Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
A Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz; o Regional Centro-Oeste da CNBB e a Arquidiocese de Goiânia, reunidos na 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP) manifestam seu repúdio ao extermínio da população em situação de rua que vem ocorrendo em Goiânia e na Grande Goiânia. De agosto de 2012 a abril deste ano, foram brutalmente assassinados 30 moradores em situação de rua, dos quais a grande maioria é de jovens, inclusive uma criança de 11 anos.
Diante desta condenável situação, solicitamos:
1. Que os poderes públicos municipal, estadual e federal tomem medidas urgentes que eliminem esta situação de violência e restabeleçam a paz e segurança aos moradores de rua;
2. Que as mortes dos moradores em situação de rua sejam investigadas e federalizadas imediatamente;
3. Que sejam tornados públicos os resultados das investigações com sua ampla divulgação na mídia;
4. Que os responsáveis sejam processados, julgados e condenados com rigor e rapidez;
5. Que o Estado de Goiás e a Prefeitura de Goiânia se responsabilizem efetivamente pelas mortes dos moradores em situação de rua e se comprometam em auxiliar os familiares das vítimas;
6. Que sejam criados, em caráter emergencial, espaços físicos que ofereçam alimentação, dormitório e, sobretudo, segurança aos moradores em situação de rua;
7. Que se criem políticas públicas de inclusão social dos moradores em situação de rua, devolvendo-lhes a dignidade humana roubada e ferida e os tire dessa situação degradante.
Lamentamos que casos como o de Goiânia se repitam em outras partes do país. Conclamamos aos gestores públicos que promovam a justiça e o fim do extermínio de tantas pessoas humanas que, como todo povo brasileiro, merecem viver e conviver com dignidade.
Na esperança de que nosso pedido seja atendido e de que a paz volte a reinar neste chão, invocamos a bênção de Deus sobre todos os seus filhos e filhas.
Aparecida (SP), 17 de abril de 2013
Dom Guilherme Antonio Werlang MSF
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz da CNBB
Bispos membros da Comissão
Dom Enemésio Angelo Lazzaris FDP
Dom José Luiz Ferreira Sales CSSR
Dom José Moreira Bastos Neto
Dom Pedro Luiz Stringhini
Dom Roque Paloschi;
Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB
Dom José Luiz Majella Delgado CSSR
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
Dom Washington Cruz CP
Na manhã de quinta-feira (17) os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB concluíram a última Reunião do Conselho Episcopal Regional (CONSER) do ano. A semana foi marcada por diversas atividades, formações, comunicados, estudos e avaliações.
A primeira parte da reunião coube à Pastoral Carcerária apresentar ao episcopado os desafios que permeiam suas atividades. “Nosso principal desafio é ter mais pessoas disponíveis para esse serviço junto aos encarcerados”, afirmou o coordenador da pastoral na Arquidiocese de Goiânia, diácono Ramon Curado, que fez a exposição junto com a irmã Alessandra Santana, da coordenação regional. Os bispos avaliaram, logo depois, que se faz necessário as dioceses darem apoio à pastoral e estarem mais presentes levando o Cristo aos encarcerados.
O bispo auxiliar de Brasília, Dom José Aparecido Gonçalves, apresentou um texto na Reunião do CONSER, acerca do hábito eclesiástico e vestes litúrgicas, no qual pontuou alguns excessos no uso de trajes com forma e cores variadas para o exercício de funções nas celebrações. Amparado pelo Código de Direito Canônico, ele também comentou sobre o número demasiado de pessoas no presbitério durante as celebrações. Dom José ainda fez considerações sobre o uso do termo acólito para os coroinhas. “Precisamos salvaguardar a nobre simplicidade. Tudo que extrapola a simplicidade da nossa liturgia deveria ser revisto de tal modo que no presbitério, o centro da ação litúrgica seja o altar, a mesa do Pão e da Palavra”, disse em entrevista.
A respeito do uso do temo acólito para os coroinhas, ele explicou que trata-se de um desvio, porque acólito é um ministério constituído pela Igreja que não cabe atribuir a um leigo. Os bispos decidiram aprofundar os estudos sobre o tema. Para isso, uma comissão foi constituída por três bispos. Eles irão levar o assunto para discussão com a Pastoral de Liturgia do regional, a Comissão Regional de Presbíteros (CRP), professores de liturgia dos seminários e institutos e em julho do ano que vem irão apresentar uma posição para que o regional possa orientar a respeito. “A sobriedade quanto às vestes litúrgicas ajuda a destacar o que é sagrado”, ponderou Dom João.
Ano Santo da Misericórdia
O Jubileu Extraordinário da Misericórdia foi outro assunto explorado pelos bispos. Na plenária das discussões, cada um apresentou as experiências vividas em cada Igreja particular. Dom João Wilk, presidente em exercício do regional, disse que o Ano Santo foi observado pelos bispos como um importante tempo para a prática atitudes de misericórdia, quanto para a vivência espiritual no campo da devoção. “Muitas obras de misericórdia foram revitalizadas nas dioceses, novas iniciativas surgiram e foi também constatado que foi uma feliz ideia do Santo Padre privilegiar nossas comunidades com a abertura de Portas Santas da Misericórdia, para todos lucrarem indulgências plenárias e, sobretudo, foi um tempo oportuno de catequese sobre o purgatório, o céu, o inferno, o pecado. Os eventos realizados também neste ano foram muito importantes como as 24 horas para o Senhor que encheu nossas paróquias de pessoas em busca do Sacramento da Reconciliação”, disse o bispo de Anápolis.
Além dos temas em pauta, a reunião proporcionou também aos bispos momentos de confraternização, oração e celebração juntos e de troca de experiências sobre a ação pastoral nas diversas Igrejas particulares do regional. Foi também o último encontro deles no ano para a avaliação e planejamento das atividades da Igreja em Goiás e no Distrito Federal.
O CONSER reúne os bispos das 12 dioceses que compõem o Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal). A próxima reunião está marcada para os dias 27 a 30 de março de 2017.
Leia também: Assessores expõem desafios da Pastoral Carcerária aos bispos do Regional Centro-Oeste
Bispos prestam homenagem a Dom Antonio Ribeiro
A reportagem completa sobre o último CONSER de 2016 estará disponível na Revista Uma Voz no Centro-Oeste, edição 2016
Nos dias 14 a 18 de novembro, os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) realizam as últimas reuniões do ano da Comissão Episcopal Regional (CEP) e do Conselho Episcopal Regional (CONSER). Na primeira, conforme o presidente do regional e bispo de Uruaçu (GO), Dom Messias dos Reis Silveira, são tratados assuntos relacionados a questões administrativas e pastorais. É levada em consideração também a vida e ministério dos bispos, presbíteros, consagrados e leigos.
A pauta da reunião da CEP, que acontece nesta segunda-feira (14), é montada sempre de acordo com os assuntos que são sugeridos pelos bispos, que ouvem as necessidades que brotam nas dioceses. “Cuidamos também de assuntos relacionados à vida administrativa e financeira do regional. A maioria dos assuntos depois de amadurecida é levada para a reunião do CONSER”, explica Dom Messias.
Na terça-feira (15) tem início a reunião do CONSER, que reúne os bispos das 12 dioceses do regional. Na parte formativa do encontro, o tema de discussão é os Desafios da Pastoral Carcerária, que será assessorado pelo coordenador da pastoral, diácono Ramon Curado, da Arquidiocese de Goiânia. “O maior desafio da Pastoral Carcerária é se organizar em coordenações diocesanas, que ajudam na articulação mais efetiva e significativa desta bonita e importante missão de se fazer presente nos cárceres”, comenta em entrevista o diácono. Outro desafio pontuado por ele é o número reduzido de voluntários. “Só no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia temos cinco mil pessoas presas, uma verdadeira paróquia a mais na Arquidiocese de Goiânia”.
A missão da Pastoral Carcerária (PCr) é levar o amor de Deus, na forma de escuta e atenção individual aos encarcerados, encaminhando também às autoridades e à sociedade, denúncias e o clamor pelas irregularidades que desrespeitam as leis e inviabilizam a ressocialização dos indivíduos. “A ação da PCr tem ajudado a diminuir o número de prisões desnecessárias, principalmente dos pobres por pequenos delitos. A superlotação é a causa da maioria das mazelas do sistema prisional no Brasil”, ressalta o coordenador.
Dom Messias completa que a escolha do tema para ser aprofundada na última reunião do CONSER foi escolhida pelos bispos por causa da necessidade de conhecer melhor o tema para que a Igreja possa atuar pastoralmente de forma mais próxima junto aos reeducandos, de modo a levar com mais eficácia a misericórdia de Deus aos encarcerados.
Ano da Misericórdia
A pauta do CONSER continua no dia 16 e nos dias 17 e 18, quinta e sexta-feira, eles avaliam, juntamente com os coordenadores diocesanos de Pastoral, presidentes de Organismos e coordenadores regionais de Pastoral e de Movimentos, a caminhada do regional em 2016, sobretudo o Ano Santo da Misericórdia vivido na Igreja em Goiás e no Distrito Federal. “Tudo foi voltado para o Ano da Misericórdia, no regional, que é a comunhão das nossas Igrejas particulares. Todas estiveram envolvidas realizando ações de misericórdia, com práticas de caridade. As marcas do Ano Santo podem ser percebidas em cada diocese, seja no acolhimento, no socorro aos necessitados, no perdão, enfim, na prática das obras de misericórdia, corporais e espirituais”, destaca Dom Messias.
Questionado sobre o que precisamos fazer a partir do encerramento do Ano Santo, no próximo dia 20 de novembro, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, com o que foi testemunhado, ensinado e aprendido com o Ano da Misericórdia, Dom Messias diz que “o Santo Padre não deseja que o aprendizado deste Ano caia no esquecimento. Ele deseja que o que foi vivido, aprendido e testemunhado continue na vida da Igreja, da família e de toda sociedade. Deseja que espelhados na misericórdia do Pai sejamos cada vez mais misericordiosos. Por onde passar um discípulos de Jesus ele deve deixar as marcas da misericórdia”.
A reunião de Avaliação Regional encerra na sexta-feira (18), às 11h30, com a Santa Missa.
Importância do CONSER
Fotos: Reunião do CONSER no primeiro semestre de 2016
As reuniões do CONSER acontecem duas vezes ao ano. Desta forma os bispos têm a oportunidade de viverem a colegialidade na missão e sentirem a alegria do encontro e da partilha de suas alegrias, dificuldades, desafios e esperanças.
O episcopado do Centro-Oeste reza pedindo a Deus que abençoe as Igrejas particulares que compõem este regional, bem como ilumine os trabalhos pastorais desenvolvidos por seus agentes, tendo em vista o crescimento na fé, no amor e na caridade de todo Povo de Deus. Dom Messias ressalta ainda que no CONSER há profundos momentos de espiritualidade rezando as Horas Canônicas da Liturgia das Horas e celebrando a Santa Missa. Por isso, ele destaca a importância da divulgação do evento para toda Igreja, Povo de Deus. “Seria interessante que especialmente a Pastoral da Comunicação divulgasse esse encontro. E que as pessoas nas dioceses e comunidades rezassem por seus pastores reunidos, pois na pessoa de cada bispo está toda diocese participando da reunião”, completa.
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