No dia 17 de novembro aconteceu na Casa de Formação das Irmãs de Jesus Crucificado, a avaliação da caminhada pastoral do Regional Centro-Oeste da CNBB, no ano de 2016. Os bispos, sacerdotes e lideranças das diversas pastorais, movimentos e organismos que integram esta porção do Povo de Deus no coração do Brasil se uniram para fazer um diagnóstico do Ano da Misericórdia, um dos três compromissos assumidos pelo regional na Assembleia do Povo de Deus, realizada em setembro de 2015.
A Comissão Permanente de Avaliação, responsável direta pelo trabalho, é composta pelo presidente do regional, Dom Messias dos Reis Silveira; o secretário, Dom Levi Bonatto; o secretário-executivo, padre Eduardo Luiz de Rezende, e representantes da Pastoral Familiar, Pastoral da Aids, Pastoral da Comunicação, Pastoral Juvenil e do Ordinariado Militar do Brasil. Com base nas cinco urgências presentes nas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), a Comissão, com o auxílio dos participantes, avaliou como as urgências estão presentes nas ações desenvolvidas pelas pastorais, movimentos e organismos das dioceses ao longo dos últimos doze meses.
A síntese dessa questão, formulada pela comissão de avaliação com base nas respostas das lideranças deu conta de que há dificuldade de articulação entre as DGAE e as ações nas dioceses e pastorais. Há ainda grandes e boas iniciativas sendo realizadas, mas há dificuldade de desenvolver uma missão em comum. Com relação à pergunta, quais dessas urgências estão ausentes nas ações desenvolvidas, a síntese que aglutinou as respostas foi a seguinte: “Não há ausências, mas dificuldades. Agora estão sendo lançadas as sementes, em maior ou menor perspectiva. São dificuldades e desafios comuns em todas as dioceses, pastorais e movimentos”.
Para a pergunta, Que ações poderiam ser implementadas em resposta a cada uma das urgências no regional? As principais respostas foram as seguintes: formação de canonistas no regional; encontro com os bispos e oferta de suporte para as demais pastorais; curso de extensão para os agentes de pastoral, em parceria com a PUC Goiás; parceria com as pastorais afins e articulação de encontros com o mesmo público. A síntese dessa questão destacou que as ideias apresentadas são interessantes, mas ressaltou que o questionamento que se faz é de como implementá-las. Pontuou também que existem propostas já realizadas, mas que não têm encontrado adesão por parte das pastorais, movimentos e organismos das dioceses.
Por fim, a questão que pergunta se os objetivos da CNBB, pelas Diretrizes Gerais estão sendo alcançados, obteve 23 respostas, do total de 28 questionários enviados às lideranças de pastorais, movimentos e organismos nas dioceses. O resultado foi esta síntese: “Apesar do esforço, percebe-se uma dificuldade em sustentar a ação evangelizadora na espiritualidade missionária. Os frutos de nossas atividades estão aquém dos desafios que a missão nos apresenta. É preciso ter cuidado de utilizar os Sacramentos de forma correta na missão evangelizadora”.
Ano da Misericórdia
O compromisso de viver intensamente o Ano da Misericórdia, em 2016, também foi avaliado. No regional esse Jubileu foi desenvolvido com a intensificação do atendimento de confissões, com a realização de mutirões, especialmente no Advento e Quaresma. Foi também definida uma celebração especial no Dia da Misericórdia (2º Domingo da Páscoa) em todas as dioceses, além de atividades formativas oferecidas pelo regional aos leigos e aos sacerdotes. De acordo com as respostas, a formação para o Clero teve foco apenas na linha pastoral, faltou profundidade e houve baixa presença de padres das dioceses, cerca de 80 pessoas. A iniciativa para os leigos também teve baixa participação, com foco adaptado ao público presente: membros do Apostolado da Arquidiocese de Goiânia. Os líderes apontaram que o Ano da Misericórdia foi um período marcado por diversas atividades e que deveria ser um tempo de reflexão pastoral que permeia todas as atividades da Igreja. Líderes, padres e religiosas presentes no encontro de avaliação fizeram intervenções contrárias às respostas e também a favor.
No fim, se chegou ao consenso de que o Ano Santo da Misericórdia foi positivo. Dom João Wilk, presidente interino do Regional Centro-Oeste disse que foi um tempo oportuno, sobretudo para impulsionar e motivar a ação pastoral, ocasião também para a catequese sobre o purgatório, céu, inferno. Segundo ele, serviu também para aproximar as pessoas do Sacramento da Confissão e para introduzir as 24 horas para o Senhor, iniciativa que levou os padres a se colocarem à disposição das comunidades para o atendimento de confissões.
As atividades desse primeiro dia de avaliação e planejamento do regional foram encerradas com uma missa presidida pelo bispo diocesano de Rubiataba-Mozarlândia, Dom Adair José Guimarães.
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