Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
A Visita Ad Linina dos bispos do Centro-Oeste da CNBB prossegue nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, com uma agenda cheia. Os bispos celebram a Eucaristia na Basílica São João de Latrão e visitam três dicastérios na parte da manhã: O Tribunal da Penitenciária Apostólica, a Congregação para Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e ainda a Congregação para a Causa dos Santos. De tarde, mais trabalho: eles participam de um encontro na Pontificia Comissão para a América Latina e depois, no mesmo prédio, visitam a Congregação para os Bispos.
Congregação para o Culto Divino
Ontem, quarta-feira, de manhã, os bispos encontraram-se com o Cardeal guineense, Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos. O início do diálogo com o cardeal ficou a cargo de dom Marcony Vinicius, bispo auxiliar de Brasília (DF). Quando o encontro se encerrou, o secretário-executivo do regional, Pe. Eduardo Luiz de Rezende conversou com Dom Marcony. Ele falou da importância do dicastério para a vida da Igreja: “em primeiro lugar, a Liturgia é a vida da Igreja, como nos diz o documento conciliar ela fonte e cume de toda a vida da Igreja e não só dos atos e dos ritos litúrgicos. E visitar a Congregação da Liturgia é, antes de mais nada, estar unido ao pensamento do Papa, à Santa Mãe Igreja, aos documentos da Igreja e, ao mesmo tempo, levar para o nosso Regional aquilo que a Mãe Igreja pode ainda nos ajudar tirando nossas dúvidas e trazer aqui para a Congregação aquilo que é a vida do Regional, no campo da Liturgia. Então, nós colocamos os aspectos dos nossos congressos, dos temas, da formação e, logicamente, da Liturgia que se desenvolve de forma bem específica no rosto de cada Igreja Particular. Isto foi o conteúdo da visita. Ao mesmo tempo, tiramos algumas dúvidas. Foi colocado, sobretudo, o aspecto do rito extraordinário que, como deixou muito bem claro o Cardeal, é extraordinário. Não podemos transformar o rito extraordinário em ordinário e o ordinário em extraordinário. Em todas aquelas dioceses onde têm grupos que pedem esse rito, segundo a summorum pontificum, o bispo deve ter um ou dois lugares, uma ou duas paróquias disponíveis para esse rito”.
Pe. Eduardo perguntou a dom Marcony qual seria a mensagem ao Regional depois de um encontro como aquele da Congregaçã o para o Culto Divino e ele respondeu: “a mensagem de uma maior unidade no campo litúrgico; de um esforço maior na formação; de alegrar o nosso povo com celebrações vivas que levem a celebrar o mistério pascal de Nosso Senhor e levem a colocar toda a vida na Liturgia e toda a Liturgia na vida, ou seja, fazer da própria vida um rito de louvor a Deus e fazer das celebrações, momentos de encontro com o Senhor, de ação de graças por tudo aquilo que Ele concede de bom para nós, para o nosso Regional. A Liturgia é a vida da Igreja, e, portanto, vivamos o mistério pascal de Nosso Senhor e nos deixemos guiar por Ele e pelo Seu Santo Espírito”.
Secretaria de Estado
Recebidos pelo Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, os bispos visitaram a Secretaria no meio da manhã de ontem. Desta vez, quem ficou responsável de começar a conversa foi o Cardeal arcebispo de Brasília (DF), dom Sergio da Rocha. Depois do encontro, ele explicou: “A Igreja necessita de diálogo, de relacionamento com os poderes públicos, particularmente com o governo de cada país. Então, na Secretaria de Estado do Vaticano há uma sessão especialmente voltada para o relacionamento com os Estados. E nós, ali estivemos fazendo essa visita primeiramente para poder dialogar sobre a postura que a própria Igreja cultiva quando se trata do relacionamento com os poderes públicos e é claro que nós podemos resumir essa postura na questão do respeito à autonomia, a competência própria, a missão própria seja da Igreja, seja do Estado, isto é, não misturamos, mas estamos a serviço do mesmo povo em cada país. Portanto, a Igreja quer estabelecer diálogo respeitoso, oferecendo a sua contribuição própria em relação não só ao Poder Executivo, mas também Legislativo e o Judiciário em cada país”.
Dom Sérgio continuou: “Foi muito bom ouvir orientações da Secretaria de Estado a respeito desse tema e, sobretudo, reafirmar aquilo que tem sido a conduta da Igreja no Brasil, graças a Deus, inspirada na Doutrina Social da Igreja, que é o relacionamento respeitoso, cordial através do diálogo, da cooperação naquilo que é possível, em projetos de caráter social e que sejam de inspiração cristã ou aprovados pela própria visão que nós temos na Igreja, enfim, eu creio que nós saímos desta visita a essa sessão da Secretaria de Estado com uma disposição sincera de, cada vez mais, procurar dialogar com os poderes públicos, mas em favor do nosso povo, pelo bem comum, pelo bem da nossa gente, especialmente aqueles que estão em situações mais difíceis, de maior sofrimento e vulnerabilidade”.
Congregação para a Educação Católica
Antes do almoço de ontem, os bispos ainda puderam ir visitar a Congregação para Educação Católica. Dom Levi Bonato, bispo auxiliar de Goiânia (GO), foi o responsável pelo início da conversa. Quando terminou a reunião, ele deu um depoimento ao Pe. Eduardo: “o encontro, como todos os que tivemos até agora, foi muito bom, muito benéfico para nós. Aprendemos muita coisa e tivemos a ocasião de constatar que a Congregação realmente acompanha tudo o que acontece no mundo, em termos de Educação Católica. Sejam as dificuldades que nós temos desde o Ensino Religioso fundamental até os problemas que nós temos com as nossas universidades. Foi tratado do tema das unidades pontifícias que agora não existe mais esse título por causa dessa diferenciação de que já não são mais universidades do Papa, que antes estavam muito próximas do Papa”.
Dom Levi reconheceu também que “todos os bispos que ali estavam aprenderam muito, tiveram essa visão do que acontece com o Ensino Católico em todo o mundo. Isso para nós foi muito bom porque, com certeza, poderemos levar para as nossas dioceses ideias novas. Se não pudermos colocar em prática tudo o que aprendemos aqui dessa Congregação, pelo menos tivemos uma boa experiência sobre o Ensino Religioso”.
Pe. Eduardo pediu um destaque especial para o Regional, dom Levi disse: “Eu destacaria a questão da autenticação dos títulos conseguidos em Roma. Eles nos explicaram bem como isso pode ser feito. E também os caminhos que podemos seguir daqui para frente. Isso foi uma coisa muito boa. E também, eu acho que as indicações pontuais que eles nos deram com relação a universidade pontifícia, com relação a aprovação do nosso Instituto que agora será um Instituto aprovado junto ao nosso Seminário Diocesano, o Instituto Santa Cruz (de Goiânia). Para nós, realmente, é muito bom porque o instituto arquidiocesano seria para atender a Província de Goiânia. Dessa maneira, os nosso estudantes não precisarão mais reconhecer os seus diplomas, pois eles estarão reconhecidos pela Igreja Católica”.
Colégio Pio Brasileiro
Na parte da tarde, os bispos foram para uma visita especial ao Colégio Pio Brasileiro, situado na Via Aurélia, em Roma. Administrado atualmente pela CNBB, este Colégio “é o espaço e o ambiente onde vive uma Comunidade presbiteral destinada à formação permanente de presbíteros diocesanos do Brasil e de outros países, podendo também acolher presbíteros religiosos que vêm a Roma para realizar estudos de pós-graduação: extensivo, mestrado, doutorado e pós-doutorado”.
Quando chegaram ao Colégio, foram acolhidos pela direção e pelos estudantes. Celebraram a missa que foi presidida por dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia (GO) e presidente do Regional Centro-Oeste. Na homilia, ao se referir ao Evangelho do dia, ele disse: “O Senhor, hoje, faz-nos um convite impressionante. Ele nos convida a observarmos, com atenção, o que sai do interior, o que pode desprestigiar, desqualificar o ser humano. Pode mostrar o seu estado de decomposição, por assim dizer. O que sai do homem. O que entra, os alimentos, não há problema. A nosso vigilância muda. A tradição judaica reflexão tinha preocupação, um rigor sobre os alimentos, o que se pode ou que não se pode. Mas, também escondido aí, um domínio sobre a realidade. Agora, uma outra vigilância, sobre o coração, sobre o qual nós não temos domínio e aí só podemos nos colocar nas mãos de que tem tem acesso ao nosso coração e pode transformar. Então, Jesus nos provoca extremamente numa linguagem tão simples, ele nos diz o que sai do homem isso é o que o torna impuro, pois é de dentro do coração que sai... e toda lista de pecados”.
Dom Waldemar disse ainda, no final da homilia, disse: “eu fico encantado com essa percepção divina, como Senhor não desistiu de nós. Em todas as circunstâncias, ele nos busca e nos atrai. Para justamente transformar que há possibilidade de salvação, o nosso interior (...) os tempos de estudo tem uma dose ascética... quero fazer um convite: estudem muito e uma grande atenção à vida de oração e comunitária e, de modo muito particular, a direção espiritual. Este é um tempo de procura do Senhor. O Senhor está procurando cada um de nós”.
Depois da missa, os bispos jantaram com os padres diretores do Colégio e os estudantes e, em seguida, voltaram para a Domus Romana Sacerdotalis.
O assessor eclesiástico nacional da Pastoral Familiar, padre Crispim Guimarães, foi quem orientou o Dia de Espiritualidade da Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste, que aconteceu no dia 8 de fevereiro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) em Goiânia. O momento deu início aos trabalhos do ano de 2020. Participam do Dia de Espiritualidade, a Comissão Executiva e a Comissão Ampliada com Coordenadores e Assistentes Eclesiásticos Diocesanos. Realizada desde 2016, a iniciativa faz parte do Plano de Trabalho proposto pelo bispo referencial do regional, Dom Moacir Silva Arantes, e pelo assistente eclesiástico padre Cleber Matos.
A partir do tema: “Família, Casa da Palavra”, o orientador padre Crispim, realizou momentos de reflexão individual e de casal, com o objetivo de fortalecer o Pilar da Palavra proposto nas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019 – 2023). O desafio dado aos presentes é que pensem como família e como agentes de Pastoral Familiar, qual é a motivação e a educação que testemunham em seus lares para filhos, netos, familiares, vizinhos no uso diário da Palavra de Deus.
Padre Crispim encerrou sua pregação falando sobre Santidade, os desafios e as possibilidades destas em nossas famílias. De acordo com ele, “a Santidade não é fácil, mas é possível” desde que tenhamos a prática de: participar de Missas com a Eucaristia; meditar diariamente a Palavra de Deus; rezar diariamente o Terço; realizar uma boa Confissão; e praticar a caridade espiritual e física.
O Dia de Espiritualidade encerrou com a Santa Missa agradecendo a Deus pela oportunidade e rogando para que 2020 seja um ano frutuoso nos trabalhos da Pastoral Familiar em todas as paróquias e dioceses do Regional Centro-Oeste.
Os bispos do regional centro-oeste da CNBB têm nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, uma jornada cheia de compromissos. De manhã, deverão visitar a Congregação para o Culto Divino, a Secretaria de Estado da Santa Sé e Congregação para a Educação Católica. De tarde, eles vão visitar o Colégio Pio Brasileiro. Lá eles rezam missa com os padres estudantes e participam de um jantar.
Visita ao Papa
Na terça-feira, 11 de fevereiro, os bispos se reuniram com o Papa Francisco, no Vaticano. Pe. Francisco Agamenilton resumiu o encontro do seguinte modo:
O ponto central da jornada de hoje foi a audiência com o Santo Padre, o Papa Francisco. Fomos cordialmente recebidos por ele que se deteve conosco de 10h30 às 12h45. O ambiente foi bastante familiar. Sentimo-nos como irmãos que se sentam para juntos conversarem sobre coisas importantes que tocam a vida pessoal e a missão de pastores responsáveis por um povo. A conversa foi muito espontânea. Correspondeu primeiramente a Dom Waldemar apresentar ao Papa uma síntese do nosso Regional em todos os seus aspectos. Em seguida, começamos o diálogo com Francisco de modo muito livre sobre alguns temas com suas respostas por parte do Papa. Eis alguns deles:
Ao final do encontro, Dom Washington presenteou o papa Francisco com a imagem do Divino Pai Eterno e deixamos com ele cópia da última edição da revista Uma voz no Centro-Oeste. Da parte do papa, recebemos terços, o livro de Marcelo Semeraro, acima indicado, e uma bela medalha de Nossa Senhora.
Basílica de São Paulo Fora dos Muros
As 16h de Roma, os bispos participaram da Missa na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Dom Washingtom Cruz, arcebispo de Goiânia, presidiu a celebração. Na homilia, ele disse: “estamos a milhares quilômetros de distância de Roma e a as nossas queridas dioceses, no Brasil. Um oceano de águas, de sentimentos e de missão nos liga às nossas origens e o nosso destino. Sobre o altar desta Basílica, temos a graça de comungar do Corpo e Sangue de Cristo e na coluna eclesial de sustentação desse altar repousam, em silêncio, o corpo decapitado e a memória do Apóstolo Paulo. Assim como ressoou aos ouvidos e ao coração de Paulo, hoje nos ressoam, com força, essas palavras proclamadas no Evangelho: ‘Ide pelo mundo, anunciai o Evangelho’. Este mandato do Ressuscitado foi especialmente dirigido aos onze, nós os sucedemos e, por isso, devemos continuar fazendo o que Cristo nos ordenou”.
Dom Washington, em seguida, compartilhou uma recordação: “lembro-me, com viva memória, quando São Paulo VI promulgou a Encíclica Evangelii Nutiandi. O Cardeal Giovanni Montini, apenas eleito Papa, havia escolhido para si o nome de Paulo. A evangelização no mundo contemporâneo era-lhe um desafio e imperativo apostólico. Por isso, com razão, ele questionava: ‘o que é que é feita, em nossos dias, daquela energia escondida da Boa Nova suscetível de impressionar profundamente a consciência dos homens?’ (EN, 4). Depois do questionamento, admoestava-nos São Paulo VI: ‘Em nome do próprio Senhor Jesus Cristo, em nome dos apóstolos Pedro e Paulo, nós exortamos todos aqueles que, graças aos carismas do Espírito Santo e ao mandato da Igreja, são verdadeiros evangelizadores, a demonstrarem-se dignos da própria vocação, a exercitarem-na sem reticências nascidas de dúvidas ou do medo e a não descurarem as condições que hão de tornar essa evangelização, não apenas possível, mas também ativa e frutuosa’ (EN, 74). Tornar-se digno da própria vocação! Esta é a exigência prévia de nosso ministério. Só então, nos tornando dignos, poderemos ir pelo mundo, chegar até o Centro-Oeste do Brasil e evangelizar com destemor, convicção e amor”.
Embaixada brasileira junto a Santa Sé
No fim da tarde, convidados pelo embaixador brasileiro junto à Santa Sé, os bispos participaram de uma reunião e de um jantar. Padre Agamenilton resumiu assim: “fomos cortesmente recebidos pelo senhor Henrique da Silveira Sardinha Pinto, embaixador do Brasil junto a Santa Sé, e sua equipe, no palácio residencial do embaixador. Depois de um momento de diálogo, o senhor Henrique nos ofereceu o jantar”.
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Partilha sobre o encontro com o Papa
Dom Nélio Domingos Zortea, bispo de Jataí (GO):
“Palavra fundamental: familiaridade, proximidade. A maneira como o Santo Padre conduziu a nossa conversa, o nosso diálogo, foi como se faz numa conversa familiar. Um pai que está a instruir os seus filhos”.
Dom Marcony Vinicius Ferreira, bispo auxiliar de Brasília (DF):
“Creio que em primeiro lugar, estar com Pedro. Estar com Pedro é estar em unidade com toda a Igreja de Cristo, é ser fiel a tudo aquilo que o sucessor de Pedro nos coloca, hoje na pessoa do Papa Francisco. E por ser quem é, uma alegria muito grande pela simplicidade, abertura. O Papa nos deixou muito livres para perguntarmos o que queríamos, para colocar o que queríamos. Nos acolheu muito bem no Palácio Apostólico e partilhou conosco, respondendo as nossas perguntas, nossas inquietações sobre a vida da Igreja nos dias de hoje. Então, estar com o Santo Padre além da alegria que todos sentem de estar com o Papa é igualmente fortificar nossa fé, é estar unido a Pedro, é ter uma resposta daquele que Cristo colocou como princípio de unidade e de comunhão da sua Igreja. Foi uma manhã extremamente valiosa no sentido do encontro e também do conteúdo daquilo que o Santo Padre nos colocou pastoralmente, como devemos agir como pastores de nossas dioceses”
Dom Francisco Rodrigues, bispo de Ipameri (GO):
“A experiência nossa tem uma expressão muito grande com relação a comunhão. Experiência de fraternidade e proximidade do Santo Padre, muita cordialidade, muita simplicidade. Tudo isso gera uma segurança, uma tranquilidade para a gente. E mais ainda: a certeza de que a gente participa do ministério que nos é dado por Cristo Jesus numa perfeita comunhão eclesial estando em Roma ou estando em nossas Igrejas e comunidades. Então, esta foi uma experiência de comunhão”.
Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia (GO):
“Realmente foi uma visita muito calorosa, muito espontânea. Quase todos os bispos falaram, fizeram suas perguntas e o Santo Padre respondeu com muita sabedoria. A gente estava muito tranquilo diante do Papa. Foi uma visita muito bela e peço a Deus que aquilo que o Papa nos disse possa ser objeto de muita reflexão e possa servir às nossas Igrejas Particulares, especialmente no que tange a Pastoral e no cuidado dos sacerdotes e dos seminaristas”.
Dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia (GO):
“Hoje pela manhã, tivemos o encontro com o Santo Padre, alguns minutos antes do previsto, era por volta de 10h15. A experiência do encontro, em primeiro lugar, causou um grande sentimento de acolhida. O Santo Padre se mostrou extremamente acolhedor com cada um dos bispos. Já no início, na saudação inicial, e depois ao nos dar imensa liberdade para tocarmos em qualquer tema que fosse de nosso interesse. Portanto, foi um encontro que não tinha uma pauta. Ele não fez um discurso e nos disse algo que tinha preparado, mas dialogou conosco. Foi um momento de muita liberdade. Nó, os bispos, estávamos todos muito contentes de estarmos com o Papa Francisco e pudemos apresentar a ele as questões que iam surgindo, as mais sentidas, as mais importantes para nós, após uma introdução que eu fiz como presidente do regional, apresentando, indicando para ele alguns traços da nossa região Centro-Oeste, o coração do Brasil, com esse grupo de bispos que inicia essa Visita Ad Limina. Então, se somou a acolhida, a gentileza, a espontaneidade do Papa Francisco. A segurança, nós sentimos muita segurança na sua fala. O apoio para estarmos realmente atentos aos sinais do Espírito, a vivermos um discernimento contínuo; um chamado a prudência no governo das Igrejas, no sentido de estarmos sempre atentos aos sinais de vida, às solicitações, as portas que Deus vai abrindo no caminho da Igreja, em cada diocese para a evangelização”.
Monsenhor Vanildo Fernandes da Mota, Administrador diocesano de Rubiataba-Mozarlândia (GO):
“Eu esperava por esse momento. A alegria é muito grande no meu coração porque nós encontramos uma Papa que é pai, que é irmão, que tem um coração grande, misericordioso e que acolheu a todos nós do regional Centro-Oeste muito bem. Todos nós vamos voltar para as nossas dioceses com uma palavra de fé, de esperança, de confiança e sabedores que poderemos fazer coisas em nossas dioceses para fazer com que nossa Igreja seja mais alegre, mais viva, mais uma Igreja em saída, mais uma Igreja missionária. Eu estou muito feliz com esse momento vivido hoje pelo regional Centro-Oeste, essa visita com o Santo Padre, o Papa”.
Os membros do regional Centro-Oeste da CNBB têm como principal compromisso nesta terça-feira, 11 de fevereiro, o encontro com o Papa Francisco. Os bispos e administradores diocesanos cumprem, assim, um dos principais objetivos da Visita Ad Limina, que na linguagem da Igreja significa “ver Pedro”. O Papa recebe o episcopado em salas especiais do Palácio Apostólico, aquele prédio que se pode ver da Praça São Pedro e do qual, em uma de suas janelas, ele fala durante o “Ângelus”, todos os domingos. Durante o encontro, um dos bispos vai falar em nome do grupo e todos ouvirão uma palavra do Santo Padre. Em seguida, todos poderão saudá-lo pessoalmente.
Segunda-feira
Os bispos tiveram um dia cheio no começo das visitas aos departamentos da Santa Sé, nesta segunda-feira, 10 de fevereiro. Antes de se dirigirem aos dicastérios, eles celebraram juntos numa das mais bonitas basílicas de Roma, a de Santa Maria Maior. Ela fica no topo do Monte Esquilino e foi construída no século V. Hoje, é um dos pontos mais visitados da chamada Cidade Eterna, também pelo fato de se localizar entre a principal estação de trem e o famoso Coliseu. Santa Maria Maior tem recebido uma atenção especial do Papa Francisco. Todas as vezes em que ele tem uma viagem internacional, antes de partir e depois que retorna, passa pela Basílica para rezar aos pés do altar onde se encontra exposto um ícone de Nossa Senhora, chamado Salus Popoli Romani. Neste mesmo altar, a comitiva do Centro-Oeste celebrou a Eucaristia.
Dom Carmelo Scampa, bispo emérito de São Luís de Montes Belos (GO), presidiu a celebração. Na homilia, ele disse: “Iniciamos a nossa visita, praticamente hoje, confirmando o nosso desejo e o desejo de nossas Igrejas Particulares de caminhar em comunhão com Pedro e sob a orientação dele, fazendo do nosso serviço pastoral, serviço concreto de evangelização e de verdade ao que a Igreja nos pede para fazer crescer. Ao celebrarmos, iniciando essa visita, aos pés de Maria, a Mãe de Deus, isso nos ajuda a dar um toque e um sentido marial ao nosso ser Igreja. Frisando, com muita ênfase, em nossa ação pastoral ordinária, a misericórdia, a acolhida, a capacidade de ter um coração de mãe que vai muito além das situações, às vezes, complicadas e confusas que temos que enfrentar no dia a dia. Que esta celebração por isso, aqui aos pés da Salus Popoli Romani, nos ajude a sermos uma Igreja de coração materno para podermos, de fato, levar o Deus da misericórdia a todos nossos irmãos e irmãs que a Providência nos entregou e nos confiou”.
Congregação para o Clero
O primeiro departamento da Santa Sé visitado na manhã da segunda-feira foi a Congregação para o Clero que, segundo o padre Francisco Agamenilton, Administrador Diocesano de Uruaçu (GO) e correspondente do regional, “é o departamento que ajuda o Papa em tudo aquilo que diz respeito aos padres e diáconos diocesanos: a pessoa do ministro, o exercício do ministério pastoral e o sustentamento. Este departamento se ocupa da formação dos padres, quer na sua fase inicial, isto é, no Seminário, quer depois de ordenados. É aqui também que se lida com a disciplina de vida dos padres e diáconos. Quando um padre deixa de exercer o ministério e quer a dispensa do estado clerical, é a este departamento do Vaticano que o padre deve recorrer, principalmente para se casar na Igreja, caso tenha constituído família. Outra ocupação deste setor é a questão da administração dos bens eclesiásticos pertencentes às pessoas jurídicas públicas”.
O responsável para falar em nome do regional foi dom José Aparecido, bispo auxiliar de Brasília (DF). Respondendo ao padre Eduardo Rezende, logo depois do encontro ele declarou o seguinte: “nós fizemos algumas perguntas, alguns pedidos de esclarecimentos sobre questões que são correspondentes ao dicastério. Por exemplo: as questões sobre os padres que deixaram o ministério ou deverão deixar o ministério por razão disciplinar, especialmente os padres com prole; a questão da vida e do ministério dos presbíteros e dos critérios para o ingresso no seminário e uso de algumas faculdades especiais no caso de presbíteros que já deixaram o ministério, que já deixaram a vida sacerdotal mais não pediram uma regularização. Então, foram coisas colocadas no sentido de esclarecer a missão do bispo, com auxílio da Santa Sé, dentro das competências do dicastério, inclusive das competências de caráter patrimonial porque o dicastério regula a aplicação das leis canônicas na gestão do patrimônio da Igreja”.
Congregação para a Doutrina da Fé
O Cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília, representou o grupo do regional na visita a Congregação para a Doutrina da fé, a terceira atividade da parte da manhã de segunda-feira. Ele explicou a importância daquele departamento: “na Igreja, nós temos uma preocupação muito justa com a pastoral e a pastoral na Igreja, nós podemos dizer que é a fé vivida. A fé colocada em ação em iniciativas pessoais e comunitárias. Mas, a fé que é vivida pastoralmente, a fé que é vivida na evangelização da Igreja pressupõe outros momentos. Por exemplo, o da fé rezada, a fé celebrada, a fé alimentada pela celebração e pela oração. E é claro que ambas exigem a fé professada, fé testemunhada, a fé que nós professamos. O ‘Creio’ da Igreja. Por isso que a doutrina tem sua importância imensa, isto é, nós não podemos pensar a fé somente no campo litúrgico ou então pastoral, ela também precisa do devido aprofundamento, da devida sistematização, isto é, ela precisa ser, na verdade, refletida, aprofundada, conhecida para que a gente possa testemunhar, celebrar e viver. Então, a Congregação para a Doutrina não é uma Congregação que trata de um campo que não tenha a ver com a vida do dia a dia, não tenha a ver com a pastoral, que não tenha a ver com celebração. É o contrário, ela nos ajuda a fundamentar, ela ajuda a iluminar, orientar o modo como nós vivemos a própria fé. Então, é muito importante nos dias de hoje conhecer a verdade que é Cristo, conhecer a verdade que é a Palavra de Deus, conhecer a verdade que está na Tradição da Igreja, no Magistério da Igreja porque nós precisamos anunciar e testemunhar essa verdade que é Cristo, que é o Evangelho. A Congregação para a Doutrina tem essa importância muito grande para os bispos, para a Igreja hoje porque nós precisamos, sim, do conhecimento da verdade, do conhecimento da fé para viver e testemunhar a própria fé em nível pessoal e comunitário”.
Sobre o que foi tratado no encontro, o cardeal disse: “aquilo que nós tratamos, o que nós ouvimos na Congregação para a Doutrina da Fé não se dirige unicamente a nós, mas é claro para nós tem uma importância muito grande. O que é que nós levamos no coração para continuar a viver cada vez mais? Primeiro, um esforço muito sincero de comunhão com a Sé Apostólica, com a Santa Sé. Com o Papa primeiramente, mas com as diversas congregações que estão a serviço da Igreja. Então, queremos sim, cada vez mais, viver essa unidade. E sobretudo, procurando escutar e discernir juntos. O que nós fizemos hoje, na reunião, foi um exercício de escuta e de discernimento conjunto. Claro que cabe ao bispo local, a Igreja Local por em prática as orientações, as normas que aqui vamos ouvindo. Mas, é muito importante ter sempre esse coração aberto para a escuta daquele que é sucessor do Apóstolo Pedro, que é o nosso caríssimo Papa Francisco, mas também daqueles que trabalham com ele”.
Dom Sergio prosseguiu: “nós queremos levar para as nossas Igrejas, a partir desse encontro na Congregação para a Doutrina da Fé, um esforço, um empenho ainda maior em divulgar, em tornar conhecida a fé, sobretudo que se encontra resumida no ‘Creio’ da Igreja. Nós falamos, cada vez mais, da importância, da necessidade de dar as razões da fé. Por quê? Porque nós vivemos num mundo que é preciso não só dizer que nós cremos, mas fundamentar, expressar, o mais possível, as razões da nossa fé. Então, isso deve ser uma tarefa constante. A catequese, de modo especial, as pastorais, de modo geral, a evangelização, a missão da Igreja devem ter sempre presente a necessidade que temos de dar as razões da nossa fé, conforme a Carta de São Pedro, conforme o próprio ensinamento da Igreja, para que as pessoas possam seguir a Cristo, participar da Igreja, de maneira consciente, de coração, envolvendo toda a sua vida”.
Padre Agamenilton descreveu o encontro desse modo: “Fomos acolhidos pelo cardeal Ladaria, responsável por este departamento da Santa Sé, e seus colaboradores. Falamos de temas como as peregrinações à Medjugorje e a validade do batismo de outras igrejas cristãs. Nesta visita pudemos recordar e aprofundar o procedimento que o bispo deve realizar em relação às denúncias de abusos de menores e pessoas vulneráveis cometidos por clérigos”.
Secretaria para a Comunicação
O principal compromisso na parte da tarde da segunda-feira foi a visita à Secretaria de Comunicação da Santa Sé. Pe. Agamenilton resumiu assim a identidade desse departamento: “o dicastério para a Comunicação foi criado pelo Papa Francisco em 2015. Ele reúne todo o sistema de comunicação da Santa Sé; por exemplo: a rádio Vaticana, o site, o portal de informações, serviço fotográfico e o jornal L’Osservatore Romano. Uma das particularidades deste setor é que ele é dirigido por um leigo: Paolo Ruffini, ao contrário dos demais dicastérios dirigidos por cardeais”.
Quem ficou responsável pela palavra em nome do regional neste departamento de comunicação foi o bispo auxiliar de Goiânia (GO), dom Levi Bonato: “a importância desse dicastério, como nós ouvimos lá na reunião de hoje, é que a partir de 2015, houve essa fusão dos meios de comunicação da Igreja para melhorar, evidentemente. Papa Francisco quis que fosse feito uma junção dos diversos setores da cuidavam da comunicação na Igreja e isso foi feito. E, de fato, isso deu mais unidade a comunicação dentro da Igreja. Agora, todo mundo, digamos assim, fala ‘a mesma língua’. Isso é uma coisa muito importante na Igreja porque estão divulgando a voz do Papa. Nós ouvimos lá hoje que eles são responsáveis para cuidar a da voz do Papa. Eles têm esse domínio da voz do Papa, da comunicação e daquelas mensagens que o Papa quer transmitir”.
Dom Levi ainda considerou: “de fato, no mundo moderno, no mundo de tanta comunicação, no mundo onde as comunicações são muito rápidas este dicastério, cada vez mais, assume uma importância maior dentro do mundo e, principalmente, dentro da Igreja. Nós vimos que além de ser um dicastério de pessoas muito competentes, é um dicastério muito grande. Há um grande número de pessoas que lá trabalham. Então, vamos dizer assim, é uma evolução do que a Rádio Vaticano fez até agora. A Rádio Vaticano sempre foi um meio de comunicação muito importante para a Igreja, só que agora, digamos assim, ela tem várias frentes, todas elas estão baseadas lá no dicastério da comunicação. Este discastério, então, como eles mesmos falaram, está cada vez mais importante, cada vez mais vai ter que se aperfeiçoar porque as mudanças tecnológicas são muitas e eles precisam se adaptar aos tempos modernos”.
Padre Agamenilton agregou mais informações sobre esse encontro no qual dom Levi teve a palavra. Ele escreveu: “Fomos recebidos pelo seu responsável, o senhor Paolo Ruffini, e sua equipe. O senhor Paolo nos apresentou os princípios que nortearam a transformação vivida pelos meios de comunicação no Vaticano: mais que repensar a estrutura funcional, foi importante repensar o processo comunicativo da Igreja com os seus membros e com o mundo. Notamos o grande esforço da Santa Sé de trabalhar em rede e o desejo de tornar conhecido ao mundo as boas histórias vividas por nossos católicos brasileiros. O dia se encerrou com a visita aos estúdios da Rádio Vaticano guiada por Silvonei José, jornalista brasileiro e responsável pelo serviço em língua portuguesa da Rádio Vaticano”.
Os 15 bispos e os dois administradores diocesanos do regional Centro-Oeste da CNBB saíram de São Paulo, na sexta-feira, dia 7 de fevereiro num vôo da Alitália que pousou em Roma as 7 da manhã do sábado. Oficialmente, a Visita Ad Limina Apostolorum de 2020, teve início no dia 8 de fevereiro, com a chegada e a instalação do grupo na Domus Romana Sacerdotalis, que se localiza, à esquerda, no final de uma das últimas tranversais da Via della Concilazione, Via Transpontina, para quem sai da Praça de São Pedro em direção do Rio Tibre. Esse hotel, chamado também de Casa do Clero de Roma, foi criado por João Paulo II, em janeiro de 1999, com objetivo oferecer hospitalidade aos eclesiásticos que pertencem ao corpo diplomático da Santa Sé ou que servem na Cúria Romana.
Última reunião preparativa
Na Domus Sacerdotalis, os bispos realizaram ás 9h30 da manhã do domingo, 9 de fevereiro, a última reunião em preparação para todo o processo da visita aos dicastérios e ao Papa Francisco. Dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia (GO), coordenou os trabalhos e tratou, naturalmente, dos últimos detalhes práticos de toda a movimentação que vai durar até o dia 18 de fevereiro. Como foi largamente divulgado, essa visita é obrigatória e prevista no Direito Canônico. Em seu Diretório, essa visita "por parte de todos os Bispos que presidem na caridade e no serviço às Igrejas particulares em todo o mundo, em comunhão com a Sé Apostólica tem um significado preciso, ou seja, o revigoramento da própria responsabilidade de sucessores dos Apóstolos e da comunhão hierárquica com o Sucessor de Pedro, e a referência na visita a Roma, ao túmulo dos Santos Pedro e Paulo, pastores e colunas da Igreja Romana". O documento diretivo ainda sublinha que a visita "representa na realidade um momento central no exercício do ministério pastoral do Santo Padre. Em tal visita o Supremo Pastor recebe os Pastores das Igrejas particulares, trata com estes das questões concernentes ao seu ministério eclesial".
Dom Waldemar ainda destacou o significado espiritual deste momento vivido pelo Regional Centro-Oeste. Os presentes à reunião puderam também indicar alguns assuntos ligados ao Clero, às questões de doutrina da fé e ao trabalho dos tribunais eclesiásticos a serem abordados nos departamentos do Vaticano que cuidam destas áreas.
Logo após a reunião, as 11h, o grupo participou de uma celebração da Eucaristia que foi presidida pelo bispo auxiliar de Anápolis (GO), dom Dilmo Franco.
Durante a homilia, ele fez alguns destaques importantes da liturgia. Inicialmente, esclareceu: “Sabemos que o Evangelho de hoje é uma continuação do Sermão da Montanha. Jesus diz: ‘vós sois sal da terra e luz do mundo’. Um jesuíta, Pe. Adroaldo Palaoro diz que, no tempo de Jesus, as pessoas pegavam blocos de sal para colocar nos fornos na hora de assar o pão porque o sal retinha o calor. Mas, depois da algumas fornadas, aquele sal já não tinha mais o poder de ‘segurar’ o calor e aí precisavam ser trocados. Esses blocos, então, eram jogados nas estradas para tapar buracos de enxurrada e é por isso que Jesus fala que não servirá para outra coisa a não ser ‘pisado pelos homens’”.
Dom Dilmo, continuou: “Nós sabemos que o sal, como dizem alguns cozinheiros, não dá o sabor para comida, mas ressalta o sabor de cada alimento. Uma pequena quantidade de sal é capaz de ressaltar o sabor de uma grande quantidade de comida. Nesse sentido, quando acolhemos o símbolo do sal que Jesus coloca, lembramos que no Livro dos Números (NM 18,19) vai falar de uma oferta de alimentos que é colocada diante do Senhor e que é jogado sal sobre ela simbolizando a perenidade daquela oferta. Isto pode depois ser feita uma leitura sobre a Eucaristia, mas o sal é a representação de uma aliança, de uma oferta perene. Então, quando Jesus diz ‘vós sois sal da terra’ e que se o sal perder sua capacidade de salgar, mas o sal não perde a sua capacidade de salgar, ele a tem dentro de si. Para nós também, nós temos sempre em nós essa graça de Deus dada pelo batismo, de salgar, ou seja, de dar sabor, de ressaltar o sabor. Mas, ao mesmo tempo não é somente oferecer, não é somente apresentar a oferta é se tornar oferta. Não é, simplesmente, oferecer o sacrifício, é se tornar também sacrifício”.
O bispo auxiliar de Anápolis, ex diretor do Seminário São João Maria Vianey, que foi ordenado no mês passado, dia 25 de janeiro, dom Dilmo lembrou ainda a Primeira Leitura da liturgia do Domingo: “a gente olha o que está dizendo o livro, pegando ali o aquilo que temos também nos conselhos evangélicos materiais, que é dar pão a quem fome, vestir o nu e acolher os peregrinos. Então, como ser luz? Justamente isso; através das ações. De maneira que o nosso culto nunca pode ser vazio ou simplesmente teórico, mas colocando como ser luz através das ações. Uma pequena quantidade de sal é capaz salgar, de dar sabor a muito alimento. Então, desta maneira, pequenas ações, mesmo que sejam isoladas elas têm o poder de iluminar muitas pessoas. Isso dá ao nosso coração uma certa paz de não perder a esperança no mundo como muitas pessoas estão perdendo a esperança de mudanças para um mundo melhor. As pequenas ações iluminam, necessariamente, porque a força de Deus se impõe”.
Pe. Francisco Agamenilton, Administrador Diocesano de Uruaçu (GO) e também o correspondente escolhido pelos bispos para informar os passos dados na visita finalizou: "Às 18h30 rezamos a oração da tarde e tivemos a adoração eucarística. Pelo fato de estarmos hospedados no mesmo local e tomarmos as refeições juntos, já se nota que o aspecto comunitário será algo muito forte nestes dias. Isto nos proporciona o reforço dos laços de fraternidade e caridade entre nós. Em tempos de polarizações e fragmentação social, este sinal de comunhão dos bispos é um sinal profético de que se pode viver de outro modo".
Na segunda-feira, 10 de fevereiro, os bispos têm agenda cheia: missa na Basílica de Santa Maria Maior e, na parte da manhã ainda, visita a dois dicastérios: Congregação para o Clero e Congregação para a Doutrina da fé. Na parte da tarde, eles vão conhecer as novas estruturas da Secretaria de Comunicação da Santa Sé.
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Entrevista
Dom Dilmo Franco
O senhor foi ordenado recentemente, o bispo mais recente bispo ordenado do regional; apresentado à sua Igreja Particular a apenas uma semana e já presidiu a missa oficial de abertura da Visita Ad Limina. Qual o sentimento que senhor experimentou?
O dom Waldemar, Presidente do Regional, durante a nossa primeira reunião que tivemos, disse que estamos todos juntos aqui como irmãos e que não era para momento de tensão para ninguém. Ele tinha que falar para o meu cérebro isso, parece que não entendi não... Claro, a gente fica nervoso, um pouco aquela ansiedade, pois afinal de contas são bispos que ouço desde quando era seminarista. E, de repente, meu Deus, o que vou falar para esses homens? Sabem tudo! Mas, sinto uma alegria grande, alegria grande de ser acolhido e de poder ajudar naquilo que Deus pedir de mim.
E quando a visita, daqui em diante, qual é a expectativa?
De aprendizado. Quero ver tudo. Quero escutar tudo porque sei que depois vai ser cobrado.
Muito obrigado!
Amém.
(O entrevistador foi Pe. Eduardo Rezende, secretário-executivo do Regional)
No dia 1º de fevereiro, a Diocese de Anápolis acolheu o seu bispo auxiliar, Dom Dilmo Franco, em uma celebração festiva, na Catedral Bom Jesus de Anápolis. Marcaram presença o bispo diocesano de Anápolis, Dom João Wilk; o arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom Washington Cruz, e seus auxiliares Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Arantes; o bispo da Diocese de Formosa, Dom Adair Guimarães; o bispo de Ipameri, Dom José Francisco; o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, e autoridades locais; sacerdotes e religiosos(as); familiares e amigos de Dom Dilmo; e toda a comunidade. A celebração teve início às 10h.
Durante a celebração, Dom João citou o lema episcopal de Dom Dilmo, “Congregavit nos un unum Cristi amor!” (O amor de Cristo nos uniu), e completou “nos uniu num só corpo”. O bispo de Anápolis disse que a expressão “num só corpo, nos envia o conceito de Corpo Místico de Cristo, ou seja, a Igreja: um só corpo, cuja cabeça é Cristo”. Segundo Dom João, “esta constatação contém alguns significados: em primeiro lugar, nossa relação amorosa com Jesus após o batismo; em segundo, o amor de Cristo que é derramado sobre nós; em terceiro, o amor fraterno, a comunidade eclesial; por fim, o amor à Igreja, instituição visivelmente presente no mundo: papa, bispos, sacerdotes e diáconos, vida consagrada, leigos(as). A Igreja visível é a casa da nossa fé”, disse.
Dom João ainda agradeceu a Nunciatura Apostólica no Brasil e ao Santo Padre o papa Francisco, por levar em consideração seu pedido de um bispo auxiliar para a diocese. Comentou que não pensa em se afastar do querido povo da diocese, porém, está com “a consciência mais tranquila pelo fato de os padres, especialmente os jovens, cresceram no entusiasmo e a diocese como tal manterá o dinamismo e cuidado que merece e precisa”.
Em seus agradecimento, Dom Dilmo citou a presença amiga e fraterna de Dom João, que o ajudou muito na vida sacerdotal. Agradeceu também a acolhida de todos da diocese e aos presentes. O bispo afirmou que “veio para ser auxílio para Dom João e caminhar junto com todos os seguimentos da Diocese de Anápolis, nesta peregrinação à Pátria definitiva”. A respeito do lema escolhido “O amor de Cristo nos uniu”, o bispo auxiliar disse que “estamos aqui por que o amor de Cristo fez com que os nossos caminhos se cruzassem e que sem Cristo, jamais nos conheceríamos”. E continuou, ” o fato é que o amor de Cristo é que nos possibilita todo conhecimento, encontro e convivência, seja dentro ou fora da Igreja, com cristãos e não cristãos, pois todos fomos criados porque Deus é amor e quis partilhar sua vida conosco. Que juntos nos ajudemos mutuamente a encontrar o amor de Cristo que nos une”, concluiu.
Após a celebração todos foram convidados para um almoço fraterno, no salão da paróquia Nossa Senhora D’Abadia.
Fonte: Setor de Comunicação Diocese de Anápolis/Fotos: Marcelo Faria
No sábado, 1º de fevereiro, aconteceu na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB, em Goiânia, o 1º Encontro de Coordenadores diocesanos e regionais de pastoral, coordenadores de movimentos e presidentes de organismos do regional.
Entre os assuntos tratados, destaca-se a partilha sobre a Assembleia Eclesial do Regional, que aconteceu em outubro do ano passado, e as perspectivas pastorais para este ano. Foi um diálogo aberto, em que cada um pode expressar seu ponto de vista e manifestar suas expectativas quanto aos trabalhos a serem realizados em 2020.
Foi tema de pauta também, a Visita ‘ad Limina Apostolorum’ que acontece nos dias 8 a 18 de fevereiro. Sobre isso, o secretário executivo do regional, padre Eduardo Luiz de Rezende, falou um pouco sobre o evento, explicando que se trata da visita oficial que os bispos fazem ao Santo Padre a cada cinco anos e o Regional Centro-Oeste abrirá o calendário do episcopado brasileiro para as visitas em 2020. Padre Eduardo também comentou sobre as reuniões que serão realizadas nos diversos organismos, comissões pontifícias, conselhos e departamentos da Santa Sé, além das celebrações nas principais Basílicas Maiores de Roma durante os dez dias da visita. "Alguns bispos do Regional participaram de outras visitas, mas para este grupo, que inclui alguns administradores diocesanos, será a primeira visita oficial no pontificado do papa Francisco. Com certeza será uma experiência rica que renovará as esperanças de todos os participantes", afirmou padre Eduardo.
Outro tema tratado foi o novo regulamento das Pastorais no Regional Centro-Oeste, aprovado pelos bispos reunidos no Conselho Episcopal Regional (CONSER) de outubro do ano passado, que foi apresentado pelo padre Eduardo juntamente com algumas orientações gerais, visando o bom andamento das atividades ao longo de 2020. Este assunto foi direcionado principalmente aos novos coordenadores regionais que assumiram funções no segundo semestre do ano passado.
Para o diácono Mauro Aparecido de Oliveira, coordenador da Comissão Regional de Diáconos (CRD), a reunião motiva a ação evangelizadora no regional a partir das pastorais, movimentos e organismos. “Esse encontro logo no início do ano é muito importante porque nos prepara para agir conforme as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, fundamentadas nos quatro pilares: Pão, Palavra, Caridade e Missão. Foi uma reunião bastante produtiva, de modo que saímos motivados para evangelizar”.
Já o padre Sérgio Rocha Gonçalves, da Diocese de Jataí, afirmou que o encontro favorece a partilha entre os coordenadores. “A reunião é um momento da gente se encontrar como coordenadores de pastorais fazendo uma avaliação do ano anterior e ao mesmo tempo refletir sobre as perspectivas e projetos para o ano de 2020”, declarou.
Na ocasião também foi entregue a todos os coordenadores, a edição 2019 da Revista Uma Voz no Centro-Oeste, publicação que contém as ações pastorais das dioceses e do regional ao longo do ano passado, inclusive os compromissos assumidos pela XX Assembleia Eclesial que aconteceu no último mês de outubro, para o período de 2019 a 2023. A próxima reunião de coordenadores acontecerá nos dias 6 a 8 de agosto, na sede do Regional e contará com a assessoria de Dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre, que trabalhará o tema: “Criação e Animação de Comunidades Eclesiais Missionárias”.
Na manhã chuvosa do dia 25 de janeiro, Festa da conversão de São Paulo, Dom Dilmo Franco, bispo auxiliar eleito para a Diocese de Anápolis, foi ordenado na Catedral Imaculada Conceição, em Formosa (GO). A celebração contou com a participação do cardeal Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília; bem como de muitos bispos do Regional Centro-Oeste e de outros regionais, além de centenas de padres, religiosas e o povo de Deus da Igreja particular local e de dioceses vizinhas, incluindo Goiânia e Anápolis.
Foi um bonito momento de graça para o Regional Centro-Oeste da CNBB, que teve como bispo ordenante, Dom João Wilk, bispo diocesano de Anápolis e co-ordenantes, o bispo de Formosa, Dom Adair Guimarães, e o bispo de Luziânia e presidente do regional, Dom Waldemar Passini Dalbello.
A homilia foi proferida por Dom Washington Cruz, arcebispo metropolitano de Goiânia, que fez menção à Conversão de Paulo e à leitura do evangelho do dia. “A Palavra de Deus deve ser anunciada, e anunciada em todos os lugares”, disse. “Celebramos não o que São Paulo fez, mas o que Deus fez nele e por ele. Celebramos O amor de Deus para com a sua Igreja, dando-lhe um excelente pregador do amor de Deus para com a sua Igreja, dando-lhe um excelente pregador do Evangelho de sua graça”, afirmou.
Ao ordinando, Dom Washington disse que o rito solene da ordenação episcopal está totalmente ligado à festa litúrgica da Conversão de São Paulo, fato que marcou decisivamente sua vida pessoal e ao mesmo tempo, a história da fé cristã. “Para ele, foi o primeiro passo em direção a uma total incorporação a Cristo e o início de uma missão que o colocou entre os Apóstolos: ‘Pela graça de Deus eu sou o que sou, e sua graça não foi infrutífera em mim’ (1Cor 15, 10). O metropolita de Goiânia também comentou que a comunidade eclesial de Formosa experimenta a alegria da extraordinária presença do Espírito do Senhor, que convocou tantos irmãos e irmãs na unidade de uma mesma fé e de um mesmo batismo, para serem testemunhas de sua ação santificadora na vida de um irmão, o primeiro padre da Diocese de Formosa chamado a ser sucessor dos Apóstolos, mons. Dilmo Franco de Campos”. Dom Washington refletiu também sobre as tarefas próprias do bispo e enfatizou que, com a imposição das mãos do bispo ordenante principal, Dom João Wilk, “mons. Dilmo é constituído membro do Corpo Episcopal, sucessor dos Apóstolos, mestre da fé, santificador do Povo de Deus, guia e pastoral que conduz à unidade”.
Rito de ordenaçãoO rito de ordenação com a imposição das mãos e prece de ordenação, aconteceu logo após a homilia. O bispo sagrante pediu a Deus Pai e ao Espírito Santo que envie sobre o eleito a força que dele procede. Em seguida houve a unção da cabeça e entrega do Evangeliário e das insígnias: O evangelho, para que anuncie a palavra de Deus com toda a constância e desejo de ensinar; o anel, símbolo da fidelidade; e com fidelidade invencível guarda sem mancha a Igreja, esposa de Deus; a mitra, para que brilhe no eleito o esplendor da santidade, para que quando vier o príncipe dos pastores, mereças receber a imarcescível coroa da glória; e o báculo, símbolo do serviço pastoral, do cuidado com o rebanho, no qual o Espírito Santo constitui o bispo a fim de apascentares a Igreja de Deus. O lema episcopal de Dom Dilmo é “O amor de Cristo nos uniu”.
O presidente do regional, Dom Waldemar Passini Dalbello, após a Santa Missa, apresentou todos os bispos presentes. O novo bispo Dom Dilmo agradeceu a todos presentes, inclusive Dom Washington Cruz. “Foi com quem tive a graça de conviver nos últimos quatro anos e muito me fez crescer como pessoa e sacerdote, agradeço a oportunidade poder estar como reitor do Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney, em Goiânia onde eu pensei que ficaria por pelo menos seis anos. Foi um tempo de graça em minha vida”. Agradeceu também ao Clero de Formosa, que ele pertence e ao qual se referiu como presbitério espiritual de sua vida. Por fim, fez agradecimentos emocionados aos familiares, lembrando que seu pai tinha o sonho de ser padre, mas na época não teve a oportunidade de alguém que o levasse ao seminário.
Dom Dilmo nasceu em 15 de março de 1972, em Formosa (GO). Foi ordenado diácono em 30 de novembro de 1996, e sacerdote em 10 de janeiro de 1998, ambas ordenações aconteceram em sua cidade natal. A apresentação em Anápolis acontecerá no sábado, dia 1º de fevereiro, na Catedral Bom Jesus.
Representantes da Diocese de Goiás, da CPT Goiás e da Paróquia São José, de Mossâmedes (GO), reuniram-se no dia 17 de dezembro de 2019, no Centro Diocesano de Pastoral Luiz Ório, na cidade de Goiás, com o objetivo de iniciar os preparativos da 5ª Romaria dos Mártires da Caminhada da Diocese de Goiás, que acontecerá no dia 29 de agosto deste ano, na Cidade de Mossâmedes.
A romaria quer celebrar a memória dos mártires da caminhada, fazer memória dos 33 anos do atentado do padre Chicão (1987, em Mossâmedes) e dos 35 anos do martírio de Nativo da Natividade (1985), trabalhador rural e sindicalista de Carmo do Rio Verde (GO).
A Diocese de Goiás e a CPT realizaram a Romaria dos Mártires nos anos de 1997, 2002 e 2007, em Mossâmedes, e em 2010 na cidade de Carmo do Rio Verde.
A primeira reunião ampliada acontecerá no dia 5 de fevereiro, às 19h, no Salão Paroquial de Mossâmedes. Neste encontro serão definidos o tema e o lema da Romaria e formadas as equipes de serviço. Na ocasião estarão presentes representantes das paróquias, da comunidade local e de entidades parceiras.
Os 18 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se preparam para ir a Roma, em Visita ‘ad Limina’, neste ano de 2020. O primeiro regional será o Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal), que estará em visita oficial ao papa Francisco, nos dias 8 a 18 de fevereiro, sendo que a audiência com o Santo Padre será no dia 11.
Essa peregrinação a Roma, que acontece a cada cinco anos, denominada “Visita ad limina Apostolorum”, significa no liminar, na soleira, nos limites ou estradas (limina) das Basílicas dos Apóstolos Pedro e Paulo, onde os bispos diocesanos visitam os sepulcros dos Apóstolos, conservados, segundo a tradição, na Cidade de Roma.
A visita é uma antiga tradição da Igreja e uma graça de Deus, pois permite aos bispos estarem reunidos juntos à Sé de Pedro. É voltar às fontes originais onde a vida e o carisma iniciaram o caminhar da Igreja, para reavivar e fortalecer o significado desses locais, na vida e na missão dos pastores da igreja de nosso tempo. Essa peregrinação também é uma visita de trabalho, de reuniões e de contatos que os bispos realizam junto à Santa Sé e seus diversos organismos, dicastérios (departamentos), conselhos e comissões pontifícias.
Dom Waldemar Passini Dalbello, bispo diocesano de Luziânia e presidente do Regional Centro-Oeste, vai pela segunda vez à visita. Em 2010, primeiro ano do seu episcopado, quando ainda era bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, ele já estava no grupo de bispos que visitou o papa Bento XVI. Sobre aquela experiência ele relembra que foi um importante momento de crescimento para os bispos e de atenção aos pedidos feitos pelo Santo Padre. “Naquele período houve um grande progresso em alguns aspectos que nos foram pontuados na visita. Tínhamos, e ainda temos, limitações em relação aos processos jurídicos nos tribunais eclesiásticos. O pedido de maior atenção a esses casos tem gerado novas iniciativas nas dioceses do regional, qualificando e dinamizando o cuidado pastoral no campo jurídico”, disse. O bispo também fez comentários sobre outro pedido do então papa Bento XVI. “Ele também insistiu conosco sobre o tema da drogradição, e os bispos puderam falar das iniciativas pastorais para a prevenção e para a recuperação de dependentes. Infelizmente esse fenômeno perdura em nossa região com muita força até hoje. Agora ouviremos o papa Francisco, e a expectativa é grande”, declarou.
O presidente do regional também explicou que a Visita ‘ad limina’ vem sendo preparada há alguns meses por ser um momento oficial dos bispos com o papa. Segundo ele, o mais importante na visita é a possibilidade de encontros. “A Visita ‘ad limina’ revela a busca da comunhão entre os bispos e o sucessor de Pedro, o papa. Certamente não se trata de uma visita informal para uma troca de ideias. É uma visita programada, preparada desde muito antes. Levamos em nossos corações a esperança de crescer na fidelidade a Deus no cumprimento de nossa tarefa. A missão dos bispos exige contínuo discernimento, e queremos ser auxiliados pelos organismos da Santa Sé que estão colaborando diretamente com o papa. Queremos ouvir o que Francisco tem a nos dizer, para sermos melhores e para qualificarmos a ação evangelizadora em nossas dioceses”, relatou o bispo.
Ao povo de Deus nas comunidades, paróquias, dioceses, Dom Waldemar pede que estejam em sintonia e em oração pelos bispos. “A visita do bispo diocesano ao papa, aos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, deve ser um convite a renovar o esforço de comunhão para os irmãos das comunidades católicas de cada diocese. Os primeiros cristãos ‘perseveravam na doutrina dos apóstolos’, e nós também crescemos na vivência da fé quando fugimos de todo relativismo e daquela indiferença ou passividade que ameaça nossa experiência religiosa. A doutrina dos apóstolos nos propõe a via do Evangelho, da autenticidade, do fervor espiritual, da caridade criativa e atual. Neste momento de preparação, peço a todos os fiéis católicos que nos acompanhem com suas orações. Que os frutos da Visita 'ad limina' sejam abundantes!”, concluiu.
A Visita poderá ser acompanhada pelo site e redes sociais do Regional Centro-Oeste da CNBB e pela TV Pai Eterno.
Na foto: Bispos do Regional Centro-Oeste na Visita ad limina, no ano de 2010
Bispo referencial
Dom Marcony Vinícius Ferreira
Coordenador: Pe. Fábio Carlos
Contato (62) 99439-6064
E-mail: padrefc@outlook.com
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