Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
O papa Francisco participou na manhã desta sexta-feira (27) da última pregação da Quaresma, feita pelo pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa, OFM.
A fé comum do Oriente e do Ocidente guiaram as meditações precedentes, e esta última foi dedicada ao problema da salvação, ou seja, de como ortodoxos e mundo latino compreenderam o conteúdo da salvação cristã.
Para o frei Cantalamessa, este é o campo em que é mais necessário para os latinos dirigirem seu olhar para o Oriente, “a fim de enriquecer e, em parte, corrigir o nosso modo difuso de conceber a redenção operada por Cristo”.
Em sua pregação, o capuchinho apresenta o modo diferente de entender a salvação entre Oriente e Ocidente, que tem origem na compreensão do pecado original e, portanto, no efeito primário do batismo. Os orientais nunca entenderam o pecado original no sentido de uma verdadeira "culpa" hereditária, mas como a transmissão de uma natureza ferida e propensa ao pecado, como uma perda progressiva da imagem de Deus no homem, não só devida ao pecado de Adão, mas ao de todas as gerações sucessivas.
“Não podemos deixar de lhes agradecer por terem cultivado e tenazmente defendido ao longo dos séculos um ideal de vida cristã bonito e edificante, do qual toda a cristandade se beneficiou, inclusive por meio do silencioso instrumento do ícone”, disse o frei Cantalamessa, que concluiu:
“Desenvolvemos as nossas reflexões sobre a fé comum do Oriente e do Ocidente tendo à nossa frente, nesta capela, a imagem da Jerusalém celeste com os santos ortodoxos e católicos reunidos em grupos mistos, de três em três. Peçamos a eles a ajuda para realizar, na Igreja aqui da terra, a mesma comunhão fraterna de amor que eles vivem na Jerusalém celeste. Agradeço ao Santo Padre e aos veneráveis padres, irmãos e irmãs, pela benévola atenção e desejo a todos uma Feliz Páscoa!”.
Por ocasião da Reunião do Conselho Episcopal Regional (Conser) do Regional Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que aconteceu nos dias 23 a 25 de março, dom Levi Bonatto, falou de sua nova missão como bispo auxiliar na Arquidiocese de Goiânia.
Dom Levi, 57 anos, é natural de São José dos Pinhais (PR), nomeado bispo pelo papa Francisco no dia 8 de outubro de 2014 e ordenado em sua terra natal sob a imposição das mãos do Arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, no dia 14 de dezembro do mesmo ano. Sua missão teve início no dia 26 de janeiro de 2015.
Segundo o bispo, os seus primeiros trabalhos na Arquidiocese de Goiânia são visitar as paróquias, conhecer o povo e sentir as pastorais. “A cada dois dias procuro visitar uma comunidade para sentir de perto a vida da nossa Igreja”, comentou. Dom Levi diz estar contente, pois tem observado que “muitas pastorais estão em pleno funcionamento e o contato com as pessoas favorece conhecer as realidades pastorais; isso me deixa muito contente”.
Regional
No Regional Centro-Oeste, Dom Levi participou pela primeira vez da reunião do Conselho Episcopal. O encontro reúne os 12 bispos das dioceses do Estado de Goiás e do Distrito Federal, e o Ordinariado Militar do Brasil. Ainda quando morava em Curitiba (PR), Dom Levi já havia tido contato com alguns bispos do Regional, fato que facilita o conhecimento da vida da Igreja na Região Centro-Oeste. “Já conhecia alguns e estando agora com eles sei que a convivência é muito fraterna e ajuda bastante”. Mas Dom Levi não descarta os desafios. “É um trabalho desafiador porque temos de estar sempre em conformidade com a CNBB Nacional e de acordo com a realidade da nossa região, mas nós temos bispos experientes e muito capazes, o que proporciona termos esperanças e confiança na graça de Deus que vai nos ajudar a levar os serviços pastorais adiante”.
O bispo encerrou destacando que o papel do Regional Centro-Oeste, tema discutido na Reunião do Conser, é de sua importância para a vida da Igreja no centro do país. “A CNBB e o Regional sabem que o povo necessita da presença da Igreja e nós temos a missão de lhes responder aqui no Centro-Oeste, sempre de maneira renovada, com entusiasmo, levando-as a se motivarem na fé”.
Dom Levi desde 1980, é sacerdote da Opus Dei, instituição da Igreja Católica. Antes de ser nomeado bispo, ele exercia a função de capelão do Centro Cultural Universitário Marumbi, e coordenou a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz no Paraná e em Santa Catarina. Nesses anos desempenhou uma intensa direção espiritual ajudando com aconselhamentos a muitos jovens, adultos, seminaristas e sacerdotes. Com aconselhamentos e palestras, também desenvolveu um trabalho no âmbito da Pastoral Familiar.
No dia em que a Igreja celebra o Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, o papa Francisco presidiu a celebração eucarística na Praça São Pedro, com a participação de milhares de fiéis.
A cerimônia teve início com a bênção dos ramos, seguida da procissão. Os ramos recordam a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. E no centro desta celebração tão festiva, disse o papa em sua homilia, está a palavra contida no hino da Carta aos Filipenses: “Humilhou-se a si mesmo”.
O caminho da humildade
Para Francisco, esta palavra desvenda o estilo de Deus e do cristão: a humildade. “Um estilo que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: jamais nos habituaremos a um Deus humilde! Humilhar-se é, antes de tudo, o estilo de Deus: Deus humilha-se para caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades.”
Esta Semana que nos leva à Páscoa, acrescentou o pontífice, só será Santa se caminharmos por esta estrada da humilhação de Jesus. Nestes dias, ouviremos o desprezo dos chefes do seu povo e as suas intrigas para o fazerem cair. Assistiremos à traição de Judas. Veremos o Senhor ser preso, condenado à morte, flagelado e ultrajado.
Ouviremos que Pedro, a “rocha” dos discípulos, o negará três vezes. Ouviremos os gritos da multidão, que pedirá a sua crucificação. E o veremos coroado de espinhos.
“Este é o caminho de Deus, o caminho da humildade. É a estrada de Jesus; não há outra. E não existe humildade sem humilhação”, destacou o papa, explicando que humildade quer dizer serviço, significa dar espaço a Deus despojando-se de si mesmo, “esvaziando-se”. “Esta é a maior humilhação.”
O caminho do mundanismo
Contudo, frisou Francisco, há outro caminho, contrário ao de Cristo: o mundanismo.
“O mundanismo oferece-nos o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso... É o outro caminho. O maligno o propôs também a Jesus, durante os quarenta dias no deserto. Mas Ele rejeitou-o sem hesitação. E, com Cristo, também nós podemos vencer esta tentação, não só nas grandes ocasiões, mas também nas circunstâncias ordinárias da vida.”
O papa deu o exemplo de tantos homens e mulheres que cada dia, no silêncio e escondidos, renunciam a si mesmos para servir os outros: um familiar doente, um idoso sozinho, uma pessoa deficiente, um sem-teto. E citou ainda a humilhação daquelas pessoas que, por sua conduta fiel ao Evangelho, são discriminadas e perseguidas, definindo-as os mártires de hoje, pois suportam com dignidade insultos e ultrajes para não renegar Jesus.
“Durante esta semana, emboquemos também nós decididamente esta estrada, com tanto amor por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força. E, onde Ele estiver, estaremos também nós.”
A afirmação é do bispo da Diocese de Rubiataba-Mozarlândia e referencial para a liturgia do Regional Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dom Adair José Guimarães.
O bispo explica que a Semana Santa é um tempo forte de meditação, cujo foco é a humilhação de Jesus Cristo. “Semana Santa não é folclore, nem teatro, mas o mistério da redenção da humanidade; para percorrermos o caminho até Deus, precisamos ter a humildade de Cristo”, afirmou. Sem essa humildade, continuou, “é impossível porque a fé requer desprendimento; Jesus que era o filho de Deus não se apegou à sua condição divina”.
Dom Adair alerta que humildade e orgulho são opostos. “Um nos torna grandes, o outro nos condena”. Segundo ele, as reflexões espirituais da Semana Santa dão sequência àquelas vivenciadas ao longo de toda a Quaresma: Oração, jejum, esmola. “Até Quinta-feira Santa, à tarde, estaremos nessa dimensão da conversão, sob os efeitos espirituais da Quaresma”. A Sexta-feira Santa é dedicada à penitência e jejum e o Sábado nos convida ao silêncio e meditação. “Os apelos à penitência continuam até desembocarmos na alegria da Ressurreição”, explicou.
Uma Semana Santa sem sentido, conforme dom Adair, é viver sem contemplar os últimos passos de Jesus na terra. “Cresce o número de pessoas que não têm mais respeito pela Semana Santa, também porque há muitos corações que não foram evangelizados, que não tiveram um encontro pessoal com Deus e veem esta semana como mais um feriadão e partem para a bebida alcoólica e outros comportamentos que afloram os desejos da carne e do pecado; é um desafio para a Igreja”.
Para as pessoas não correrem o risco de viverem de maneira trivial a Semana Santa, dom Adair enumera alguns sinais profundos que precisam ser observados atentamente. “Um sinal importantíssimo nesta semana é o Tríduo Pascal que começa na Quinta-feira Santa; este dia nos lembra da instituição da Eucaristia; na noite deste mesmo dia, celebramos na Catedral a instituição do Sacerdócio e o bispo reúne o seu Clero para a renovação do sacerdócio, liturgia que também envolve o rito do Lava-pés, entendido como serviço, caridade, amor ao próximo; na Sexta-feira Santa somos convidados a adorar a cruz de Cristo que morreu pelos nossos pecados”.
Por fim, o bispo de Rubiataba-Mozarlândia destaca que no Sábado de Aleluia a Semana Santa é coroada com a Vigília Pascal. “É o dia da renovação das promessas batismais em que morremos para o pecado e renascemos em Cristo; neste dia temos uma liturgia muito bonita com o ritual do fogo, o canto do exulta”. O tríduo é a unidade litúrgica para a celebração da Páscoa.
Para entender melhor a liturgia da Semana Santa, dom Adair convida as pessoas a olharem este período como um grande retiro paroquial. “É uma semana para nos dedicarmos às atividades litúrgicas na comunidade paroquial e vivermos na intimidade o mistério da Páscoa”.
Páscoa: ápice da vida cristã
Questionado sobre a importância da Páscoa, dom Adair mais uma vez explicou que se trata do fundamento da fé cristã. “Para nós cristãos é a dimensão espiritual que nos tira da condição de pecadores para a salvação, através do sacrifício determinante e determinado de Cristo”, e afirma que todo o calendário litúrgico gira em torno desse mistério. “Nós não celebramos a missa várias vezes, mas sempre o mesmo sacrifício da cruz que é o fundamento da nossa fé porque todos os momentos litúrgicos direcionam para a Páscoa; bastou um sacrifício do calvário para Deus fazer a sua aliança eterna com a humanidade. É muito simples, porém difícil de entender”.
A Semana Santa convida à vivência do Evangelho e contemplação dos últimos passos de Jesus na terra. O período é marcado pelo “homem das dores” (Is 53, 3) – Cristo, que derramou o seu sangue para que a reconciliação definitiva entre Deus e a humanidade acontecesse.
Para o presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, dom Messias dos Reis Silveira, esse trajeto do filho de Deus até o calvário, tem muito a ensinar à humanidade. Entrevistado, ele destaca que a Via Crucis era a missão de Jesus, um caminho sem opções de desvio que no seu conjunto com a Ressurreição, fazem da Semana Santa o ponto alto da vida cristã.
A figura de Maria, conforme dom Messias, com o seu sofrimento, mas sempre iluminada pela fé, coroam esse processo da vitória de Cristo sobre a morte.
O que nos ensina o sofrimento e angústia vividos por Jesus na Semana Santa?
Dom Messias: O primeiro ensinamento é o amor de Deus pela humanidade a ponto de levar seu filho à morte de cruz. O sofrimento de Jesus nos ensina muito sobre o significado do sofrimento humano; ele nos revigora, nos amadurece e nos ilumina para atravessarmos as adversidades da vida.
Por que Deus confiou essa Missão tão difícil a Jesus?
Na verdade ele não enviou seu filho para sofrer, o sofrimento foi consequência da sua Missão. Jesus não teve a oportunidade de desviar como no caso das tentações, mas ele permaneceu fiel até o fim. Deus confiou a ele a Missão de revelar o seu rosto, o amor do Pai e permanecer junto aos seus filhos sabendo também das muitas libertações que são necessárias acontecer em todas as dimensões: pessoal, social. Deus confiou pela esperança de uma humanidade que pode ser melhor de tal forma que possa participar da sua glória.
O que faz da Semana Santa especial? O trajeto de Jesus ao calvário ou a sua Ressurreição?
Todo o conjunto. A morte como a Ressurreição estão interligados. Se a Missão parasse na morte tudo estaria frustrado, porém a morte sem Ressurreição não teria sentido. Para ela existir precisou existir a morte. Cristo morre confiante, entrega sua vida nas mãos do Pai que depois o ressuscita. A partir desse mistério central da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, se desenvolve toda essa realidade que vivenciamos: ser Igreja, continuidade da Missão de Cristo, o anúncio da Boa-Nova que ilumina a vida das pessoas. A morte de Cristo representa toda a morte que vem da humanidade. Quando o filho de Deus morre todos são chamados a viver a esperança partir de Jesus.
Que exemplo podemos colher da figura de Maria que acompanhou a angústia de Jesus até a cruz?
O maior exemplo é a fidelidade. Deus confiou essa Missão a Jesus e Maria acompanhou o seu filho até a morte e depois continuou com os discípulos. A Missão dela tem um grande significado: o de permanecer junto até o fim. As pessoas contemplam muito a dor de Maria e o seu sofrimento. Ela teve as dores que fazem parte do processo de vida humana, porém era um sofrimento iluminado pela fé. Trazia dentro de si a certeza de que era algo de Deus que estava acontecendo. Tinha a fé iluminada pela ação do Pai na sua vida e na vida de seu filho. Não era desespero, mas uma dor que tinha em seu fim a esperança.
Nesta Semana Santa, o papa acolheu milhares de peregrinos, na Praça São Pedro, para a Audiência Geral desta quarta-feira, 1º. Francisco dedicou sua catequese ao Tríduo Pascal, que tem início na Quinta-Feira Santa com a Santa Missa da Ceia do Senhor.
O Evangelho desta celebração, com o rito do lava-pés, expressa o significado da Eucaristia como serviço a Deus e aos irmãos: o Filho do homem, de fato, não veio para ser servido, mas para servir. “Se não nos aproximamos da santa Comunhão sem estar sinceramente dispostos a lavar os pés uns dos outros, não reconhecemos o Corpo do Senhor”, disse o papa.
Adoração da Cruz
Já na liturgia da Sexta-feira Santa, meditamos o mistério da morte de Cristo e adoramos a Cruz. Nos últimos instantes de vida, Jesus disse: “Está consumado!”. Isso significa que a obra de salvação foi realizada, explicou o papa. Com o seu sacrifício, Jesus transformou a maior injustiça em amor maior.
No decorrer dos séculos, homens e mulheres refletiram um raio deste amor perfeito, pleno e puro, acrescentou Francisco, citando como exemplo o “testemunho heroico” do sacerdote italiano Andrea Santoro, assassinado na Turquia em 2006. Também hoje, disse ele, há tantos homens e mulheres que são verdadeiros mártires que oferecem sua vida com Jesus para professar a fé.
“É um serviço, o serviço do testemunho cristão até o sangue. Serviço que nos fez Cristo. Este é o significado da expressão ‘está consumado’. Que belo será que todos nós, no final de nossa vida, com nossos erros, nossos pecados, com nossas boas obras, com nosso amor ao próximo, possamos dizer ao Pai: ‘Está consumado’. Certamente, não com a perfeição de Cristo, mas: “Senhor, fiz tudo o que pude”. Adorando a Cruz, olhando Jesus, pensemos no amor, no serviço, na nossa vida, nos mártires cristãos e nos fará bem pensar no final da nossa vida. Ninguém de nós sabe quando isso vai acontecer, mas podemos pedir a graça de poder dizer: Pai, fiz o que pude. Está consumado.”
Repouso de Cristo
O Sábado Santo é o dia em que a Igreja contempla o “repouso” de Cristo no túmulo depois do combate da cruz. Neste dia, a Igreja, mais uma vez, se identifica com Maria. Na escuridão que envolve a criação, Ela permanece só a manter a chama da fé acesa, esperando contra toda a esperança na Ressurreição de Cristo.
Além do sepulcro
Na grande Vigília Pascal, em que ressoa novamente o Aleluia, celebramos Cristo Ressuscitado. “Às vezes, disse o papa, a escuridão da noite parece envolver a alma e pensamos: “Tanto…já não há nada a fazer!” E o coração sente-se sem forças para amar. Mas justamente naquela escuridão, Cristo acende o fogo do amor de Deus: uma centelha rompe a obscuridade e anuncia um início. A pedra da dor é abatida, deixando espaço à esperança. Eis o grande mistério da Páscoa!”
Cristo venceu a morte e nós, com Ele, destacou Francisco. “Nossa vida não termina na pedra de um sepulcro, ela vai além, com a esperança. Como cristãos, somos chamados a ser sentinelas da manhã.”
O papa então exortou os fiéis: “Queridos irmãos e irmãs, nesses dias do Tríduo Sagrado, não nos limitemos a celebrar a paixão do Senhor, mas entremos no mistério, façamos nossos os seus sentimentos, as suas atitudes. Assim, a nossa será uma ‘feliz Páscoa’”.
Com Rádio Vaticano
Há pouco mais de dois meses como bispo coadjutor da Diocese de Luziânia, Dom Waldemar Passini Dalbelo, comenta como se deu sua recepção no dia 24 de janeiro e o processo de adaptação na nova realidade pastoral em que foi designado pelo papa Francisco.
A figura do bispo coadjutor está prevista no Código de Direito Canônico (Cân 403, Inciso I). Tem como missão estar ao lado do bispo diocesano como pastor daquela Igreja e tem direito à sucessão; seu trabalho é conhecer e se interessar pela vida da Diocese, ciente de que com a renúncia do bispo diocesano, automaticamente ele assume a responsabilidade primeira daquela Igreja particular.
“A presença do bispo coadjutor possibilita uma transição mais suave de governo; em nosso caso, Dom Afonso Fioreze solicitou um coadjutor porque na época estava com a saúde fragilizada”, explicou Dom Waldemar. Esta é a segunda experiência da Diocese de Luziânia com bispos coadjutores. A primeira foi com Dom Agostinho Stefan que foi sucedido por Dom Afonso.
Nova missão
Existem algumas distinções entre a Igreja de Luziânia e a de Goiânia, em que Dom Waldemar foi bispo auxiliar por quase cinco anos, mas as semelhanças são mais evidentes, o que tem tornado sua adaptação mais simples. “A realidade de Luziânia é um misto da experiência goiana como Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Inhumas e tem também o perfil de cidades da periferia do Distrito Federal como Santa Maria e Gama, com grande número de migrantes nordestinos”, compara.
Por outro lado, o novo bispo coadjutor destaca que, por ser uma diocese nova, com apenas 25 anos, “há muito a se fazer, a se construir, para que possamos avançar nas atividades pastorais”. Dom Waldemar explica também que a Diocese de Luziânia é herdeira de tradições antigas como a Festa do Divino Espírito Santo em Cristalina e Padre Bernardo, cidades de perfil mais goiana e, em Luziânia, Santa Luzia é festejada. Sobre a população, enfatiza que “é sedenta à vida de Igreja, ao anúncio da Palavra, dentro da experiência de comunidade. Isso se pode perceber bem”.
Ao dirigir-se aos milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, nesta segunda-feira, 6 de abril, feriado no Vaticano e na Itália, o papa exortou para que “deixemos que a nossa existência seja conquistada e transformada pela Ressurreição”.
A reflexão do pontífice antes da oração mariana do Regina Coeli partiu da narração do Evangelho de Mateus na qual as duas mulheres que, ao encontrarem o sepulcro de Jesus vazio, presenciam a aparição do Anjo que lhes anuncia que Cristo ressuscitou.
Enquanto elas corriam para levar a notícia aos discípulos, encontram o próprio Jesus, que lhes diz: “Vão e digam aos meus irmãos que se dirijam à Galileia, pois é lá que eles me verão”.
Periferia
“A Galileia é a ‘periferia’ onde Jesus havia iniciado sua pregação; e de lá repartirá o Evangelho da Ressurreição, para que seja anunciado a todos e cada um possa encontrar Ele, o Ressuscitado, presente e operante na história”, refletiu Francisco.
“Cristo ressuscitou”
Ao recordar que este é o anúncio que a Igreja repete desde seus primórdios, o papa afirmou que nós também, por meio do Batismo, ressuscitamos, passamos da morte à vida, da escravidão do pecado à liberdade do amor.
“Esta é a boa notícia que somos chamados a levar aos outros, em todos os lugares, animados pelo Espírito Santo. A fé na Ressurreição e a esperança que Ele nos trouxe são o dom mais bonito que os cristãos podem e devem oferecer a seus irmãos. A todos, e a cada um, não nos cansemos de repetir: Cristo ressuscitou!”, exortou o Francisco.
Cristãos felizes
Ao afirmar que a Boa Nova da Ressurreição deve transparecer em nosso rosto, em nossos sentimentos, em nossas atitudes e na maneira como tratamos os outros, o papa falou sobre o que acontece quando anunciamos a Ressurreição de Cristo.
“A Sua luz ilumina os momentos mais sombrios da nossa existência e podemos compartilhá-la com os outros, então sabemos sorrir com quem sorri e chorar com quem chora; caminhar ao lado de quem está triste e poderia perder a esperança; contar a nossa experiência de fé a quem está buscando um sentido para a vida e a felicidade”, descreveu.
Oitava de Páscoa
Ao explicar o tempo litúrgico da Ressurreição, o papa precisou que a Oitava nos ajuda a entrar no mistério, para que a sua graça se imprima em nosso coração e em nossa vida.
“A Páscoa é o evento que traz a novidade radical para todo ser humano, para a História e o mundo: é o triunfo da vida sobre a morte; é a festa de despertar, e se regenerar. Deixemos que a nossa existência seja conquistada e transformada pela Ressurreição!”, concluiu Francisco.
O 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais propõe como tema "Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”. O evento será celebrado no dia 17 de maio, domingo que antecede Pentecostes.
A mensagem do papa Francisco para esta celebração está em consonância com a Assembleia Ordinária do Sínodo sobre a Família, que acontecerá em outubro próximo.
“Na família, é sobretudo a capacidade de se abraçar, apoiar, acompanhar, decifrar olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram e todavia são tão importantes uma para a outra… é sobretudo esta capacidade que nos faz compreender o que é verdadeiramente a comunicação enquanto descoberta e construção de proximidade”, escreveu o papa Francisco na mensagem.
Subsídio para vivência
Buscando auxiliar os regionais, dioceses e paróquias na vivência e celebração do Dia Mundial das Comunicações Sociais, a Comissão Episcopal para a Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) prepara, todos os anos, um subsídio com orientações e sugestões de atividades. Foram impressos 16 mil livretos. O material registra a mensagem do papa Francisco, reflexão sobre o tema, sugestões para comemorar a data e motivações da celebração eucarística.
“É desejo do Santo Padre que o Dia Mundial para as Comunicações seja celebrado em todas as Igrejas de forma participativa, reflexiva e celebrativa, para que cada vez mais os cristãos desenvolvam uma consciência crítica frente aos meios e processos de comunicação”, explica o arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa.
Articulação nas dioceses
O material é enviado às coordenações e lideranças da Pastoral da Comunicação (Pascom), responsáveis por articular e animar a comunicação nas igrejas locais. A Comissão orienta, também, o estudo do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, que traz pistas de ação.
Com CNBB Nacional
Morreu na manhã de hoje (9) o bispo da diocese de Paranaguá (PR) referencial da Pastoral Afro-Brasileira, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e referencial da Pastoral Carcerária no Regional Sul 2 (Paraná), Dom frei João Alves dos Santos, 58 anos.
O bispo estava internado no Hospital Santa Catarina, em São Paulo, com complicações de saúde, e veio a óbito por falência múltipla de órgãos. O corpo de dom João está sendo velado na igreja da Imaculada Conceição, sede da Província do Frades Menores Capuchinhos, na cidade de São Paulo. No sábado, haverá celebração das exéquias, às 16h, e em seguida, o sepultamento ocorrerá na Cripta da Catedral Diocesana.
Em nota, a Pastoral Afro-Brasileira, vinculada à Comissão para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), expressou pesar pelo falecimento do bispo, convocando “os/as afro-brasileiros/as, unidos/as a todas as entidades negras” à celebração “ pela vida desse nosso Irmão e Companheiro” Dom João Alves.
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