Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Com o objetivo de aperfeiçoar os serviços nas áreas de gestão administrativa, econômica e de pastoral, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está apresentando aos 18 regionais, as novas ferramentas que deverão facilitar os trabalhos e a comunicação nessas áreas com a sede nacional. Até o momento já foram visitados e apresentadas as ferramentas a dois regionais. O primeiro foi o Sul 1 (São Paulo) e nesta semana foi a vez do Regional Centro-Oeste.
A equipe da CNBB, em Brasília, formada por Adriano Thomaz, coordenador financeiro; Rodson Sousa, coordenador contábil; e Rosberg Flores, gerente de Tecnologia de Informação, foi acolhida pelo secretário executivo do Regional Centro-Oeste, padre Eduardo Luiz de Rezende, CSsR, e por sua equipe de colaboradores. Durante a visita, além de falar sobre o CIGAM, Software utilizado na gestão financeira e contábil, foram apresentadas as ferramentas Office 365, que auxilia nos trabalhos que necessitam do salvamento em nuvens, como é o caso dos programas word, excel e e-mails. Eles apresentaram também o GIP, nome provisório que significa Gestão de Informação de Pastorais, juntamente com o já conhecido Servico, que visa auxiliar a administração das pastorais e suas atividades, emitindo relatórios e conduzindo a vida pastoral de forma mais eficaz e transparente.
De acordo com Thomaz, coordenador financeiro da CNBB, as ferramentas vão facilitar a atuação pastoral de todos os regionais, além de reaproximar a CNBB Nacional dos regionais. “Nosso objetivo é reaproximar a sede dos regionais e trabalhar em conjunto uma linguagem comum e de fácil compreensão. Isso é muito importante porque nossos trabalhos são muito parecidos e a linguagem comum e simplificada vai facilitar para ambos, gerando mais comunicação, já que todos vão conseguir entender e administrar com as novas tecnologias”, explicou.
Para o secretário executivo do regional, padre Eduardo Luiz, a iniciativa de visitar os Regionais, pela equipe da CNBB Nacional, é muito importante, pois o diálogo favorece a aproximação entre os colaboradores dos regionais e da nacional. “As visitas eram uma reivindicação antiga dos secretários executivos regionais, pois sempre acreditamos ser importante o conhecimento, por parte da administração nacional, da rotina de trabalho e da realidade de cada regional, principalmente no momento de trocar informações e estabelecer metas de execução. Foi um encontro positivo, em que nos colocamos à disposição para trabalharmos juntos, no aprendizado e na utilização das novas ferramentas apresentadas”, afirmou.
“Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus” (2Cor 5, 20)
Queridos irmãos e irmãs!
O Senhor concede-nos, também neste ano, um tempo propício para nos prepararmos para celebrar, de coração renovado, o grande Mistério da morte e ressurreição de Jesus, pilar da vida cristã pessoal e comunitária. Com a mente e o coração, devemos voltar continuamente a esse Mistério. Com efeito, o mesmo não cessa de crescer em nós na medida em que nos deixarmos envolver pelo seu dinamismo espiritual e aderirmos a ele com uma resposta livre e generosa.
1. O Mistério pascal, fundamento da conversão
A alegria do cristão brota da escuta e recepção da Boa-Nova da morte e ressurreição de Jesus: o kerygma. Ele compendia o Mistério de um amor “tão real, tão verdadeiro, tão concreto, que nos proporciona uma relação cheia de diálogo sincero e fecundo” (Francisco, Exort. Ap. Christus Vivit, 117). Quem crê nesse anúncio rejeita a mentira de que a nossa vida teria origem em nós mesmos, quando na realidade nasce do amor de Deus Pai, da sua vontade de dar vida em abundância (cf. Jo 10,10). Se, pelo contrário, se presta ouvidos à voz persuasiva do “pai da mentira” (Jo 8,44), corre-se o risco de precipitar no abismo do absurdo, experimentando o inferno já aqui na terra, como infelizmente dão testemunho muitos acontecimentos dramáticos da experiência humana pessoal e coletiva.
Por isso, nesta Quaresma de 2020, quero estender a todos os cristãos o mesmo que escrevi aos jovens na Exortação Apostólica Christus Vivit (n. 123): “Fixa os braços abertos de Cristo crucificado, deixa-te salvar sempre de novo. E quando te aproximares para confessar os teus pecados, crê firmemente na sua misericórdia que te liberta de toda a culpa. Contempla o seu sangue derramado pelo grande amor que te tem e deixa-te purificar por ele. Assim, poderás renascer sempre de novo”. A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado: pela força do Espírito Santo é sempre atual e permite-nos contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas pessoas que sofrem.
2. Urgência da conversão
É salutar uma contemplação mais profunda do Mistério pascal, em virtude do qual nos foi concedida a misericórdia de Deus. Com efeito, a experiência da misericórdia só é possível “face a face” com o Senhor crucificado e ressuscitado, “que me amou e a Si mesmo se entregou por mim” (Gl 2,20). Um diálogo coração a coração, de amigo a amigo. Por isso mesmo, é tão importante a oração no tempo quaresmal. Antes de ser um dever, ela expressa a necessidade de corresponder ao amor de Deus, que sempre nos precede e sustenta. De fato, o cristão reza ciente da sua indignidade de ser amado. A oração poderá assumir formas diferentes, mas o que conta verdadeiramente aos olhos de Deus é que ela escave dentro de nós, chegando a romper a dureza do nosso coração, para o converter cada vez mais a ele e à sua vontade.
Por isso, neste tempo favorável, deixemo-nos conduzir como Israel ao deserto (cf. Os 2,16), para podermos finalmente ouvir a voz do nosso Esposo, deixando-a ressoar em nós com maior profundidade e disponibilidade. Quanto mais nos deixarmos envolver pela sua Palavra, tanto mais conseguiremos experimentar a sua misericórdia gratuita por nós. Portanto não deixemos passar em vão este tempo de graça, na presunçosa ilusão de sermos nós o dono dos tempos e modos da nossa conversão a Ele.
3. A vontade apaixonada que Deus tem de dialogar com os seus filhos
O fato de o Senhor nos proporcionar uma vez mais um tempo favorável para a nossa conversão, não devemos jamais dá-lo como garantido. Essa nova oportunidade deveria suscitar em nós um sentido de gratidão e sacudir-nos do nosso torpor. Não obstante a presença do mal, por vezes até dramática, tanto na nossa existência como na vida da Igreja e do mundo, este período que nos é oferecido para uma mudança de rumo manifesta a vontade tenaz de Deus de não interromper o diálogo de salvação conosco. Em Jesus crucificado, que Deus “fez pecado por nós” (2Cor 5,21), essa vontade chegou ao ponto de fazer recair sobre o seu Filho todos os nossos pecados, como se houvesse – segundo o Papa Bento XVI – um “virar-se de Deus contra si próprio” (Enc. Deus Caritas Est, 12). De fato, Deus ama também os seus inimigos (cf. Mt 5,43-48).
O diálogo que Deus quer estabelecer com cada homem, por meio do Mistério pascal do seu Filho, não é como o diálogo atribuído aos habitantes de Atenas, que “não passavam o tempo em outra coisa senão a dizer ou a escutar as últimas novidades” (At 17,21). Esse tipo de conversa, ditado por uma curiosidade vazia e superficial, caracteriza a mundanidade de todos os tempos e, hoje em dia, pode insinuar-se também num uso pervertido dos meios de comunicação.
4. Uma riqueza que deve ser partilhada, e não acumulada só para si mesmo
Colocar o Mistério pascal no centro da vida significa sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado presentes nas inúmeras vítimas inocentes das guerras, das prepotências contra a vida desde a do nascituro até a do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria.
Também hoje é importante chamar os homens e mulheres de boa vontade à partilha dos seus bens com os mais necessitados através da esmola, como forma de participação pessoal na edificação de um mundo mais justo. A partilha, na caridade, torna o homem mais humano; com a acumulação, corre o risco de embrutecer, fechado no seu egoísmo. Podemos e devemos ir mais além, considerando as dimensões estruturais da economia. Por esse motivo, na Quaresma de 2020 – mais concretamente, de 26 a 28 de março –, convoquei para Assis jovens economistas, empreendedores e transformativos, com o objetivo de contribuir para delinear uma economia mais justa e inclusiva do que a atual. Como várias vezes se referiu no magistério da Igreja, a política é uma forma eminente de caridade (cf. Pio XI, Discurso à FUCI, 18/XII/1927). E sê-lo-á igualmente ocupar-se da economia com o mesmo espírito evangélico, que é o espírito das Bem-aventuranças.
Invoco a intercessão de Maria Santíssima sobre a próxima Quaresma, para que acolhamos o apelo a deixar-nos reconciliar com Deus, fixemos o olhar do coração no Mistério pascal e nos convertamos a um diálogo aberto e sincero com Deus. Assim, poderemos tornar-nos aquilo que Cristo diz dos seus discípulos: sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13.14).
Franciscus
Roma, em São João de Latrão, 7 de outubro de 2019
Memória de Nossa Senhora do Rosário.
Foto: Agência Lusa/retirada do site da Agência Brasil
“Que a Quaresma e a Campanha da Fraternidade, inseparavelmente vividas, sejam para todo o Brasil um tempo em que se fortaleça o valor da vida, como dom e compromisso”: esses são os votos do Papa Francisco aos brasileiros por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade.
Este ano, o tema é “Fraternidade e vida, dom e compromisso”, com o lema “Viu e sentiu compaixão e cuidou dele”.
“Alegro-me que, há mais de cinco décadas, a Igreja do Brasil realize, no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade, anunciando a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, sobretudo os mais necessitados”, escreve o Pontífice.
Citando trechos dos Evangelhos de Mateus e Lucas e documentos pontifícios como Laudato Si’ e Evangelii gaudium, Francisco recorda que a superação da globalização da indiferença só será possível se nos dispusermos a imitar o Bom Samaritano.
Esta Parábola nos indica três atitudes fundamentais: ver, sentir compaixão e cuidar. A Quaresma, escreve o Papa, “é um tempo em que a compaixão se concretiza na solidariedade”.
Francisco conclui pedindo a intercessão de Santa Dulce dos Pobres para que a “Quaresma e a Campanha da Fraternidade, inseparavelmente vividas, sejam para todo o Brasil um tempo em que se fortaleça o valor da vida, como dom e compromisso”.
Confira a mensagem na íntegra:
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Queridos irmãos e irmãs do Brasil!
Iniciamos a Quaresma, tempo forte de oração e conversão em que nos preparamos para celebrar o grande mistério da Ressurreição do Senhor.
Durante quarenta dias, somos convidados a refletir sobre o significado mais profundo da vida, certo de que somente em Cristo e com Cristo encontramos resposta para o mistério do sofrimento e da morte. Não fomos criados para a morte, mas para a vida e a vida em plenitude, a vida eterna (cf. Jo 10,10).
Alegro-me que, há mais de cinco décadas, a Igreja do Brasil realize, no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade, anunciando a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, sobretudo os mais necessitados. Neste ano, o tema da Campanha trata justamente do valor da vida e da nossa responsabilidade de cuidá-la em todas as suas instâncias, pois a vida é dom e compromisso; é presente amoroso de Deus, que devemos continuamente cuidar. De modo particular, diante de tantos sofrimentos que vemos crescer em toda parte, que “provocam os gemidos da irmã terra, que se unem os gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo” (Carta Enc. Laudato Si’, 53), somos chamados a ser uma Igreja samaritana (cf. Documento de Aparecida, 26).
Por isso, estejamos certos de que a superação da globalização da indiferença (cf. Exort. Ap. Evangelii gaudium, 54) só será possível se nos dispusermos a imitar o Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37). Esta Parábola, que tanto nos inspira a viver melhor o tempo quaresmal, nos indica três atitudes fundamentais: ver, sentir compaixão e cuidar. À semelhança de Deus, que ouve o pedido de socorro dos que sofrem (cf. Sl 34,7), devemos abrir nossos corações e nossas mentes para deixar ressoar em nós o clamor dos irmãos e irmãs necessitados de serem nutridos, vestidos, alojados, visitados (cf. Mt 25, 34-40).
Queridos amigos, a Quaresma é um tempo propício para que, atentos à Palavra de Deus que nos chama à conversão, fortaleçamos em nós a compaixão, nos deixemos interpelar pela dor de quem sofre e não encontra quem o ajude. É um tempo em que a compaixão se concretiza na solidariedade, no cuidado. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7)!
Por intercessão de Santa Dulce dos Pobres, que tive a alegria de canonizar no passado mês de outubro e que foi apresentada pelos Bispos do Brasil como modelo para todos os que veem a dor do próximo, sentem compaixão e cuidam, rogo ao Deus de Misericórdia que a Quaresma e a Campanha da Fraternidade, inseparavelmente vividas, sejam para todo o Brasil um tempo em que se fortaleça o valor da vida, como dom e compromisso.
Envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.
Vaticano, 26 de fevereiro de 2020
Fonte: Vatican News
Como de costume na Igreja no Brasil, a Campanha da Fraternidade foi aberta nesta Quarta-feira de Cinzas, dando início assim ao tempo da Quaresma. Em Brasília, o evento aconteceu na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e contou com a participação do bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da conferência, Dom Joel Portella Amado; a sobrinha da Santa Dulce dos Pobres e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) na Bahia, Maria Rita Pontes; o frei Giovanni Messias, reitor do Santuário Santa Dulce dos Pobres; o coordenador executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista e a representante do projeto social da CNBB “Correndo Atrás de um Sonho”, Dayse de Oliveira.
“Será que não estamos nos acostumando com a agressão cotidiana à vida e com a morte em suas diversas formas?”. Com essa pergunta provocativa, Dom Joel Portella, deu início à sua fala na cerimônia de lançamento da CF 2020. A Campanha da Fraternidade 2020 tem como tema: “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema bíblico extraído de Lucas 10, 33-34: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”.
Segundo dados sistematizados no Texto-Base da CF 2020: “No Brasil, 22,6% das crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos vivem em situação de extrema pobreza.
11,7 mil crianças e adolescentes foram vítimas de homicídio em 2017.
Em 2016, houve no país 11.433 mortes por suicídio, uma média de 31 casos por dia.
Nos seis primeiros meses de 2018, os acidentes de trânsito provocaram mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente no país.
Em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), o Brasil era 9º país mais desigual do planeta em distribuição de renda.”
O secretário-geral da CNBB disse ser necessário indagar se realmente são necessárias estatísticas para perceber que, em nossos dias, a vida vem sendo fortemente desrespeitada. Dom Joel citou, como exemplo, o tema da violência ostensiva – tema das Campanhas de 1983 e 2018. Para dom Joel, a lista de morte é grande e já a conhecemos: “mortes nas ruas através de balas perdidas, morte nas macas dos hospitais, morte por causa da fome, do desemprego, morte no campo, nas aldeias indígenas e morte entre os jovens”.
Arquidiocese de Goiânia
Em Goiânia, a CF 2020 foi lançada também na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, na Cúria Metropolitana. A Quarta-feira de Cinzas, conforme disse Dom Washington Cruz, é o início da preparação para a vivência dos mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Ele convidou a todos, neste tempo forte da liturgia, a viver o evangelho “com a cabeça, as mãos e o coração”. O arcebispo comentou que a santidade pode ser vivida por todos os cristãos, desde que se entenda o que é ser santo. “Irmã Dulce dos Pobres – O anjo bom do Brasil – foi esse exemplo que viveu para o outro, se doou totalmente sem medidas e por isso tornou-se santa, algo que eu jamais pensei que fosse acontecer um dia. Fui pároco dela por dez anos, na Bahia, e via a santidade no seu modo de viver, pois ela via, sentia compaixão e cuidava, como o bom samaritano”, afirmou. Dom Washington contou que quando irmã Dulce estava na santa missa e uma pessoa lhe pedia ajuda, ela estava disponível, deixava a igreja e ia ajudar. “Eu cheguei a questioná-la pela atitude e ela me respondeu que o mesmo Senhor do altar estava na face do pobre que pedia”. Para Dom Washington, a santa é uma inspiração para vivemos com compromisso a Campanha da Fraternidade de 2020.
O governador do estado, Ronaldo Caiado, anunciou que em dois dias será inaugurado no município de Posse (GO) que fica na região nordeste do estado e a 513km da capital, a policlínica que deverá ser denominada Santa Dulce dos Pobres, em homenagem à santa brasileira. O projeto de lei que denomina a policlínica está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Conforme o governador, a unidade será a primeira especializada em apoio diagnóstico e orientação terapêutica da rede pública estadual, com serviços de consultas clínicas com médicos de 19 especialidades e outras seis não médicas.
Dom Washington parabenizou a iniciativa e encerrou a solenidade citando a Carta Encíclica Populorum progressio, de São Paulo VI, dedicada à cooperação entre os povos e ao problema dos países em desenvolvimento. “A política, disse São Paulo VI em sua famosa carta encíclica, é a mais nobre maneira de servir o próximo. Rezo para que vocês do mundo da política se dediquem nesta Campanha da Fraternidade para que assim cheguem à Páscoa mais ressuscitados e ressuscitando muitas pessoas que tanto precisam. Que assim seja!”, concluiu o arcebispo.
Em algumas dioceses do regional, a Campanha da Fraternidade ainda será lançada hoje. Na Diocese de Ipameri, por exemplo, será na missa das 19h30, na Catedral Divino Espírito Santo, com Santa Missa a ser presidida pelo bispo diocesano, Dom Francisco Rodrigues.
Fotos: CNBB Nacional e Vicariato para a Comunicação (Vicom) - Arquidiocese de Goiânia
Campanha visa estimular a prática da caridade e do cuidado com a vida
11,7 mil crianças e adolescentes foram vítimas de homicídio em 2017.
Em 2016, houve no país 11.433 mortes por suicídio, uma média de 31 casos por dia.
Nos 6 primeiros meses de 2018, os acidentes de trânsito provocaram mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente no país.
Em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), o Brasil era 9º país mais desigual do planeta em distribuição de renda.”
Este cenário, que demonstra que a vida está sendo ameaçada de várias formas e em muitas frentes, motivou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) a dedicar a Campanha da Fraternidade 2020 ao cuidado com a vida expresso no tema: “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”.
Neste sentido, na próxima Quarta-feira de Cinzas, às 10h, a CNBB realiza, em sua sede em Brasília (DF), a Cerimônia de Lançamento da Campanha da Fraternidade 2020 para lançar esta campanha cujo lema bíblico, extraído de Lucas 10, 33-34, é: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”.
Participarão da coletiva o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, a sobrinha da Santa Dulce dos Pobres e superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) na Bahia, Maria Rita Pontes, o frei Giovanni Messias, reitor do Santuário Santa Dulce dos Pobres, o coordenador executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista e a representante do projeto social da CNBB “Correndo Atrás de um Sonho”, Dayse de Oliveira.
Objetivo da CF 2020
Esta Campanha, que será realizada em todas as comunidades, paróquias, dioceses, escolas, universidades, grupos, congregações e espaços católicos do Brasil, pretende “conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como Dom e Compromisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum”.
Realizada durante a Quaresma, tempo litúrgico em que a Igreja faz um convite mais intenso ao coração dos cristãos à conversão a Cristo e a Deus, a Campanha da Fraternidade no Brasil tem o sentido de auxiliar na busca da transformação e santificação por meio de uma realidade que se apresenta para ser refletida, meditada e rezada.
Os exemplos do Papa Francisco que conclamou a Igreja, logo no início de seu pontificado, a vencer a “globalização da indiferença” e de Santa Dulce dos Pobres, canonizada pelo Santo Padre em outubro de 2019, serão apresentados como sinais da presença samaritana na realidade brasileira.
A Campanha, por meio de suas peças de estudo, reflexão, divulgação e mobilização (vídeos, texto-base, subsídios e textos pastorais voltados para grupos de jovens, catequese, site e atuação em diferentes plataformas das redes sociais, aplicativo para celular, cartazes, camisetas, entre outros), vai estimular ações nas famílias, nas comunidades e na sociedade brasileira.
Como parte das ações previstas, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo celebra, dia 1º de março, às 8h, na basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), missa de abertura da Campanha.
RELÍQUIA de Santa Dulce dos Pobres e mostra fotográfica DO AMOR NINGUÉM FOGE
Na Cerimônia de Lançamento da CF 2020, a CNBB recebe uma relíquia da Santa Dulce dos Pobres e, em consonância com o seu lema que fala do cuidado e do amor ao próximo, abriga também a exposição fotográfica Do Amor Ninguém Foge.
A mostra é organizada pela Associação de Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI Brasil), e contextualiza a história das Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APACs), desde a abertura da primeira unidade, em São José dos Campos (SP), passando pelo cotidiano dos recuperandos em suas unidades em todo país, além de ilustrar aspectos da humanização carcerária que dificilmente seriam demonstrados de outra forma.
A exposição Do Amor Ninguém Foge já percorreu as cidades do Rio de Janeiro (RJ), São João Del Rei (MG) e Belo Horizonte (MG), e países como Itália, Portugal, Peru e Espanha. Em Brasília ela ficará aberta ao público, na sede da CNBB, até o dia 13 de março. Para agendamento à visita guiada marcar na secretaria técnica: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Fonte: CNBB Nacional
Reunida no dia 13 de fevereiro, na sede do Regional Centro-Oeste, em Goiânia, a Comissão Executiva da Pastoral Bíblico-Catequética Regional, prepara diversas ações para este ano. A primeira delas será a 1ª Ampliada de catequese, prevista para acontecer nos dias 27 a 29 de março, na sede do Regional Centro-Oeste, em Goiânia. Em seguida deverá acontecer o XVI Seminário Bíblico-Catequético sobre Catequese e Liturgia, também na sede do regional, nos dias 19 a 21 de junho. A XI Romaria dos Catequistas a Trindade, será no dia 23 de agosto; e a 2ª Ampliada de Catequese, nos dias 18 a 20 de setembro. Outra iniciativa é a Formação do Itinerário Catequético. O itinerário sobre Mistagogia será nos dias 24 a 26 de abril; o itinerário sobre Querigma será nos dias 22 a 24 de maio; e sobre Catecumenato, será nos dias 6 a 8 de novembro.
De acordo com a coordenadora regional da Pastoral Bíblico-Catequética, Anamar Arrais, o assessor da 1ª Ampliada será o padre Jânison de Sá Santos, o assessor nacional da Comissão Bíblico-Catequética da CNBB, que irá explanar sobre as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023). A formação de catequese e liturgia, que acontecerá no mês de junho, terá como assessor, o padre Thiago Faccini, assessor do Setor Espaço Litúrgico da CNBB, que irá abordar o tema Catequese e liturgia – o espaço litúrgico.
Participaram da reunião, os membros da Comissão Executiva da Pastoral Bíblico-Catequética Regional. (Da esquerda para a direita) - A tesoureira, Keila Karla Pacheco; a vice-coordenadora, Andréia Moura Zimuner, de Brasília; o assessor, padre Rodrigo Antônio; a coordenadora, Anamar Arrais; e o secretário, Wanderson Saavedra Correia. Dom Eugênio Rixen, bispo referencial da pastoral, não participou porque estava em Visita ad limina, em Roma, no Vaticano.
Terminou nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, lá em Roma, a visita que os bispos do Centro-Oeste fizeram dentro do programa de visitas ad limina que a CNBB realiza neste ano de 2020. O padre Francisco Agamenilton, Administrador Diocesano de Uruaçu (GO), enviou seu último boletim:
DIA 17 - Hoje, último dia da Visita ad limina apostolorum, vivenciamos um dos momentos centrais: a visita ao sepulcro do Apóstolo São Pedro, na Basílica que leva o nome do santo. Celebramos a missa às 7h30 presidida pelo cardeal dom João Braz de Aviz; ao final, diante do sepulcro, professamos nossa fé recitando o Credo.
Nossa jornada prosseguiu com a visita ao Tribunal da Assinatura Apostólica, departamento que, entre outras tarefas, cuida da prática da justiça exercitada nos tribunais eclesiásticos. Fomos bem recebidos pelo cardeal dom Dominique Mamberti e seus auxiliares às 9h30. Coube a dom José Francisco Falcão apresentar o nosso Regional ao senhor cardeal. Esta visita foi uma oportunidade para falarmos sobre as atividades dos tribunais eclesiásticos de Goiânia, Brasília e Uruaçu e acolhermos algumas indicações sobre a aplicação do direito canônico.
À tarde fomos recebidos pelo cardeal Gianfranco Ravasi e seus auxiliares no Pontifício Conselho para a Cultura. O diálogo foi aberto após a síntese da realidade cultural religiosa vivida por nossas dioceses ter sido apresentada por dom Washington. Foram tratados vários argumentos como: diálogo fé e razão, cultura e fé, o mundo do esporte, arte, inteligência artificial, comunicação digital e bens culturais, todos como espaços de diálogo e promoção da pessoa humana na sua integralidade.
Com esta última visita encerramos a Visita ad limina apostolorum 2020. Tudo ocorreu em um clima de muita comunhão, fraternidade e fé. Amanhã, terça-feira, os bispos e administradores regressarão às suas dioceses para compartilhar com os seus diocesanos a evangélica experiência de vir a Roma para “ver Pedro”.
Agradecemos a você que nos acompanhou e rezou por nós. Saiba que também rezamos por você.
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Missa na cripta da Basílica de São Pedro
Homilia do Cardeal João Braz de Aviz
Esta Basílica, do século 16, 17, foi fundada em cima da primeira Basílica de Constantino, que por sua vez foi fundada obedecendo, justamente, a posição do túmulo de Pedro. E quando a gente visita essa catacumba mais conservada, mais cuidada, a gente percebe que houve uma preocupação, muito forte, de preservar o túmulo de Pedro. Uma preocupação que esse lugar ficasse, com certeza, identificado. Tanto que Constantino jogou um bocado da terra que foi feito o aterro em cima do túmulo e escondeu e, depois, foi feito esse fundamento.
Para nós, esta sede, a sede do Apóstolo Pedro, tem uma consequência muito forte na nossa vida de pastores. Claro que nós professamos a nossa fé em Jesus Cristo e nós sabemos o quanto isso é central para todos nós, até ao ponto de dar a vida, se isso for preciso. Mas, na história há uma mediação e essa mediação é de Pedro para a unidade da Igreja. Dias atrás, quando nós celebramos o dia 2 de fevereiro, na missa, o Papa foi na véspera, na tarde do dia 1. Eu usei na saudação a ele, a palavra: Sando Padre, vivemos um tempo de turbulência. Ele deu uma risada, como faz sempre e disse: João, as turbulências são necessárias. Eu falei: pois é, Santo Padre, mas elas existem. Ele disse: elas existem. E, de fato, a Igreja sempre passou por momentos assim, de turbulências. A gente sabe que ela permanece em pé e não é pela nossa capacidade, não é pelo nosso saber fazer, mas é por esse mistério da presença de Cristo e também da presença de Cristo na pessoa de Pedro que é o único, no mundo, que tem essa promessa e a realização dessa promessa que a Igreja será edificada sobre essa pedra.
Uma vez, aqui em Roma, se falava desse período de turbulência devido o fato de nós termos dois papas. Se usou, numa das universidades aqui de Roma, a palavra: “neste tempo do papado alargado”. E a expressão não foi para frente porque não existe papado alargado, existe um papado só, existe um papa único. E nesse sentido, para nós também, é importante não nos fixarmos na figura de um papa. Nós temos a graça de todos os papas, praticamente, desses últimos anos da Igreja são declarados santos, faltam poucos para serem declarados santos. Então, essa é uma graça muito grande. Mas, esse é o momento, é o momento de Francisco. É com Francisco que nós caminhamos. Sem Francisco, não existe Igreja. E é importante que a gente tenha dentro da gente essa capacidade sempre de se “aggiornar”, de se atualizar, de quebrar os esquemas que nós já tínhamos construído, mantê-los dentro da fé e faze-los seguir. Então, essa missa de hoje, para nós, tem um chamado muito bonito, eu acho, para essa comunhão profunda da Igreja, para essa colegialidade.
Por onde caminhar? Hoje a gente lembra uma família religiosa que nasceu de sete leigos, sete santos servitas, os Servos de Maria. Nasceu logo depois da linha do tempo de São Francisco. Nasceu em Florença. Foi lá no Monte Cenário. Homens que trabalharam com o dinheiro, mas que tinham no coração a força da fé e que se recolheram a um lugar onde podiam manifestar esse desígnio de Deus para o qual eles se sentiam chamados e escolheram Nossa Senhora como modelo para eles caminharem, os Servos de Maria. E, daqui uns dias também, a gente vai celebrar a Cátedra de São Pedro, dia 22. Então, eu acho importante a gente poder dizer: Senhor é nesta fé que nós caminhamos.
Alguns de nós que somos um pouco mais velhos, já olhando para vocês que estão chegando, sabemos que o tempo da gente está passando. A gente quer passar da tenda para a casa, logo que puder. Mas, a Igreja é chamada para essa fidelidade. Os tempos mudam, as necessidades também se apresentam daqui e dali, as contradições se apresentam, mas se esse núcleo central que é o Evangelho, a Tradição da Igreja, o Magistério, a nossa vida fraterna e colegial, a entreajuda para a gente não se sentir sozinho, se tudo permanece de pé, a gente caminha e caminha com alegria.
Eu quero agradecer a vocês de me darem também essa oportunidade de reviver um pouco aquilo que a gente viveu por muitos anos na comunhão com o Regional Centro-Oeste e como muitos de vocês, com outros a gente só conheceu mais de longe, mas a gente também ama e sabe que faz parte dessa Igreja, nesse Regional. E que esta missa de hoje nos ajude a poder saber que conosco caminha o Senhor, que Ele é o vivente, Ele continua na sua Igreja, sempre, apesar de todas as limitações. Esta santidade, diz o Papa Francisco, construída no meio dos problemas, no dia a dia, nas coisas que são limpas e nas coisas que são sujas. Mas, a gente está aí também e vamos caminhando. O importante é que haja essa tendência para Ele. Que o Senhor nos ajude, então, a realizar este caminho. Hoje tinha essa amonição tão bonita na Carta de Pedro: cuidar do rebanho com o coração grande e não com nenhum outro interesse a não ser o interesse de levar o Evangelho e Cristo às pessoas. Temos um Regional bem solidificado na tradição da fé, temos comunidades muito bonitas em todos os cantos, temos bispos que dão um testemunho muito bonito na nossa região, então, eu creio, que é só reavivar a fé e tocar em frente. Que Deus abençoe o Regional Centro-Oeste com todos os seus bispos e todas as suas comunidades.
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Dom Washington Cruz sobre o Pontifício Conselho para a Cultura
O dicastério para a Cultura é da maior importância para a Igreja porque, nós devemos, neste mundo conviver com os homens, os homens de cultura, na maior simplicidade. Os pequenos, os pobres têm a sua cultura. E também os homens da cultura que são cristãos, católicos praticantes. Mas, muito mais com os homens, as mulheres de cultura neopagã ou secularizante. Com estes homens, devemos tratar de Deus e do seu Evangelho com a linguagem que eles entendem. Podemos abordar assuntos como o futebol, podemos abordar assuntos como o ciclismo, podemos abordar assuntos como as artes e assim por diante. O mundo da Medicina, por exemplo. Eu lembrei de Goiânia, que o meu médico do coração, ele me pediu para que se fizesse um encontro arquidiocesano com todos os médicos para que houvesse um diálogo sério no mundo da Medicina, isso é cultura.
Eu, hoje, estando com o Cardeal Ravasi, a medida que ele falava, a minha cabeça ia se estendendo, ia se ampliando para o mundo inteiro e vendo que tudo é cultura. E não é nada superior uma cultura a outra. É preciso entender as culturas. É preciso pesquisar, procurar aprofundar as culturas, para que a gente possa, realmente, ter uma penetração na vida da Igreja, na vida da sociedade.
O regional Centro-Oeste é marcado, evidentemente, pela devoção popular. Eu sempre disse que o que foi o que salvou a fé do povo do Centro-Oeste foi o Divino Pai Eterno, as várias formas de honrar o Divino Espírito Santo, a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, por exemplo. Isso foi o que salvou a nossa fé. Porque em duas décadas, talvez de 70, 80 e até um pouco de 90, as pessoas se esqueceram ou até contrastavam a cultura popular, mas o povo não cedeu, continuou indo ao Divino Pai Eterno, continuou fazendo sua procissão ao Divino Pai Eterno, continuou crendo no Divino Pai Eterno, continuou pedindo ajuda ao Divino Pai Eterno e venceu as ondas contrárias. E, hoje, o Divino Pai Eterno, a sua devoção, se estende a todo o Brasil através de todos os meios modernos de comunicação e até a TV que está fazendo um bem imenso.
Dom Washington Cruz sobre a Visita Ad Limina
Eu estou no quinto ano de Visita Ad Limina. A primeira foi em 90, a segunda, em 96, a terceira em 2003, a quarta, em 2010 e agora, 2020, cinco visitas Ad Limina. Eu posso dizer que houve um crescendo desde o ano 90 até este ano. Penso que tenha sido a culminância das visitas que fiz ao Santo Padre e ao túmulo dos apóstolos São Pedro e São Paulo. Fui, cada vez mais, sendo estimulado a viver o meu espiscopado, doando minha vida pelo Evangelho, doando minha vida pelo povo e trabalhando para que o Reino de Deus cresça em nosso estado, em nossa região, em nosso Brasil.
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Datas do encontro com o Papa Francisco para os próximos grupos da CNBB na Visita Ad Limina - 2020
24 de fevereiro – SUL 2
30 de março – SUL 3
11 de maio – NORDESTE 1 + NORDESTE 4
18 de maio – NORDESTE 2
25 de maio – NORDESTE 3
4 de junho – NORDESTE 5
18 de junho – NORTE 1 + NOROESTE
3 de setembro – NORTE 2 + NORTE 3
10 de setembro – OESTE 1 + OESTE 2
14 de setembro – SUL 1 A
21 de setembro – SUL 1 B
24 de setembro – LESTE 1
28 de setembro – LESTE 2
1 de outubro – SUL 4
Encerra-se, oficialmente, nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, a Visita Ad Limina Apostolorum ao Papa e ao Vaticano, realizada pelos membros do Regional Centro-Oeste da CNBB. Os bispos terão ainda dois encontros em dicastérios, neste último dia: Assinatura Apostólica e Congregação para a Cultura.
Fim de semana
O correspondente oficial do Regional, padre Francisco Agamenilton, registrou os últimos dois dias da seguinte maneira:
DIA 15 - Neste dia nossas atividades foram reduzidas. Às 9h fizemos uma reunião na Domus Sacerdotalis para identificarmos os pontos e conteúdos mais significativos da visita ad limina ocorridos até agora. Refletimos sobre o que o Santo Padre nos disse e iniciamos a avaliação da visita. Ao meio-dia celebramos a missa presidida por Dom Marcony.
DIA 16 - Iniciamos o Dia do Senhor com a celebração da missa, às 8h, presidida por Dom Fernando Brocchini, na capela da Domus Sacerdotalis. Esta foi a única atividade deste dia.
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Missa do Sábado
Homilia de dom Marcony Vinicius.
Hoje, nós temos a divisão dos reinos e, ao mesmo tempo, a profecia do reino de Jeroboão, o reino do norte, que se revoltou e, ao mesmo tempo, por ganância, por soberba, com medo de perder o domínio para Roboão do sul, ele, então cria objetos de culto e substitui Deus. Continuidade da homilia de dom Francisco, ontem, que dizia que quando a gente não escuta Deus, a gente faz o culto para si mesmo, para a satisfação própria. Até mesmo para a política do momento, não perder o poder para Judá. E, como consequência, vem a queda do reino do norte com todo o extermínio, diz a Escritura.
Alguns detalhes dessa primeira leitura. “Aqueles que queriam, eram feitos sacerdotes”. Interessante isso: a vocação deixa de ser algo que é escolha de Deus e passa ser desejo dos homens para a satisfação própria. Hoje, temos que pedir a Deus muito discernimento para aqueles que procuram o ministério sacerdotal. Saber até onde é desejo de Deus, até onde é vocação e até onde é o modismo dos dias de hoje, não só em Brasília, mas, creio também, que em nosso Regional e no Brasil como temos assistido a padres que com um ano, dois anos, deixam o ministério. É preciso sempre perguntar se Deus quer, qual é a vontade de Deus. E isso é um dom, é uma graça. Uma graça de estado que Deus nos dá, como bispos, para percebermos onde está a Sua vontade e onde está vontade do homem, do homem como um todo, não só de cada um, mas do homem com a vontade do mundo de fazer também do ministério algo aprazível e algo que substitua a minha vontade, como foi o caso de Jeroboão. Deus escolhe, Deus suscita, Deus chama, Deus purifica, Deus não deixa faltar. A gente tem que confiar nessa Providência por mais que esteja ao nosso redor, com poder que temos, o poder dado por Deus como bispos pareça firme e, por isso, tenhamos medo, tenhamos receio e buscamos outras saídas.
Num segundo momento, este salmo nos diz muito. É Deus que se recorda de nós. É Ele que ama o seu povo. É interessante também nos revestirmos de humildade. O povo não é nosso. Um só é o Esposo. Um só. Nós participamos do ministério único de nosso Senhor de ser sacerdote, de ser esposo de sua Igreja e, por isso, Seu amor é imenso. E Ele não deixa faltar nem o povo para o seu pastor, impressionante isso tanbém, nem o pastor para o seu rebanho.
É no Evangelho que nós encontramos o desejo de Deus. Se no Antigo Testamento, a gente vê o desejo dos homens e a idolatria com outros altares, no Evangelho, nós vemos um único altar. Tomou, deu graças, partiu e deu. Todos nós reconhecemos nesta ação da multiplicação dos pães, primeiro, a escolha de Jesus: “dai, vós mesmos”. Eu sinto Jesus dizendo assim: “Eu já dei a vocês o essencial. Vocês já têm o que Eu recebi do meu Pai. Então, agora a responsabilidade de vocês é dar ao povo, alimentar o povo”. O nosso povo continua sedento, sedento dessa comunhão entre nós, dessa unidade na doutrina e desse dar o que é essencial, que é a Eucaristia. Para isso fomos ordenados. Eu sempre digo, quando tenho oportunidade, aos padres: “são duas coisas que só nós podemos fazer, é a Eucaristia e a Confissão. O restante, outros podem dar. Daí vós mesmos”.
“Quantos pães tendes?” Dom Sergio diz muito isso: a gente tem que fazer a procissão com o andor que a gente tem. A gente faz a diocese com os padres que a gente tem. E Jesus também fez com os que Ele tinha. “Quantos pães tendes?” O que vocês têm? Jesus conta com o que a gente tem da nossa sabedoria, da nossa experiência, da nossa inteligência, sobretudo do nosso coração e aquilo que a gente tem, todos nós reconhecemos, que recebemos da Igreja, da Mãe Igreja. Então, dai aquilo que vocês possuem. E daquilo que a gente tem, Jesus multiplica. A ação é dele, não é nossa. O milagre é dele, não é nosso. “E saciou todo o povo”. E ainda entrou aqui, de gorjeta, os peixes. Todo o aspecto de que aquilo que Ele vai nos falar nestes dias, no Sermão da Montanha, nas missas de domingo. É o que Ele mesmo fez. Quando Jesus nos pede, Ele pede que a gente dê muito mais do que se espera. “Ouvistes o que foi dito, eu porém vos digo”, ouviremos amanhã, no Evangelho. Jesus pede que a gente dê muito mais. Não só a túnica, mas também o manto. Não só cem passos, mas duzentos. Não só a bolsa, mas tudo o que temos. Jesus nos pede a gente muito mais, porque Ele nos deu muito mais. Então, Ele não deu simplesmente o necessário, mas deu muito mais a ponto de sobrar, de ter que recolher. É a confiança na Providência.
Neste dias, eu tenho visto na Ad Limina, tanta graça de Deus diante da nossa pequenez, das nossas necessidades, das nossas interrogações, dos nossos medos, se a gente é assim muito honesto como é que me coloco nessa situação. E a gente vem buscar respostas em Roma como os padres buscam respostas no bispo. Alguém e dê a resposta e a gente fique seguro para atuar daquela maneira. A confiança nas mãos de nosso Senhor, de que Ele provê aquilo que a gente não tem. Nós não temos, aqui no deserto, como nós vamos prover? O mundo, hoje, anda num deserto. Um deserto de verdade, um deserto de postura, com o que nós chamamos hoje de globalização, enfim, de polarização. Perdido, sem um alimento certo, sem se saciar. E nós somos os pastores do mundo de hoje, é a nós que Jesus confia. Não simplesmente a sua Palavra, mas Ele, que é Palavra do Pai, mas Ele como carne, Ele como Pessoa, Ele como resposta para o mundo de hoje. E a primeira resposta é para nós que participamos do Seu pastoreio: “comeram, ficaram saciados, satisfeitos”. Nós devemos satisfazer o povo com Cristo. Ele é o alimento, Ele é a luz, Ele é a verdade, Ele é a vida.
Quero, nessa missa com vocês, pedir a Deus o dom da sabedoria para que a gente saiba guiar o povo e dar ao povo aquilo que Jesus já nos deu. Que a gente ensine o nosso clero a não ter que inventar coisas, mas dar o que nós já recebemos, recebemos da Mãe Igreja (...) não é simplesmente um mero sentimento ou emocional, mas o sentir-se Igreja e porque recebemos fomos nutridos pela Igreja, porque agora podemos dar. (...) Deus quer chamar a gente para servir a Igreja, servir o Povo de Deus. Então, que Deus nos dê a sabedoria de dar aquilo que Ele já nos deu, que é seu Filho, Jesus Cristo. Que em cada Eucaristia, mesmo aquelas que rezamos nos recônditos de nossas capelas, que nós tenhamos ali presente todo o povo. Saciemos o povo de Deus com aquilo que Ele nos deu, mesmo que seja um trabalho pastoral ou uma celebração, que estejamos nas mãos de Deus. Pensemos em saciar o povo com a Providência de Deus através da nossa oração, do nosso pastoreio e, como pede, hoje, o Papa Francisco, com o nosso testemunho. Assim seja!
Missa do domingo
Homilia de dom Antônio Fernando Brochini
Vejamos onde essas palavras de Jesus Cristo parecem nos levar, bem como todos esses três textos da Sagrada Escritura. Paulo já nos alertou que Deus nos revelou com uma sabedoria que estava escondida, desde todos os tempos. E a revelou no Espírito Santo. Então, a partir desse princípio da revelação, desta sabedoria que é a presença do próprio Espírito em nossa vida, é que nós entendemos aquilo que o Livro dos Provérbios nos alertava: quem tem em si, no seu coração, o temor do Senhor, este viverá. Esta sabedoria que nos leva a honrar Deus em tudo, principalmente naquele que foi salvo ação de Cristo Jesus, na cruz. Como diz Paulo, se soubessem e tivessem o conhecimento dessa sabedoria que nos foi revelada, não teriam crucificado o Senhor. A sabedoria já seria esse princípio purificador do nosso ser e de toda a nossa vida.
No Evangelho, o Senhor mostrando a continuidade desse princípio transformador que leva, no chamado Sermão da Montanha, a uma radical transformação na compreensão da lei, dos mandamentos, dos preceitos de Deus. Não pela lei, simplesmente, mas aquilo que a lei deve provocar em nós, aquilo que as indicações de Deus devem nos provocar. Não fazer apenas o que está escrito, a letra da lei mata. Jesus está dizendo: vamos dar um passo a mais. Vamos progredir. Vamos buscar a perfeição que é revelada do Pai.
Que estas palavras de hoje nos levem também a essas atitudes práticas da vida em que devemos colocar o principio da misericórdia de Deus que nos revelou os seus desígnios de salvação. Celebrarmos esse de ato de infinito amor de Deus e que peçamos e compreendamos a plenitude da sabedoria que nos foi derivada na busca da perfeição em tudo o que fazemos, falamos e realizamos. Em nós e no testemunho junto aos nossos irmãos.
A visita Ad Limina Apostolorum de 2020 dos bispos da CNBB caminha para o encerramento do seu primeiro grupo composto pelos membros do regional Centro-Oeste. Neste sábado, 15 de fevereiro, eles rezam missa na Domus Romana Sacerdotalis, o hotel onde se encontram, e depois visitam a Assinatura Apostólica. O domingo será um dia livre depois de muito trabalho na semana e na segunda-feira terminam a programação visitando o Pontificio Conselho para a Cultura.
Sexta-feira
Os bispos fizeram um grande giro nesta sexta-feira, 14 de fevereiro. O padre Francisco Agamenilton, Administrador Diocesano de Uruaçu, correspondente oficial da Visita, reumiu o dia da seguinte forma:
Missa
Iniciamos novamente nossa jornada com a celebração eucarística, às 6h15, presidida por Dom José Francisco, na capela do local onde estamos hospedados.
Dicastério para os Leigos, Família e Vida
Após o café da manhã, imediatamente partimos para a visita à um dos mais novos dicastérios criados por papa Francisco: o dicastério para os leigos, a família e a vida. Como diz o seu estatuto, sua função é promover a vida e o apostolado dos leigos, o cuidado pastoral dos jovens, da família e da sua missão, segundo o desígnio de Deus, e proteger e apoiar a vida humana. Fomos recebidos às 9h pelo secretário, Pe. Alexandre Awi Mello, brasileiro, e demais colaboradores na sua maioria leigos e leigas. Após a introdução feita pelo secretário, Dom Moacir iniciou o diálogo ao apresentar alguns pontos fortes do nosso laicato como é o caso do trabalho da pastoral familiar e movimentos eclesiais ligados à família. Durante a conversa, demonstramos nossa preocupação com a juventude nos setores da arte e dos esportes, as novas comunidades e a importância do trabalho em conjunto como catequese-juventude-família. O dicastério se demonstrou muito interessado em compartilhar com a Igreja em todo o mundo, via internet, as experiências exitosas no campo da pastoral dos leigos em geral.
Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
Sucedeu a este encontro a reunião com os responsáveis do dicastério para o serviço do desenvolvimento humano integral. Fomos acolhidos às 10h30 pelo secretário Pe. Bruno Marie Duffé e seus colaboradores. Este é um dicastério também criado recentemente por papa Francisco e agrupa vários setores: justiça e paz, instituições católicas de caridade, os imigrantes e itinerantes, pastoral da saúde, ecologia, refugiados, tráfico de pessoas. Correspondeu a Dom Nélio apresentar os trabalhos sociais realizados pelas dioceses do Regional Centro-Oeste e assim iniciar o diálogo. Nós apresentamos questões referentes ao movimento migratório para a Europa, a pastoral da AIDS, depressão, suicídio. O secretário, Pe. Duffé, nos agradeceu pela acolhida dada às famílias venezuelanas e nos perguntou sobre os haitianos vindos para o Brasil, além de outros temas por ele abordados.
Pontifício Conselho para a Nova Evangelização
O último encontro da parte da manhã se deu no Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. Compete a este conselho promover a nova evangelização, a catequese e a vida dos santuários. Às 12h fomos recebidos por dom Franz-Peter Tebartz-Van Elst, delegado do Conselho. Dom Eugéne fez a apresentação dos passos que temos dado no campo catequético. Recebemos a notícia do breve lançamento de um novo diretório para a Catequese. Apresentamos ainda o desafio da relação paróquia-santuário, a catequese litúrgica e as celebrações transmitidas pela TV, assim como o desafio de fazer acontecer no Brasil o Domingo da Palavra de Deus com o destaque merecido.
Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores
À tarde visitamos um único departamento da Santa Sé: a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores. Fomos recebidos pelo monsenhor Robert W. Oliver, secretário da Comissão. Este departamento tem como função apresentar ao Santo Padre “as iniciativas mais oportunas para a proteção dos menores e dos adultos vulneráveis, de modo que se realize tudo o que for possível a fim de garantir que crimes como os que foram cometidos não voltem a repetir-se na Igreja. A Comissão promoverá, em união com a Congregação para a Doutrina da Fé, a responsabilidade das Igrejas particulares para a proteção de todos os menores e dos adultos vulneráveis” (Papa Francisco, Quirógrafo do Papa Francisco para a instituição da Pontifícia comissão para a tutela dos menores, 2014). Após a apresentação feita por Dom José Francisco Falcão em relação aos esforços de nossas dioceses para levar adiante as orientações do papa neste campo, iniciamos o diálogo no qual apresentamos nossas inquietações e dúvidas. Fomos orientados sobre o trabalho de prevenção nos Seminários. Tiramos algumas dúvidas ligadas à equipe de escuta das denúncias, segundo o documento papal “Vós sois a luz do mundo”. Dialogamos também sobre o drama vivido seja pela vítima, seja pelo pedófilo clérigo.
Obra da Igreja
Nosso dia se encerrou com uma calorosa recepção e jantar oferecido pelos membros da Obra da Igreja, instituição de direito pontifício, em Roma. São eles que se gentilmente se dispuseram a nos transportar aos vários locais de celebração e aos dicastérios mais distantes do local de hospedagem.
De modo geral, em todos os setores visitados até o momento, os seus oficiais têm seguido as orientações recebidas pelo papa Francisco para a visita ad limina: ouvir-nos mais que falar para saber de nossa realidade e como poder nos ajudar, além de recolher as experiências pastorais exitosas.
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Dom Moacir Arantes sobre o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida
O dicastério para os Leigos, a Família e a Vida é fundamental porque ele estabelece uma ponte entre o pensamento do Santo Padre com todos os bispos do mundo. É o pensamento da Igreja, do caminho da evangelização das famílias, é o pensamento da Igreja sobre o lugar e a atuação dos leigos e da defesa da vida. Então, a partir do dicastério, nós podemos ter uma compreensão daquilo que a Igreja Universal espera das Igrejas Particulares. Respeitando a autonomia de cada Igreja Particular, o dicastério propõe ações, ele propõe caminhos, ele oferece uma contribuição em nível de reflexão e de propostas pastorais que os bispos, segundo as suas necessidades, possam acolher e aplicar nas suas Igrejas Particulares.
O que eu destaco do encontro é que, a partir da nossa apresentação do regional, nós pudemos perceber na fala tanto do secretário quando do subsecretário do dicastério que nós estamos no caminho. É um caminho de conciliar diversa ações evangelizadoras, dos diversos setores que envolvem a criança, a pessoa idosa, os leigos, os casais, os movimentos dentro de um caminho de comunhão, de participação, de integração. Não é simplesmente agregar todas as forças dentro de uma estrutura, mas criar condições para que todos possam colaborar uns com os outros, mantendo a especificidade de cada ação evangelizadora, mas, ao mesmo tempo, mantendo a unidade das Igrejas Particulares e do próprio regional. Nós, ali, comentamos os trabalhos que tem sido desenvolvidos pelo laicato e de formação do laicato, também os movimentos e a Pastoral Familiar que trabalham a relação dos casais e, assim por diante. E ouvimos uma palavra de acolhimento dizendo que, de fato, estamos no caminho e que precisamos nos empenhar, ainda mais, na questão da juventude que é um grande desafio.
Dom Nélio Zortea sobre o dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral
O dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral busca cuidar do ser humano como um todo. A pessoa e todas as pessoas para que possam viver na dignidade e, por isso, esse dicastério tem essa preocupação de olhar o bem psicológico, o bem material, o bem físico, o bem espiritual para que a pessoa possa saborear da vida, viver com dignidade e no bom relacionamento com os outros. E também possa sentir o que em todas as missas nós repetimos tantas vezes: o dom da paz.
Este dicastério nós dá subsídios para ajudar toda a ação social, no cuidado das pessoas, no dinamismo das pastorais sociais no sentido de uma visão muito humana, uma visão participativa, uma visão integral, abrangente da pessoa e de todas as pessoas no cuidado que devemos ter porque se cuidarmos bem das pessoas, as pessoas vivem mais felizes. Se tiverem mais saúde, vivem mais alegres e mais motivadas para trabalharem. Se tiverem o pleno descanso, o sono tranquilo, isso traz a produtividade, a realização, a convivência. Tudo isso ajuda. Por isso, esse dicastério, extensivamente a todas as nossas pastorais sociais, possa ajudar em todas as atividades no sentido assim, não de confronto com os outros, mas ver tantas pessoas de boa vontade que querem ajudar na solidariedade humana. E aqui vale destacar o nosso povo goiano na abertura quem tem, sempre solidário, com tanto gesto de bondade, de carinho para com as pessoas necessitadas, para com os enfermos, para com os migrantes, para as pessoas que estão em tratamento de câncer, quanta solidariedade presente no nosso território goiano e também no Distrito Federal.
Dom Eugenio Rixen sobre o dicastério para a Nova Evangelização
De fato, o dicasterio para a Nova Evangelização é um novo organismo do Vaticano e ele que cuida, agora, da Catequese, da Iniciação a Vida Cristã. Ao bispo responsável desse dicastério, desse organismo, nós falamos da importância da vida cristã. Estamos esperando um novo Diretório que parece que ainda vai sair esse ano. Sugerimos um novo Sínodo sobre a Catequese, um Sínodo para o mundo inteiro. Então, tivemos uma conversa muito aberta, muito franca com os responsáveis desse Conselho.
Então, para o regional Centro-Oeste, destaco: continuar bem na formação dos catequistas, seguir as linhas que a própria CNBB propõe. Uma catequese que realmente ajude a fazer uma verdadeira experiência de Deus. Uma catequese que seja de iniciação à vida cristã. O próprio Papa, na “Alegria do Evangelho” coloca duas coisas importantes: o que ele chama de “Querigma”, o primeiro anúncio para as pessoas se apaixonarem por Jesus e o segundo, também uma palavra difícil, “Mistagogia”, que significa ajudar as pessoas a entrar no mistério de Deus, é procurar esse Deus. Portanto, esses são os dois objetivos da Catequese: Querigma e Mistagogia.
Dom José Francisco sobre o Pontifício Conselho para a Tutela de Menores
O Santo Padre Francisco criou esta Comissão como um órgão para aconselha-lo com propostas a serem aplicadas tanto na sede, Roma, como em todas as Igrejas espalhadas pelo orbe católico, medidas de proteção para os menores. Então, não é um órgão com poder deliberativo, mas de consulta a todas as Igrejas espalhadas no mundo inteiro com propostas que depois de analisadas, são apresentadas ao Santo Padre. É um organismo que auxilia o Papa a tomar decisões vinculantes em toda a Igreja. São sugestões para serem apresentadas ao Papa. Nesse sentido, é uma ajuda preciosa ao discernimento do bispo de Roma.
Foi uma reunião rica porque sugestões foram dadas, exemplos foram ilustrados pelo representante da Comissão, as ideias foram também colocadas, foi uma partilha muito enriquecedora. Eu creio que os bispos aqui presentes saíram primeiro, seguros de que o Papa tem uma solicitude imensa para com todas as Igrejas e para com os menores, todos os menores, não somente para com os menores católicos, mas todas as crianças da face da terra. Voltamos para no nosso regional seguro que a comunhão com o Papa, também neste assunto, é uma necessidade e, certamente, isso vai dar uma segurança muito grande para todas as famílias, todos os jovens, todas as crianças e também para todos os sacerdotes da Igreja.
Obra da Igreja
Os bispos rezaram as vésperas na instituição "Obra da Igreja". Lá também eles jantaram. No final, dom Waldemar agradeceu aos responsaveis, em nome do grupo, pela grande ajuda que estão dando durante a visita com os traslados.
(Todos os depoimentos dos bispos foram colhidos pelo Pe. Eduardo Luiz de Rezende, auxiliar do correspondente oficial)
Nesta sexta feira, 14 de fevereiro, já caminhando para o final da primeira etapa da visita ad limina da CNBB com o grupo de bispos do Centro-Oeste, uma programação ainda intensa será cumprida no Vaticano. Os bispos vão visitar celebrar missa na capela do hotel e depois visitar três dicastérios da Santa Sé na parte da manhã: o departamento para os Leigos, a Família e a Vida, o departamento para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. No período da tarde, eles têm apenas um compromisso oficial: vão visitar o Pontifício Conselho para a Tutela de Menores.
Quinta-feira
As atividades da quinta-feira, 13 de fevereiro, foram resumidas pelo padre Francisco Agamenilton, Administrador Diocesano de Uruaçu (GO) e correspondente, escolhido pelos colegas, para dar informações sobre a visita. Confira o texto enviado por ele:
Celebração da Eucaristia
Nosso dia se iniciou com a celebração da eucaristia na basílica São João de Latrão. A missa foi às 7h30 presidida pelo Cardeal Sérgio da Rocha.
Tribunal da Penitenciária Apostólica
Logo em seguida, nos dirigimos para o Tribunal da Penitenciaria Apostólica onde fomos recebidos pelo cardeal Piacenza, penitenciário maior, às 9h. Compete a este tribunal cuidar de tudo o que diz respeito às indulgências e ao foro interno, principalmente à confissão. É a este tribunal que se recorre quando se pede a absolvição dos pecados reservados à Santa Sé. Após a introdução feita por Dom José Aparecido, o cardeal enfatizou o aspecto da comunhão dos santos implicados na indulgência. Ele teceu comentários sobre a modalidade de lidar com o penitente e reforçou as atitudes de acolhida e misericórdia. Destacou ainda o testemunho de sacerdotes no empenho de favorecer o sacramento da confissão aos fieis.
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica
O próximo compromisso foi às 10h30 na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Este departamento cuida de todos os religiosos, monges, eremitas e leigos dos institutos seculares. Fomos recebidos pelo cardeal dom João Brás de Aviz e a equipe formada de vários consagrados. Dom Washington fez a apresentação do Regional Centro-Oeste no tocante à vida consagrada. Ele agradeceu todos estes homens e mulheres consagrados que no início de nossas dioceses desbravaram o Goiás com a evangelização. Neste departamento pudemos ouvir o Cardeal Aviz em sua apresentação panorâmica da situação da vida consagrada pelo mundo. Nós expomos nossos desafios e recebemos as devidas orientações.
Congregação para a Causa dos Santos
A manhã se encerrou com a visita à Congregação para a Causa dos Santos, às 12h. Fomos recebidos pelo secretário do dicastério, Dom Marcello Bartolucci. Esta congregação cuida de todo o processo que leva um católico à canonização. Desta vez a introdução foi feita por Dom Washington que apresentou como nosso povo é ligado ao culto aos santos. Dom Marcello destacou o fato de o santo ser uma grande fonte de pastoral e nos indicou alguns procedimentos no tratar a questão do processo de beatificação de alguém.
Pontifícia Comissão para a América Latina
À tarde, às 15h30, nos dirigimos para a Pontifícia Comissão para a América Latina. Sua principal função é aconselhar e ajudar as Igrejas particulares em América Latina. Logo depois da introdução feita por dom Fernando Brocchini, os oficiais da Comissão nos apresentaram a natureza da Comissão, seus trabalhos e se dispuseram a nos ajudar segundo a sua possibilidade.
Congregação para os Bispos
Terminamos nosso dia às 17h quando nos encontramos com o Cardeal Ouelet e seu secretário, dom Ilson Montanari, responsáveis pela Congregação para os Bispos. É este departamento que se ocupa daquilo que se refere à criação de uma diocese e à nomeação dos bispos, assim como o trabalho deles. Dom Waldemar apresentou o trabalho dos bispos e seus desafios no Regional Centro-Oeste. O cardeal Ouelet se interessou pelo trabalho missionário por meio dos conselhos missionários e nos incentivou a cuidar bem do clero e reforçar a colegialidade episcopal como grande sinal profético em um mundo fragmentado.
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Trecho da Homilia de dom Sergio
Nós estamos aqui, neste templo tão bonito, tão conhecido. Essa igreja que tem uma especial importância no mundo todo como primeira das quatro basílicas maiores, primeira das catedrais, portanto, como bem sabemos, é a igreja-mãe de todas. E nos admiramos com a beleza deste templo e bendizemos a Deus, sabendo que a história deste templo não é tão simples. Já foi destruído por terremoto, já foi queimado, passou por incêndio, no mínimo, duas vezes. Vocês sabem bem que hoje tem pouco do templo original, se sabe com um pouco de dificuldade. Portanto, o próprio templo tão bonito que aqui está tem uma história marcada por dificuldades grandes. Aqui foram realizados, bem sabemos, cinco concílios ecumênicos, sendo que o quarto tem uma importância toda especial na Igreja, está entre, certamente, os três ou quatro maiores concílios da Igreja, o IV Concílio Lateranense. Aqui, os papas residiram por cerca de mil anos (...) o Papa São Silvestre, teria sido o antecessor dele, mas ele quem veio residir, pela primeira vez, no Palácio Lataranense dado pelo Imperador Constantino, logo depois da liberdade religiosa. E aqui os papas residiram, isto deve ter ocorrido pelos anos 300, século IV. Aqui residiram até pelos anos de 1.300, quando vão para Avinhão, os papas. E depois quando retornam de Avinhão, não vem mais para cá, vão para o Vaticano. Mas, por aqui os papas residiram, exerceram o ministério petrino por cerca mil anos. Nós é que estamos habituados a associar o Papa a Basílica de São Pedro, com muita razão, mas é aqui que o Papa sempre esteve presente, aqui residiu. É um templo, não só o templo, o conjunto que tem uma importância muito grande histórica, cultural, artística, mas, como eu dizia a pouco, que passou por situações difíceis. Qual a igreja que tem sido destruída, ao menos parcialmente, por um terremoto? Qual a igreja que a gente conhece que foram queimadas? Essa foi duas vezes, no mínimo. Então, é da gente bendizer a Deus por um templo que resiste aos embates, as dificuldades ao longo da história. E é claro, como igreja-mãe, catedral primeira, nós temos aqui, um carinho todo especial com este templo”.
Dom Washington Cruz sobre a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica
Hoje, na visita ao Cardeal Prefeito e aos outros membros do dicastério, nós conversamos sobre a Igreja no Centro-Oeste que foi construída pelos religiosos, pelas religiosas, pelos sacerdotes heroicos que viviam em terras pouco cuidadas, aonde não chegava o governo e eles deram a vida por aquela região. Depois, na própria reunião, nós vimos como a Vida Religiosa ainda hoje ainda hoje produz bons frutos: universidades, escolas, obras sociais. Mas, acontece que, às vezes, a Vida Religiosa tem perdido seu elã e tem perdido muitas forças. As vocações não são tantas quantas a gente gostaria que houvesse. Amorteceu um pouco o espírito da Vida Consagrada, em nossa região. Mas, a gente espera que tudo passe e que possamos voltar ao primeiro amor como os grandes missionários que deram a vida pela Igreja em Goiás, no Distrito Federal e Tocantins, nosso regional incluía também o Tocantins.
A visita nos deixa uma lição. E acho que as informações que nós demos depois foram confirmadas com os questionamentos que os bispos fizeram. A Vida Religiosa está um pouco enfraquecida. Precisamos trabalhar para que a Vida Religiosa resplandeça, sobretudo, a Vida Religiosa feminina que está envelhecendo ou já está envelhecida e novas gerações não estão surgindo. Pessoas que fizeram milagres, digamos, no passado, para o bem da Igreja, mas agora estão próximos da vida eterna e não surgem novas vocações. Isso é sinal de que a nossa Igreja não está tão plena do espírito das primeiras comunidades porque a gente acha que onde há comunidade, deve nascer vocações, onde há Igreja, deve nascer vocações de todos os componentes da do Povo de Deus, mas de modo especial para a Vida Religiosa.
Dom Washington Cruz sobre a Congregação para a Causa dos Santos
Lá nós falamos da beleza da santidade. O nosso regional possui tantas pessoas com carismas diversos que dão testemunho de santidade. São mães, são pais, são jovens, são crianças. Pessoas da roça, pessoas da cidade. Nós temos realmente que agradecer por termos entre nós pessoas que procuram ser coerentes com a sua fé. Tive oportunidade de falar do nosso passado recente. Falei do nosso Pe. Pelágio. Fala-se de um milagre recente. Estamos reunindo toda a documentação possível afim de que seja trazida para Roma e aqui em Roma, os Redentoristas tem um grande Postulador. Hoje, o Cardeal falou que ele é um homem de muita sabedoria, haja vista que ele levou para frente a Causa do Papa Paulo VI que não era fácil e ele conseguiu, no fim, digamos, “ganhar a causa”. O Papa Paulo VI foi beatificado e depois, canonizado.
E depois, nós bispos, fizemos uma meditação sobre como precisamos viver a vida de santidade, a vida de santidade pastoral afim de que a nossa missão de pastores possa frutificar lá na base e produzir muitos santos.
Dom José Aparecido sobre o Tribunal da Penitenciária Apostólica
Este Tribunal é um tribunal peculiar porque ele trata da misericórdia, no seguinte sentido: em todos os tribunais, a gente trata de julgamentos que levam a uma sentença, nesse Tribunal a sentença é o perdão. Então, o papel desse Tribunal é ajudar a Igreja perceber o Sacramento da Penitência como um sacramento imediatamente conexo com o dom da Redenção, com a misericórdia de Deus e com uma fonte da alegria. Podemos dizer que este Tribunal da Penitenciária Apostólica é o Tribunal da alegria, da misericórdia, o Tribunal do perdão. Como ele atua? Quando há alguns pecados, como por exemplo, a pena de excomunhão reservada a Santa Sé, e que os padres não podem absolver sozinhos, eles escrevem a Penitenciaria Apostólica e pedem a penitência, pedem a faculdade para absolver dessas penas canônicas que são a excomunhão ou a censura, de tal modo que o penitente, depois, fica livre, recebe a absolvição dos pecados e pode retomar a vida cristã com uma alegria imensa. Porque, certo, a gravidade do pecado se torna momento e ocasião de receber um grande ato de misericórdia da parte da Igreja. Curiosamente é o único Tribunal que quando o Papa falece, ou quando o Papa renuncia, o Superior do tribunal não perde o cargo, ele continua a exercer o papel de ministro da misericórdia para Igreja Católica.
Quando há uma festa, por exemplo, no Santuário do Divino Pai Eterno e tem um jubileu, o reitor do Santuário acha conveniente, junto com Dom Washington, pedir uma indulgência plenária por ocasião daquela festa é a este Tribunal que se pede. Então, o Tribunal, em nome do Papa, autoriza a que naquele lugar ou naquelas circunstâncias, os fiéis, com a devida disposição, quer dizer, tendo se confessado, tendo se arrependido dos pecados possam saborear a indulgência plenária, fazer um encontro com a Igreja Celeste, com os méritos conseguidos pelo sacrifício de Cristo, e pelo tesouro dos santos, os merecimentos que os santos alcançam pela sua vida santa. Então, recebemos dos tesouros do céu, isso é indulgência.
O Tribunal, além disso, ajuda o Santo Padre a formar confessores. Ele tem um curso especial para confessores em que se trata das características mais profundas do Sacramento da Penitência, em particular, daquilo que chamamos foro interno, da necessidade de preservar a dignidade com o respeito do segredo da confissão. E a Igreja tem uma delicadeza muito grande com isso e esse Tribunal é encarregado disso também, de ajudar os confessores a perceber, cada vez mais profundamente, a alegria do perdão e a dignidade da pessoa, do pecador que é penitente, que recebe o perdão e que guarda esse segredo com Deus. Um padre nunca vai relevar um segredo de confissão. E esse Tribunal cuida disso: de ajudar os padres a perceberem profundamente a importância do sigilo confessional e da intimidade do penitente que procura o perdão da Igreja.
O regional Centro-Oeste é um regional que tem uma característica muito bonita porque tem um povo piedoso, um povo que se confessa. Eu creio que, nas dioceses que eu visitei, eu sempre notei isso. Os padres são generosos no atendimento das confissões e o nosso regional, as dioceses, não têm o problema de falta de confessores e o povo tem amor ao Sacramento da Penitência e, por isso, recebe, com maior fruto, a Eucaristia. E foi exatamente isso que o Penitenciário Mor, o Cardeal Piacenza ressaltou: a experiência da misericórdia de Deus leva a ter uma experiência mais frutuosa da Eucaristia tanto na hora da Comunhão, quanto na vida eucarística de adoração do Senhor. Faz perceber melhor a presença de Jesus na Eucaristia que faz a Igreja, na Eucaristia que faz construir a comunhão da Igreja.
Dom Waldemar Passini sobre a Congregação para os Bispos
A Congregação para os Bispos trabalha, em primeiríssimo plano, pela nomeação dos pastores das Igrejas, nomeação dos bispos. Aí já se percebe todo o seu valor. Nosso regional Centro-Oeste tem vivido essa graça de acolher novos bispos nos últimos anos, quer bispos diocesanos, quer bispos auxiliares. Agora mesmo, a diocese de São Luís de Montes Belos vive a graça de acompanhar dom Carmelo na conclusão do seu período de governo diocesano e a alegria de ter Monsenhor Lindomar como o seu futuro bispo diocesano. É um exemplo. Nós temos Uruaçu e Rubiataba-Mozarlândia que aguardam a nomeação dos futuros bispos. Tivemos, a menos de um mês, a alegria de acompanhar dom Dilmo, sendo sagrado e sendo apresentado como bispo auxiliar de Anápolis. O nosso regional tem vivido essa graça de receber os novos bispos.
Sem dúvida, as dioceses não lidam diretamente com a Congregação para os Bispos, uma vez que esse papel é da Nunciatura Apostólica no Brasil, mas hoje pudemos encontrar o Cardeal Ouelet e também o secretário que é brasileiro, Ilson Montanari. Tivemos um diálogo aberto, franco, bastante rico sobre a vida da Igreja em nosso regional. Eles se interessaram muito pela cultura, sobretudo pela piedade popular, as manifestações da Festa do Divino, a grande Festa do Pai Eterno, os santuários, o crescimento da Igreja e toda parte de missão vivida em nosso regional.
Meu destaque seria aquela constatação que eu apresentei ao Prefeito da Congregação da unidade dos bispos e, ao final, ele retomou o tema e realmente nos alertou que o mundo precisa desse sinal de comunhão. Mais importante do que ter um bispo de renome, de destaque, quer seja na mídia, quer seja de relevância internacional, é o conjunto dos bispos viver a unidade. Como que termos um só coração e ali darmos um testemunho da Igreja que é sacramento, sacramento de Jesus Cristo onde os fiéis possam se alegrar por serem conduzidos com segurança, terem acesso aos bens de Jesus Cristo, na Igreja, e outras pessoas também poderem encontrar nas comunidades católicas essa presença de Jesus e esse caminho seguro para o seu crescimento pessoal, para a sua formação, para o cuidado das famílias, para o bem da sociedade como consequência, enfim, para a sua salvação.
Bispo referencial
Dom Marcony Vinícius Ferreira
Coordenador: Pe. Fábio Carlos
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