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Terça, 17 Dezembro 2019 16:59

Advento e Natal: Tempo de espera e de esperança

A Igreja que é mãe e mestra educa o povo de Deus propondo a celebração do único mistério de Cristo por etapas significativas e marcantes, todas caracterizadas por algo de peculiar: Advento, Quaresma, Páscoa, Pentecostes, Tempo Comum.

O Advento, tempo que precede o Natal de Jesus é o tempo da espera e da esperança. Mas espera de que e de quem? Naturalmente do Filho de Deus que se fez carne e veio habitar no meio de nós. O que é óbvio na teoria não é evidente na prática da vida. A primeira parte do Advento visa despertar a consciência cristã da chegada última e definitiva do verbo incarnado que será o juiz da história e da humanidade inteira. Esta realidade não parece interessar mais o homem contemporâneo e em nossas igrejas também não se dá suficiente importância ao assunto. Prevalece uma visão romântica do nascimento histórico de Jesus e tudo gira principalmente ao redor do presépio.

Numa sociedade distraída e cada vez mais afastada dos valores evangélicos, o interesse se concentra sobre um “aqui e agora” banalizado e reduzido ao econômico, ao bem estar. A tentação de ocultar o futuro, a morte, a dor, o sofrimento, o juízo divino são muito mais fortes. A mensagem do Advento, portanto, é importante para equilibrar a espiritualidade e manter vivo o espírito de espera e de esperança que dá total sentido à existência humana.
O prólogo do Evangelho de São João nos assevera que “ tudo foi feito por Cristo e nada do que existe, existe sem ele”. Eu me entendo a não ser em Cristo. Empobrecer a vida, reduzindo-a a aspectos materiais, significa se autocondenar à não compreensão de si mesmo e não encontrar aquela paz que desejamos porque o Cristo é a nossa paz.

Naturalmente o Advento, sobretudo depois do dia 17 de dezembro, quer propor a nossa atenção ao nascimento de jesus, a palavra eterna que se fez carne no seio da Virgem Maria e veio habitar no meio de nós. Quantas provocações de suma importância nos são propostas!

1. O Deus invisível se fez acessível e visível na história humana, dando-nos a prova maior de um amor atento às realidade que vem de Deus, mas que se corromperam e precisavam ser recuperadas e restauradas. Natal é proximidade, misericórdia, presença, comunhão, consideração profunda de um Deus, que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva. Natal é contar para sempre com o Divino pastor que procura a ovelha perdida, como o Divino Samaritano que recupera nossa vida ameaçada.

2. O Deus eterno se fez história, se fez homem, assumiu a condição limitada da natureza humana. A encarnação abre leques maravilhosos para viver cada acontecimento como história de salvação, para acolher cada ser humano como imagem de Deus, para ver na escuridão da noite a luz que “vindo ao mundo ilumina todo ser humano”. Se pudéssemos dar mais força a isso em nossa espiritualidade pessoal e eclesial como seria transformadora a nossa presença e ação pastoral na história! Como é empobrecedora uma visão desencarnada da fé e da religião! O verbo de encarnou, deixou rastos de luz no mundo e saber reconhecer “as sementes do verbo” presentes em cada homem, presente e realidade é sinal de vivência no mistério da reencarnação.

3. O Deus todo poderoso se fez pobre, foi colocado numa manjedoura, se manifestou a simples pastores. Não despertou a curiosidades dos grandes, foi simplesmente despercebido. Vale a pena reler a mensagem do Papa Francisco sobre a riqueza do presépio, recentemente publicada e vale a pena dar sentido maior às escolhas do Verbo da vida também em nosso caminho Pastoral. A tentação de seguir a lógica mundana é forte: Queremos ser notados, reconhecidos, perdendo desta forma, do “fermento” que misturando-se na massa a fermenta.

4. O verbo do Pai se manifesta imediatamente como centro da história: a eles acorrem os pastores, os pobres, mas também os sábios do Oriente porque é a luz que ilumina, e a verdade que convence, é a resposta aos anseios mais profundos do ser humano. Em nenhum outro há vida e salvação a não ser nele. Reduzir, portanto, o menino de Belém a um dos grandes da história é não reconhecê-lo e anunciá-lo como único salvador. Que miopia insustentável.

A Igreja, peregrina neste mundo é chamada a cultivar mais a convicção de seu caminho rumo ao encontro com seu senhor e a viver na expectativa de sua chegada. É também convidada a viver na alegria porque o Senhor vem para salvar.

5. Bom Advento e Feliz Natal pra todos.

 

Dom Carmelo Scampa

Bispo de São Luís de Montes Belos

 

 

Publicado em Artigos dos Bispos
Segunda, 10 Abril 2017 18:21

Tríduo Pascal

A Igreja, a cada ano, nos faz acompanhar o mistério de Cristo, o Deus Conosco que é o esperado das nações; o Deus que vem; Aquele que anuncia o Reino e, por meio dos diferentes sinais, o confirma como presente entre nós; Aquele que enfrenta a hostilidade de quem não o aceita; Aquele que enfrenta a Morte e ressuscita; Aquele que envia seu Espírito para levar ao pleno cumprimento o mistério da vida plena. Sem dúvida nenhuma, o mistério pascal é o ponto mais alto, a fonte e a plenitude de tudo.

A Igreja como mestra sábia, por meio do Tríduo Pascal, como num filme, focaliza e celebra cada momento marcante daquele que se tornou para todos, Vida Plena.
O Tríduo inicia com a celebração da Santa Ceia, que torna presente a Eucaristia, fazendo memória do Senhor até que ele volte. É uma celebração solene, contextualizada num clima de despedida, num contexto de doação e de serviço, simbolizado pelo Lava-pés. É a celebração que também lembra a instituição do sacerdócio, isto é, do ministério de quem está principalmente ligado à Eucaristia.

Na noite da despedida a Igreja prolonga, de forma solene, sua ação de graças e adoração para quem nos amou até o fim, permanecendo em oração até a meia noite.

O segundo grande momento do Tríduo Pascal é a celebração da Paixão e morte de Cristo. Naquele dia a Igreja não celebra a Eucaristia, mas se alimenta com a escuta da palavra, sobretudo da narração da paixão segundo João, a mais rica de detalhes pascais. Reza pelas necessidades da Igreja e do mundo. Neste ano, nossas Igrejas do Regional Centro-Oeste fazem uma oração especial pelo Brasil que passa por inúmeras dificuldades; se prostra em adoração diante do Crucificado e se alimenta do Corpo de quem se entregou por nós.

O Sábado Santo é um dia sem celebração: é o dia do silêncio, da espera, da meditação profunda sobre o que foi celebrado na Quinta e na Sexta-feira Santa. Enfim, o grande momento do Tríduo Pascal é a Vigília, rica de símbolos, gestos, leituras da Palavra que relembram as grandes maravilhas de Deus na história; é a noite do novo nascimento pela celebração do Sacramento do Batismo, a Páscoa personalizada por cada um; é a noite da renovação do compromisso de seguir Cristo, Luz que ilumina e conduz todo ser humano.

Nada de difícil e de não conhecido celebraremos durante o Tríduo Pascal, mas simplesmente o itinerário do Mestre que, esvaziando-se a si mesmo, se deu para que tivéssemos vida. É o momento para revigorar a fé pessoal em Cristo Jesus. É o momento para nos sentir o novo povo de Deus reunido pelo sangue do Cordeiro. É o momento de tornar a “alegria da pertença” plena porque “Deus amou tanto o mundo que deu o seu filho único”.

Se a luz do ressuscitado de fato destruirá e apagará a escuridão que ainda nos envolve, a Páscoa será vida nova e os votos que trocamos terão seu sentido profundo.

Dom Carmelo Scampa
Bispo diocesano de São Luís de Montes Belos

Publicado em Artigos dos Bispos
Quinta, 08 Setembro 2016 18:11

Eucaristia e Vocações

Foi concluído, em Belém do Pará, o XVII Congresso Eucarístico Nacional, acontecimento que colocou a Eucaristia no centro da reflexão, da meditação e da oração. Ele foi longamente preparado por seis anos. Cada comunidade diocesana e paroquial foi convocada a estudar o Texto-Base e a se dispor, desta forma, a viver a semana do Congresso de coração aberto.

Nossa Diocese de São Luís de Montes Belos (GO) estava representada, embora em número reduzido. O nosso “Congresso” diocesano foi realizado no dia 27 de agosto, em São Luís, durante a 13ª Romaria Diocesana, que teve como tema “Eucaristia e vocações” e como lema “Come porque o caminho ainda é longo”.

Em 2005, foi enviada a todas as paróquias da Diocese uma carta pastoral cujo título era “A centralidade da eucaristia na vida diocesana”. Por iniciativa da catequese diocesana, essa carta foi reeditada, há seis anos, para que fosse estudada pelos catequistas. Aquele conteúdo permanece ainda válido, pois a Eucaristia é a “fonte e o ponto mais alto de toda a vida cristã”, como afirma o Concilio Ecumênico Vaticano II.

Nossa convocação do dia 27 de agosto, portanto, teve como momento principal a exaltação de Cristo na Eucaristia, a Sua presença viva no meio de nós.
Como se desenvolveu nossa Romaria? Nós nos encontramos em frente à Catedral, num primeiro momento forte: celebramos, como Igreja Diocesana, o Jubileu da Misericórdia, entrando pela Porta Santa. Cada Região Pastoral já o fez como Região, entretanto, na romaria, foi um evento diocesano de purificação e o momento para lucrar a indulgência plenária.

O segundo momento forte, foi especificamente eucarístico: com o Santíssimo Sacramento saímos em procissão da catedral até o Seminário Menor. É um modo de apontar à cidade a presença e a centralidade de Cristo, Verbo encarnado, permanente no meio de nós, como Vida, Caminho, Salvação, Esperança e ponto de referência de toda a vida da Igreja e do mundo.

Num terceiro momento, celebramos a Eucaristia: memória da doação permanente de Cristo para aprendermos dele a ser servidores. Durante a celebração eucarística, foram admitidos ao Ministério de Leitor dois de nossos seminaristas: João Netto, de Firminópolis, e Pablo Henrique, de São Luís. Também, durante a celebração foi realizado um ofertório especial para ajudar a comunidade das Irmãs de Baliza, que estão doando seu tempo e suas vidas no assentamento Bandeirantes e precisam de um lugar onde morar. Aquelas comunidades são pobres, e é justo, portanto, durante a Eucaristia, fazer um gesto de partilha e de comunhão com as Irmãs.

Desse modo, o Congresso que o Brasil acaba de celebrar em Belém, foi por nós realizado, de forma concentrada, em São Luís. A Eucaristia faz a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia: um binômio inseparável que buscamos sublinhar e entender melhor durante a Romaria, para sermos uma Igreja que dá a vida, cria comunhão, espalha a alegria do Evangelho, se faz próxima a todos, sobretudo, aos mais necessitados, alimenta a esperança da volta do Senhor e, portanto, vive no hoje, mas com os olhos voltados para o Alto.

Mas temos também outra grave e urgente preocupação: despertar a consciência da Diocese para que cuide das vocações consagradas, de maneira especial as sacerdotais. A celebração da missa exige a presença do ministro ordenado, e a Diocese de São Luís carece, ainda gravemente, de padres.

É urgente que se trabalhe em prol das vocações, que se reze com mais insistência e convicção por esta causa. Não esqueçamos o que o documento de Puebla dizia há muitos anos: “A vocação é a resposta de um Deus providente a uma comunidade orante”. E antes o Mestre tinha dito: “Orai, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe”. Que Eucaristia e Vocações sejam os dois grandes interesses da Igreja Particular de São Luís de Montes Belos

Dom Carmelo Scampa
Bispo diocesano de São Luís de Montes Belos (GO)

Publicado em Artigos dos Bispos

 

Nesta quarta-feira (15) começa a 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O encontro anual, que acontece em Aparecida (SP) reúne mais de 450 bispos, de 274 circunscrições eclesiásticas do país.

Às vésperas do evento, o bispo de São Luís de Montes Belos e secretário do Regional Centro-Oeste da CNBB, dom Carmelo Scampa, pontua as principais discussões que irão permear a assembleia, destacando a sua visão sobre o caminho trilhado pela Igreja no Brasil. O bispo explica também que o evento possibilita todos os anos reflexões sobre questões diversas vistas de ângulos particulares por cada bispo.

Com relação às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), que serão revisadas e atualizadas nesta assembleia, dom Carmelo explica que sofrerão alguns acréscimos, sobretudo do magistério do papa Francisco, para o próximo quadriênio (2015-2019).

As atuais DGAE são compostas de cinco urgências, as quais, segundo o bispo, fazem parte de um “conjunto” e, portanto, são “inseparáveis” e “precisam avançar harmonicamente”. De acordo com ele, somente dessa forma é possível haver um equilíbrio pastoral. “Como colocar em segundo lugar uma Igreja em estado permanente de missão? Que é casa de iniciação à vida cristã? Lugar de animação bíblica da vida e da pastoral? Comunidade de comunidades, tendo em vista a atual concentração e centralização da paróquia? Uma Igreja a serviço da vida plena para todos? Tudo precisa ser reforçado com certa ênfase e coragem”, enumera.

Dom Carmelo diz que as comunidades que seguem a lógica das pastorais enriquem o conjunto. Por isso, ele acredita que as novas diretrizes devem focalizar de maneira objetiva em questionamentos do nosso tempo. “Em que sociedade vivemos, que cultura respiramos, quais contra-valores estão sendo implantados e entram de mansinho na cabeça e no coração de tantos cristãos? Como ser sal e luz numa realidade que caminha na contramão?”, questiona. E ele mesmo responde. “Parece-me que a defesa da vida plena precisa de mais coragem eclesial”.

Missão dos Cristãos

O bispo de São Luís de Montes Belos aponta uma direção para a retomada do protagonismo cristão na sociedade. “Não seria inútil recuperar o espírito de profecia que caracterizou por bastante tempo a Igreja no Brasil; precisamos caminhar juntos, pois a vida está ameaçada; não podemos ficar apenas nos discursos bonitos”. Para esse caminho dar certo, ele diz que é necessário, antes, “formação bíblica e capacidade de assumir com seriedade a missão”.

Comunidade de comunidades

Dom Carmelo vê com bons olhos o Documento 100 da CNBB, “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, aprovado recentemente. Diz que é urgente a descentralização da paróquia defendido pelo documento e que a motivação para desenvolver esse trabalho precisa partir dos padres. “O Clero precisa parar de resistir e criar redes de comunidades, que significa ampliar os trabalhos; acreditar nos leigos; delegar tarefas às comunidades; garantir momentos fortes e sistemáticos de formação e isso demanda uma mudança radical de mentalidade”.

Missão Continental

A missão da Igreja, segundo o bispo, passa indispensavelmente pela coragem de falar “para fora de seu recinto”, mas ele ressalta que para isso é necessário “recuperar a visão bíblica dos profetas”, perseguir os objetivos com clareza; não só emitir documentos, mas enfrentar assuntos desafiadores em campos pouco explorados como o cultural, por exemplo. “Está na hora de nossa Igreja estar à altura de sua vocação missionária e não ter medo de pagar com a vida por defender a palavra que vem da força do Evangelho”.

Igreja a serviço da vida

Uma urgência que poderá ter realce mais significativo nas novas diretrizes da ação evangelizadora, segundo dom Carmelo, é a “Igreja a serviço da vida plena para todos”, isso porque neste ano a Campanha da Fraternidade 2015, “Fraternidade: Igreja e sociedade”, deu destaque ao tema e o papa Francisco também vem acentuando a questão. “Acredito que o novo documento irá dar evidência a essa urgência até porque ou a Igreja é fermento ou não serve para nada, conforme nos adverte da Campanha da Fraternidade deste ano e o papa está dando uma solene ‘sacudida’ neste sentido; o Brasil precisa urgente de uma Igreja mais missionária, profética, samaritana e solidária”, frisa.

Iniciação à vida cristã

O secretário do Regional Centro-Oeste não antecipa que tipo de contribuição poderá sofrer a urgência Igreja: casa da iniciação à vida cristã. Ele comenta que há muitas teorias, mas pondera que na prática as ações não alcançam o objetivo: “formar discípulos de Jesus e proporcionar o encontro e o encantamento por ele”. O bispo ainda comenta que o Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RICA) “oferece pistas preciosas, mas infelizmente é seguido por poucos”.

Na Diocese de São Luís de Montes Belos, segundo dom Carmelo, há uma experiência de animação bíblica há mais de 10 anos com a Escola Bíblica que realiza quatro encontros anuais. Todo o material é elaborado pela própria diocese, que conta com dois padres especialistas em Bíblia. Mas ele ressalta que é necessário fazer mais. “Precisamos avançar até tornar a Palavra um instrumento que ‘aquece o coração’ e que se torna eixo fundamental e insubstituível de toda a ação pastoral. Deus queira que as novas diretrizes ajudem de forma concreta a fazer entender e assumir que a animação bíblica é de fato o combustível da vida, da pastoral e da evangelização”.

Tema prioritário: cristãos leigos e leigas

Por fim, questionado sobre o tema prioritário desta 53ª Assembleia Geral, o texto de
Estudos 107: Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da Terra e Luz do mundo, dom Carmelo defende que a discussão reflete o amadurecimento da Igreja no Brasil e que o texto deveria se transformar em um futuro documento oficial da CNBB. “Os leigos são o 99,9 % da Igreja e sem eles não há caminhada. Os leigos estão inseridos nos desafios da família, da cultura, da saúde, da sociedade, da economia, da política. Ou a Igreja aposta e dá total confiança a eles ou será apenas Igreja de sacristia, sem a dimensão missionária e profética que lhe são próprias”, concluiu.



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