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Desde 14 de novembro do ano passado, até 17 de junho de 2017, a Arquidiocese de Goiânia vive o Tempo Jubilar pelos 60 anos de criação, que se deu em 26 de março de 1956, pelo papa Pio XII, por meio da Bula Pontifícia Sanctíssima Christi Voluntas, e instalada em 16 de junho de 1957, quando então tomou posse seu primeiro arcebispo, Dom Fernando Gomes dos Santos.

Considerando a rica caminhada de fé desta jovem Igreja particular, o Santo Padre Francisco concedeu um Tempo Jubilar de celebrações especiais a fim de oferecer amplas oportunidades de acesso aos Sacramentos com a devida preparação. Com o decreto nº 946/16/1, de 14 de outubro de 2016, o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, por mandato do papa, comunicou o Tempo Jubilar Arquidiocesano. Conforme o decreto, receberão a Indulgência Plenária nesse período os fiéis que, com ânimo desapegado de qualquer pecado, cumprirem as seguintes condições: Confissão Sacramental, Comunhão eucarística e Orações pelo papa.

A Arquidiocese prescreve também como condição para lucrar Indulgências Plenárias:

1. Visitar como peregrinos a Igreja Catedral de Goiânia ou a Basílica do Divino Pai Eterno em Trindade;

2. Participar ali dos sacros ritos ou pelo menos rezar a Deus por um tempo razoável em favor da fidelidade do Brasil à vocação cristã, pelas vocações sacerdotais e religiosas e pela defesa da família;

3. Concluir com o Pai-Nosso, a Profissão de Fé e invocações a Virgem Santíssima Mãe de Deus. A obtenção dessa Indulgência Plenária é aplicável como sufrágio também pelas almas do purgatório, a ser lucrada pelos fiéis sinceramente arrependidos.

 

 

Bênção Papal

Por ocasião do encerramento do Tempo Jubilar, às 18h do dia 17 de junho de 2017, data em que a Arquidiocese celebrará os 60 anos de instalação, Dom Washington Cruz irá presidir uma missa campal na Praça Cívica em que dará a Bênção Papal com Indulgência Plenária para todos os fiéis que participarem da celebração.

 

 

Ao meio-dia deste domingo (25) de Natal, o papa Francisco assomou ao balcão central da Basílica de São Pedro para a tradicional bênção Urbi et Orbi (para a cidade e para o mundo) do pontífice.

Em suas intenções de paz, o papa recordou as regiões em guerra e incentivou as negociações aos países que buscam a concórdia. Francisco também recordou as famílias que perderam entes queridos em atos de terrorismo.

Abaixo, a íntegra da mensagem de Francisco.

 

Queridos irmãos e irmãs, Feliz Natal!

Hoje, a Igreja revive a maravilha sentida pela Virgem Maria, São José e os pastores de Belém ao contemplarem o Menino que nasceu e jaz em uma manjedoura: Jesus, o Salvador.

Neste dia cheio de luz, ressoa o anúncio profético:

“Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros e o seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9, 5).

O poder deste Menino, Filho de Deus e de Maria, não é o poder deste mundo, baseado na força e na riqueza; é o poder do amor. É o poder que criou o céu e a terra, que dá vida a toda a criatura: aos minerais, às plantas, aos animais; é a força que atrai o homem e a mulher e faz deles uma só carne, uma só existência; é o poder que regenera a vida, que perdoa as culpas, reconcilia os inimigos, transforma o mal em bem. É o poder de Deus. Este poder do amor levou Jesus Cristo a despojar-Se da sua glória e fazer-Se homem; e o levará a dar a vida na cruz e ressurgir dentre os mortos. É o poder do serviço, que estabelece no mundo o reino de Deus, reino de justiça e paz.

Por isso, o nascimento de Jesus é acompanhado pelo canto dos anjos que anunciam:
“Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens do seu agrado” (Lc 2, 14).
Hoje este anúncio percorre a terra inteira e quer chegar a todos os povos, especialmente aos povos que vivem atribulados pela guerra e duros conflitos e sentem mais intensamente o desejo da paz.

Paz aos homens e mulheres na martirizada Síria, onde já demasiado sangue foi versado. Sobretudo na cidade de Aleppo, cenário nas últimas semanas de uma das batalhas mais atrozes, é tão urgente assegurar assistência e conforto à população civil exausta, respeitando o direito humanitário. É tempo que as armas se calem definitivamente, e a comunidade internacional se empenhe ativamente para se alcançar uma solução negociada e restabelecer a convivência civil no país.

Paz às mulheres e homens da amada Terra Santa, eleita e predileta de Deus. Israelenses e palestinos tenham a coragem e a determinação de escrever uma página nova da história, onde o ódio e a vingança cedam o lugar à vontade de construir, juntos, um futuro de mútua compreensão e harmonia. Possam reencontrar unidade e concórdia o Iraque, a Líbia e o Iêmen, onde as populações padecem a guerra e brutais ações terroristas.

Paz aos homens e mulheres em várias regiões da África, particularmente na Nigéria, onde o terrorismo fundamentalista usa mesmo as crianças para perpetrar horror e morte. Paz no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo, para que sejam sanadas as divisões e todas as pessoas de boa vontade se esforcem por embocar um caminho de desenvolvimento e partilha, preferindo a cultura do diálogo à lógica do conflito.

Paz às mulheres e homens que sofrem ainda as consequências do conflito no leste da Ucrânia, onde urge uma vontade comum de levar alívio à população e implementar os compromissos assumidos.

Concórdia, invocamos para o querido povo colombiano, que sonha realizar um novo e corajoso caminho de diálogo e reconciliação. Tal coragem anime também a amada Venezuela a empreender os passos necessários para pôr fim às tensões atuais e edificar, juntos, um futuro de esperança para toda a população.

Paz para todos aqueles que, em diferentes áreas, suportam sofrimentos devido a perigos constantes e injustiças persistentes. Possa o Myanmar consolidar os esforços por favorecer a convivência pacífica e, com a ajuda da comunidade internacional, prestar a necessária proteção e assistência humanitária a quantos, delas, têm grave e urgente necessidade. Possa a Península Coreana ver as tensões que a atravessam superadas num renovado espírito de colaboração.

Paz para quem perdeu uma pessoa querida por causa de brutais atos de terrorismo, que semearam pavor e morte no coração de muitos países e cidades. Paz – não em palavras, mas real e concreta – aos nossos irmãos e irmãs abandonados e excluídos, àqueles que padecem a fome e a quantos são vítimas de violência. Paz aos deslocados, aos migrantes e aos refugiados, a todos aqueles hoje são objeto do tráfico de pessoas. Paz aos povos que sofrem por causa das ambições econômicos de poucos e da avidez insaciável do deus-dinheiro que leva à escravidão. Paz a quem suporta dificuldades sociais e econômicas e a quem padece as consequências dos terremotos ou de outras catástrofes naturais.

Paz às crianças, neste dia especial em que Deus Se faz criança, sobretudo às privadas das alegrias da infância por causa da fome, das guerras e do egoísmo dos adultos.
Paz na terra a todas as pessoas de boa vontade, que trabalham diariamente, com discrição e paciência, em família e na sociedade para construir um mundo mais humano e mais justo, sustentadas pela convicção de que só há possibilidade de um futuro mais próspero para todos com a paz.

Queridos irmãos e irmãs!
“Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado”: é o “Príncipe da Paz”. Acolhamo-Lo!

[depois da Bênção]

A vocês, queridos irmãos e irmãs, reunidos de todo o mundo nesta Praça e a quantos estão unidos conosco de vários países por meio do rádio, televisão e outros meios de comunicação, formulo os meus cordiais votos.

Neste dia de alegria, todos somos chamados a contemplar o Menino Jesus, que devolve a esperança a todo o ser humano sobre a face da terra. Com a sua graça, demos voz e demos corpo a esta esperança, testemunhando a solidariedade e a paz.

Feliz Natal a todos!

 

 

A Arquidiocese de Brasília realizou no dia 15, o Natal do Povo de Rua. A iniciativa é da Pastoral do Povo de Rua juntamente com a Casa de acolhida Santo André. Cerca de 400 pessoas em situação de rua estiveram pela manhã na Catedral.

A programação teve início com o café da manhã oferecido a todos em frente à Catedral de Brasília. Logo depois, às 10h, foi realizada a Celebração Eucarística presidida pelo cardeal Dom Sergio da Rocha.

Em sua homilia, o arcebispo falou da importância da celebração do Natal e ressaltou a presença de Jesus nas nossas vidas constantemente. “Jesus caminha conosco. Ele nos acompanha quando mais precisamos (...). Quantos irmãos e irmãs sofrem com a violência, sofrem com a falta de acolhida e amor. Jesus também nasceu deste modo, primeiramente para mostrar que Deus ama quem está nesta situação. Ele se fez pequeno, Ele se fez pobre, Ele se fez morador de rua para mostrar que Deus tem um amor muito grande por cada um de nós, mas que Ele ama de modo especial quem mais sofre.”

Dom Sergio destacou também o papel do cristão diante do sofrimento dos irmãos. “Porém Jesus vem para nos ensinar a sermos uma verdadeira família. Uma casa que acolhe a todos, uma família que de braços abertos acolhe quem mais sofre. E a Igreja tem sido esta casa que não é só de alguns é de todos.”. Sobre as responsabilidades, o cardeal enfatizou o papel do governo e dos órgãos públicos na questão da ajuda aos mais necessitados.

Ao final da Celebração houve a entrada da imagem do Menino Jesus e também de uma criança de apenas 20 dias, cuja mãe é atendida pela Casa Santo André. Tanto a imagem quanto a criança foram acolhidas por dom Sergio. O cardeal levou a imagem do Menino Jesus até a manjedoura do presépio da Catedral, como gesto de renascimento para todos os presentes.

Após a celebração os irmãos de rua foram encaminhados para a Sede do Movimento Eureka, localizada na 906 Norte, onde foi servido o almoço e os convidados participaram de diversas atividades, como apresentações cristãs, artísticas e culturais, prática de esportes, lazer e recreação.

Este foi o 4º ano do evento em Brasília.

Veja fotos

Fonte: Arquidiocese de Brasília

Terça, 20 Dezembro 2016 18:34

A simplicidade do Natal

 

Passar os olhos no texto narrativo escrito por São Lucas, no qual é apresentada a cena do nascimento do Salvador, é algo enternecedor.

A simplicidade utilizada pelo autor sagrado para nos mostrar a grandeza de um momento crucial na História da Salvação, por si, apenas, já nos educa. Uma cidadezinha simples, um casebre afastado, uma manjedoura, alguns animais, o silêncio da noite, peregrinos percorrendo estradas olhando para o céu e perseguindo uma estrela-guia.

Uma desconcertante simplicidade, nenhuma ostentação. O silêncio é rompido pelo choro de uma criança que nasce da Virgem Mãe e pelo entoar dos anjos que no céu proclamam: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados”.

Desde o seu nascimento, Jesus é marcado como sendo o Príncipe da Paz. Glória e paz, um duplo movimento de exaltação e de serenidade envolve aquela cena do nascimento do Menino Deus: “Ele será chamado Conselheiro Maravilhoso, Deus Todo-poderoso, Pai da eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9,6). Todos esses atributos apresentados pelo Profeta no Antigo Testamento aplicam-se de modo magistral ao próprio Cristo: “Nasceu hoje em Belém o Salvador”.

“Príncipe da Paz será chamado”. São Paulo escreve a Tito: “Manifestou-se a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens” (2,11). Nas noites do Natal de hoje, nas igrejas e nas casas, deve ressoar esta mesma aclamação: Deus proveu a humanidade do caminho de acesso à graça que santifica. Na encarnação de Cristo está assinalada a simplicidade de Deus. Ele decide habitar o mundo de modo simples, terno, profundamente humano, prosaico. Como que para mostrar à humanidade que o mais profundo segredo para a felicidade está no rompimento com toda sorte de ostentação, de frenética ânsia por qualquer forma de sobreposição e dominação.

Talvez esteja aqui uma das fortes razões pelas quais muitas pessoas se detêm longamente diante dos presépios. Os olhos percorrem a magia daquele instante narrado por São Lucas. E ficamos perplexos contemplando a grandeza revelada na Sagrada Família de Nazaré, cuja festividade a Igreja celebra no próximo dia 30 de dezembro.

Que maravilha é anunciada ao homem: Deus Trindade, unidade transcendente, consagra a família como sendo o Santuário dentro do qual habita o Altíssimo. No ventre de Maria, no seio da família de Nazaré, a simplicidade de um Deus profundamente terno e comprometido com a redenção humana. E que elege a família como espaço fecundo da presença do Altíssimo. Não é por outra razão que João Paulo II denominou
a família como “santuário da vida”.

Desejo a todos os leitores, à sociedade em geral, que o Natal, das famílias e daqueles que se encontram delas ausentes, seja uma alegre experiência desta ternura e simplicidade de Deus. Que a experiência de celebrar o Deus-Menino acenda nos corações de todas as pessoas a firme esperança pela alegre participação no insondável mistério de Deus, Verbo que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14).

Feliz Natal!

 

Terça, 20 Dezembro 2016 18:21

Natal Feliz

Mais uma vez é Natal. É Natal para todos. Mesmo para aquelas pessoas que não veem significado cristão nesta festa, também para elas é Natal. A luz brilha no meio das trevas, mas nem todas as pessoas se deixam ser iluminadas. Muita gente neste ano quis ver a “Super Lua”. Ela era grande e tinha um brilho encantador, mas muitas pessoas não a viram porque ela estava encoberta pelas nuvens. Seu aparecimento se deu num tempo em que o céu estava nublado. Ela estava lá pendurada nas paredes do céu, mas não se podia vê-la.

O verdadeiro brilho do Natal existe para todas as pessoas. Nem sempre se consegue alcançá-lo porque existem trevas que o encobrem. Ainda hoje existe uma multidão que habita no mundo das trevas. Para se alcançar a verdadeira alegria do Natal necessita-se da oração, da evangelização, da abertura do coração para um melhor relacionamento com Deus e com os irmãos. Necessita-se de renúncias que somente quem vai se tornando discípulo é capaz de fazê-las. Natal é vida nova em Cristo, ou a partir dele. Será muito bom se mais uma vez neste Natal conseguirmos renovar os propósitos de permitir que tudo em nossa vida aconteça a partir de Jesus. Desta forma as trevas vão cedendo lugar para a luz e uma vida nova começará a surgir. Deus não nos promete uma vida sem falhas, mas sim de risco com possibilidades de errar. Somos muito frágeis, mas Ele nos pede que tenhamos a coragem de erguer, de dar passos na direção de uma vida promissora. Deus espera que vá surgindo em nós os sentimentos que havia no seu Filho Jesus.

Feliz Natal, é o que todos desejamos neste tempo. Viver o Natal Feliz é o que todos esperamos. Ser Feliz a partir do Natal é um projeto que deve ser assumido. Deus nos ajude para sermos como os pastores de Belém que perceberam os sinais da manifestação de Jesus e fizeram um caminho até encontrá-lo. Cresça em nós o desejo de não nos afastarmos daquele que se fez carne e habitou em nosso meio.

Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo Diocesano de Uruaçu e Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB

A Diocese de Anápolis celebrou, na manhã do dia 10 de dezembro, seus 50 anos de criação (1966-2016). Para marcar a data foi realizado um Momento Cívico, às 9h, na Catedral do Senhor Bom Jesus, com o lançamento do Livro Álbum dos 50 anos da Diocese e o descerramento de uma placa comemorativa. O evento contou com a presença de autoridades civis e eclesiásticas.

Após o primeiro momento, deu-se início a Santa Missa Solene que abriu o Ano Jubilar a toda a Diocese de Anápolis. Dom João Wilk presidiu a celebração, contudo, a homilia ficou a cargo de Dom Washington Cruz, que se inspirou no canto de São Francisco de Assis, “Louvado seja, meu Senhor”, para discorrer seu comentário. Em sua fala, o arcebispo convidou toda a comunidade diocesana a proclamar com alegria o “Laudato si (louvado seja) da Diocese de Anápolis”.

Dom Washington agradeceu os cuidados de Deus à Diocese de Anápolis e fez referências aos bispos que já passaram por essa Igreja particular: Dom Epaminondas Araújo e Dom Manuel Pestana. Ele louvou a Deus pela vida de Dom João, pelo seu pastoreio episcopal e zelo por toda a Diocese. Por fim, referiu seu louvor a Deus pelos sacerdotes, pela Vida Religiosa presente nesta Igreja local, pelas mais diversas paróquias e pelos leigos, que compõem esta porção do Povo de Deus. Com a abertura do Ano Jubilar, toda a diocese é chamada a celebrar o jubileu das diversas pastorais e movimentos da Igreja, no decorrer do ano de 2017.

Marcaram presença o governador do estado de Goiás, Marconi Perillo, e a primeira-dama Valéria Perillo; o prefeito de Anápolis, João Gomes, e o prefeito eleito, Roberto Naves; o cardeal arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha; o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz; o bispo diocesano Dom João Wilk, dentre outros bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, e leigos.

Parabéns a toda a Diocese pelos 50 anos de evangelização e vivência da fé!

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Fonte: Diocese de Anápolis

Fotos: Fúlvio Costa

Quarta, 14 Dezembro 2016 17:00

Falece o cardeal Paulo Evaristo Arns

Faleceu nesta quarta-feira, dia 14 de dezembro, em São Paulo (SP), o arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Paulo Evaristo Arns. O prelado estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Catarina, na capital paulista, onde recebia os cuidados médicos. Segundo a cúria, o estado de saúde do purpurado era “delicado e inspirava preocupação”. A arquidiocese de São Paulo comunicou o falecimento com uma nota que iniciava recordando o lema episcopal do cardeal “Spe in spem (De esperança em esperança)”.

“Louvemos e agradeçamos ao 'Altíssimo, onipotente e bom Senhor' pelos 95 anos de vida de dom Paulo, seus 76 anos de consagração religiosa, 71 anos de sacerdócio ministerial, 50 de episcopado e 43 anos de cardinalato. Glorifiquemos a Deus pelos dons concedidos a dom Paulo, e que ele soube partilhar com os irmãos. Louvemos a Deus pelo testemunho de vida franciscana de dom Paulo e pelo seu engajamento corajoso na defesa da dignidade humana e dos direitos inalienáveis de cada pessoa”, escreveu o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer.

Dom Odilo agradeceu a Deus também “por seu exemplo de Pastor zeloso do povo de Deus e por sua atenção especial aos pequenos, pobres e aflitos”. “Dom Paulo, agora, se alegre no céu e obtenha o fruto da sua esperança junto de Deus!”, escreveu o cardeal.

No texto, o arcebispo de São Paulo convidou todos a elevarem preces de louvor e gratidão a Deus e de sufrágio em favor do falecido cardeal Paulo Evaristo Arns. O velório e os ritos fúnebres serão realizados na Catedral Metropolitana de São Paulo.

Vida dedicada aos pequenos

Dom Paulo nasceu no dia 14 de setembro de 1921, em uma colônia de descendentes de alemães, na cidade de Forquilhinha (SC). Filho de Gabriel Arns e Helena Steiner, tinha treze irmãos, entre eles a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann. A família preservava muito da cultura de seus antepassados no dia a dia, em especial a proximidade com a religião. Desde cedo, as crianças também aprenderam a contribuir com os trabalhos da casa e da lavoura.

Seguindo sua vocação, dom Paulo foi ordenado sacerdote no dia 30 de novembro de 1945, aos 24 anos, em Petrópolis (RJ), integrante da Ordem dos Frades Menores (OFM). No dia 7 de julho de 1966, recebeu a ordenação episcopal. Em 5 de março de 1973, foi nomeado cardeal pelo então papa Paulo VI.

Na sua trajetória episcopal do Paulo foi bispo auxiliar de São Paulo, de 1966 a 1970, período em que foi vigário episcopal da região Norte da arquidiocese. Na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi encarregado do Departamento de Educação e no regional Sul 1 da entidade atuou como presidente da Comissão Episcopal do Regional. Também exerceu funções na Cúria Romana: membro da Sagrada Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, do Secretariado para os não-crentes e do Secretariado do Sínodo dos Bispos.

O cardeal Paulo Evaristo Arns, que esteve à frente do governo pastoral da arquidiocese de São Paulo entre 1970 e 1998, foi ainda grão-chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; delegado à Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América, em 1997. Arns também representou a Sociedade Civil no Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados e membro titular do Conselho da Cátedra Unesco do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP).

Em julho deste ano, a arquidiocese de São Paulo preparou uma cerimônia em homenagem ao cinquentenário de sua ordenação episcopal. Na ocasião, dom Paulo recebeu, inclusive, uma mensagem especial enviada pelo papa Francisco, parabenizando pelo jubileu e reconhecendo sua atuação pastoral em defesa dos direitos humanos.

Fonte: CNBB Nacional

Amados irmãos e irmãs!

O trecho do evangelho de João que ouvimos (cf. 4, 6-15) narra o encontro de Jesus com uma mulher samaritana. O que surpreende desse encontro é o diálogo muito conciso entre a mulher e Jesus. Isso permite-nos frisar hoje um aspeto muito importante da misericórdia, que é precisamente o diálogo.

O diálogo permite que as pessoas se conheçam e compreendam as exigências uns dos outros. Antes de tudo, ele é um sinal de grande respeito, porque coloca as pessoas numa atitude de escuta e na condição de compreender os aspetos melhores do interlocutor. Em segundo lugar, o diálogo é expressão de caridade, porque, mesmo sem ignorar as diferenças, pode ajudar a procurar e a partilhar o bem comum. Além disso, o diálogo convida-nos a pormo-nos diante do outro vendo-o como um dom de Deus, que nos interpela e nos pede para ser reconhecido.

Muitas vezes nós não nos encontramos com os irmãos, mesmo vivendo ao lado deles, sobretudo quando fazemos prevalecer a nossa posição sobre a do outro. Não dialogamos quando não ouvimos o suficiente ou quando tendemos a interromper o outro para demonstrar que temos razão. Mas quantas vezes, quantas vezes estamos a ouvir uma pessoa e impedimos que continue a falar dizendo: “Não, não! Não é assim!” e não deixamos que a pessoa acabe de explicar o que pretende dizer. E isso impede o diálogo: esta é agressão. O verdadeiro diálogo, ao contrário, necessita de momentos de silêncio, nos quais captar o dom extraordinário da presença de Deus no irmão.

Queridos irmãos e irmãs, dialogar ajuda as pessoas a humanizar as relações e a superar as incompreensões. Há tanta necessidade de diálogo nas nossas famílias, e como se resolveriam mais facilmente as questões se aprendêssemos a ouvirmo-nos reciprocamente! É assim no relacionamento entre marido e esposa, e entre pais e filhos.

Promoção da cultura do encontro

Quanta ajuda pode vir também do diálogo entre os professores e os seus alunos; ou entre dirigentes e trabalhadores, para descobrir as exigências melhores do trabalho.

Também a Igreja vive de diálogo com os homens e as mulheres de todos os tempos, para compreender as necessidades que estão no coração de cada pessoa e para contribuir para a realização do bem comum. Pensemos no grande dom da criação e na responsabilidade que todos temos de salvaguardar a nossa casa comum: o diálogo sobre um tema tão central é uma exigência iniludível. Pensemos no diálogo entre as religiões, para descobrir a verdade profunda da sua missão no meio dos homens, a fim de contribuir para a construção da paz e de uma rede de respeito e de fraternidade (cf. Enc. Laudato si’, 201).

Para concluir, todas as formas de diálogo são expressão da grande exigência de amor de Deus, que vai ao encontro de todos e lança em cada um a semente da sua bondade, para que possa colaborar na sua obra criadora. O diálogo derruba os muros das divisões e das incompreensões; cria pontes de comunicação e não permite que alguém se isole, fechando-se no seu pequeno mundo. Não vos esqueçais: dialogar significa ouvir o que me diz o outro e dizer com mansidão aquilo que penso. Se as coisas correrem assim, a família, o bairro, o lugar de trabalho serão melhores. Mas se eu não deixo que o outro diga tudo o que tem no coração e começo a gritar — hoje grita-se muito — esta relação não terá bom êxito; o relacionamento entre marido e esposa, entre pais e filhos não terá bom êxito. Ouvir, explicar, com mansidão, não agredir o outro, não gritar, mas ter um coração aberto.

Jesus sabia bem o que a samaritana, uma grande pecadora, tinha no coração; não obstante, não lhe negou a possibilidade de se expressar, deixou que falasse até ao fim, e entrou pouco a pouco no mistério da sua vida. Este ensinamento é válido também para nós. Através do diálogo, podemos fazer crescer os sinais da misericórdia de Deus e fazer deles instrumento de acolhimento e de respeito.

Audiência Jubilar do papa Francisco. Praça São Pedro, 22 de outubro de 2016

Quarta, 07 Dezembro 2016 17:03

Recesso na sede do Regional Centro-Oeste

A partir do próximo dia 24 de dezembro até o dia 1º de janeiro de 2017, a sede do Regional Centro-Oeste da CNBB estará em recesso para as festividades de Natal e Ano Novo. As atividades normais serão retomadas no dia 2 de janeiro, no horário habitual.

O regional deseja a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

OFÍCIO AOS BISPOS E COORDENADORES DE PASTORAIS

 

 

Cerca de 2 mil pessoas se reuniram na Praça Coronel Bertaso, em frente à Catedral Santo Antônio, no centro de Chapecó (SC), na manhã de terça-feira (6), para participar da missa de sétimo dia às vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas, da delegação da Chapecoense e profissionais de imprensa, na Colômbia, no dia 29 de novembro.

A celebração foi presidida pelo arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Dom Sergio da Rocha, que levou uma mensagem de conforto aos familiares das vítimas. Durante a missa, foi feita uma corrente de oração pela saúde dos sobreviventes e, principalmente, pela valorização, o legado e as lições que a comunidade e o time chapecoense deixaram ao mundo. Vestidas com o uniforme do time, as crianças que fazem parte da escolinha do clube emocionaram a todos ao acenderem 71 velas do lado de fora da Igreja em homenagem aos mortos. Ao término da celebração elas seguraram também 71 balões verdes sob os gritos de, Vamos, vamos, Chape!

Em Brasília

Na tarde do mesmo dia 6 de novembro, cerca de 200 pessoas participaram na Catedral Metropolitana de Brasília, da missa de sétimo dia pela morte das vítimas do acidente. A celebração foi presidia pelo bispo auxiliar Dom Marcony Ferreira e concelebrada pelo pároco da Catedral, padre João Firmino, que é responsável pela Pastoral do Esporte; além do padre Marcus Venícius de Sousa e o padre Valdemir da Diocese de Macapá, que está em visita a Brasília.

No altar, placas com 71 nomes fez memória às vítimas da tragédia.

Dom Marcony fez sua homilia comentando o evangelho do dia que fala da ovelha perdida. “Nós somos a ovelha perdida. É por nós que Deus vem correndo ao encontro para nos trazer de volta ao rebanho. Por isso a atitude da ovelha deve ser uma atitude de confiança, de jogar-se nas mãos do seu Pastor. É esta confiança que nos traz a certeza que Ele não nos abandona. Em qualquer situação que estejamos e, sobretudo em circunstancias difíceis em que a própria razão não explica, em que nosso coração fica pequenino, diminuído e que sofremos”.

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Bispo referencial

Dom Marcony Vinícius Ferreira

Coordenador: Pe. Fábio Carlos
Contato (62) 99439-6064
E-mail: padrefc@outlook.com

 

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