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Reflexões, orações e cantos para a vivência da misericórdia nas comunidades. Foi sob esses aspectos que se desenvolveu o Encontro de Formação Voluntários da Misericórdia, promovido pelo Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), no dia 25, na Jornada da Cidadania, que aconteceu no câmpus II da PUC Goiás.

Para um auditório lotado, o assessor do encontro, frei Luiz Turra, OFMCap, deu pistas de como viver a misericórdia nas linhas de frente da ação pastoral, mas também no seio familiar. Uma das mensagens mais significativas deixadas por ele foi direcionada ao sentido da misericórdia: “Jesus, que é o rosto da misericórdia do Pai, não veio ao mundo para dizer que somos pobre gente pecadora, mas para assumir o pecado da humanidade, ele desceu até a raiz do mal, como lemos em São Paulo, para vencer o último inimigo: a morte”, sublinhou. Ele explicou também que em Jesus se revela o rosto da misericórdia porque aí está a identidade que sintetiza toda forma de comunicação.

Citando o livro de sua autoria, Felizes os misericordiosos, publicado pelas Paulinas, o frade destacou que Deus jamais reprime, mas sempre anseia por libertar e dignificar. Por isso a sua misericórdia ultrapassa toda a compreensão humana. “Ele ouve o pobre que clama porque é misericordioso; ele não abandona os que se revoltam; ele é fiel à aliança; ele é misericordioso, pois o seu próprio nome é misericórdia”, pontuou.

Logomarca do Ano da Misericórdia

O assessor também reservou um momento do encontro para explicar o sentido da identidade visual criada pelo padre jesuíta Marko Rupnik, especialmente para o Ano Santo. O homem ao centro, carrega aos seus ombros o homem perdido, o Filho ressuscitado, de acordo com frei Turra. Por isso ele está vestido de branco e com os cravos nas mãos. “Nessa figura devemos colocar o nome de todos nós, assim como Jesus que carrega as misérias humanas”, explicou.

Os dois rostos e os três olhos, continuou o assessor, “significa que Cristo veio trazer ao mundo a visão verdadeira de Deus aos homens. Vemos o encontro da visão de Deus com a nossa visão. Ele enxerga com os nossos olhos. Assim devemos ser também, pois não há nada pior do que enxergar só com os olhos humanos e, quando só assim o fazemos, corremos o risco de julgar e corremos um grande perigo porque julgamos pelas aparências enquanto somente Deus vê o nosso coração”.

O assessor explicou ainda que o ressuscitado pisa a cruz e está dentro de uma amêndoa. O primeiro elemento significa que ele venceu a cruz e o segundo, naturalmente, tem duas partes que representam o Jesus divino e humano. “Ali está o crucificado e o ressuscitado”, completou.

Frei Turra também afirmou que precisamos cultivar um Deus que é Pai e misericordioso e benevolente ao invés do juiz vingador, mas chamou a atenção para não sermos abusadores da misericórdia. “O Pai perdoa, mas não podemos abusar disso e recorrer sempre ao erro: o inferno é o egoísmo levado ao extremo e o céu é o amor acontecendo. Estamos praticando a misericórdia ao buscar o diálogo e olhar o próximo com os olhos de Deus, colocando sempre em prática as obras de misericórdia ao serviço das pessoas”, disse. Na Igreja, ele chamou a atenção para a importância da acolhida. “Precisamos saudar as pessoas para elas não se sentirem anônimas. Uma palavra pode abrir as portas do evangelho e precisamos lembrar que não tem experiência pior do que encontrar uma Igreja fria como seus muros e nós podemos levar a misericórdia com gestos, sorrisos e palavras”, concluiu.

A animação do encontro ficou por conta do músico do regional, Eduardo Alfaix, da Paróquia Sagrados Estigmas e Santo Expedito, no Jardim América, em Goiânia. Nas missas rezadas na Jornada da Cidadania, ele cantou várias músicas, entre elas a belíssima música Ave Maria, de Gounod.

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“O Ano Santo da Misericórdia não é um ano temático, passado o qual, a misericórdia vai para as sombras. Ele é eterno e a chave da compreensão do evangelho e da vida cristã”, explica frei Luiz Turra, OFMCap, assessor do Encontro de capacitação “Voluntários da Misericórdia”, promovido pelo Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal), que acontecerá no próximo dia 25 de maio, das 8h às 16h, no auditório do Centro de Convenções da PUC-GO.

Em entrevista ao site do Regional Centro-Oeste, frei Turra diz que ao proclamar o Ano Extraordinário da Misericórdia, o papa Francisco propõe à Igreja “a revolução da misericórdia”, que longe de ser uma frase romântica, se apresenta como “desafio de uma nova pedagogia pastoral, uma nova relação de acolhida e não de julgamento, de proposição e não de imposição”. Ele destaca também que não é um Ano para se metrificar o resultado de sua fecundidade no seio da Igreja, mas para ser acolhido como um “ano da graça do Senhor para o futuro da humanidade e da Igreja, sempre desafiada ao novo”.

 

No Encontro de capacitação “Voluntários da Misericórdia”, frei Turra irá abordar diversos aspectos relacionados ao tema, seja a partir do Antigo e Novo Testamentos, nos quais se confirma o amor do Pai, o seu trabalho pela misericórdia e o chamado que faz para todos serem operários do Reino; a identificação de Jesus Cristo entre os humanos por suas obras; a Igreja em saída, que é o mesmo que Igreja da misericórdia; motivar para o aprendizado dos cantos de composição do próprio assessor, inspirados em textos bíblicos e na Bula Misericordiae Vultus, do papa Francisco, músicas essas que foram gravadas pelas Edições Paulinas e estão no CD que vêm com o livro “Felizes os Misericordiosos, também de autoria dele, entre outros temas.

Motivações teológicas

Os voluntários da misericórdia, que segundo frei Turra são os leigos e leigas, religiosos e ministros ordenados, “recebem esse título de honra em decorrência do Batismo, que é a base para todos os estados de vida”. Jesus Cristo, conforme explica, é o rosto da misericórdia do Pai, que deve se desdobrar em serviços ao próximo. Por isso mesmo é que os voluntários não são a junção de diferentes carismas que formam uma Igreja sem rosto, mas que somados desenvolvem diferentes ações misericordiosas. “Nós voluntários da misericórdia somos chamados, em primeiro lugar, a acordar para as motivações teológicas que nos animam. Diferente de uma ONG, ou movimento filantrópico, temos motivações de fé e esperança e da realidade que nos rodeia, onde contemplamos as periferias sociais e existenciais que, com suas misérias, desfiguram tantos rostos humanos e os pecados sociais que roubam as esperanças das multidões sem voz e vez”.

Finalizando, frei Turra diz que há diferentes modos de ser cooperador da misericórdia. “Há quem coopere na linha de frente. Estes necessitam do apoio de todos, da oração, da palavra de incentivo e da ajuda; há quem colabore com a partilha material, com alimentos, roupas, ofertas em dinheiro e mesmo na garantia da oração solidária. Uma das grandes contribuições é trabalhar também para superar a cultura da indiferença, um dos males de nossa pós-modernidade. Construir laços de solidariedade, superar a mania das fofocas, etc”.

 

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