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Aconteceu a 18ª Assembleia do Povo de Deus do Regional Centro-Oeste da CNBB, nos dias 16 a 18 de novembro de 2012, em Uruaçu-GO. O tema deste ano foi "Discípulos Missionários a Serviço do Reino" e o lema “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura” (Mc 16,15).

Além de refletir e apontar caminhos para a evangelização em nossas Igrejas particulares, outro forte motivo para a realização desta Assembleia foi a celebração dos últimos 50 anos de ação evangelizadora do Regional Centro-Oeste. No ensejo comemorou-se, também, os 90 anos de vida de Dom Tomás Balduino, bispo emérito da Diocese de Goiás.

Todos foram convidados a aprofundar o testemunho na concretização da missão da Igreja no coração do Brasil, respeitando as diferenças e reconhecendo a caminhada já realizada, mas buscando, sobretudo, manter a unidade pastoral e o espírito de comunhão, para que o Regional Centro-Oeste possa ser sempre uma Igreja em estado permanente de missão.

Esta Assembleia do Povo de Deus, promoveu um olhar sobre as Arquidioceses, Dioceses, Pastorais, Organismos e Movimentos que compõem o Regional Centro-Oeste. E teve como objetivo principal promover um encontro de realidades, resgatando o passado, celebrando o presente e preparando o futuro das bases da nossa prática pastoral na Igreja no Centro Oeste.

O caminho metodológico foi iluminado pelas cinco urgências contidas nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (DGAE).

O primeiro dia iniciou com a Celebração Eucarística, presidida pelo bispo de Uruaçu, Dom Messias dos Reis Silveira, que como bispo anfitrião, deu as boas-vindas a todos os participantes e disse que “são muitos os filhos de Deus que se deixam ser guiados pelo amor. Alegremo-nos por essa gente santa que encontramos em nossas comunidades. Como é bonito o germinar das sementes do Reino em nosso meio. Cada pessoa que aqui se encontra com certeza tem um zelo muito grande pastoral e deseja vencer todas as seduções para o mal e permanecer fiel ao Pai e o Filho”. Depois foi realizada uma interessante análise de conjuntura pelo professor José Mateus. Finalizando a noite foi apresentado um vídeo comemorativo do jubileu de Ouro, do Regional Centro-Oeste.

O segundo dia contou com a apresentação da síntese dos relatórios das dioceses, e depois, com uma competente assessoria do padre Rafael Vieira, que provocou a assembleia para a necessidade de aprofundar no mundo da comunicação que gera vida. Depois houve trabalhos em grupos e plenário para escolha de duas propostas para cada urgência. A noite aconteceu a Celebração Eucarística em comemoração aos 50 anos do regional e 90 anos de vida de Dom Tomás Balduíno. Em seguida houve apresentações culturais locais e várias homenagens ao bispo aniversariante. Dom Eugênio Rixen falou sobre a vida de Dom Tomás afirmando que ele imprimiu um caráter muito forte na Diocese de Goiás e em todo o regional, por ter “implementado a ideia da Igreja Povo de Deus, para a qual a hierarquia deve estar a serviço” afirmou.

O presidente do Regional Centro-Oeste, Dom José Luiz Majella Delgado, também deixou sua mensagem ao aniversariante: “É muito bom ter Dom Tomás em nosso Regional, com esse amor pela Igreja de Jesus Cristo. Queremos agradecê-lo pela sua presença, seu testemunho e, sobretudo, pelo seu profetismo. Oxalá todos nós, com o nosso testemunho cristão, vivendo nosso batismo, consigamos incomodar o mundo em que vivemos”.

Depois houve o lançamento do livro “Solidário Mestre da Vida” de Ivo Poletto, que traz vários artigos comemorativos aos 90 anos de Dom Tomás Balduíno.

No terceiro e último dia, aconteceu a Celebração Eucarística presidida por Dom Majella. Em seguida houve uma reflexão sobre a Nova Evangelização (Sínodo e Ano da Fé) pelo Arcebispo de Brasília, Dom Sergio da Rocha.

Como documento final da Assembleia, foi aprovada a Carta-Compromisso contendo as propostas votadas e que irão compor os planos diocesanos de pastoral das Comunidades Diocesanas, bem como o planejamento das Pastorais, Organismos e Movimentos que compõem o Regional Centro-Oeste.

A Assembleia foi encerrada logo após a Celebração de Envio, presidida pelo Arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito, quando foi entregue uma cruz para cada participante.

“Ai de mim se não Evangelizar” (1Cor 9,16)
Caríssimo(a), a paz e a bênção de Nosso Senhor Jesus Cristo estejam convosco!

Sou Dom Raymundo Damasceno Assis, Cardeal Arcebispo de Aparecida e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dirijo-me pessoalmente a você para apresentar a Campanha de Evangelização 2012. Assim como o Apóstolo Paulo que evangelizou com amor e dedicação, somos chamados a evangelizar com esta grandiosa ação em nossas dioceses, paróquias e comunidades que promovem a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Vamos fazer uma Campanha de Evangelização do tamanho do Brasil. E precisamos da ajuda do tamanho da sua Fé.

Em um país como o Brasil, onde a estrutura da Igreja Católica forma uma das maiores bases sociais para a população, é preciso que todos nós ajudemos a Igreja em sua missão e propagação do Evangelho. Nossa Igreja é formada por homens e mulheres; jovens e idosos; religiosos e religiosas; leigos e leigas. Juntos, somos a maior instituição benfeitora e promotora de caridade do Brasil. Alimentamos quem tem fome e tratamos quem procura por nossos hospitais. Ninguém distribui mais alimentos do que nossa gente, o povo de Deus!

Educamos mais alunos que qualquer outra instituição de ensino desse país, como as crianças em nossas creches e os idosos em nossos lares de convivência. Ninguém distribui mais bolsas para a educação do que nossos colégios e faculdades com mais de 2 milhões de alunos. Por isso, estamos presentes em todos os municípios do Brasil levando amor, unidade e esperança para todas as pessoas de fé, de todas as raças, guiados pela Boa Nova da verdade e da paz, sempre na defesa do bem e da dignidade da pessoa humana e firmes no propósito de evangelizar, como nos ordenou o Mestre.

Acolhemos milhões de pessoas em nossas casas, trazidas pela fé que anima a nossa Igreja. Nossos carismas são inspirados pelo Espírito Santo e estão presentes em mais de duzentas mil comunidades pregando o Evangelho, sob a intercessão e proteção de Maria, nossa Mãe e Mãe de todos os povos. Por isso, como batizados, somos convidados a favorecer cada vez mais o bem comum e colaborar com a nossa Igreja. Precisamos da sua ajuda. Venha dividir um pouco do que é só seu para multiplicar o que podemos fazer por todos.

Lembre-se que há mais de 500 anos evangelizamos o Brasil, guiados pela nossa profissão de fé em Cristo Jesus. Nossas missões estão nos quatro cantos do país e do mundo. Enquanto todos já se esqueceram do Haiti, nossos missionários e nossas missionárias permanecem por lá ajudando quem necessita, sob o Evangelho de Jesus Cristo. Somos mais de 130 milhões unidos em uma só família: a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil. Este é o sinal que nos faz criar laços de comunhão fraterna, favorecendo uma Igreja presente e atuante em nossos tempos. E todos devem conhecer e colaborar com isso. É um compromisso de solidariedade e fraternidade com os nossos irmão e irmãs em Cristo!

Nesse sentido, a CNBB quer caminhar bem perto e junto com você e a Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para despertar a solidariedade de todos os católicos no sustento da missão da Igreja em nosso país. E em outros países mais necessitados. Entre no site da Campanha www.evangelija.com e faça sua doação, colabore com a sua generosidade e seja também um benfeitor e promotor da caridade de nossa amada Igreja Católica!

Em Cristo Jesus!

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está lançando hoje, 13 de dezembro, o concurso para o Hino da Campanha da Fraternidade de 2014. Por decisão dos bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), o concurso será realizado em um único edital, letra e música, simultaneamente, podendo haver parceria de letristas e músicos.

A Campanha da Fraternidade de 2014 terá como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, e o lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou.” (Gl 5,1)

“O objetivo geral da Campanha da Fraternidade será identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humanas, mobilizando cristãos e pessoas de boa vontade para erradicar este mal com vista ao resgate da vida dos filhos e filhas de Deus”, afirmou o assessor do Setor Música Litúrgica da CNBB, padre José Carlos Sala.

O assessor ressalta a importância da participação de poetas e músicos para a composição de um hino que traduza em linguagem poética os conteúdos do tema, lema e objetivos da Campanha da Fraternidade, com uma melodia bela e expressiva que possibilite a participação de todos no canto.

A composição deve ser enviada à CNBB até dia 29 de abril de 2013.

Aconteceu no último dia 2 de fevereiro na Paroquia São Vicente de Paula, Taguatinga Sul-DF, o 1º Encontro Arquidiocesano da Pastoral Carcerária com o novo Coordenador Diocesano Pe. Antônio Francisco G. Barros (Pe. Katê).

Participaram cerca de 30 agentes da PCR do DF, vindos de Taguatinga, Plano Piloto, Samambaia, São Sebastiao, Ceilândia, Gama, Planaltina e de St. Antônio de Descoberto (GO). O evento contou também com a participação da Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária (PCR): Pe. Valdir (Coordenador Nacional), Ir. Petra (Vice Coordenadora Nacional), Jose de Jesus Filho (Assessor Jurídico da PCR Nacional), Heidi Cerneka (Assessora Nacional para a questão da mulher presa) e Ir. Maria Jose Monteiro de Oliveira (Coordenadora da Macro Região Centro-Oeste).

Foi apresentado pelo Pe. Valdir, um breve histórico com os objetivos da PCR, fundada em 1950 com o lema: "Estive preso e me vieste visitar." (Mt 24,36). Em seguida realizou-se uma partilha sobre o trabalho missionário da PCR de Brasília, cujo maior desafio é a falta de pessoas dispostas a trabalhar na PCR, assumindo este compromisso missionário junto aos irmãos e irmãs encarcerados. Este encontro se completou com a visita a uma unidade de internação para menores infratores na cidade de Taguatinga.

Foi um encontro fraterno e alegre, cuja partilha das experiências deste trabalho nos cárceres, sustenta e anima a caminhada missionária. Espera-se que mais pessoas ao receberem este chamado se disponham, neste ano da Fé, a assumir a missão da Pastoral Carcerária nas suas Dioceses, Paroquias e Comunidades.

Ficou definido que a Reunião de Planejamento da PCR da Arquidiocese de Brasília, acontecerá no dia 17 de fevereiro próximo e todos os agentes da PCR Arquidiocesana estão convocados a participar.

Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota na tarde desta segunda-feira, 11 de fevereiro, sobre o anúncio da renúncia do papa Bento XVI. A seguir, a íntegra da nota:

Brasília, 11 de fevereiro de 2013
P. Nº 0052/13

“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18)


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.

Teólogo brilhante, Bento XVI entrará para a história como o “Papa do amor” e o “Papa do Deus Pequeno”, que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida.

A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto trazia no coração o povo brasileiro.

Agradecemos a Deus o dom do ministério de Sua Santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão fraterna, assegurando-lhe nossas preces.


Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo.

 

Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Iniciou no dia 25 de fevereiro, o Retiro Anual do Clero da Diocese de Uruaçu (GO). As reflexões estão sendo conduzidas pelo arcebispo de Londrina (PR), Dom Orlando Brandes, que logo na introdução aos exercícios espirituais, propôs o silêncio e o recolhimento durante o dia visando dar qualidade à partilha no final da tarde. Dom Orlando salientou que o retiro é a oportunidade para realizar um autoquestionamento acerca da vida pessoal, espiritual e comunitária.

Na celebração Eucarística, presidida pelo arcebispo e concelebrada por Dom Messias, bispo local, e os sacerdotes presentes, o pregador apontou os caminhos do amor para a vivência da Aliança com Deus: não julgar, não condenar, perdoar e doar-se sempre. Itinerário que sintetiza a dignidade do batismo que se aperfeiçoou com o dom do Sacramento da Ordem.

O arcebispo de Londrina destacou ainda as palavras do profeta Oseias: "vou seduzi-la, levando-a para ao deserto e falando-lhe ao coração!". Ressaltando que em tempos de ovelhas perdidas e pastores feridos, retirar-se ao deserto é oportunidade para entender que “se não fossem as feridas, não se conheceria a Deus e não se teria compaixão!". O Retiro se encerrará no dia 28.

Convidamos a todos para acompanhar com preces este importante momento na vida dos presbíteros da Diocese de Uruaçu.

Depois de quatro anos de negociação e da realização de estudos fundiários, socioeconômicos e ambientais envolvendo o governo estadual de Goiás e o Ministério do Meio Ambiente – MMA, a comunidade que reside nas proximidades do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, está na expectativa de que a área do parque seja ampliada de 65 mil hectares para 222 mil, no próximo mês.

Segundo o chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, Fernando Tatagiba, “a área atual do Parque, do ponto de vista da conservação, é considerada pequena, porque é insuficiente para garantir a sobrevivência de animais grandes”, como “a onça-pintada, a suçuarana, o lobo-guará, que estão na lista de animais ameaçados de extinção”. Na avaliação dele, a possibilidade de ampliar a área do parque para 222 mil hectares não só garantiria a conservação dos animais que precisam de mais espaço, mas permitiria “conservar também ecossistemas muito ameaçados e que não estão protegidos pelos limites atuais do parque nacional”.

Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por telefone, Tatagiba explica que a conservação do parque nacional e do Cerrado como um todo é fundamental “porque o Cerrado abriga as três principais bacias hidrográficas do país: a do Rio da Prata, a do Rio São Francisco e boa parte da Bacia Amazônica, dado que Tapajós e Tocantins nascem no bioma Cerrado. As nascentes mais altas do Rio Tocantins estão na Chapada dos Veadeiros, e o Cerrado é conhecido como berço das águas. Então, ao conservar os ecossistemas do Cerrado, estamos conservando recursos hídricos, que são fundamentais para a manutenção da vida como um todo”.
O biólogo frisa ainda que é possível “adequar a produção agropecuária à conservação da biodiversidade”, estabelecendo “reservas legais de modo a formar corredores ecológicos para que seja possível ligar a biodiversidade dos imóveis privados com a biodiversidade do parque nacional”.

Fernando Tatagiba é graduado em Biologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, mestre em Ciências Biológicas pelo Museu Nacional da UFRJ. Atuou como analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente – MMA e atualmente é chefe do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

 

IHU On-Line - Quais são os impasses envolvidos na ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros - PNCV? Quais as propostas do Ministério do Meio Ambiente – MMA, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e, de outro lado, as propostas do governo de Goiás em relação ao Parque?

Fernando Tatagiba – O processo de ampliação do parque nacional começou há quatro anos. Nesse período, realizou-se uma série de estudos fundiários, socioeconômicos e de relevância ambiental da área a ser ampliada. Ao longo do processo, em setembro de 2015, foram realizadas três reuniões de consultas públicas, nas quais foi apresentada à comunidade do entorno uma proposta em termos de qual seria o limite do parque. Depois das consultas públicas, foram feitas diversas reuniões entre membros do governo federal, proprietários de terras e o governo de Goiás, para dirimir e tentar superar alguns conflitos de interesses. Nesse processo, a proposta de ampliação da área foi sendo lapidada e foram retirados atrativos turísticos privados, foram retiradas fazendas com produção agropecuária, bem como as Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPNs e imóveis que já tinham iniciado o processo de reconhecimento da RPPN.

A área inicial proposta para a ampliação do parque era próxima de 250 mil hectares, mas, devido às negociações multilaterais, o MMA e o ICMBio chegaram a uma proposta de 222 mil hectares. Desse total, o governo do Estado de Goiás pediu que fossem retirados os imóveis que não têm título da terra, para que fosse feito o processo de regularização fundiária das terras e, assim, elas fossem incorporadas ao parque depois. A negociação está nesse ponto, e essa é uma fase natural de um processo de criação ou ampliação de uma área de unidade de conservação que tem como base o diálogo e a negociação. Hoje os gabinetes do MMA e o do governo de Goiás estão negociando o que será uma área ideal para ampliação do parque nacional.

IHU On-Line - Quais são os argumentos e interesses daqueles que defendem a ampliação do Parque e dos que são contrários a ela? O que seria uma área ideal para o Parque neste momento?

Fernando Tatagiba – É difícil dizer o que seria uma área ideal para uma unidade de conservação integral, como é o parque nacional. O ideal é sempre frente ao possível. Entretanto, é importante dizer que estamos falando da conservação da biodiversidade. Hoje, na Chapada dos Veadeiros e no Cerrado como um todo, habitam espécies que, para sobreviverem, requerem grandes extensões de terra, como, por exemplo, a onça-pintada, a suçuarana, o lobo-guará, que estão na lista de animais ameaçados de extinção. A área atual do parque, 65 mil hectares, do ponto de vista da conservação é considerada pequena, porque é insuficiente para garantir a sobrevivência de animais grandes. Passar de 65 mil para algo em torno de 220 mil hectares seria mais adequado para a conservação dessas espécies, como também seria possível conservar ecossistemas muito ameaçados e que não estão protegidos pelos limites atuais do parque nacional.

IHU On-Line - Então há risco de perda de biodiversidade e de espécies da fauna, caso a área do parque nacional não seja ampliada?

Fernando Tatagiba – Há risco, sim, porque as áreas que não estão protegidas na forma de parque nacional ou de outro tipo de unidade de conservação de proteção integral estão sujeitas à supressão de vegetação, ou seja, ao desmatamento. É justamente isso que observamos no Cerrado como um todo e em algumas áreas da Chapada dos Veadeiros, que cobre uma área muito maior do que a do parque nacional. No limite sul da Chapada dos Veadeiros, já se percebem os efeitos da expansão da agropecuária. Então, existem áreas que estão sendo convertidas para a produção de grão ou gado. Uma forma de garantir a proteção da Chapada dos Veadeiros é através da ampliação do parque nacional.

IHU On-Line - Quais são as principais ameaças ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros hoje? A produção de soja em larga escala se tornou um problema ambiental para a região?

Fernando Tatagiba – De certa forma sim, mas há mecanismos que possibilitam adequar a produção agropecuária à conservação da biodiversidade. O Código Florestal estabelece mecanismos de conservação de vegetação de beira de rio, a manutenção de um percentual da terra de uma fazenda para a conservação, na forma de Reserva Legal. A forma como a Reserva Legal de uma determinada área é estabelecida num espaço possibilita criar corredores de biodiversidade entre o Parque Nacional e o espaço externo. Quando falamos de ameaças estamos falando das ameaças ao ecossistema e à sua biodiversidade, ou seja, das espécies que transitam entre o Parque Nacional e o seu entorno. Então, o que acontece fora do Parque pode ameaçar a integridade das comunidades protegidas pela Unidade de Conservação. A supressão de ecossistemas naturais fora do Parque também impacta o próprio Parque Nacional, porque está impactando negativamente os animais e plantas que vivem ali.

IHU On-Line - Há quanto tempo têm se intensificado os monocultivos nas proximidades do Parque Nacional? Já há propostas de fazer um manejo que concilie a preservação do Parque com a agricultura?

Fernando Tatagiba – Há. Uma das propostas tem relação com a implantação do Plano de Manejo da APA de Pouso Alto, porque a Área de Preservação de Pouso Alto é uma unidade de conservação estadual que circunda o Parque Nacional como um todo. Esse Plano de Manejo estabelece condições mais restritivas para a implementação da agricultura. Então, os proprietários não devem desmatar as áreas que estiverem mais perto do Parque Nacional ou de determinadas áreas mais sensíveis do ponto de vista ecológico. Outra medida é um projeto que está sendo financiado pelo MMA em parceria com o Fundo Brasileiro de Conservação da Biodiversidade, para auxiliar os proprietários rurais do entorno do Parque a fazerem o Cadastro Ambiental Rural – CAR. O que se propõe então é que se estabeleçam as Reservas Legais de modo a formar corredores ecológicos para que seja possível ligar a biodiversidade dos imóveis privados com a biodiversidade do Parque Nacional.

IHU On-Line - Como a discussão sobre a ampliação do Parque está repercutindo entre a comunidade local?

Fernando Tatagiba – De maneira geral, a percepção da comunidade com relação à ampliação do parque é bastante positiva. Claro que há setores, empresas e pessoas que veem isso de forma negativa, especialmente aqueles que terão seus imóveis afetados por conta da ampliação. Com relação a esses, é fundamental esclarecer que nenhuma área produtiva será afetada. Então, aqueles que têm imóveis podem ficar tranquilos, porque as áreas produtivas das fazendas estão sendo excluídas da ampliação do parque.

A maior parte da comunidade do entorno vê a ampliação de forma produtiva, porque o parque é bastante importante para a economia da região. Existe uma pesquisa de mestrado, que será defendida no início deste ano, que estima em R$ 70 milhões as receitas advindas da visita ao parque nacional, considerando os dados de 2015. Hoje, o município de Alto Paraíso de Goiás é o principal beneficiário econômico da visitação do parque, mas atualmente já trabalhamos para a abertura de um portão do parque no município de Cavalcante, porque 65% da área do parque está nesse município, que ainda não é beneficiado com a visitação. Com a ampliação da área, o parque passará a abranger mais dois municípios, Nova Roma e Teresina de Goiás. Com isso esperamos que, a partir da ampliação do turismo nesses municípios, o parque passe a ganhar mais visibilidade e impulso em termos de economia. Estamos trabalhando para que o parque nacional seja um indutor econômico em toda a região.

IHU On-Line – Há uma estimativa de quando será concluído o processo de negociação da ampliação do Parque Nacional?

Fernando Tatagiba – Hoje a negociação está na esfera do gabinete do ministro do MMA e do governador de Goiás. Em setembro de 2016, teria sido decretada a ampliação do parque, mas o governador, atendendo a um pedido do setor agrícola e agropecuário do estado, solicitou ao ministro do MMA um prazo de seis meses para aprofundar algumas análises fundiárias para ter mais segurança em relação à ampliação. Esse prazo termina em fevereiro, e a nossa expectativa, que trabalhamos na gestão do parque nacional, e da comunidade, que vê na ampliação uma oportunidade de desenvolvimento da região, é que a qualquer momento, a partir de fevereiro, seja decretada a ampliação do parque.

IHU On-Line - Qual a importância do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros em termos de ecossistema e da preservação do Cerrado, especialmente para evitar a crise hídrica?

Fernando Tatagiba – Vemos como fundamental a conservação do Cerrado e do Parque Nacional, especialmente porque o Cerrado abriga as três principais bacias hidrográficas do país: a do Rio da Prata, a do Rio São Francisco e boa parte da Bacia Amazônica, dado que Tapajós e Tocantins nascem no bioma Cerrado. As nascentes mais altas do Rio Tocantins estão na Chapada dos Veadeiros, e o Cerrado é conhecido como berço das águas. Então, ao conservar os ecossistemas do Cerrado, estamos conservando recursos hídricos, que são fundamentais para a manutenção da vida como um todo. Conservar o Cerrado e o parque nacional e trabalhar para a ampliação do parque significa garantir as condições de vida e bem-estar para o próprio ser humano.

Fonte: IHU

 

A imagem de Nossa Senhora Aparecida peregrinou durante todo o ano de 2016 pelas Capelanias Militares das Forças Armadas e Auxiliares (Polícias e Corpos de Bombeiros Militares). A peregrinação fez parte das celebrações alusivas aos 300 anos do encontro da imagem da Padroeira, nas águas do Rio Paraíba do Sul, em 1717. Coordenou a iniciativa no Ordinariado Militar do Brasil, o padre Reni Nogueira dos Santos, tenenete coronel capelão, do Comando Militar do Sudeste.

O encerramento dessa peregrinação ocorreu de forma solene, no dia 9 de dezembro, na Catedral Militar Rainha da Paz, em Brasília, com missa presidida pelo arcebispo Militar, Dom Fernando Guimarães, concelebrada por capelães militares e animada pelo coral dos Arautos do Evangelho. Estiveram presentes oficiais generais da ativa e da reserva, autoridades civis e a comunidade da Catedral Rainha da Paz.

A celebração foi transmitida para todo o País pela TV Aparecida, com imagens geradas pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

 

Desde a segunda-feira, 11 de março, os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB estão reunidos. Um tempo breve, mas importante, de oração e diálogo. A colegialidade do episcopado fica mais evidente quando os bispos estão reunidos.

Nos momentos de trabalho, os 17 bispos presentes se dedicam a temas pastorais de interesse comum às dioceses dos estados de Goiás e Tocantins e do Distrito Federal. A Arquidiocese Militar também está unida. Dom José Luiz Majella Delgado, bispo diocesano de Jataí e presidente do Regional, orientou com grande habilidade o encontro.

Temas ligados à Campanha da Fraternidade, à Pastoral da Comunicação, ao Setor Universidades e à 5ª Semana Social estiveram presentes na pauta do encontro. A presença da Irmã Inês (CRB-CO) permitiu aos bispos ter um conhecimento das iniciativas dos religiosos ligadas ao Ano da Fé, enquanto o sr. Macário apresentou o programa das CEBs, destacando a preparação do regional para o 13º Intereclesial em Juazeiro do Norte (CE), de 11 a 17 de janeiro de 2014.

As 18 dioceses do regional estão empenhadas na preparação da Semana Missionária que antecede a Jornada Mundial da Juventude, em julho próximo, no Rio de Janeiro. Com a presença de pessoas de outros países, os jovens das diversas paróquias e dos movimentos viverão esse momento precioso da missão Pré-Jornada, anunciando a alegria de conhecer Jesus Cristo, de viver a Boa Nova nas diversas situações de suas vidas.

Os bispos do Regional Centro-Oeste se alegram juntamente com toda Igreja Católica pela eleição do novo papa, Francisco e, em oração, formulam votos de que o seu pontificado seja marcado pela força renovadora que vem da fé, promovendo a unidade em toda a Igreja.

 

Inspirados nas palavras de Bento XVI, que nos afirma que “o Centro Diocesano de Vocações é um instrumento precioso de promoção e organização da Pastoral Vocacional e da oração que a sustenta e garante a sua eficácia”, a Diocese de Uruaçu inaugurou no dia 3 de março, o Centro Vocacional Diocesano João Paulo II, após a missa presidida pelo Bispo Dom Messias dos Reis, na Catedral.

A celebração contou com a presença de muitos fiéis, sacerdotes, consagrados e religiosos. Após a bênção foi entronizada a imagem do Beato João Paulo II neste local, com pedidos de sua intercessão para todos os projetos e sonhos em prol das vocações na diocese. Dom Messias, em sua reflexão, disse que o “Centro Vocacional Diocesano é um local destinado ao cuidado de nosso jovens, indicando o caminho de Cristo à cada um deles”.

O Centro Vocacional Diocesano é um meio precioso de onde se irradia a mística vocacional da Diocese. Favorecendo para que se crie uma cultura vocacional em todas as comunidades, despertando sacerdotes e leigos, para a missão de animador vocacional. Tem como objetivo dinamizar as iniciativas vocacionais, servindo como uma referência em nível diocesano sobre formação, acompanhamento e espiritualidade vocacional.

O Centro Vocacional Diocesano João Paulo II tem como diretor o Pe. Elias Silva, coordenador da Pastoral Vocacional da Diocese de Uruaçu que, desde já, agradece a todos que colaboram com o trabalho vocacional nas paróquias e comunidades diocesana.

Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; ou pelos fones: (62) 3357-6455, (62) 8604-3514, e ainda pelo Facebook @PV Diocese de Uruacu.

Que Deus continue enviando numerosas vocações à Diocese de Uruaçu e que o Beato João Paulo II interceda por todos os jovens da diocese.

 

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