Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Cerca de 4 mil pessoas participaram da cerimônia de fechamento da Porta Santa da Catedral Metropolitana de Brasília. A Santa Miss foi presidida pelo arcebispo metropolitano e presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha, e concelebrada pelos bispos e clero da Capital Federal.
O fechamento da Porta Santa marca o fim do Ano Santo na Arquidiocese de Brasília, convocado em abril e inaugurado oficialmente pelo papa Francisco no dia 8 de dezembro de 2015, quando abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma.
A Catedral de Brasília, da Arquidiocese de Brasília, e a Catedral Militar Rainha da Paz e o Santuário da Mãe Rainha de Schoenstatt, ambos no Ordinariado Militar, assim como todas as dioceses e Catedrais autorizadas pelo Santo Papa para terem Portas Santas, com exceção do Santuário Menino Jesus, em Brazlândia, foram fechadas no dia 13 de novembro, em comunhão com o fechamento nas Basílicas papais de Roma: São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros.
“Hoje se fecham as Portas do Ano Santo da Catedral. Encerrar o Ano da Misericórdia não significa que Igreja não vivera mais a Misericórdia de Deus. As Portas da Misericórdia é que se encerram nas Dioceses, de maneira simbólica. Mas é claro que as Portas das Igrejas, Como Mãe Misericordiosa, e as Portas do Pai Misericordioso permanecerão abertas”, disse Dom Sergio durante a homilia.
Para concluir, o arcebispo deixou uma mensagem de amor e esperança a todo o seu rebanho presente na celebração, incentivando-os a não enfraquecerem a obra iniciada ao longo do Ano Jubilar. “Com o fim do Ano da Misericórdia, não relaxemos, não nos acomodemos. Vamos continuar a vivenciar a Misericórdia de Deus a cada momento e em cada ação. Sejamos firmes, confiantes, fortes e perseverantes, para atravessarmos dificuldades e momentos difíceis. Que ninguém jamais desanime e que, apenas, confie, espere e permaneça em Deus, que ganhará a vida eterna”, finalizou.
Brazlândia
Para quem não conseguiu participar da Cerimônia de fechamento da Porta Santa da Catedral, ainda tem a oportunidade de participar da cerimônia no Santuário Menino Jesus, em Brazlândia, que será realizada no próximo domingo (20) e será presidida pelo arcebispo militar Dom Osvino José Both, às 10h.
Informações e fotos: Arquidiocese de Brasília
Emérito celebrou em 2016, 90 anos de idade e 55 de episcopado
Os bispos das dioceses que integram o Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) e que participam da última reunião do Conselho Episcopal Regional (CONSER) em 2016, visitaram na manhã desta quarta-feira (16) o arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, por ocasião dos seus 90 anos de vida, celebrados no dia 10 de junho deste ano e pelos 55 anos de episcopado, comemorados em 29 de outubro passado.
O bispo de Anápolis (GO) e vice-presidente do regional, Dom João Wilk, disse que a visita se justifica pela história de Dom Antonio e pelos longos anos de dedicação à Igreja no Centro-Oeste, bem como por ter celebrado aniversários tão importantes neste ano. “As celebrações natalícias e pelo seu episcopado nos motivaram a vir cumprimenta-lo e, mais do que isso, por ser nosso irmão, um exemplo de dedicação, entrega, lucidez e de amor à Igreja”, disse em entrevista. Ele comentou também que Dom Antonio é chamado de patriarca do regional não só pela idade, mas pela sabedoria. Destacou também que o emérito o inspira pela fé e pela abertura para os assuntos da atualidade.
Ao dirigir palavras a Dom Antonio em nome do regional, Dom João lembrou ainda que conheceu o homenageado por volta de 1979, em Anápolis e que, desde então sempre estimou o irmão no episcopado pelo grande espírito de pastoral, pela inteligência, fluidez no raciocínio e nas palavras, pela fidelidade no ministério e serenidade de espírito. “Tomara que Deus conceda a todos nós longa vida e esta mesma serenidade de espírito e de coração que nutre Dom Antonio”, disse, fitando o olhar nos bispos presentes.
Após as palavras de afeto do presidente em exercício do regional, Dom Antonio cumprimentou e agradeceu aos bispos pela presença e homenagem. Em seguida, teceu algumas palavras como um irmão mais velho sobre a importância do regional para a vida de cada bispo e Igreja particular. “O regional é uma força espiritual de unidade em que cada bispo ajuda o outro com sua presença. Certa vez eu estava desanimado de ir a uma reunião do regional e Dom Fernando Gomes dos Santos me disse”: ‘se você não tem nada a levar, vai mesmo assim que irá receber muito’. “Eu fui e de fato a convivência e a fraternidade de cada um nos ajuda a fazer o bem”.
Dom Antonio concluiu sua fala aos bispos dizendo que, como emérito, alimenta sempre dois pensamentos: o primeiro, que ele considera o mais importante, é passar boa parte do seu dia rezando na capela da sua casa pela Arquidiocese de Goiânia, pelo Regional Centro-Oeste e pela Igreja Católica de modo geral. O segundo é se preparar também pela oração para o encontro definitivo com Deus que se aproxima. “Nessa altura da idade não posso esperar. Peço que vocês estejam em oração comigo na graça e no amor de Deus sob a proteção de Nossa Senhora para que eu esteja preparado quando a morte chegar. Deus abençoe a cada um de vocês e lhes pague”, concluiu.
O secretário executivo do regional, padre Eduardo Luiz de Rezende entregou uma carta assinada por todos os bispos que participam do CONSER a Dom Antonio, na qual pede a Deus pela sua saúde e manifesta gratidão pelos longos anos dedicados ao Povo de Deus em Goiás e no Distrito Federal.
A Reunião do CONSER que começou na terça-feira (15) segue até sexta (18). O presidente do regional, Dom Messias dos Reis Silveira não pode participar por ter se submetido a uma cirurgia recentemente.
VEJA TODAS AS FOTOS
A Igreja, sábia em sua pedagogia, oferece cada ano, por ciclos litúrgicos, o mistério da salvação pelas diferentes etapas do caminho e da vida de Cristo. O Advento é o Tempo da espera; o Natal da presença; a Epifania é o Tempo da manifestação; a Quaresma é o Tempo da conversão e da mudança; a Páscoa é o Tempo da vida plena; Pentecostes é o Tempo do Espírito e da missão. O Tempo Comum é o momento do aprofundamento, da contemplação, da meditação e sempre da ação, do testemunho, do anúncio.
Estamos para iniciar o Tempo do Advento. Para quem está acostumado a frequentar a Igreja, não precisa de muitas explicações, porque está bem por dentro do sentido bíblico, histórico e espiritual deste Tempo.
Tempo da Espera
Gostaria de sublinhar aquilo que todo mundo sabe: o Tempo do Advento é dividido em duas partes bem distintas: do início até o dia 17 de dezembro, a Igreja quer nos educar para não perder de vista a esperança última que deve animar e acompanhar a caminhada de cada discípulo. De 17 de dezembro até o Natal faz memória da vinda histórica de Cristo porque é algo de marcante e decisivo, “o Verbo se fez carne e veio morar entre nós”.
Relembrando o que as leituras propõem – sobretudo na Eucaristia e Liturgia das Horas – precisamos recuperar a Esperança no seu sentido bíblico e mais profundo aguardando a volta última e definitiva do Senhor. Que não sejamos comunidades cristãs demasiadamente preocupadas com as esperanças penúltimas, favorecendo um clima de provisoriedade e de vazio interior que faz mal à Igreja.
A Esperança nas realidades definitivas e, na vinda do Senhor Jesus, dá uma outra dimensão à espiritualidade pessoal, à vida comunitária, à vida pastoral. Me parece que carecemos muito disso. Muita preocupação com detalhes insignificantes de cantos, de cores, de som, enfim de exterioridades que se sustentam somente se o essencial é garantido.
Numa cultura do provisório e do imediato não é fácil trabalhar o tema da Esperança. Esperar o que e para que? O Advento é um grande desafio pastoral e catequético e diria também homilético.
Igreja de Deus saia da mesmice, do normal e se deixe envolver pela novidade perene do seu Deus que nunca é repetitivo. Igreja de Cristo, aguarde seu Senhor e ensina, prepara o povo que Ele mesmo adquiriu, a manter viva a memória e a espera dele sempre e em cada momento.
Mais os anos passam e a gente se aproxima do “escaton” (Páscoa do Senhor) e mais se percebe a importância pedagógica e espiritual deste Tempo precioso com suas provocações. O Senhor vai voltar: estai preparados!
Tempo da Presença
Se a comunidade cristã viveu intensamente o Advento, o Natal tem sentido de plenitude e de alegria porque Aquele que se esperou está no meio de nós, como o Deus conosco, o Emanuel. O Natal não é simplesmente uma memória histórica de um acontecimento marcante da vida da salvação, mas a perene e contínua presença de um Deus conosco, misericordioso, rosto visível do Deus invisível. Presença que se atualiza sobretudo na Eucaristia e nas muitas outras formas que o Vaticano II nos lembrou no documento sobre a liturgia.
A Pastoral da Igreja deve trabalhar muito para desfazer os costumes que cada ano que passa se tornam sempre mais enraizados na “cultura” do povo. Bem antes que comece o Advento, já se enfeitam as ruas com luzes, se anima o comércio, até o presépio se prepara nas casas e Igrejas: se trabalha pelos enfeites. Nosso trabalho pastoral e litúrgico é insuficiente para tornar presente no coração do povo o mistério da Encarnação. O perigo é também de cuidar com esmero de uma liturgia natalina solene, mas sem Cristo. É o que alertava muitos anos trás o Beato papa Paulo VI. Passado o momento da “emoção romântica”, que o Natal suscita também nos ateus, o risco é que tudo volte como antes e as consequências espirituais da presença do Filho de Deus conosco não se tornem evidentes. Será que nós mesmos não colaboramos para isso?
Gostaria até de comentar o tema das cestas natalinas para os pobres, mas não me atrevo a isso. Ótima experiência, mas! Mas seria necessário, por dever de coerência interna, refletir sobre isso, para não banalizar o mistério que celebramos e reduzi-lo a episódios sem continuidade?
Tempo da Epifania
Ao Natal segue imediatamente o Tempo da Epifania, Tempo da Manifestação. É um período tão curto que nem o valorizamos decentemente. O Menino de Belém, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, aparecido numa pobreza desconcertante, é o Senhor da história, é o Senhor das nações representadas nos santos Magos. É o Senhor que pede à sua Igreja de anunciá-lo, e indicá-lo presente no mundo como “a luz que ilumina cada homem que vem a este mundo”. A Epifania acaba despertando a necessidade da missão permanente e ardorosa.
Para uma Igreja acordada, simples e desarmada o ciclo do Advento-Natal-Epifania conseguirá despertar valores e dimensões sumamente importantes seja na vida pessoal como na vida pastoral. Por uma Igreja superficial, que vive de tradições, de festa, somente restará aguardar o Advento e Natal do próximo ano para repetir o nada desse ano.
Dom Carmelo Scampa
Bispo diocesano de São Luís de Montes Belos-GO
“Desafios da Pastoral Carcerária” foi o tema de reflexão do primeiro momento da reunião do Conselho Episcopal Regional (CONSER), que começou na manhã desta terça-feira (15), na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal). Essa parte formativa do encontro teve a assessoria do coordenador da Pastoral Carcerária na Arquidiocese de Goiânia, diácono Ramon Curado, e da irmã Alessandra Santana, da coordenação regional.
Durante sua exposição, a religiosa, que faz parte da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, fundada por Santa Paulina, destacou os objetivos da Pastoral Carcerária, que é evangelizar e promover a dignidade humana por meio da presença da Igreja nos cárceres com as equipes de pastoral, na busca de um mundo sem cárceres. Pontuou ainda que anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, colaborar para que os direitos humanos sejam garantidos, conscientizar a sociedade para a difícil situação do sistema prisional e contribuir para redução da população carcerária, estão entre os objetivos específicos da pastoral.
A respeito dos desafios, diácono Ramon afirmou que a Pastoral Carcerária carrega um estigma e até repugnância por escolher os encarcerados como seus prediletos na evangelização. Por isso, faltam pessoas que queiram se doar para evangelizar nos presídios. “Enquanto outras denominações religiosas como os protestantes têm 50 pastores atuando nos presídios de Goiânia e os Espíritas dez grupos, nós temos apenas 21 voluntários, sendo que 12 visitam as unidades prisionais semanalmente”, disse. Irmã Alessandra também lembrou que o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, atrás apenas de China e Estados Unidos.
Em Goiás, já são 17 mil detentos, desse total 900 são mulheres número elevado que causa um impacto social muito negativo. “Diante desse quadro, temos como principais desafios a falta de lideranças para assumir os trabalhos, de comunidades e do Clero para apoiar a pastoral e de mais organização por parte das dioceses para que possamos desempenhar uma ação pastoral mais afetiva e efetiva”, completou irmã Alessandra.
Diretrizes da Igreja
Com base na 5ª Urgência das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), que pede uma ação pastoral que se coloca a serviço da vida plena para todos, pela caridade e a opção evangélica de socorrer aqueles que mais necessitam, os assessores, diácono Ramon e irmã Alessandra, pediram aos bispos que apoiem a pastoral, no sentido de torná-la uma força viva no regional e um estrutura que tenha um elo comum. “Sabemos que há atuações isoladas de visitas a delegacias e presídios em algumas dioceses do regional, mas precisamos ser uma pastoral que atua de maneira conjunta e ordenada, unida com um único objetivo”, completou.
Após as exposições, os bispos fizeram perguntas e pontuaram algumas falas dos assessores. Foi solicitada ainda a presença da pastoral em algumas dioceses, no sentido de estruturar esse trabalho nas Igrejas particulares.
A Reunião do CONSER, que reúne os bispos das 12 dioceses do Regional Centro-Oeste, continua nesta terça-feira de Proclamação da República, com a reunião reservada dos bispos e assuntos de pauta. Às 18h eles celebram missa com vésperas. A reunião segue até sexta-feira, dia 18.
Pauta de quarta-feira, dia 16 de novembro
7h – Laudes
8h – Café
8h30 – Continuação dos assuntos de pauta
10h – Intervalo
10h30 – Continuação dos assuntos de pauta
12h – Almoço
14h30 – Hora Média
14h45 – Continuação dos assuntos de pauta
16h – Intervalo
16h30 – Continuação dos assuntos de pauta
18h – Missa com Vésperas
19h - Jantar
Teve início na terça-feira, 08, o encontro com os secretários executivos dos 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na sede da entidade, em Brasília (DF). A reunião tem como finalidade facilitar a comunicação e o desenvolvimento das atividades gerais da CNBB em cada regional. Além dos secretários executivos participam os assessores das Comissões Episcopais Pastorais e os membros do secretariado-geral da CNBB.
Segundo o subsecretário adjunto de pastoral da CNBB, monsenhor Antonio Luiz Catelan, o encontro é dividido em assuntos pastorais e administrativos. “Hoje que é o dia mais pastoral temos dois temas, os desafios da comunicação e a aplicação disso ao nosso âmbito pastoral e, ainda, a nossa relação entre sede e regionais”, destaca.
Para o secretário executivo do regional Sul 2 (Paraná), padre Mário Spaki, a iniciativa tem como foco trazer o que é vivido nos regionais. “Essa reunião ela é muito importante porque nós formamos uma equipe só. Trazemos aquilo que é vivido nos regionais, partilhamos os aspectos bonitos, os testemunhos, as realidades que estão acontecendo na igreja local e levamos daqui para os regionais aquilo que está sendo vivido em âmbito nacional”, enfatiza.
O secretário executivo do regional Nordeste 2 (Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte), Agenor Guedes Filho, destaca que a reunião é uma oportunidade de todos os regionais realizarem um balanço de suas caminhadas. “Aqui nós dividimos as nossas experiências, alegrias, dificuldades e tudo aquilo que temos que enfrentar. Fazemos um balanço da nossa caminhada e também já nos preparamos para o próximo ano de avaliação e tudo aquilo que nos aguarda de trabalho daqui para frente”, destaca.
A reunião dos secretários executivos acontece duas vezes por ano, esta que é a última de 2016 segue até esta quarta-feira, 09. Em 2017, a primeira reunião será no Rio de Janeiro (RJ), sede do regional Leste 1 da CNBB.
Fonte: CNBB Nacional
Nos dias 14 a 18 de novembro, os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) realizam as últimas reuniões do ano da Comissão Episcopal Regional (CEP) e do Conselho Episcopal Regional (CONSER). Na primeira, conforme o presidente do regional e bispo de Uruaçu (GO), Dom Messias dos Reis Silveira, são tratados assuntos relacionados a questões administrativas e pastorais. É levada em consideração também a vida e ministério dos bispos, presbíteros, consagrados e leigos.
A pauta da reunião da CEP, que acontece nesta segunda-feira (14), é montada sempre de acordo com os assuntos que são sugeridos pelos bispos, que ouvem as necessidades que brotam nas dioceses. “Cuidamos também de assuntos relacionados à vida administrativa e financeira do regional. A maioria dos assuntos depois de amadurecida é levada para a reunião do CONSER”, explica Dom Messias.
Na terça-feira (15) tem início a reunião do CONSER, que reúne os bispos das 12 dioceses do regional. Na parte formativa do encontro, o tema de discussão é os Desafios da Pastoral Carcerária, que será assessorado pelo coordenador da pastoral, diácono Ramon Curado, da Arquidiocese de Goiânia. “O maior desafio da Pastoral Carcerária é se organizar em coordenações diocesanas, que ajudam na articulação mais efetiva e significativa desta bonita e importante missão de se fazer presente nos cárceres”, comenta em entrevista o diácono. Outro desafio pontuado por ele é o número reduzido de voluntários. “Só no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia temos cinco mil pessoas presas, uma verdadeira paróquia a mais na Arquidiocese de Goiânia”.
A missão da Pastoral Carcerária (PCr) é levar o amor de Deus, na forma de escuta e atenção individual aos encarcerados, encaminhando também às autoridades e à sociedade, denúncias e o clamor pelas irregularidades que desrespeitam as leis e inviabilizam a ressocialização dos indivíduos. “A ação da PCr tem ajudado a diminuir o número de prisões desnecessárias, principalmente dos pobres por pequenos delitos. A superlotação é a causa da maioria das mazelas do sistema prisional no Brasil”, ressalta o coordenador.
Dom Messias completa que a escolha do tema para ser aprofundada na última reunião do CONSER foi escolhida pelos bispos por causa da necessidade de conhecer melhor o tema para que a Igreja possa atuar pastoralmente de forma mais próxima junto aos reeducandos, de modo a levar com mais eficácia a misericórdia de Deus aos encarcerados.
Ano da Misericórdia
A pauta do CONSER continua no dia 16 e nos dias 17 e 18, quinta e sexta-feira, eles avaliam, juntamente com os coordenadores diocesanos de Pastoral, presidentes de Organismos e coordenadores regionais de Pastoral e de Movimentos, a caminhada do regional em 2016, sobretudo o Ano Santo da Misericórdia vivido na Igreja em Goiás e no Distrito Federal. “Tudo foi voltado para o Ano da Misericórdia, no regional, que é a comunhão das nossas Igrejas particulares. Todas estiveram envolvidas realizando ações de misericórdia, com práticas de caridade. As marcas do Ano Santo podem ser percebidas em cada diocese, seja no acolhimento, no socorro aos necessitados, no perdão, enfim, na prática das obras de misericórdia, corporais e espirituais”, destaca Dom Messias.
Questionado sobre o que precisamos fazer a partir do encerramento do Ano Santo, no próximo dia 20 de novembro, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, com o que foi testemunhado, ensinado e aprendido com o Ano da Misericórdia, Dom Messias diz que “o Santo Padre não deseja que o aprendizado deste Ano caia no esquecimento. Ele deseja que o que foi vivido, aprendido e testemunhado continue na vida da Igreja, da família e de toda sociedade. Deseja que espelhados na misericórdia do Pai sejamos cada vez mais misericordiosos. Por onde passar um discípulos de Jesus ele deve deixar as marcas da misericórdia”.
A reunião de Avaliação Regional encerra na sexta-feira (18), às 11h30, com a Santa Missa.
Importância do CONSER
Fotos: Reunião do CONSER no primeiro semestre de 2016
As reuniões do CONSER acontecem duas vezes ao ano. Desta forma os bispos têm a oportunidade de viverem a colegialidade na missão e sentirem a alegria do encontro e da partilha de suas alegrias, dificuldades, desafios e esperanças.
O episcopado do Centro-Oeste reza pedindo a Deus que abençoe as Igrejas particulares que compõem este regional, bem como ilumine os trabalhos pastorais desenvolvidos por seus agentes, tendo em vista o crescimento na fé, no amor e na caridade de todo Povo de Deus. Dom Messias ressalta ainda que no CONSER há profundos momentos de espiritualidade rezando as Horas Canônicas da Liturgia das Horas e celebrando a Santa Missa. Por isso, ele destaca a importância da divulgação do evento para toda Igreja, Povo de Deus. “Seria interessante que especialmente a Pastoral da Comunicação divulgasse esse encontro. E que as pessoas nas dioceses e comunidades rezassem por seus pastores reunidos, pois na pessoa de cada bispo está toda diocese participando da reunião”, completa.
A Pastoral da Aids da Arquidiocese de Goiânia realizou no dia 5 de novembro, uma capacitação para multiplicadores de base, na sede do Grupo AAVE (Aids: Apoio, Vida, Esperança). O evento que contou com a participação de 26 pessoas, de 11 paróquias. Diversos temas, assessorados pela coordenadora da pastoral na Arquidiocese, Suely de Souza Marinho, foram abordados na formação, entre eles a questão da Aids, desde seu significado, formas de transmissão do HIV, adesão ao tratamento e como viver com o vírus. Esse trabalho teve a participação de Sâmara e Tâmara Borges, da equipe do Grupo AAVE. Foi realizado também pela manhã um treinamento sobre visitas domiciliares, no qual foram abordadas questões práticas.
A formação também contou com uma apresentação sobre a missão da Pastoral da Aids, feita pela coordenadora regional, irmã Margaret Hosty. “Apresentei os objetivos, atividades, onde a pastoral está presente e como iniciar ou dar continuidade na paróquia ou na comunidade”, comentou a religiosa. Foi apresentado aos participantes as duas campanhas promovidas pela pastoral: a Vigília pelos Mortos de Aids e o Dia Mundial de Luta Contra a Adis. Irmã Margaret ainda deu destaque às ações estratégicas da pastoral, incidência política e a importância da participação dos agentes nos espaços de controle social, em especial nos conselhos de saúde.
Irmã Margaret comentou também com os presentes que desde o início da epidemia em Goiás, no ano de 1984, até o presente, foram notificados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), 13.564 casos de Aids no estado. “Com essa informação os novos agentes da pastoral puderam constatar a importância do diagnóstico precoce”, disse. Foi trabalhado também na formação o Guia do Agente, que trata de temas como a espiritualidade do agente; o olhar o mundo com o olhar de Deus; perfil do agente, entre outros.
Nova coordenação
A formação foi avaliada de maneira positiva pelo nível de esclarecimento, riqueza do material apresentado e pela participação e presença de novos agentes. Foi importante também a presença de cinco pessoas soropositivas. No fim da capacitação, foi empossada a nova coordenadora para a Pastoral da Aids no Regional Centro-Oeste: irmã Elenice Natal de Lima, que tem mais de cinco anos de trabalhos práticos na pastoral e no Grupo AAVE. Também foi acolhida a nova coordenadora da pastoral na Arquidiocese de Goiânia, Nilva Diolinda de Jesus. Elas foram escolhidas pelos agentes.
Uma extensa programação, digna de grande universidade, permeou os cinco dias da 8ª Semana Acadêmica do Curso de Teologia da PUC Goiás e de Filosofia, do Instituto Santa Cruz, que neste ano teve como tema “O amor nas dimensões pessoal, comunitária e social”, e aconteceu de 17 a 21 de outubro, no auditório menor do Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF). Ao todo foram feitas seis conferências, proferidas por mestres e doutores nos temas propostos; 20 comunicações, ou seja, aprofundamentos em estudos feitos pelos seminaristas e acadêmicos em Filosofia e Teologia; e uma mesa redonda.
Na primeira e segunda noites, o doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, padre Francisco Agamenilton Damascena, da Diocese de Uruaçu (GO), fez conferência sobre O Personalismo de Karol Wojtyla (São João Paulo II), na primeira noite, e sobre o Rumo ao Pluralismo Personalista, na segunda. De acordo com ele, o personalismo de Karol Wojtyla é objetivo porque está fundado na experiência integral da pessoa humana, da qual nunca se afasta em suas reflexões. Na família, por exemplo, a contribuição dessa percepção na vivência do amor tem reflexo “na mútua compreensão dos membros de um lar” e, para ela ser completa, diz ele, “é preciso considerar os aspectos externos e interiores das pessoas”. No amor matrimonial, por exemplo, “os esposos viverão mais harmonicamente à medida que forem capazes de reconhecer e dizer um para o outro: ‘você é um bem’”. Como consequência, concluiu, “nascem atitudes acolhedoras, de cuidado, promoção, respeito e veneração um pelo outro”, destacou.
Irmã Rita Batista, ICJ, mestre em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Lateranense, de Roma, apresentou duas conferências: uma sobre A mulher e a sociedade à luz do personalismo de Karol Wojtyla e Corpo e transcendência na Teologia do Corpo de São João Paulo II. Na última conferência, a religiosa destacou que o corpo é lugar da expressão e do amor. “Estamos caminhando para a era do incorporal”, disse ela enfatizando que as relações virtuais estão assumindo o lugar das relações físicas. Em São João Paulo II, segundo ela, “o corpo humano é a chave hermenêutica para entender a pessoa humana”.
Amor na família
“O amor é algo belo, profundo, desejado, mas não é perfeito”, disse em sua conferência o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Moacir Arantes, cujo tema foi “A misericórdia e os ‘casos especiais’: Reflexões acerca do cap. VIII da Amoris Laetitia”. O bispo destacou que o amor às vezes dói e às vezes faz doer, tanto o amor desordenado como a falta de amor verdadeiro. É aí que entra a misericórdia pastoral. “Tratar situações especiais e difíceis, essa é a pastoral apresentada na Bíblia, que não indica o pastor como uma profissão apenas. Não. O pastor mostra quem Deus é e o que fez. Maus pastores não fazem um bom pastor. Ser pastor é ser presença e ação de Deus na história, por isso não há nada mais santo porque é o jeito de ser de Deus. Na Bíblia, bom pastor é Deus e assim deve ser a Igreja e seu povo”. Dom Moacir ressaltou que a Igreja deve ter cuidado com os reducionismos acerca dos casos especiais divulgados principalmente pela grande imprensa como o matrimônio sem Sacramento e os casais em segunda união, apenas. “E as famílias diversas? A misericórdia precisa chegar a todas as situações. Precisamos cuidar, acompanhar de modo personalizado, porque cada caso é um caso”, pontuou.
Na última noite, dia 21 de outubro, o reitor do Seminário Maior Interdiocesano São João Maria Vianney e mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, padre Dilmo Franco Campos, do Clero da Diocese de Formosa (GO), fechou a 8ª Semana Acadêmica com a conferência Moral conjugal à luz da relação Cristo-Igreja. Partindo da leitura de Efésios 5,22-33, em que o amor do homem para com a esposa deve ser como o de Cristo com a Igreja, padre Dilmo afirmou que o amor conjugal deve ter três pilares principais: na beleza, no intelecto e na fé. “Os dois primeiros um dia acabam e só pela fé a união entre homem e mulher pode ser elevada à dignidade de Sacramento”, disse. O amor, conforme o conferencista, encontra seu lugar na entrega total entre homem e mulher a partir da amizade, pois só ela acolhe o outro incondicionalmente.
Balanço
O maior e melhor resultado da 8ª Semana Acadêmica, na visão do diretor acadêmico do Instituto Santa Cruz, padre David Pereira de Jesus, é ter alcançado as pessoas de fora do convívio da sala de aula, de modo especial os leigos. Um balanço final do evento deu conta de que cerca de 240 pessoas participaram diariamente das atividades. “Diferente das edições passadas, neste ano conseguimos fazer com que os leigos das nossas comunidades pudessem vir até nós participar da atividade acadêmica”, disse. Outro crescimento foi com a divulgação da Semana nos meios de comunicação tradicionais e nas redes sociais. Sobre o tema proposto, ele também afirmou ter alcançado os objetivos. “Os conferencistas e os comunicadores conseguiram levar ao público a mensagem que deveriam. Vimos na face de todos a satisfação”, declarou.
Fonte: Jornal Encontro Semanal/Vicariato para a Comunicação da Arquidiocese de Goiânia
Não há necessidade de muito trabalho para encontrar belas histórias sobre o arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, 90 anos, dos quais 55 de episcopado, celebrados na manhã do dia 30 de outubro, na Catedral Nossa Senhora Auxiliadora. Alcides Giolo, 75, e Eurídes Alves Giolo, 70, casaram-se na Catedral em 1964, sob as bênçãos de Dom Antonio. Mas a curiosidade na história dos dois é revelada quando Alcides conta que já morou, ainda solteiro, com o arcebispo emérito, na Rua 19. A futura esposa, órfã de pai e mãe encontrou em Dom Antonio a figura do pai que acolhe o filho em qualquer situação. “Eu era muito jovem, sem experiência, órfã, e Dom Antonio foi o pai que me orientou para o casamento”, conta Eurídes, com os olhos lacrimejando. Hoje, com 52 anos de casados, eles são pais de Zenis Alves Giolo, 51 anos. Alcides, por sua vez, define Dom Antonio em poucas palavras: “Um pastor muito presente, muito amigo e que gosta de ajudar as pessoas. E como gostar de ajudar!”.
Antes do início da missa em ação de graças pelos seus 55 anos de episcopado, o Encontro Semanal tentou entrevistar Dom Antonio e recebeu dele a seguinte resposta: “Preciso me confessar primeiro”. De fato, foi o que ele fez. Aproveitou o suave fundo musical do Hino da Jornada Mundial da Juventude 2016, “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão a misericórdia”, para pedir perdão a Deus pelas suas faltas. Logo depois, disse que aquela celebração acontecia com um único objetivo: “Render graças a Nosso Senhor por essa vida longa e esse tempo bastante alongado de episcopado”. Ele aproveitou ainda para pedir perdão a Deus mais uma vez pelas suas “falhas, fraquezas e ambições”.
A homilia da missa coube ao arcebispo Dom Washington Cruz, que fez uma bela reflexão sobre o significado do tempo. Na perspectiva da mitologia grega (Chronos), segundo ele, o tempo é implacável, devorador, mas também mistério divino. “O deus Chronos é esse ímpeto de controlar e determinar o tempo”, disse. O arcebispo também explicou que outra expressão para tempo, na tradição grega, é Kairós, “o momento certo, a oportunidade, a medida certa, a plenitude da realização”. Declarou que na visão cristã deixou de ser apenas um bem raro, que as pessoas têm de aproveitar da melhor forma, para passar a ser uma oportunidade em que se reúnem para o encontro com Deus”. Por fim, justificou porque fez aquela reflexão: “Prezado irmão Dom Antonio, é com esta moldura e com essa compreensão espiritual sobre o significado do tempo que desejamos celebrar os 55 anos de sua ordenação episcopal”. Agradeceu ao aniversariante pela oportunidade de fazer a homilia em missa tão especial e disse que o tempo do emérito tornou-se o tempo de graça de Deus ao seu povo, sempre muito bem semeado.
Dom Antonio foi bispo de Ipameri (GO), de 1976 a 1986, e arcebispo de Goiânia, de 1986 a 2002. Seu lema episcopal é “Para que todos sejam um”.
Fonte: Jornal Encontro Semanal/Vicariato para a Comunicação da Arquidiocese de Goiânia
Na próxima terça-feira (8) Brasília recebe o professor Guzmán Carriquiry Lecour, para ministrar a palestra, “O Pontificado de Francisco: As surpresas de Deus, a alegria do Evangelho e a esperança dos povos”.
Em sua vinda ao Brasil, o Prof. Dr. Guzmán Carriquiry Lecour, primeiro secretário da Pontifícia Comissão para América Latina, nomeado pelo papa Francisco em maio de 2014, participará de Conferência promovida pela Comunidade Católica Shalom e pelas Arquidioceses de Brasília, Fortaleza e São Sebastião do Rio de Janeiro.
Carriquiry trabalha há mais de 40 anos na Santa Sé e foi colaborador ativo e próximo de Paulo VI, João Paulo I, São João Paulo II e Bento XVI. Amigo e colaborador próximo do papa Francisco desde o tempo em que era arcebispo de Buenos Aires. Foi nomeado pelo atual pontífice, secretário encarregado da vice-presidência da CAL, sendo o primeiro leigo a ocupar um cargo desta importância no Vaticano.
Ainda durante sua visita ao Brasil, o secretário da Pontifícia Comissão para América Latina visitará a Comunidade Católica Shalom, a fim de conhecer mais profundamente suas atividades de Evangelização e Promoção Humana. Para Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Shalom, trata-se de uma visita de profundo e mútuo enriquecimento: “há cerca de vinte anos o professor Carriquiry conhece a Comunidade Católica Shalom e nesta segunda vez em que ele nos visita, poderemos aprofundar o grande dom de Deus que é o pontificado do papa Francisco através de alguém que não somente é próximo do papa, como também tem acompanhado com olhar atento a história da Igreja nos seus últimos quarenta anos”.
Professor Guzmán Carriquiry Lecour
Nasceu em Montevideo (Uruguai) em 1944. Completou seus estudos na Universidade da República, em Montevideo, na qual se graduou com o título de Doutor em Direito e Ciências Sociais.
Participou como expert, por duas designações pontifícias, em quatro Assembleias Gerais do Sínodo Mundial de Bispos e participou como perito em três Conferências.
Ministrou cursos e seminários em diversas universidades pontifícias e estatais de Roma e em países como Suíça, Chile e Argentina, além de muitos outros centros culturais. A Universidade de Santo Tomás de Aquino (UNSTA) e a Pontifícia Universidade Católica Argentina Santa María de Buenos Aires (UCA) lhe conferiram o título de doutor honoris causa e a Universidade Católica do Uruguai, a “Grande Medalha de Honras”.
Além de Brasília, Fortaleza (CE), recebeu o professor Guzmán Carriquiry Lecour, no último dia 3 e o Rio de Janeiro receberá no próximo dia 11. Nessas cidades ele ministrará a mesma palestra.
Em Brasília
Local: Auditório do Colégio Militar de Brasília
Endereço: SGAN 902/904, S/N - Asa Norte / Brasília DF
Telefone: 21 - 98079 9566 – Raissa
Com informações da Arquidiocese de Brasília
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