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A imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que foi acolhida pela Arquidiocese no Santuário Basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no dia 9 de outubro, esteve presente também no Jubileu dos Acólitos e Coroinhas, no dia em que todo o país celebra a sua Padroeira, em 12 de outubro. O arcebispo Dom Washington presidiu a missa para a igreja que estava lotada de acólitos e coroinhas de várias paróquias.

O jovem Rafael Puglesi de Calaça, 13 anos, veio da Paróquia Menino Jesus, do Alphaville. “Foi muito importante celebrar esse jubileu porque foi um momento especial de passar pela Porta Santa e de estar junto com todos os coroinhas nesta bela festa”, disse. Além dele, mais 10 coroinhas daquela paróquia estiveram presentes. Júlia Naiara Silva de Andrade, 10 anos, que veio da Paróquia Nossa Senhora das Graças, do Jardim Guanabara, destacou a unidade dos coroinhas na celebração do seu jubileu. “Foi um encontro importante em que eu não poderia deixar de estar junto, porque todos estavam muito unidos ao redor de Cristo, celebrando o Ano da Misericórdia e Nossa Senhora Aparecida”, declarou. Para Isadora Moreira Furtado, 16 anos, da Paróquia Santa Luzia, da Vila Maria Dilce, o jubileu foi uma oportunidade de se reconciliar com Deus. “Além de motivador para o nosso serviço de acólitos e coroinhas, foi também um momento especial de passarmos pela Porta Santa, comungar e pedir perdão a Deus, a fim de vivenciarmos com mais intensidade o Ano da Misericórdia”, afirmou.

Dom Washington Cruz, durante sua homilia, fez memória do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no Rio Paraíba, em 1717, pelos pescadores Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves, quando lançaram suas redes para pescar. Relatou a história que sucedeu depois com a inauguração da primeira capela, em 1745, da construção do templo até a sua elevação à dignidade de Santuário de Nossa Senhora Aparecida e concessão do título de Basílica Menor em 1908, pelo papa Pio XI. O arcebispo enfatizou que Nossa Senhora Aparecida é Mãe e Padroeira do Brasil pela bondade de Deus, “que tem um plano de amor para o nosso país”, e destacou que “a vida cristã no Brasil passa pela escola de Maria”.

Após a celebração, Dom Washington orientou uma catequese sobre as Obras de Misericórdia espirituais e corporais e explicou o sentido das indulgências plenárias: “Ao atravessar a Porta Santa, todos aqueles que estão preparados lucram a remissão das penas temporais devidas pelos pecados, ou seja, são libertos das manchas que os pecados deixam em nós”.

Aparecida de Goiânia

Após a cerimônia de Acolhida da Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida, na Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Matriz de Campinas, padre Vitor Simão, junto com uma delegação de 20 pessoas a recebeu e seguiu para a Paróquia São João Batista, em Aparecida de Goiânia, onde ela foi acolhida por centenas de fiéis, que se mostravam emocionados. Juntos, todos rezaram o Ofício da Imaculada Conceição, momento de oração e comunhão em que toda assembleia proclama louvores à Mãe de Deus. Padre Vitor descreve o momento como de forte devoção e emoção para o povo, que tem uma fé nata em Nossa Senhora Aparecida. Para o padre, isso move as pessoas a participarem de forma muito pura tanto da acolhida, quanto dos diversos momentos que envolvem a Imagem Peregrina. Segundo ele, foi um momento de pedir, mas principalmente de receber inúmeras bênçãos para a paróquia. O sacerdote ressaltou a carreata como outro momento de expressão da fé, que não foi um mero percurso, mas um “caminhar” ao lado de Nossa Senhora que conduz até Jesus. Ao longo do trajeto ele pode observar inúmeras demonstrações de devoção em que pessoas trouxeram pequenas imagens da santa, permaneceram em frente às casas, choraram com a passagem da Imagem Peregrina e receberam as bênçãos dadas pelo padre. No Centro Cultural José Barroso, ao lado do Rodeio Show, os fiéis da Paróquia São João Batista se juntaram em procissão aos da Matriz Nossa Senhora Aparecida, de Campinas, do padre João Batista, até chegar à Praça da Matriz, onde o Arcebispo Dom Washington celebrou Missa Solene para centenas de fiéis de toda a região do Vicariato de Aparecida.

Ele afirmou ter ficado muito sensibilizado com toda a programação e envolvimento tanto dos padres quanto dos fiéis. Segundo o arcebispo, o momento foi de muita emoção, em especial quando da chegada à Matriz, dedicada à Padroeira, praticamente um santuário, no sentido da grande fé e devoção popular, a idade da paróquia e participação ativa da comunidade. Para Dom Washington, a visita da Imagem Peregrina está proporcionando grandes momentos de fé a Maria na Arquidiocese.

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Fonte: Vicariato para a Comunicação/Arquidiocese de Goiânia

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Quarta, 23 Março 2016 12:27

Páscoa, tempo de renovação

 


É chegado o tempo da Páscoa. O mar é atravessado, a escravidão fica para traz, o cordeiro é imolado, o povo caminha na liberdade, o Crucificado está vivo e um sentimento de paz e alegria envolve a todas as pessoas dando forças para celebrar uma grande renovação.

Páscoa é tempo de renovar. Os sentimentos que tornavam pesados os corações dos discípulos habitados pela certeza da morte de Jesus, foram dissipados com a luz da ressurreição que foi se difundindo e fazendo corações arderem de alegria, amor e esperança. Eles foram renovados e se tornaram portadores da renovação para o mundo.

Chegou o tempo de renovar. Renovar o quê? Tudo pode ser renovado. “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5). A vida humana será diferente quando acolher a presença do Ressuscitado. Ele faz as mortes desaparecerem da vida. O meu pai dizia um pensamento que sempre gosto de repetir. “Nascemos no caminho da ressurreição”. Por mais que estejamos mortos dentro do mundo, nos relacionamentos, no entusiasmo, na fé, no pecado, na esperança, é preciso prosseguir no caminho, pois nele encontraremos ressurreição.

A Páscoa acontece dentro do Ano Santo da Misericórdia. Ela renova o mundo. Precisamos contemplar o mistério da misericórdia. Ela é fonte de alegria, serenidade e paz. “É condição de nossa salvação” (MV 2). Como é importante nos tornarmos agentes da misericórdia socorrendo os que passam fome, sede, vestindo os nus, acolhendo os peregrinos, visitando os enfermos, os presos e sepultando os mortos. O agir misericordioso nos provoca a ensinar os que não sabem, dar conselho a quem necessita, corrigir as injúrias e perdoá-las, consolar os tristes, sofrer com paciência os defeitos dos outros e rezar pelos vivos e pelos mortos. (Obras de Misericórdia). A Páscoa celebrada nesta perspectiva de misericórdia ajuda na renovação da vida.

A Paixão, morte e ressurreição de Jesus foi um grande ato de misericórdia que trouxe grandes benefícios para a humanidade.

A Campanha da Fraternidade nos despertou para ajudar a natureza a ressuscitar. A casa comum não pode ficar com cheiro de morte. É preciso vir para fora. Deixar os rios correrem, o verde ressurgir, cuidar do saneamento básico, zelar pela saúde para que todos tenham vida.

O Brasil está vivendo uma situação muito confusa. Nosso país está precisando de ressurreição. Ressuscitar significa transformar todas as situações de morte em vida. Há muita coisa boa e bonita precisando ressuscitar nesta Terra de Santa Cruz.

Permitamos que o Ressuscitado venha nos visitar, passe no nosso meio e nos ajude a encontrar o sentido da vida.


Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo de Uruaçu e Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB

Publicado em Artigos dos Bispos
Quinta, 10 Março 2016 19:26

Relação entre Justiça e Misericórdia

 

Em um primeiro momento pode-se pensar que estes dois conceitos justiça e misericórdia são contrários e incompatíveis. Mas não é assim, se os consideramos e os valorizamos desde a revelação bíblica e dentro do marco da fé cristã. Certamente a justiça é entendida também em muitos textos bíblicos como o fiel cumprimento da lei e como exigência de um comportamento humano em conformidade com os mandamentos dados por Deus (Sl 119,1-8). Porém diz o Papa que essa perspectiva, unilateralmente contemplada, teve e tem em todas as culturas o perigo de cair em um legalismo superficial, esquecendo ou relegando o sentido mais valioso e positivo da verdadeira justiça.

Com o fim de superar esse perigo legalista é preciso recordar que a aceitação primordial e mais original da justiça na Sagrada Escritura é a de ser um dom gratuito e um projeto salvífico de Deus em favor do homem. A justiça, com efeito, tem como objetivo principal a salvação e a felicidade humana, já que sua base e suporte fundamental é a aliança bíblica, através da qual se estabelece e sela uma relação e comunhão de misericórdia e de amor e o ser humano.

Neste contexto temos de situar aquela severa crítica de Jesus aos fariseus e mestres da lei: “Ai de vós que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Importava praticar essas coisas, mas sem omitir aquelas. Condutores cegos, que coais o mosquito e tragais o camelo!” (Mt 23, 23-24). “Não é estranho, diz o Papa Francisco, que Jesus tivesse sido rejeitado pelos fariseus e doutores defensores da lei pela lei já que eles punham só cargas sobre os ombros das pessoas, frustrando assim a misericórdia de Deus Pai”.

Diante de qualquer forma de legalismo, Jesus fez suas aquela palavras do profeta Oséias: “Eu quero misericórdia, não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos (Mt 9,13). A misericórdia foi, sem dúvida, a dimensão básica da atitude pessoal de Jesus e o princípio fundamental de sua missão. Desde uma visão autenticamente cristã a justiça e a misericórdia não são incompatíveis, mas se exigem e complementam mutuamente. Mostrar misericórdia não significa menosprezar a justiça, “Mas englobá-la e superá-la num evento superior”. A misericórdia e a justiça, estreitamente relacionadas e implicada entre si, tiveram sua plena e definitiva expressão e cumprimento na vida, morte e ressurreição de Jesus.

Insistindo na relação entre a misericórdia, a justiça e o perdão, quero concentrar-me nos números 20 e 21 da Bula “Misericordiae vultus”, apresentando algumas das reflexões contidas nelas. “A justiça é um conceito fundamental na sociedade civil quando, normalmente, se faz referência a uma ordem jurídica através da qual se aplica a lei”.

A lei e sua aplicação em justiça são fundamentais para o reto funcionamento da vida social, sempre que se trate de uma lei “justa”, de acordo com a dignidade das pessoas e seus direitos fundamentais. Neste sentido, administrar a justiça é aplicar corretamente a lei. A justiça humana se atém à lei. Mas as relações humanas são mais do que a lei, e o amor e a misericórdia a superam, não a anulando, mas indo “mais além”, o que o Papa Chama “ a superação da justiça em direção à misericórdia.

Nesse sentido, o Papa se fixa na reflexão que faz o livro do profeta Oseias: mesmo sendo “justo” que Deus castigue seu povo infiel, que lhe voltou as costas uma e outra vez, o mesmo Deus apela à sua misericórdia. Porque, afirma o Papa: “Se Deus Se detivesse na justiça, deixaria de ser Deus; seria como todos os homens que clamam pelo respeito da lei. A justiça por si só não é suficiente, e a experiência mostra que, limitando-se a apelar para ela, corre-se o risco de destruí-la. Por isso, Deus, com a misericórdia e o perdão, passa além da justiça. Isto não significa desvalorizar a justiça ou torná-la supérflua. Antes pelo contrário! Quem erra, deve descontar a pena; só que isto não é o fim, mas o início da conversão, porque se experimenta a ternura do perdão. Deus não rejeita a justiça. Ele a engloba e a supera num evento superior onde se experimenta o amor, que está na base de uma verdadeira justiça”.

É verdade que na Bíblia se fala, também, de “castigo” de Deus, porém se trata de um castigo sempre medicinal. O castigo não é a última palavra em Deus. Se nos afastarmos dele será por nossa obstinação, porque nos obstinamos em permanecer no mal. Porque o mal é real e é possível obstinar-se nele. De qualquer maneira, estamos aqui diante do mistério de Deus, que nunca podemos decifrar completamente com nossos esquemas humanos. Permanece a grande afirmação da carta de São João: “Deus é amor” (1Jo 4,8), e o convite de Jesus: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso (Lc 6,36), que, se colocamos junto ao que encontramos em Mateus, “Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48) nos sugerem que a perfeição de Deus é sua misericórdia e a ela Ele nos convida imitar. Essa mensagem do amor misericordioso de Deus não nos deve levar a tomar nossa relação com Ele de forma leviana (se é bom e perdoa, para que esforçar-se tanto?), mas, ao contrário, a responder com uma vida de amor ao amor de Deus, ao Amor que é Deus. O temor pelo castigo é um estádio imperfeito (às vezes, quiçá, pedagogicamente necessário, porque os humanos somos assim). Entretanto a perfeição está no amor. “No amor não há temor; antes, o perfeito amor lança fora o temor, porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor” (1Jo 4,18).

 

Dom Washington Cruz, CP

Arcebispo de Goiânia

Publicado em Artigos dos Bispos

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