada Família, padre Rodrigo de Castro, convidou os fiéis a permanecerem de joelhos durante o canto do Magnificat, que faz memória das palavras de Nossa Senhora após o Anúncio do anjo Gabriel (Lc 1,47-55).
Encerramento do Ano Santo
Neste domingo, 20 de novembro, Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, acontece o encerramento do Ano Santo da Misericórdia no mundo inteiro, com o fechamento da Porta Santa na Basílica de São João de Latrão pelo papa Francisco. Na Arquidiocese de Goiânia, Dom Washington Cruz preside missa na Catedral Metropolitana, às 11h30.
Informações e fotos: Vicariato para a Comunicação/Arquidiocese de Goiânia
Bispo referencial
Dom Marcony Vinícius Ferreira
Coordenador: Pe. Fábio Carlos
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