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Quarta, 25 Janeiro 2017 17:36

Converter-se para a conversão da família

No dia 25 de janeiro a Igreja celebra a conversão de Saulo, que se torna Paulo, apóstolo de Jesus para os pagãos. Esta experiência de Paulo apresenta-se a todos como um constante convite a lançar um olhar para si, para suas escolhas, para suas atitudes diante da proposta de Deus para sua família. Paulo diz que era perseguidor da Igreja “... porque agia por ignorância, não tendo ainda alcançado a fé” (1Tm 1,13b); pensava ele estar fazendo o certo, o melhor e, no entanto, estava combatendo o desígnio de salvação “Daquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça” (Gl 1,15) tanto para sua vida como para a humanidade.

Não posso deixar de pensar nos “paulos” da atualidade vivendo situação semelhante em suas famílias e comunidades. Pessoas que, por ignorância e falta de uma fé profunda, estão ao contrário alicerçadas em suas certezas e convicções humanas, não conseguindo ver, entender e acolher o desígnio de Deus para si e para suas famílias. Colocam-se, em seus ambientes, atrapalhando ou até prejudicando a realização do projeto de Deus para si e para sua família.

Quantas pessoas foram alcançadas pela graça de Deus com a conversão de Paulo. E este precisou ficar primeiramente cego durante três dias; precisou perder suas referências humanas para poder acolher de coração livre, de mente aberta e com vontade sincera aquela missão que o Senhor Jesus apresentava nas palavras de Ananias: “Porque tu serás a sua testemunha diante de todos os homens, daquilo que vistes e ouvistes” (cf. At 22,15). Que nós também possamos viver esta experiência de conversão para o bem daqueles que estão unidos a nós, começando em nosso ambiente familiar. As famílias e a sociedade necessitam de novos “Paulos” numa sociedade marcada pela ignorância religiosa e a incredulidade.

Dom Moacir Arantes
Bispo auxiliar de Goiânia

Publicado em Artigos dos Bispos

Entre os dias 9 e 18 de setembro foi realizado o tradicional encontro de formação para novos bispos no Vaticano, promovido pela Congregação dos Bispos e a Congregação para Igrejas Orientais. O curso reuniu cerca de 170 bispos de todo mundo, nomeados entre 2015 e primeiro semestre de 2016. Dos 17 brasileiros nomeados está Dom Moacir Silva Arantes, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, nomeado em 11 de maio deste ano.

Na última sexta-feira (16) os novos bispos se reuniram com papa Francisco que se disse “feliz por estar diante daqueles que foram ‘pescados’ pelo coração de Deus para guiar o seu Povo Santo”. “Sim” – disse o papa –, “Deus os precede no seu amoroso conhecimento”. Ele os “pescou” com o anzol da sua surpreendente misericórdia. Suas redes foram misteriosamente apertando e vocês não puderam fazer mais nada a não ser deixarem-se capturar. Eu sei que ainda um calafrio atravessa vocês quando pensam no seu chamado que veio na voz da Igreja, Sua Esposa. Vocês não são os primeiros a sentirem essa emoção. Aconteceu também com Moisés, que acreditava estar sozinho no deserto e se descobriu, ao invés, encontrado e atraído por Deus que lhe confiou o seu Nome, não para ele, mas para o seu povo. Hoje continua a subir a Deus o grito de dor do seu povo, e saibam que desta vez é o nome de vocês que o Pai quis pronunciar.

Caminho de Deus

Também os Apóstolos, disse o Santo Padre sentiram esse calafrio quando, revelados “os pensamentos de seus corações”, com fadiga descobriram o acesso ao secreto caminho de Deus, que habita nos pequenos e se esconde de quem é autossuficiente. Não se envergonhem das vezes em que também vocês tocaram levemente este distanciamento dos pensamentos de Deus.

É muito bonito, continuou o pontífice, deixar-se traspassar pelo conhecimento amoroso de Deus. É consolador saber que Ele verdadeiramente sabe quem somos e não se perturba com a nossa pequenez. Tantos hoje colocam máscaras e se escondem. Gostam de construir personagens e inventar perfis. Tornam-se escravos dos míseros recursos que recolhem e aos quais se agarram como se fosse suficiente para comprar o amor que não tem preço. Não suportam a emoção de saber serem conhecidos por Alguém que é maior e não despreza a nossa pequenez, é mais Santo e não culpa as nossas fraquezas, é realmente bom e não se escandaliza com as nossas feridas. Não seja assim para vocês:
deixem que este calafrio percorra vocês, não o remova e não o silencie.

Reconciliação

O papa convidou os novos bispos que no próximo domingo irão passar a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia a viver intensamente uma pessoal experiência de gratidão, de reconciliação, de entrega total, sem reservas, da própria vida ao Pastor dos Pastores. “A maior riqueza que vocês podem levar de Roma no início de seu ministério episcopal – disse Francisco -, é a consciência da misericórdia com a qual vocês foram olhados e chamados”. Recordou ainda que eles são bispos da Igreja, partícipes de um único Episcopado, membros de um indivisível Colégio.

O Santo Padre disse ainda aos novos bispos que eles peçam a Deus, que é rico de misericórdia, o segredo para tornar pastoral a sua misericórdia nas suas dioceses. “Não tenham medo de propor a Misericórdia como síntese daquilo que Deus oferece ao mundo, porque nada maior pode o coração do homem aspirar”.

Misericórdia

Para que a Misericórdia, no ministério episcopal, seja tangível, são necessárias – segundo indicou o papa – alguns requisitos.

O primeiro é que os bispos sejam capazes de encantar e atrair; mas sem seduzir o coração dos homens a eles mesmos, pois o mundo está cansado de ‘encantadores mentirosos’. As pessoas reconhecem os narcisistas, manipuladores, defensores de seus interesses.

A segunda recomendação de Francisco é que os bispos devem ser capazes de ‘iniciar aqueles que lhes foram confiados’ no abismo do amor.

“Sua única perspectiva seja ver seus fiéis em sua unicidade, fazendo de tudo para chegar até eles e não poupar nenhum esforço para recuperá-los. Pensem na emergência educativa, na transmissão de conteúdos e valores, no analfabetismo afetivo, nos caminhos vocacionais, no discernimento nas famílias, na busca da paz. Tudo isso requer iniciação e percursos guiados com perseverança, paciência e constância, que são os sinais que distinguem o bom pastor de um mercenário”.

Vocações

O pontífice aconselha ainda aos novos bispos a manterem a sua intimidade com Deus e a cuidarem com atenção especial das estruturas de iniciação das Igrejas, especialmente dos seminários. “Não se deixem tentar pelos números e a quantidade das vocações, mas procurem a qualidade; não privem os seminaristas da firme e carinhosa paternidade; cresçam-nos até que se sintam ‘tranquilos como crianças nos braços de suas mães’; livres de acatar o desejo de Deus, mesmo quando não lhes parece doce como estar no ventre materno”.

Enfim, o papa apontou uma última consideração para tornar pastoral a Misericórdia: o verbo ‘acompanhar’. “Acompanhar primeiramente, e com paciência e solicitude, o clero; tentando reavivar nos sacerdotes a consciência que Cristo é a ‘sua parte e fonte de herança’”.

Famílias

“Acompanhar também, com prudência e responsabilidade, o acolhimento de candidatos à incardinação em suas Igrejas. A relação entre uma Igreja local e seus sacerdotes é incindível, não se aceita o ‘clero vagante’, que transita de um lugar para outro”.

Enfim, o acompanhamento de todas as famílias, principalmente as mais feridas, sem ‘passar além’ de suas fragilidades. “Aproximem-se sem medo, façam-lhes companhia no discernimento e com empatia”.

O discurso aos novos bispos se encerrou com a bênção do papa, pai e irmão. “Pedirei a Deus que caminhe com vocês”, concluiu Francisco.

Regional com Rádio Vaticano

 

Mais de dez bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) e o bispo diocesano de Divinópolis, Dom José Carlos Souza Campos, além de dezenas de padres, diáconos, religiosas, seminaristas e o Povo de Deus das Igrejas particulares de Goiânia e Divinópolis, acolheram na noite do dia 26 de agosto, o seu segundo bispo auxiliar, Dom Moacir Silva Arantes, 47 anos, na Catedral Nossa Senhora Auxiliadora.

“Esta é uma noite de festa”, deu o tom da celebração o arcebispo Dom Washington Cruz, após a procissão de entrada de membros de diversas obras sociais, entidades, pastorais e movimentos da Arquidiocese de Goiânia e a bela apresentação musical da Banda Inclusiva Luar, da Vila São Cottolengo, de Trindade, projeto que faz parte do processo terapêutico aos pacientes da vila.

Ao som de “Misericordes sicut Pater”, Misericordiosos como Pai, extraído do Evangelho de Lucas (6, 36), lema do Jubileu da Misericórdia, Dom Moacir entrou, a primeira vez, pela nave central da Catedral de Goiânia, dando seu sim ao chamado de Deus. “A Arquidiocese se enche de alegria por receber seu mais novo sucessor dos apóstolos, que torna presente Cristo Sumo Sacerdote em meio ao seu povo. Para mim, de modo especial, é uma grande alegria porque o papa ouviu meu pedido e agora Dom Moacir irá compartilhar comigo e Dom Levi a graça e o peso do episcopado, junto com toda a Igreja, trabalhando incansavelmente a serviço do Povo de Deus. Obrigado por esse dom que vem com simplicidade de coração”, agradeceu Dom Washington.

O presidente da celebração ainda fez um breve relato das atividades pastorais já exercidas por Dom Moacir como padre na Diocese de Divinópolis e assessor eclesiástico da Pastoral Familiar no Regional Leste 2 da CNBB (Espírito Santo e Minas Gerais) e assessor nacional para a Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência dos Bispos. “Dom Moacir é um fiel servidor da Igreja como tem demonstrado em todos esses serviços e ministérios”, elogiou o arcebispo. Em sua homilia, disse que a cultura do nosso tempo precisa ser evangelizada, como assim o fez São Paulo com a cultura helênica e citou a conversão de Mateus, discípulo que recebeu o convite de Jesus, “Vem e segue-me”, olhou, se levantou e seguiu o mestre. “A Igreja hoje precisa de simplicidade de coração para anunciar a Boa-Nova, e construirmos juntos a cultura do encontro, conforme nos pede o papa Francisco”, continuou o arcebispo, se referindo mais uma vez ao lema episcopal do novo bispo.

Dom Washington lembrou que serão muitos os desafios que Dom Moacir irá encontrar, mas para animar o irmão, ele encerrou com uma mensagem de Santa Terezinha do Menino Jesus. “Nada te perturbe, nada te espante. Tudo, tudo passa, só Deus não muda. A paciência tudo alcança. Nada te falta: com Deus no coração, só Deus, só Deus te basta”. E a exemplo dos sete santos fundadores da Ordem dos Servos de Maria (Servitas), testemunho singular de vida em comunidade na Igreja, canonizados pelo papa Leão XIII como uma única pessoa, Dom Washington rezou para que ele e os dois bispos auxiliares possam seguir o mesmo exemplo, de viver a vida em perfeita unidade, cada um com seu carisma.

Em suas primeiras palavras como bispo auxiliar empossado, Dom Moacir agradeceu a bondade de Deus. Elogiou o povo de Divinópolis pela generosidade de ter vindo prestigiar a acolhida da Igreja de Goiânia e citou a leitura do milagre do azeite (2Reis,4, 1-7). “A generosidade de vocês é como o azeite da viúva, quanto mais ela enchia as vasilhas, mais azeite aparecia. Quando eu penso que a generosidade de vocês acabou, mais generosidade vocês oferecem”. Agradeceu ainda aos bispos, padres e demais presentes. Ao povo disse querer conhecer um a um. Por fim, contou que uma mulher o questionou, na Diocese de Divinópolis, se ele poderia dizer não à nomeação como bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia e ele respondeu: “Eu poderia sim, dizer não. Mas como dizer não a um Deus que só me diz sim?”.

Logo em seguida houve uma recepção a Dom Moacir no Colégio Ateneu Dom Bosco ao som da Orquestra da Associação Polivalente São José, do Parque Santa Cruz, formada por jovens que fazem parte do projeto social Profetas do Cerrado.

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Informações e fotos: Arquidiocese de Goiânia



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