Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Foi concluído, em Belém do Pará, o XVII Congresso Eucarístico Nacional, acontecimento que colocou a Eucaristia no centro da reflexão, da meditação e da oração. Ele foi longamente preparado por seis anos. Cada comunidade diocesana e paroquial foi convocada a estudar o Texto-Base e a se dispor, desta forma, a viver a semana do Congresso de coração aberto.
Nossa Diocese de São Luís de Montes Belos (GO) estava representada, embora em número reduzido. O nosso “Congresso” diocesano foi realizado no dia 27 de agosto, em São Luís, durante a 13ª Romaria Diocesana, que teve como tema “Eucaristia e vocações” e como lema “Come porque o caminho ainda é longo”.
Em 2005, foi enviada a todas as paróquias da Diocese uma carta pastoral cujo título era “A centralidade da eucaristia na vida diocesana”. Por iniciativa da catequese diocesana, essa carta foi reeditada, há seis anos, para que fosse estudada pelos catequistas. Aquele conteúdo permanece ainda válido, pois a Eucaristia é a “fonte e o ponto mais alto de toda a vida cristã”, como afirma o Concilio Ecumênico Vaticano II.
Nossa convocação do dia 27 de agosto, portanto, teve como momento principal a exaltação de Cristo na Eucaristia, a Sua presença viva no meio de nós.
Como se desenvolveu nossa Romaria? Nós nos encontramos em frente à Catedral, num primeiro momento forte: celebramos, como Igreja Diocesana, o Jubileu da Misericórdia, entrando pela Porta Santa. Cada Região Pastoral já o fez como Região, entretanto, na romaria, foi um evento diocesano de purificação e o momento para lucrar a indulgência plenária.
O segundo momento forte, foi especificamente eucarístico: com o Santíssimo Sacramento saímos em procissão da catedral até o Seminário Menor. É um modo de apontar à cidade a presença e a centralidade de Cristo, Verbo encarnado, permanente no meio de nós, como Vida, Caminho, Salvação, Esperança e ponto de referência de toda a vida da Igreja e do mundo.
Num terceiro momento, celebramos a Eucaristia: memória da doação permanente de Cristo para aprendermos dele a ser servidores. Durante a celebração eucarística, foram admitidos ao Ministério de Leitor dois de nossos seminaristas: João Netto, de Firminópolis, e Pablo Henrique, de São Luís. Também, durante a celebração foi realizado um ofertório especial para ajudar a comunidade das Irmãs de Baliza, que estão doando seu tempo e suas vidas no assentamento Bandeirantes e precisam de um lugar onde morar. Aquelas comunidades são pobres, e é justo, portanto, durante a Eucaristia, fazer um gesto de partilha e de comunhão com as Irmãs.
Desse modo, o Congresso que o Brasil acaba de celebrar em Belém, foi por nós realizado, de forma concentrada, em São Luís. A Eucaristia faz a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia: um binômio inseparável que buscamos sublinhar e entender melhor durante a Romaria, para sermos uma Igreja que dá a vida, cria comunhão, espalha a alegria do Evangelho, se faz próxima a todos, sobretudo, aos mais necessitados, alimenta a esperança da volta do Senhor e, portanto, vive no hoje, mas com os olhos voltados para o Alto.
Mas temos também outra grave e urgente preocupação: despertar a consciência da Diocese para que cuide das vocações consagradas, de maneira especial as sacerdotais. A celebração da missa exige a presença do ministro ordenado, e a Diocese de São Luís carece, ainda gravemente, de padres.
É urgente que se trabalhe em prol das vocações, que se reze com mais insistência e convicção por esta causa. Não esqueçamos o que o documento de Puebla dizia há muitos anos: “A vocação é a resposta de um Deus providente a uma comunidade orante”. E antes o Mestre tinha dito: “Orai, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe”. Que Eucaristia e Vocações sejam os dois grandes interesses da Igreja Particular de São Luís de Montes Belos
Dom Carmelo Scampa
Bispo diocesano de São Luís de Montes Belos (GO)
Desde segunda-feira (15) acontece no estádio Mangueirão, em Belém (PA) a 17ª edição do Congresso Eucarístico Nacional (CEN2016). De acordo com dados oficiais da organização do evento, participam cerca de 150 expositores, 300 bispos, 1500 padres e 50 mil congressistas de todos os estados do Brasil, além de autoridades civis e religiosas.
O cardeal arcebispo emérito de São Paulo (SP), Dom Cláudio Hummes, foi nomeado pelo papa Francisco Legado Pontifício para o evento. Ao presidir a missa de abertura, na segunda-feira, ele exortou os cristãos presentes à prática da caridade diária aos mais necessitados, ação que revela os verdadeiros discípulos de Cristo. Ele também ressaltou que a Eucaristia é a fonte e o ápice de toda a evangelização porque toda missão e atividade da Igreja são conduzidas pela Eucaristia.
O purpurado pediu também em sua homilia que que a Igreja seja corajosa, fortalecida pela Eucaristia e que todos repartam o pão material e espiritual com os povos da Amazônia para que Cristo seja reconhecido. Já o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, convocou os cristãos para viver tudo o que foi preparado para o Congresso Eucarístico. “O país está com olhos voltados para a Amazônia e temos que mostrar que não somos apenas uma terra missionária, mas que possuímos muito a oferecer com a riqueza cristã do nosso povo. Queremos que o Brasil veja com um olhar bonito e positivo para a nossa região”, disse o arcebispo.
Procissão Fluvial
O CEN2016 segue até domingo (21) com celebrações eucarísticas diárias em vários ritos, procissões com Jesus Eucarístico, jornadas pastorais e outras atividades, como a Procissão Eucarística Fluvial que partiu de Manaus (AM) no dia 8 de agosto, passou pelas prelazias e dioceses de Itacoatiara (AM), Parintins (AM), Óbidos (PA), Santarém (PA), Gurupá (PA) e Ponta de Pedras (PA). Chegou em Belém na quarta-feira (17). A Procissão Fluvial é um presente para as duas cidades que já receberam o Congresso Eucarístico Nacional: Belém, em 1953 e Manaus, em 1976.
Do Regional Centro-Oeste, diversos bispos participam do CEN2016, entre eles o presidente, Dom Messias dos Reis Silveira; o arcebispo de Brasília e presidente da CNBB Nacional, Dom Sergio da Rocha; o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz; o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Levi Bonatto; o bispo de São Luís de Montes Belos, Dom Carmelo Scampa. Na tarde de ontem (17), Dom Messias presidiu missa na Catedral da Sé.
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