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Quinta, 22 Setembro 2016 19:18

Bíblia: tesouro sempre novo

Uma tradição pastoral já consagrada, aqui no Brasil, dá ao mês de setembro um grande relevo ao santo livro da Bíblia. Isto porque, no dia 30 deste mês, comemora-se São Jerônimo, sacerdote e doutor da Igreja, que traduziu dos originais para o latim quase todos os livros sagrados. Dentre os colaboradores do papa São Dâmaso foi um dos teólogos mais preparados e conceituados.

Após a tradução dos Setenta – tradução da bíblia hebraica feita por 72 representantes de diversos grupos de Israel – muitas divergências dogmáticas surgiram, a ponto de se fazer necessária uma nova tradução latina da Palavra de Deus. O papa Dâmaso, em 384 D.C., confiou então a São Jerônimo a tarefa de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo Testamento.

Na Bíblia, encontramos abundantemente o Plano, o desígnio salvífico de Deus para toda a humanidade. O evangelista João termina o seu Evangelho afirmando de forma hiperbólica: “Há muitas coisas que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seriam escritos” (Jo 21,25).

A transmissão da revelação divina é universal, destinada a todos os homens e mulheres, em todas as línguas e culturas, para todos os contextos. Porque “Deus quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Por isso, é necessário que Cristo seja anunciado a todos os homens, segundo o seu próprio mandamento: “Ide, pois, a todas as nações. Fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos” (Mt 28,19).

A Bíblia nos aproxima de Deus. Há quem a leia como um cientista que busca as verdades acerca do homem, da sociedade e de Deus. A Bíblia não é uma tese científica. Nela não encontraremos esboçadas razões de natureza pragmática. A Bíblia é o resultante de uma expressão literária da fé de um povo. Todo o conteúdo da revelação que ali está expressa é também linguagem da cultura. E da cultura de uma sociedade localizada num lugar específico (na região do Oriente Médio), num tempo específico (aproximadamente entre 1.000 anos antes de Cristo e 100 anos depois de seu nascimento). E também mediada pelas experiências individuais daqueles através de quem Deus falou, seja por meio dos profetas, dos evangelistas ou dos apóstolos. Portanto, para compreendermos a Bíblia em sua inteireza, é necessário que tenhamos boas informações acerca das culturas de dentro das quais os livros foram escritos. E absorver o que é essencial nas narrativas contidas nos livros sagrados.

Espera-se que este mês da Bíblia seja um tempo oportuno para que todos encontremos em suas páginas uma consequente orientação para o tempo presente. Afinal, a Bíblia é um rico tesouro de fé transmitida de geração em geração. Sua riqueza é infinita e sua atualidade é fascinante. É o próprio Deus quem nos fala.

Dom Washington Cruz

Arcebispo de Goiânia

 

 

Publicado em Artigos dos Bispos

 

Com o objetivo de refletir e aprofundar o Ano da Misericórdia e apontar caminhos e ações evangelizadoras para a Pastoral Bíblico-Catequética, nos dias 11 a 13 de março, aconteceu a 1ª Ampliada de Catequese, na Casa de Retiros Jesus Crucificado, em Goiânia. O evento reuniu as dioceses de Jataí, Ipameri, Luziânia, Brasília, Uruaçu, São Luís dos Montes Belos, Goiás, Itumbiara e Rubiataba-Mozarlândia. Participou também o bispo de Goiás e referencial para a catequese no regional, Dom Eugênio Rixen.

Segundo a coordenadora regional da Pastoral Bíblico-Catequética, irmã Eliana Maria Gomes, durante o evento procurou-se “encontrar respostas para vivenciar melhor o Ano Santo da Misericórdia pela dimensão catequética”. A partir do tema, “Manso e misericordioso Jesus” e subtema, “A dimensão bíblico-catequética da misericórdia”, foram estudados os seguintes pontos: misericórdia na Sagrada Escritura, aprender com Jesus a ser misericordioso, encaminhamentos práticos para a ação da Animação Bíblico-Catequética do regional, o rosto da misericórdia, misericordiosos como o Pai (fundamento), abrir as portas da misericórdia; passos pela Porta Santa, olhos de misericórdia e testemunho.

As reflexões levaram ainda os coordenadores a pensarem sobre a prática da misericórdia a partir da catequese. “O papa Francisco propõe ao povo cristão a redescoberta das Obras da Misericórdia corporais e espirituais, e que busquemos cada vez mais o coração do evangelho, base do nosso julgamento (Mt 25). Somos acolhedores na catequese de nossas paróquias e comunidades? O que podemos melhorar em nossa ação evangelizadora? São perguntas pertinentes para a nossa conversão”, comentou a religiosa.

Durante o encontro houve também missas, momentos de oração, reflexão, plenárias, trabalhos em grupos, partilhas de experiências. A assessoria ficou por conta da irmã Maria Aparecida Barbosa, da Congregação Imaculado Coração de Maria. As reflexões foram iluminadas pela Bula de Proclamação Misericordiae Vultus, do Jubileu Extraordinário da Misericórdia e pelos documentos do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, entre eles, o “Caminhos para a ação evangelizadora da catequese nas dioceses”.

 

 

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